Plano de Aula
Plano de aula: Conotação e denotação
Plano 4 de uma sequência de 15 planos. Veja todos os planos sobre Autobiografia e Depoimento
Sobre este plano
Este slide não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você, professor, possa se planejar.
Sobre esta aula: esta é oitava aula de uma sequência de 15 planos de aula com foco no gênero Autobiografia. A aula faz parte do módulo de análise linguística e semiótica.
Materiais necessários: Computador, projetor multimídia e tela.
Um exemplar do livro “ORTIZ, Esmeralda do Carmo. Por que não dancei. São Paulo: Editora SENAC São Paulo, 2001.
Cópias do trecho que será trabalhado, p. 19-20.
Informações sobre o gênero: Autobiografia é um relato retrospectivo que a própria pessoa faz de sua vida, ou seja, o autor-narrador-personagem tem um papel de destaque nos acontecimentos do passado e do presente. A reconstituição memorialista, em uma autobiografia, ocorre em dois níveis: o dos acontecimentos e o do seu significado. Quanto à função desse gênero do ponto de vista de sua recepção, quem tem acesso a uma autobiografia pode, por meio dela, identificar-se com as experiências de outra pessoa e, a partir daí, ampliar a percepção que tem de determinado universo cultural, refletir sobre a realidade à sua volta e sobre si mesma.
Dificuldades antecipadas: Muitos alunos escrevem sem segmentar o texto em frases e têm dificuldade de compreender que os sinais de pontuação servem para estabelecer conexões. Em geral, eles têm dificuldade maior com o uso do ponto. Podem ser vários os motivos para não seguirem as regras: falta de conhecimento em relação a elas, incerteza sobre como usá-las ou simplesmente porque não dão importância a elas.
Referências sobre o assunto: CARVALHO, Sibéria. O ensino-aprendizagem da autobiografia: uma possibilidade para o desenvolvimento a linguagem escrita. Disponível em: https://sapientia.pucsp.br/handle/handle/13505
LEJEUNE, Phillipe. O pacto autobiográfico: de Rousseau à Internet. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008.
MUSEU DA PESSOA. Disponível em: http://www.museudapessoa.net/pt/home
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO. Cadernos de apoio e aprendizagem: Língua Portuguesa 1° ano. São Paulo: SME, 2014. Disponível em: http://portal.sme.prefeitura.sp.gov.br/lingua-Portuguesa-e-Matematica-Aluno-2014
Tema da aula
Tempo sugerido: 2 minutos
Orientações: Apresente a proposta da aula para os alunos.
Introdução
Tempo sugerido: 10 minutos
Orientações:
- Apresente outras expressões para que os alunos possam se divertir com os sentidos literal e figurado.
Desenvolvimento
Tempo estimado: 30 minutos
Orientações:
- Antes de ler em voz alta, para os alunos, o capítulo da autobiografia “Nu, de botas”, de Antonio Prata, peça aos alunos que comentem a capa do livro. O que observam? O título do livro é divertido? Por quê? A capa do livro nos remete aos anos 1970?
- Durante a leitura, faça pausas e esclareça possíveis dúvidas dos alunos. Esclareça os sentidos de palavras desconhecidas, como “nauseabundas”.
nau·se·a·bun·do (latim nauseabundus, -a, -um)
adjetivo
Nojento ou repugnante a ponto de causar náuseas. = NAUSEANTE, NAUSEATIVO
Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. Disponivel em:, https://www.priberam.pt/dlpo/nauseabundo
Desenvolvimento
Orientações:
- O significado da palavra “anacrônicas” pode ser desconhecido dos alunos:
a·na·crô·ni·co
adjetivo
1. Que não condiz com a cronologia.
2. Que destoa dos usos da época a que se atribui.
Desenvolvimento
Orientações:
- Depois da leitura, pergunte aos alunos o que notaram de diferente no texto autobiográfico. Quem narra o texto? Ele é narrado da perspectiva de um adulto que olha para o passado e conta com nostalgia ou distanciamento o que aconteceu?
- Se os alunos não conhecerem os objetos do laboratório citados, você pode projetar fotografias para que os alunos possam identificá-los.
Desenvolvimento
Orientações:
- No capítulo da autobiografia “Nu, de botas”, de Antonio Prata, as palavras adquirem sentidos novos no contexto. Retome as noções de denotação e conotação, discutidas no início da aula, e pergunte aos alunos se conhecem o significado literal das expressões “câmara hiperbárica” e “módulo lunar”.
- Leia o trecho, pedindo que os estudantes percebam a associação entre laboratório e sala de azulejos brancos, câmara hiperbárica e módulo lunar. Como veem as associações feitas pelo autor? Salas de azulejos brancos são lugares aconchegantes? São sérias ou divertidos? São áridas como a lua? São isolados como o fundo do mar ou o espaço?
- Pergunte se na opinião dos alunos, as duas expressões usadas pelo autor mostram o que é um laboratório? Como definiriam um laboratório com outras expressões?
Desenvolvimento
Orientações:
- Apresente o slide para os estudantes e peça que observem a câmara hiperbárica e o módulo lunar. Pergunte-lhes que semelhanças veem entre os três ambientes.
- A sala de azulejos brancos tem em comum com uma câmara hiperbárica o fato de ser um ambiente isolado, com condições de limpeza, objetos e procedimentos de uso que a diferenciam das outras salas da escola. Câmara isobárica ou câmara hiperbárica ou tanque isobárico é um equipamento que permite manter a pressão interna constante ou controlada. Trata-se de um compartimento selado, para onde é bombeado ar comprimido, ou mistura respiratória, por meio de compressores. O aumento da pressão é proporcional à quantidade de ar forçado para dentro do compartimento. A câmara isobárica é utilizada por mergulhadores nos trabalhos que exigem longos períodos de imersão a grandes profundidades, para que não haja riscos para sua saúde. Também é usada na medicina para uma modalidade terapêutica na qual um paciente é submetido à inalação de oxigênio puro em uma pressão maior que a pressão atmosférica (em geral, de 2 a 3 atm), dentro de uma câmara hermeticamente fechada com paredes rígidas. [Fonte: Wikipedia] Caso os alunos demonstrem interesse pelo assunto, sugira que leiam a reportagem sobre o trabalho de mergulhadores que consertam plataformas de petróleo a 300 metros do nível do mar e precisam ficar em câmaras hiperbáricas para manter o nível de oxigênio e pressão. Disponível em: https://oglobo.globo.com/economia/a-vida-confinada-no-fundo-do-mar-dos-mergulhadores-que-trabalham-nas-plataformas-2951079
- Já a aproximação da sala de azulejos brancos com o módulo lunar também tem relação com o isolamento do ambiente externo, mas também com a possibilidade de entrar em contato com o desconhecido.
Fechamento
Tempo estimado: 10 minutos
Orientações:
- Para fechar a aula, apresente um trecho de outro capítulo da autobiografia “Nu, de botas” e desafie os estudantes a dizer se as palavras destacadas estão no sentido denotativo ou conotativo.
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Sugestão de adaptação para ensino remoto
Atenção: esta adaptação reúne três planos de aula de uma sequência de 15 planos sobre o gênero autobiografia.
Recursos indicados
- Necessários: mídias de comunicação e interação (WhatsApp ou e-mail), para envio das orientações e das sugestões de atividades, escritas em um documento Word ou gravadas para serem disponibilizadas como arquivos. Escolha o modo mais acessível aos estudantes e às famílias.
- Opcionais: canais para aulas online, como Google Meet (tutorial disponível aqui) ou Zoom (tutorial disponível aqui).
Orientações iniciais
Os três planos aqui adaptados compõem uma proposta para realização de análise linguística e semiótica em textos do gênero relato autobiográfico, de modo a levar os alunos à percepção de como elementos linguísticos, como qualificadores, por exemplo, são importantes para a construção do efeito de sentido pretendido.
Introdução: Conotação e denotação em uma autobiografia
As atividades desta etapa correspondem ao plano LPO7_07SQA04.
Entre em contato com os alunos, por áudio, e apresente as expressões indicadas no slide de introdução para que possam refletir sobre os sentidos literal e figurado. Peça que pensem em outras expressões da Língua Portuguesa usadas no sentido figurado. Diga que nas próximas aulas vocês irão estudar o uso de expressões conotativas em um texto autobiográfico.
Previamente, digite o texto Senhor da chuva, de Antonio Prata, do livro Nu, de botas, em um arquivo Word. Insira no texto a imagem da capa do livro e as questões para discussão propostas no plano, e envie o arquivo aos alunos. Peça que façam a leitura com atenção, anotem as palavras cujos significados sejam desconhecidos para eles e pesquisem seus significados. Peça também que pesquisem o significado e imagens de uma câmera hiperbárica e de um módulo lunar. Além disso, peça que respondam às demais questões interpretativas, conforme a orientação do plano. Estabeleça um prazo para que entreguem a atividade.
Corrija as atividades entregues pelos alunos e organize uma devolutiva, com comentários sobre as questões, por meio de áudio ou vídeo. Encerre-a com a leitura do trecho do texto apresentado no slide de fechamento. Desafie os estudantes a dizer se as palavras destacadas estão no sentido denotativo ou conotativo.
Desenvolvimento: Análise linguística e semiótica - função dos adjetivos no gênero autobiografia
As atividades desta etapa correspondem ao plano LPO7_07SQA05.
Previamente, digite em um arquivo Word o trecho do texto apresentado no slide de introdução, do livro Na minha pele, de Lázaro Ramos. Digite também as questões apresentadas no slide. Envie a atividade aos alunos, por e-mail, com a orientação e o tempo estabelecido para que a tarefa seja realizada e devolvida a você.
Depois de recebidas as respostas dos alunos, faça uma devolutiva refletindo sobre o papel das palavras que escolheram e sobre como os adjetivos e locuções adjetivas modificam os sentidos dos substantivos.
Se possível, organize um encontro síncrono para conduzir a atividade de comparação do texto original, com as lacunas preenchidas, com as respostas dadas pelos alunos. Caso contrário, digite novamente, em arquivo Word, os textos trazidos nos slides de desenvolvimento, juntamente às questões, e envie aos alunos o arquivo. Peça que o respondam. Junto a esse arquivo, envie as orientações e seus comentários sobre a importância dos adjetivos para construção de sentido no gênero autobiografia. Chame a atenção deles para o fato de como os adjetivos e as locuções adjetivas contribuem para caracterizar e descrever ambientes, personagens e cenas. Estabeleça um prazo para realização e entrega da tarefa. Organize, então, a devolutiva com os comentários. Nessa devolutiva, procure citar muitos exemplos, tanto das respostas dos alunos quanto dos textos, para que o conteúdo fique bem sistematizado e compreensível.
Fechamento: A função dos adjetivos e das locuções adjetivas
As atividades desta etapa correspondem ao plano LPO7_07SQA06.
Previamente, digite os dois fragmentos de relatos autobiográficos, apresentados no slide de introdução, juntamente com as questões. Caso a aula de leitura desta sequência de planos não tenha sido dada, escreva na abertura do arquivo uma breve apresentação de cada obra para contextualizar os fragmentos, que serão comparados pelos alunos, a fim de localizarem as palavras, expressões ou orações que os ajudem a caracterizar as personagens. Envie aos alunos o arquivo para que realizem a atividade, juntamente com as orientações necessárias. Estabeleça um prazo para que cumpram a tarefa e a devolvam a você.
Se possível, marque um encontro síncrono para realização da devolutiva da tarefa. Apresente aos alunos, então, o texto do segundo slide de desenvolvimento, no qual os trechos estão destacados. Conduza essa devolutiva com as explicações sobre a importância dos adjetivos e das locuções adjetivas para a construção do efeito de sentido nos relatos autobiográficos. Siga as orientações do plano para conduzir esta etapa da aula. Encerre com a leitura do texto apresentado no slide de fechamento, a fim de reforçar a ideia de efeitos de sentido e intencionalidade, e de ampliar o uso dos modificadores (adjetivos e locuções adjetivas).
Convite às famílias
Incentive os estudantes a convidarem seus familiares para uma roda de leitura de relatos autobiográficos. Os textos podem ser lidos em voz alta pelos alunos para seus familiares, por exemplo, em um momento em que a família comumente se reúne para ver televisão. Essa interação pode manter e/ou fortalecer os vínculos entre os estudantes e entre a família e a escola.