Atividade para impressão - Bilhete-Antes-fotos - EDI1_11UND01
Plano de Aula
Plano de aula: Percurso com tiras de papel
Plano 1 de uma sequência de 5 planos. Veja todos os planos sobre Percurso simples
O que fazer antes?
Contextos prévios:
Combine com o professor de outro agrupamento de faixa etária diferente, para que possam realizar a proposta de forma integrada. Essa socialização é de suma importância, pois os bebês menores espelham-se nos maiores, o que favorece a imitação. Possibilite que eles já tenham feito uma exploração prévia com tiras de papel. Por exemplo, rasgando folhas de revista em um momento de exploração sensorial ou colocando tiras de tamanhos e larguras diversas, com a proposta de andarem sozinhos ou emduplas. Ou, até mesmo, colocando tiras com extensões diferentes, diversificando as experiências. Pense também em como propor uma exploração prévia em relação à tenda. Solicite aos familiares fotos significativas ou use imagens de revistas com temas de interesse das crianças (por exemplo, de animais) para colar por todo o percurso. (ACESSE AQUI O MODELO DE BILHETE)
Este plano faz parte de uma sequência de cinco. São eles:
1. Percurso com tiras de papel (link)
2. Percurso com túnel e bolinhas coloridas (link)
3. Percurso com colchões (link)
4. Percurso inclinado (link)
5. Percurso e muitos desafios motores (link)
Materiais:
Papel resistente em tiras e fita adesiva para fixá-las no chão. Fotos dos bebês e suas famílias e/ou outras imagens (de revista, por exemplo). Plástico autoadesivo e papel cartão ou papelão, para que as fotos fiquem mais resistentes. Tecidos e uma, ou mais, mesas(para cobrir e fazer a tenda).
Espaços:
A proposta pode ser realizada na sala ou no corredor da escola. Organize o espaçopreviamente, para que seja disponibilizado aos bebês empequenos grupos. Mescle as faixas etárias presentes, para que os menores possam interagir com os maiores. Se possível, utilize um tecido (partido no meio, por exemplo) na entrada do local, para que os bebês possam passar por dentro. Ao preparar a tenda com os tecidos, monte de forma que as crianças tenham a possibilidade de alcançar o teto.
Tempo sugerido:
Aproximadamente 50 minutos.
Perguntas para guiar suas observações:
1. Fique atento às reações e expressões dos bebês no decorrer do percurso. Que tipo de explorações as crianças fazem? Como utilizam seus corpos nessas explorações?
2. Os bebês se comunicam de formas diferentes através de expressões faciais, olhares, gestos, movimentos, balbucios e até das primeiras palavras. Quais são os elementos que mais provocam interações?
3. O percurso desafia as crianças em sua autonomia e quanto a descoberta de novas formas de explorar envolvendo movimentos e gestos?
Para incluir todos:
Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender as necessidades e diferenças de cada criança ou do grupo. Garanta a participação de todos os bebês, incluindo os que não se locomovem com autonomia, Ofereça apoio quando necessário, colocando as fotos penduradas em tiras presas em bambolês ou dispostas ao redor deles, para que possam explorar.
O que fazer durante?

1
Converse com ogrupo todode bebês, informando que estão indo da sala para o local organizado previamente. Explore com eles todo o caminho, conduzindopequenos gruposde cada vez, com auxílio de outros adultos responsáveis. Quando chegar, convide-os a passarem pelo acesso onde estará o tecido. Permita que os bebês explorem a entrada, cada um à sua maneira (auxilie, se necessário, garantindo que todos consigam participar) e observe atentamente até que um deles avance para o percurso em si.
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Durante o percurso, os bebês podem manifestar interesses diversos. Por exemplo, eles podem explorar os tecidos da tenda ou permanecer no percurso por mais tempo e explorar as fotos/imagens. Esteja atento aos interesses e especificidades dos bebês. Destaque suas curiosidades. Aproveite os momentos de exploração deles para fazer boas intervenções, chamando atenção dos demais, pontuando o que encontraram no percurso e fazendo essa mediação entre as diferentes idades que ali interagem. Registre toda a riqueza desses momentos por meio de fotos ou vídeos, para estudo e escrita de documentação pedagógica. Procure estar disponível caso alguma criança queira dividir observações feitas ao apreciar as fotos no decorrer do percurso.
Possíveis falas do professor neste momento: Olhem! Vamos ver as fotografias do percurso? Quem será que é esse bebê? O que será que ele está fazendo? Essa é a sua família? Quem encontraremos logo à frente? Venham, vamos ver!
3
Possibilite a livre exploração dos bebês pelos tecidos da tenda. Observe o encantamento em seus olhos ao longo das tentativas de sentirem a textura no tecido. Favoreça os bebês que não têm autonomia, garantindo acesso às fotos dispostas pelo percurso e fazendo com que seu corpo sirva de suporte para suas explorações. Durante a observação da proposta, coloque em destaque as ações dos bebês, para que o grupo avance em suas pesquisas exploratórias. Para aquelas crianças que iniciaram a finalização da sua participação, disponibilize uma uma caixa de brinquedos sobre colchonetes.
Possíveis falas do professor neste momento: O que será que há dentro da tenda, o bebê está lá dentro, vamos ver juntos?
Para finalizar:
Com a aproximação da finalização da proposta, avise os bebês qual será o próximo acontecimento do dia. Convide-os para participarem na organização do espaço, antes de seguirem para a próxima vivência. Organize, com eles, os materiais (caixa de brinquedos).
Desdobramentos
Essa vivência pode ser apresentada com outros materiais. Como, por exemplo: colchonetes (espaçados ou unidos), caixas de papelão (viradas para cima ou para baixo), bambolês (pendurados na altura das crianças ou dispostos no chão) etc. Utilize também objetos presentes no mobiliário da escola, como mesas e cadeiras, propondo outros desafios motores que ampliam cada vez mais o repertório dos bebês.
Engajando as famílias
Como as fotos que foram enviadas pelas famílias são muito significativas, convide os familiares para montarem, junto às crianças, um grande mural ou um tapete. O mural ou tapete pode ser fixado na sala ou levado para os ambientes escolares que sejam acessíveis a todos. Posteriormente, mostre aos familiares qual foi a reação das crianças ao terem contato com o material, com a proposta e quais foram as observações feitas.
Apresente a proposta
Pense em uma forma atrativa para convidar as famílias: se tiver fotos de momentos na escola em que o grupo esteja envolvido em desafios corporais diversos, compartilhe-as. Você pode também gravar um vídeo exemplificando como objetos que temos em casa (almofadas e cobertor enrolado, por exemplo) podem ser usados para favorecer a percepção e o desenvolvimento sobre limites e possibilidades motoras. Desta forma, aproveite a memória dos momentos que viveram na escola e convide a continuarem fazendo percursos simples, possíveis de se realizar no contexto domiciliar de forma segura, divertida e prazerosa. Envie pela plataforma que estão utilizando em sua rede ou mesmo pelo WhatsApp. Essa proximidade desperta o pertencimento ao grupo, o que aguça a participação de mais famílias.
Adaptações necessárias
Os percursos serão organizados pelos familiares de acordo com cada realidade. Os planos dessa sequência trazem diversas sugestões.
1) No percurso com tiras de papel, podem selecionar fotos e montá-lo a partir delas. Se não tiverem fotos, orientem que utilizem recortes de revistas, selecionando imagens atrativas para os bebês. A cabana sugerida, que ficará ao final desse percurso com fotos ou imagens, pode ser feita com cadeiras ou debaixo de uma mesa coberta com tecidos, dependendo do espaço disponível.
2) Para o percurso com bolinhas, sugira pelo menos uma caixa de papelão de tamanho suficiente para que o bebê possa explorá-la por dentro. Caso não tenham bolinhas coloridas, meias dobradas em formato redondo são uma boa opção.
3) Para os percursos com colchões e inclinado, sugira um material macio alternativo, como edredom ou cobertor dobrado, simulando o colchão no chão. Um encosto de sofá no chão poderá simular o plano inclinado, dentre outras ideias.
4) Para o percurso com muitos desafios motores, oriente que usem a criatividade: rolinhos com cobertores amarrados, almofadas, cadeiras, mesa etc.
Sugira às famílias
Convide as famílias a oferecer ao bebê, por meio de brincadeiras, os desafios motores selecionados e organizados no local. Algumas orientações gerais são importantes para todos os percursos:
- incentivem o bebê a transpor todos os obstáculos apresentados, permitindo que explorem de forma segura e livre, descalços ou com meias antiderrapantes para maior estabilidade;
- é fundamental que o familiar sirva de apoio durante o percurso, transmitindo motivação, tranquilidade e segurança, e auxiliando caso seja necessário, mas não fazendo o percurso pelo bebê nem tirando dele a oportunidade de descobrir como passar por aquele obstáculo de um jeito próprio;
- é importante a observação para nomear as ações e sentimentos presentes, ampliando o autoconhecimento através da relação.
1) Percurso com fotos e cabana: o desafio em jogo é percorrer um pequeno caminho com fotos ou imagens até chegar na cabana. Oriente que o familiar converse, nomeando as pessoas e fatos envolvidos, além das ações e movimentos corporais necessários para se chegar ao destino.
2) Percurso com bolinhas: o desafio é acompanhar o caminho das bolinhas até chegar à caixa e, lá, explorar e transformar a caixa de papel em brinquedo, o que o bebê ama e gera momentos de risadas: esconder e achar, entrar e sair, abrir e fechar as abas da caixa. As bolas vão compor a brincadeira, favorecendo interações com o corpo do bebê em movimento.
3) Para o percurso com diferentes alturas, os desafios para subir e descer poderão ser feitos com edredons dobrados, encosto de sofá ou almofadas. Reitere a orientação para que acompanhem e supervisionem o bebê nesse momento para evitar acidentes.
4) Para o percurso inclinado, a ideia é simular um tipo de escorregador com o encosto do sofá apoiado no chão, para que o bebê possa escalar e descer escorregando. Oriente que forrem o chão com edredom. Na impossibilidade de sair para a riqueza que as áreas externas oferecem, esses momentos para brincar e explorar o espaço disponível em casa ajudam no desenvolvimento físico, uma vez que envolvem aspectos emocionais e cognitivos. Reitere a orientação para a supervisão do adulto durante todo o momento, de modo a possibilitar uma brincadeira segura.
5) No percurso com muitos desafios, os familiares poderão colocar variadas propostas, a depender do tamanho do local disponível. Aqui, a orientação é para que o bebê transponha os obstáculos e possa voltar a repeti-lo quantas vezes desejar, sempre sob supervisão de um responsável. Exemplos: edredom dobrado para engatinhar, almofadas para subir e descer, encosto de sofá para escalar e escorregar, terminando com uma cadeira para passar por baixo.
Para compartilhar com o grupo
Convide os familiares a compartilhar esses momentos em foto, vídeo ou áudio, com comentários sobre como foram essas vivências corporais. Assim que recebê-los, você pode compartilhá-los com as demais famílias pela plataforma que estiver usando ou via WhatsApp. Assim, uma família contribui com a outra por meio da troca de experiências, ampliando as possibilidades de brincar em casa com seus bebês nesse momento em que todos estão privados do convívio social. Além disso, as formas que as famílias encontraram para propor desafios motores em casa poderão se tornar um rico recurso para diversificar suas práticas na escola. Utilize esses registros para incorporar ideias e evocar memórias afetivas. Planeje que ideias poderão ser retomadas com os bebês na escola, tornando-as um importante apoio no retorno escolar.
Este plano de atividade foi elaborado pelo Time de Autores NOVA ESCOLA
Autor: Talita Marques
Mentor: Keli Luca
Especialista do subgrupo etário: Ana Teresa Gavião
Campos de Experiência: corpo, gestos e movimentos; O eu, o outro e o nós; Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações.
Objetivos e códigos da Base
Centrais:
(EI01EO02) Perceber as possibilidades e os limites de seu corpo nas brincadeiras e interações das quais participa.
(EI01CG02) Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes acolhedores e desafiantes.
Transversal:
(EI01CG01) Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoc?o?es, necessidades e desejos.
Abordagem didática:
Nos primeiros meses de vida, o movimento tem grande relevância para o desenvolvimento: a psicogênese da motricidade se entrelaça com a psicogênese da pessoa. O bebê se comunica por meio de gestos e olhares, expressa emoções mexendo os braços ou balançando o tronco, por exemplo, e explora os objetos segurando-os e, por vezes, colocando-os na boca. Nos percursos simples, as crianças podem explorar e experimentar corporalmente os desafios. Tais vivências permitem aprender sobre limites e possibilidades do corpo.