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Plano de Aula
Plano 7 de uma sequência de 15 planos. Veja todos os planos sobre Campo artístico-literário
Este slide não deve ser apresentado para os alunos; ele apenas resume o conteúdo da aula para que você, professor, possa se planejar.
Sobre esta aula: Esta é a sétima aula de uma sequência de 15 planos de aula com foco no gênero textual Dramático (comédias) e no campo de atuação Artístico-literário. A aula faz parte de uma sequência de atividades voltada para texto dramático, teatro e humor.
Informações sobre o gênero: Texto dramático (comédias): produção artístico-literária que, reunindo texto e espetáculo, organiza e estrutura o humor dentro de uma apresentação, por meio dos elementos/momentos da narrativa e sequências dialogais. É irreverente, retrata o cotidiano e as pessoas comuns. Seu objetivo é entreter, provocando o riso do espectador e ampliando seu imaginário, levando-o a uma maior compreensão da realidade.
Materiais necessários: Projetor para a exibição dos conteúdos e versão impressa da crônica “Papos”, de Luis Fernando Verissimo, para distribuir aos alunos.
Dificuldades antecipadas: As dificuldades gramaticais podem desafiar a reconstrução dos sentidos do texto por meio da análise crítica dos recursos linguísticos. Desta forma, a troca de conhecimentos entre os alunos e uma ordenação da sala que favoreça discussões durante as atividades são bem-vindas. Você poderá solicitar que a turma se divida em grupos para acompanhar as tarefas da aula.
Referências bibliográficas: 1) SALIBA, Elias Thomé. Raízes do riso: a representação humorística na história brasileira: da Belle Époque aos primeiros tempos do rádio. Companhia das Letras, 2002. 2) POSSENTI, Sírio. Os humores da língua: análises linguísticas de piadas. Mercado de Letras, 2002. 3) “Papos”, de Luis Fernando Verissimo. Disponível em: https://www.recantodasletras.com.br/cronicas/5308402 - Acesso em: 15/10/2018.
Tempo sugerido: 05 minutos.
Orientações: Leia para a turma o seguinte texto: “O filho está lendo um livro de conto de fadas e pergunta para o pai: - Pai, todos os contos de fadas começam com “Era uma vez”? - Não, filho… Tem outros que começam assim: ‘Quando eu for eleito…’”.
1. Pergunte aos alunos se eles sabem a que gênero textual esse texto pertence ou como costumamos chamá-lo. (Espera-se que os alunos reconheçam que se trata de uma piada).
2. Peça para a turma apontar a graça do texto e refletir sobre o que causou o efeito de humor no fragmento. (A comicidade do texto se dá pelo apelo irônico da resposta “Tem outros que começam assim: ‘Quando eu for eleito…’”. A frase “Quando eu for eleito” é associada aos contos de fadas como forma de considerá-la uma ficção, mentira. A declaração do pai faz alusão ao hábito, geralmente frequente, de políticos não cumprirem as promessas depois de eleitos.)
3. Com base na reflexão da questão anterior, pode-se dizer que a linguagem ajuda a construir o humor? (É provável que a turma reconheça que sim, pois a piada parte de uma crítica situada no âmbito social e político para a construção do humor, mediante emprego irônico da linguagem. Logo, esta colabora com a comicidade em questão).
4. Explique à turma que a aula versará sobre este tema: a construção do humor por meio da linguagem. Propõe-se a leitura da crônica “Papos”, de Luis Fernando Verissimo, seguida da análise de seus recursos linguísticos. Após isso, trabalha-se a adaptação desse texto para o gênero dramático.
Tempo sugerido: 35 minutos.
Orientações: Professor, convide os alunos a ler o texto de comédia “Papos”, de Luis Fernando Verissimo. Depois, proponha que os estudantes respondam sobre as questões abaixo, individualmente.
1) Diga, em linhas gerais, o que se passa no texto. (Durante um diálogo, dois falantes discutem por causa de correções linguísticas.)
2) Como o falante que está sendo corrigido reage às correções? Qual fragmento do texto prova isso? (O falante julga a atitude como grosseira e chata: “Você está sendo grosseiro, pedante e chato”.)
3) Quais das alternativas posteriores podem ser responsáveis por provocar o riso na comédia em questão? A) ESPERTEZA; B) ASTÚCIA; C) MESQUINHEZ;
D) RIDICULARIZAÇÃO; E) ESTUPIDEZ. (Professor, as opções que mais se aproximam são a “ridicularização”, que faz o defensor do elitismo linguístico ser motivo de chacota; e a “estupidez”, mostrando a falta de conhecimento, do mesmo personagem, a respeito da variação por que passa a língua, bem como a ignorância sobre a adequação linguística.)
4) Leia o fragmento abaixo. Em seguida, identifique e explique como se dá o humor do trecho em questão:
(O humor está relacionado à falha de comunicação que acontece no trecho. Ao dizer, “o mato”, no sentido de ameaça, mas sem cumprir a regra de colocação pronominal, onde o pronome “o” deveria aparecer após o verbo, ocorre uma ambiguidade no fragmento, de modo que a forma verbal é, então, compreendida como um sintagma nominal “o mato” - terreno de plantas agrestes.)
5) O contexto é de fundamental importância para a compreensão de certas declarações. Considerando a situação onde a fala “Ah, não sabe? Não o sabes? Sabes-lo não?” foi produzida, e tomando por base a entonação com que podem ser lidas essas perguntas, diga qual é o efeito de sentido produzido pela entonação. (Professor, as três perguntas, lidas em sequência e com tom irônico, zombam do interlocutor que, tendo se comportado como o “paladino da língua portuguesa”, confessou desconhecer a forma correta de se dizer uma expressão.)
6) Leia o trecho abaixo. O que pode ter levado o defensor obstinado da língua portuguesa a se desculpar, mudando sua postura?
- Não. Como "esquece"? Você prefere falar errado? E o certo é "esquece" ou "esqueça"? Ilumine-me. Me diga. Ensines-lo-me, vamos.
- Depende.
- Depende. Perfeito. Não o sabes. Ensinar-me-lo-ias se o soubesses, mas não sabes-o.
- Está bem, está bem. Desculpe. Fale como quiser.
(O que leva o personagem a mudar sua postura e a se desculpar é a percepção de que seu interlocutor havia “virado o jogo” quando este identificou que nem mesmo um defensor da norma-padrão da língua conhece todas as regras da variante considerada mais “culta”, socialmente falando. Assim, desmascarado, o personagem arrependido abre mão de sua relutante defesa.)
1) O texto acima traz rubricas que não fazem parte da crônica original. Elas estão destacadas em vermelho. Rubricas são indicações, no texto teatral, de como um ator deve executar um movimento, um gesto ou uma fala da personagem. Elas orientam os atores quanto a detalhes da encenação. Após explicar isso aos alunos, professor, proponha-lhes o seguinte:
Tempo sugerido: 10 minutos.
Sugestão de adaptação para ensino remoto
Recursos indicados
Necessários: canais de envio de mensagens, vídeos e áudios, como WhatsApp ou similares.
Opcionais: Google Meet (tutorial disponível aqui).
Introdução
Encaminhe à turma, por meio de WhatsApp, o seguinte áudio: “O filho está lendo um livro de conto de fadas e pergunta para o pai: - Pai, todos os contos de fadas começam com 'Era uma vez'? - Não, filho… Tem outros que começam assim: ‘Quando eu for eleito…’”. (Ao gravar, procure ser descontraído, faça uma entonação diferente, divertida ou até mesmo peça a alguém de sua família para contar a piada.) Encaminhe, em seguida, um documento com algumas perguntas:
Você sabe a que gênero textual esse texto pertence ou como costumamos chamá-lo? (Espera-se que os alunos reconheçam que se trata de uma piada ou anedota).
Aponte a graça do texto e reflita sobre o que causou o efeito de humor no fragmento. (A comicidade do texto se dá pelo apelo irônico da resposta “Tem outros que começam assim: ‘Quando eu for eleito…’”. A frase “Quando eu for eleito” é associada aos contos de fadas como forma de considerá-la uma ficção, mentira. A declaração do pai faz alusão ao hábito, geralmente frequente, de políticos não cumprirem as promessas depois de eleitos.)
Com base na reflexão da questão anterior, pode-se dizer que a linguagem ajuda a construir o humor? (É provável que a turma reconheça que sim, pois a piada parte de uma crítica situada no âmbito social e político para a construção do humor, mediante emprego irônico da linguagem. Logo, colabora com a comicidade em questão).
Explique à turma que a aula versará sobre este tema: a construção do humor por meio da linguagem.
Desenvolvimento
Professor, ainda no documento com as atividades anteriores, convide os alunos a ler o texto de comédia “Papos”, de Luis Fernando Verissimo. Depois, proponha que respondam às questões presentes no plano original. Marque um momento específico para a devolutiva das atividades, por e-mail ou WhatsApp.
Fechamento
Agora, professor, na conclusão da aula, pergunte aos alunos que ideia eles fazem do crítico da língua portuguesa no texto em questão. Sugira à turma, como reflexão, a seguinte atividade em grupos, a fim de que eles possam discutir o tema e trocar conhecimentos e conclusões entre si:
1) Criem um estereótipo para o personagem que, na crônica, faz as correções linguísticas. (Os alunos podem pensar em alguém que tenha alto nível de escolaridade, maior posição social ou outras possibilidades.)
2) Façam uma montagem (com recortes de revistas, imagens da internet) para ilustrar a personagem criada por vocês. (Para isso, é preciso que os alunos se comuniquem com seus devidos grupos por chamada de vídeo ou de áudio, e um aluno fique responsável pela montagem.)
3) Observem as falas do texto: “Você está sendo grosseiro, pedante e chato” e “Pronome no lugar certo é elitismo”. Como você enxerga a postura desse personagem no contexto do diálogo? Com base nos conhecimentos adquiridos sobre adequação linguística, pode-se afirmar que esse falante está adequado à situação real de comunicação? Justifique sua resposta com um trecho retirado do texto. (Professor, considere as respostas e possíveis dificuldades dos alunos. Se necessário, é importante salientar que a principal função da língua é comunicar. Nesse caso, as interrupções para corrigir as variantes do interlocutor impediram que a mensagem se concretizasse, como ilustra o final da crônica: “- Mas não posso mais dizer-lo-te o que dizer-te-ia. - Por quê? - Porque, com todo este papo, esqueci-lo.”)
Peça que encaminhem a você, no privado, as produções e, em seguida, compare-as junto com os alunos, problematizando-as. Para isso, é necessário que você retorne às devolutivas dos pequenos grupos à turma toda, também por WhatsApp ou, em algum momento, caso seja possível, por meio de uma reunião em plataformas como o Google Meet (veja em Materiais Opcionais).
Convite às famílias
Convide os alunos a levar o áudio da anedota que você gravou a seus familiares. Sugira que reflitam juntos sobre as possibilidades de interpretação da mesma.
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Você pode baixar este plano como um arquivo (PDF) ou uma apresentação (PPT).
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