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Plano de aula: Reconto de lendas indígenas

Plano 12 de uma sequência de 15 planos. Veja todos os planos sobre Lenda indígena

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Sobre este plano
Sobre este plano

Este slide não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você, professor, possa se planejar.

Sobre esta aula: Esta é décima segunda aula de uma sequência de 15 planos de aula com foco no gênero lendas indígenas e no campo de atuação artístico-literário. A aula faz parte do módulo de Oralidade.

Materiais necessários: Computador e projetor multimídia para passar os slides. Cópia dos textos (disponíveis nos materiais complementares). Cinco caixas médias ou sacos plásticos com os materiais descritos no slide 5. Papel Kraft ou metro, caneta hidrocor. Papel sulfite. Filmadora ou celular para gravar as apresentações.

Informações sobre o gênero: Lendas indígenas são narrativas de tradição oral que tratam sobre questões vinculadas à existência e a sentimentos como o medo, a coragem, a dúvida, o amor… falam sobre erros, acertos e sobre os enfrentamentos da vida, questões nem sempre fáceis de serem elaboradas. No Brasil, essas lendas inicialmente foram escritas por não indígenas, no intuito de fazer conhecer essa cultura, em um momento histórico em que se buscava construir uma identidade nacional. Entretanto, esses primeiros escritos, de caráter folclórico, muitas vezes trouxeram ideias genéricas sobre os índios. Desde os anos 90, a literatura indígena, escrita pelos próprios índios, vem ganhando força, e é por meio dela que buscaremos proporcionar aos alunos o conhecimento da pluralidade cultural do país, além do distanciamento de pré-julgamentos baseados em visões estereotipadas e pejorativas. Portanto, a leitura desses textos deve proporcionar a reflexão sobre como o outro vê e lê o mundo e como conta suas histórias. Nessas obras o texto é interativo e multimodal: as narrativas são permeadas de referências a sons, olfato, tato e sensações que podem ser mais bem descritas por quem de fato viveu ou esteve mais próximo dessas experiências, além de geralmente conter desenhos tradicionais (como os grafismos) e paratextos com informações adicionais relacionadas à cultura, língua e localização da etnia em questão. Esses textos literários provocam o imaginário e a fantasia, a curiosidade, sentido de descoberta e ao mesmo tempo promovem aprendizagens e questionamentos.

Dificuldades antecipadas: Muitos alunos podem apresentar dificuldades em fazer um reconto oral de lendas indígenas para um público específico, mesmo sendo colegas de uma faixa etária próxima. Isso pode ocorrer devido à insegurança com a proposta de reconto, por não estarem habituados com situações em que a sua fala está em evidência. Se os alunos estiverem inseguros ou tímidos, pode ocorrer de se confundirem, omitindo ou invertendo algumas partes da sequência das histórias. Para deixar o clima mais tranquilo ofereça tempo para o “aquecimento” e esclareça que o reconto é como uma brincadeira, que eles devem se divertir ao se apresentar, e que mesmo que não saia tudo conforme o planejado, é importante experimentar essa forma de oralidade para poder se aperfeiçoar.

Referências sobre o assunto:

FARIA, M. A. Como usar a literatura infantil em sala de aula. São Paulo: Contexto, 2009.

GANCHO, Cândida Vilares. Como analisar narrativas. São Paulo: Ed. Ática, 2002.

JECUPÉ. Kaká Werá. As fabulosas fábulas de IAUARETÊ. São Paulo: Peirópolis, 2007.

KITHÃULU, Renê. IRAKISU, o menino criador. São Paulo: Editora Peirópolis, 2002. pp.13-14.

MUNDURUKU, Daniel. Catando piolhos Contando histórias. São Paulo: Escarlate, 2014. pp.36-39.

THIEL, Janice Cristina. A Literatura dos Povos Indígenas e a Formação do Leitor Multicultural. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 38, n. 4, p. 1175-1189, out./dez. 2013. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/edreal/v38n4/09.pdf>. Acesso em: 18 nov. 2018.

YAMÃ, Y. Sehaypóri. O Livro Sagrado do Povo Saterê – Mawé. São Paulo: Ed. Peirópolis. 2007. pp.150-151.

Tema da aula
Tema da aula

Tempo sugerido: 1 minuto

Orientações:

  • Os textos selecionados para o reconto oral dessa aula, foram tema de estudo de aulas anteriores dessa sequência. É imprescindível que os alunos tenham familiaridade com as narrativas para poderem ter desenvoltura na contação da história. Por isso, caso não estejam seguindo essa sequência de aulas, reserve um tempo ao longo da semana para contar e ensaiar em grupos a contação dessas 5 histórias:
  • Kanata Wenjausu - A origem da noite
  • A história dos cachorros - Como os cachorros perderam o dom da fala
  • Juruá vira peixe
  • Iauaretê-mirim e o rio
  • O saber dos avós
  • As histórias são breves e estão disponíveis nos materiais complementares. Sugerimos que reserve 10 minutos por dia para compartilhar cada uma dessas histórias com os alunos e ensaiar a contação antes de realizar a atividade.

Materiais complementares: Textos para impressão:

“Kanata Wenjausu - A origem da noite”

“A história dos cachorros”

“Juruá vira peixe”

“Iauaretê-mirim e o rio”

“O saber dos avós”

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