Atividade para impressão - Consigna da caixa itinerante - EDI1_09UND03
Plano de Aula
Plano de aula: Dança do barulho
Plano 3 de uma sequência de 5 planos. Veja todos os planos sobre Dança
O que fazer antes?
Contextos prévios:
Para realizar esta atividade você precisa antecipar e/ou confeccionar os objetos sonoros a serem utilizados, como latas, potes, tocos de madeira, pandeiros, chocalhos de madeira, de plástico e de metal, cascas de cocos, fundos de garrafas pets, molho de chaves, pau de chuva, cabaças, guizos, pandeiros, tambores, tréculas, chincalhos, reque-reque, tan-tans, maracas. Pesquise na internet bons tutoriais para confeccioná-los, de acordo com os materiais que tiver disponíveis em sua escola.
Materiais:
Objetos sonoros diversos de madeira, metal e plástico.
Espaços:
Priorize realizar esta atividade em ambiente externo, dessa forma, o som não ficará concentrado em um único ambiente, minimizando o impacto dos ruídos emitidos pela exploração dos objetos. Distribua os objetos em cestos espalhados pelo ambiente e tente agrupá-los por características similares. Nesse contexto, todos os objetos de metais ficam em um organizador, em outro ficam os de madeira e, num terceiro, os objetos de plástico.Essa organização auxilia a percepção das crianças quanto a diferenças e semelhanças dos objetos disponíveis e visa potencializar o interesse pela exploração dos mesmos, ao perceberem que cada um destes instrumentos têm especificidades distintas quanto ao som, peso, textura, temperatura, cor, tamanho dentre outras características.
Tempo sugerido:
Aproximadamente 50 minutos.
Perguntas para guiar suas observações:
1. Como cada bebê reage a esta proposta: tem interesse em trocar os objetos, permanecem com o mesmo durante toda atividade ou ainda manuseia mais que um objeto por vez? Quais objetos mais provocam interações?
2. Ao explorar os objetos, você observa que o bebê teve percepção de que seus movimentos têm ações diretas nos sons emitidos? Como?
3. Ao brincar com os objetos sonoros o bebê demonstra realizar movimentos de danças a partir da emissão sonora ou parece dançar para criar sons? As crianças imitam umas as outras?
Para incluir todos:
Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às necessidades e às diferenças de cada criança ou do grupo. Assegure que todas as crianças tenham condições de participar. Nesse contexto, cuide para que os bebês muito pequenos e que não sentam com autonomia tenham o apoio necessário e estejam dispostos em locais próximos ao grande grupo e aos objetos. Garanta um espaço seguro para aqueles que sentam com autonomia e outro de mobilidade para aqueles que engatinham ou andam, com ou sem autonomia.
O que fazer durante?

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Comece escolhendo um dos objetos sonoros, coloque-o em uma caixinha e faça uma surpresa para as crianças. Movimente-a para chamar a atenção dos pequenos. Ao perceber que os bebês estão atentos a você, abra a caixinha e mostre o objeto, manuseando-o de forma a emitir sons. Na sequência cante uma música familiar ao grupo, tentando marcar o ritmo, fazendo uso desse objeto. Compartilhe com os bebês que você preparou um lugar com muitos desses e que eles irão até lá brincar. Incentivea participação de todos. Esteja atento aos interesses e ritmos dos bebês, auxiliando-os nos grupos, mas também em manifestações individuais, garantindo que cada um tenha seu tempo e espaço respeitados. Deixe de fácil acesso um cesto com objetos preferidos das crianças, para que façam uso quando desejarem.
2
Ao chegar no local da atividade, deixe que as crianças que engatinham, andam com apoio ou marcham com autonomia explorem o espaço e os cestos, a fim de que descubram suas preferências, escolhendo o tempo de permanência de acordo com os próprios interesses. Favoreça a exploração das crianças que necessitam de auxílio para se aproximar dos cestos ou mesmo para tocar, segurar, explorar os objetos sonoros. Nessa etapa é importante que haja mais de um professor (ou adulto responsável), de modo que todas as crianças tenham apoio necessário durante a exploração nos pequenos grupos.
3 Agora que os bebês estão mais familiarizados com os objetos, observe-os atentamente , verificando os que estão produzindo os sons com o próprio corpo em interação com objetos do ambientee convide os demais para fazer o mesmo. Neste momento a brincadeira vai estar bem divertida, e, provavelmente a atenção do grupo deve estar nas surpresas dos resultados de cada movimento. Continue observando e veja que alguns bebês estão arriscando novos movimentos, convide-os a dançar! Imite-os, valorizando suas ações, e convide as crianças para dançar e peça que observem como a ação delas interfere diretamente no som e nos ritmos experimentados.
Possíveis ações das crianças neste momento: Um bebê sentado, balança os braços agita o chocalho com força, olha para o professor e sorri.
Possíveis falas do professor neste momento: Olha! O amigo está sacudindo os braços vamos ouvir que barulho isso faz? E se eu chacoalhar os meus bem rapidinho? Como podemos fazer? Vamos todos balançar bem rápido! Agora bem devagar.
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Cante canções conhecidas pelos bebês e tente marcar os tempos e a duração delas com objetos sonoros de diferentes timbres. Convide as crianças para tocar e a dançar a partir dessa sinfonia. Há algumas canções da nossa cultura que podem contribuir muito com este momento, como: “Atirei o pau no gato”, “ Esquindolelê”, “Roda, roda, roda”, “A barata diz que tem”, “Fui morar numa casinha”. Além dessas, as músicas do grupo Barbatuques podem ser excelentes aliadas nesse momento, com seus diferentes ritmos. http://barbatuques.com.br/pt/
Para finalizar:
Após brincar muito, esteja atento ao interesse dos bebês. Quando começar a diminuir, antecipe a eles a próxima atividade e inicie o convite para voltar à sala tocando os instrumentos. Acompanhe-os cantando uma música enquanto retornam. Ao chegarem, solicite que guardem os objetos. Escolha um espaço na sala onde esses objetos fiquem à disposição dos bebês, a fim de que os manipulem quando quiserem de forma autônoma.
Desdobramentos
Você pode firmar uma parceria com o professor e as crianças pequenas da escola, sugerindo que confeccionem objetos sonoros para serem compartilhados com os bebês. Proponha ainda que, na ocasião da entrega aos bebês, aproveitem a oportunidade para tocar e dançar juntos, fazendo uso dos instrumentos. Dessa forma, o repertório dos bebês será ampliado na interação com as crianças maiores que eles.
Engajando as famílias
Providencie a caixa itinerante da “Dança do barulho”. A proposta é que você selecione alguns objetos sonoros e empreste-os às famílias, para que, em casa, brinquem, toquem e dancem com os bebês. Juntamente com a caixa envie um caderno, para que os familiares possam registrar, por meio de texto, foto, imagem ou desenhos, como foi essa experiência sonora e lúdica. Na primeira página do caderno, contextualize para as famílias o objetivo da proposta. Você pode também selecionar algumas imagens da atividade realizada na escola para encapar o mesmo. Oportunize que acrescentem objetos à caixa, caso as famílias assim desejem. Veja uma sugestão de consigna aqui. Um ponto importante para garantir significado a essa proposta é orientar as famílias para que as crianças participem dos registros.
Dança do barulho
Apresente a proposta
Grave um vídeo, se possível, mostrando como fazer essa proposta em casa de forma simples e divertida, favorecendo a interação da família e dando continuidade às pesquisas corporais que o bebê fazia na escola. Se tiver em casa, compartilhe momentos na escola dançando e explorando diversos materiais sonoros através de fotos ou pequenos vídeos. Assim, aproveite e convide a família para que façam em casa uma “dança do barulho”. Envie o vídeo por Whatsapp ou outra plataforma que estejam utilizando em sua rede. Nesse momento de privação, tanto social quanto de contato com a natureza, é interessante e importante oportunizar alternativas. Explique que, ao dançar e se movimentar, é possível conhecer mais sobre o próprio potencial, bem como limitações nesse sentido.
Adaptações necessárias
Para realizar a “Dança do barulho”, oriente que utilizem objetos que possibilitem variados sons, como: panelas, colheres de pau, potes, garrafas plásticas, latas, dentre outros que tenham em casa. Enfatize que tudo esteja bem higienizado e sem riscos para o bebê.
Sugira às famílias
Antes de iniciar a dança, sugira que o familiar coloque os objetos sonoros dentro de uma caixa e instigue a curiosidade do bebê, para que descubra o que tem dentro, balançando para que faça barulho. Durante esse momento de descoberta, oriente que interaja com o bebê, descobrindo, juntos, como produzir sons ao explorar objetos a partir do próprio interesse. Ao colocar a música, é importante que tenham liberdade para dançar e interagir com os objetos, produzindo sons com eles e com o próprio corpo. Esses serão momentos de convivência e descobertas, certamente.
Para compartilhar com o grupo
Convide as famílias para fazerem a dança do barulho e, se possível, registrar em um pequeno vídeo ou fotos, comentando a respeito de como foi essa vivência. Compartilhe os registros com as demais famílias na plataforma que sua rede estiver utilizando ou via Whatsapp, para estimular a participação de mais famílias. Esse material poderá inspirar suas práticas quando retornarem às atividades presenciais, trazendo outras formas de explorar objetos sonoros e dançar com os bebês, a partir das vivências que tiveram em casa. Além disso, esse material poderá compor uma exposição na recepção dos bebês, facilitando a readaptação através das memórias afetivas evocadas por essas experiências prazerosas e divertidas.
Este plano de atividade foi elaborado pelo Time de Autores NOVA ESCOLA
Autor: Tamira Paula Torres Martins de Souza
Mentor: Keli Luca
Especialista do subgrupo etário: Ana Teresa Gavião
Campos de Experiência: O eu, o outro e o nós; corpo, gesto e movimento, traços, sons, cores e formas; espaços, tempos, quantidades, relações e transformações.
Objetivos e códigos da Base
Centrais:
(EI01TS01) Explorar sons produzidos com o próprio corpo e com objetos do ambiente.
(EI01TS03) Explorar diferentes fontes sonoras e materiais para acompanhar brincadeiras cantadas, canções, músicas e melodias.
Transversal:
(EI01CG02) Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes acolhedores e desafiantes.
Abordagem didática: A história da dança é uma manifestação cultural antiga que coincide com a história da civilização humana. Dançar era, e ainda é, uma forma de garantir os costumes de um povo, cultuar valores, entender crenças. Assim, a dança ao mesmo tempo em que provoca aprendizagens, provoca prazer.
Para os bebês, é importante organizar espaços e tempos de danças e músicas, previamente selecionadas, como as regionais, as populares, as clássicas... Ampliar o repertório é muito importante para construção de um olhar amplo, atento e respeitoso, pois temos uma diversidade de danças, ritmos e instrumentos.
É interessante convidar as crianças a dançar entre elas, a dançar com os adultos, a dançar com os objetos. Ela vai percebendo aos poucos a alegria de brincar em grupo e a potência dos seus diversos gestos e movimentos.
A dança convida a exploração e o contato com diferentes ritmos (noções matemáticas), a observação da relação do seu corpo com a música (noções físicas); além da interação com patrimônio cultural e da criação da sua própria ação ao movimentar-se.