Atividade para Impressão - Pesquisa musical para as famílias - EDI1_09UND01
Plano de Aula
Plano de aula: Danças, balanços e acalantos
Plano 1 de uma sequência de 5 planos. Veja todos os planos sobre Dança
O que fazer antes?
Contextos prévios:
Para esta atividade é importante realizar uma pesquisa junto às famílias dos bebês sobre os acalantos que os embalam nos diversos momentos do cotidiano. Para isso, elabore um impresso compartilhando a ideia desta proposta que, neste caso, é propiciar no contexto escolar momentos prazerosos com a dança e com a música que remetam à vivência cultural familiar. Veja sugestão do impresso de pesquisa para ser enviado às famílias clicando aqui.
Materiais:
Impresso de pesquisa enviado às famílias; algum instrumento de percussão ou objeto sonoro para marcar tempos e ritmos dos acalantos; tapetes; almofadas; mantas; cobertores; fraldinhas de panos; materiais que tragam significados aos acalantos previamente selecionados e ainda objetos de transição carregados de afeto das crianças (paninhos, pelúcias, dentre outros).
Espaços:
Crie um cenário de acalanto com os materiais listados acima no ambiente de sala ou no espaço externo, por exemplo, embaixo de uma árvore frondosa ou em outro espaço acolhedor e aconchegante.
Tempo sugerido:
Aproximadamente 50 minutos.
Perguntas para guiar suas observações:
1.Quais são as impressões e as reações dos bebês ao ouvir uma música familiar?
2. Os bebês procuram imitar o movimento do adulto ou dos colegas durante as danças, promovidas pelos balanços dos acalantos?
3.Os bebês demonstraram preferência ou satisfação em alguma situação pontual da atividade de dança?
Para incluir todos:
Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às necessidades e às diferenças de cada criança ou do grupo. Organize para que todas tenham condições de participar. Nesse contexto, cuide para que os bebês muito pequenos e que não sentam com autonomia tenham o apoio necessário e estejam dispostos como grande grupo. Garanta um espaço seguro para quem senta com autonomia e espaço de mobilidade para aqueles que engatinham ou andam, com ou sem autonomia.
O que fazer durante?

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Compartilhe com os bebês a atividade que será realizada, dizendo que vocês irão até a área externa para cantar músicas que os adultos que convivem com eles em casa cantam. Chame a atenção tocando suavemente um pandeirinho, chocalho ou outro objeto sonoro que lembre percussão. Priorize falar baixinho e suave, porém, animadamente, convidando as crianças. Estimule a participação de todos e antecipe algumas situações para atender aos interesses dos bebês, de forma que tenham seus tempos e espaços respeitados. Como sugestão, leve para o local da atividade um cesto com objetos preferidos das crianças.
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Inicie o trajeto com um acalanto previamente selecionado dentre as contribuições das famílias, caminhe cantando e dançando com as crianças, conduzindo-as, preferencialmente, em pequenos grupos, ao local onde a atividade será realizada. É imprescindível que o ambiente esteja organizado conforme sugerido anteriormente. A medida que forem chegando, posicione os bebês que não se locomovem com autonomia e permita que aqueles que têm autonomia explorem os materiais dispostos no espaço. Deixe que eles escolham onde querem se aconchegar, quais objetos querem e com quem preferem interagir. Favoreça aos bebês que não têm autonomia o acesso aos materiais, deixando-os ao seu alcance por meio de móbiles, caixas e cestos. Cante a música “Nana neném” inicialmente apenas com o recurso da voz. Caso você não conheça esta canção, faça uma pesquisa na internet. Observe atentamente quem se aproxima dos paninhos e chame atenção dos demais bebês, partindo dessa exploração deles.
Possíveis falas do professor neste momento: Olhem, crianças, o paninho que o colega pegou! Que cheirinho gostoso! Hum, dá vontade de “nanar”. Quem quer um paninho para nanar?
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Agora que as crianças estão familiarizadas com o ambiente e já estão inseridas dentro de uma proposta musical, é interessante que você siga cantando “Nana neném” e introduza elementos que favoreçam os embalos da canção. Para isso, improvise com paninho um saquinho de bebê, fazendo de conta que tem um neném ali dentro, embalando-o. A ideia é que, por meio deste gesto de balançar, os bebês sejam sutilmente convidados a embalar e balançar-se, fazendo uso do recurso da imitação. Embale os bebês, iniciando pelos menores, para que se sintam acolhidos e desfrutem do balanço dos acalantos. Você pode fazer isso, assim como os demais adultos presentes, se houver. No decorrer desta etapa, uma sugestão é que você troque o cantar por cantarolar respeitando o ritmo e balanço do acalanto: “mmmmmm” ou “lalalalá”.
Possíveis falas do professor neste momento: Vejam, nosso bebê está balançando! Vamos balançar, sentir nosso corpo balançar junto com o bebê? Como balançamos nosso corpo?
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Nesta etapa, vamos agregar mais um elemento à nossa atividade. Para isso, utilize os objetos sonoros presentes no ambiente para marcar os ritmos e os tempos da canção, atribuindo significado a esses objetos junto aos bebês. Use, por exemplo, chocalhos (potes ou garrafinhas com grãos e outros elementos), tambores (latas de diversos tamanhos, com ou sem tampa, com bexiga, tecido etc;), entre outros, de diversos tamanhos e timbres. Apresente os objetos aos bebês e convide-os a explorar os materiais, balançando-os, enquanto cantam e tocam. Instigue os bebês a se movimentar em diferentes ritmos (lentos e rápidos) e a cantar em timbres variados, como agudos e graves. É relevante que você utilize os objetos de forma ritmada e que seus gestos acompanhem o andamento das canções, para que inspire os bebês a fazer o mesmo. Assim eles vão adquirir experiência com diferentes balanços e ritmos.
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Agora que os bebês estão familiarizados com as propostas, apresente os outros acalantos trazidos pelas famílias, replicando as estratégias anteriores. Compartilhe com as crianças, contando para elas o familiar de quem que enviou a música. Sinalize que irão cantar música que um adulto canta na hora do banho, na hora de dormir, dentre outros momentos. Desta maneira você vai encadeando as canções enviadas pelas famílias até a finalização da atividade.
Para finalizar:
Para encerrar a atividade, avise os bebês que em dez minutos vocês irão começar a guardar as coisas e compartilhe com eles a próxima proposta, diga o quanto foi bom dançar e cantar com eles. Peça ajuda para que dentro de suas competências cada qual possa organizar os objetos no lugar (cestos ou caixas, se for o caso) e que voltem para a sala cantando.
Desdobramentos
Esta atividade pode ser realizada em contexto de interação com outras faixas etárias, uma vez que as crianças um pouco maiores tendem a se considerar grandes e demonstram prazer em cuidar e interagir com os menores. Seria uma oportunidade ímpar de todos os bebês se sentirem embalados, acalentados e, acima de tudo, de interagir com o outro.
Engajando as famílias
Envie um convite antecipado às famílias para que participem dessa atividade, explicando que na oportunidade irão cantar e embalar todos os bebês, ampliando suas experiências e contribuindo para o desenvolvimento e a aprendizagem de todos. Clique aqui e veja sugestão de convite.
Atividade para impressão
Danças, balanços e acalantos
Apresente a proposta
Pense em uma forma bacana para convidar a família: procure e compartilhe fotos de momentos na escola onde o grupo esteja embalado ao som de acalantos. Você pode gravar um vídeo embalando do seu jeito e propondo a atividade no plano, ao som de um dos acalantos que faça parte do repertório do seu grupo na escola. Aproveite a memória dos momentos que viveram para convidar a turma.
Solicite que, agora, dêem continuidade à atividade em casa, embalando em família ao som que costumam cantar no contexto domiciliar. Envie o vídeo pela plataforma que estão utilizando em sua rede ou pelo Whatsapp. Essa proximidade desperta o pertencimento no grupo, e aguça a participação de mais famílias. Esses serão momentos valiosos para aprofundar os vínculos afetivos e gerar memórias, que poderão ser evocadas no retorno escolar.
Adaptações necessárias
Oriente que organizem um espaço aconchegante para realizarem a proposta de acordo com o que tiverem em casa: se dispuserem de quintal, pode ser realizada na sombra, com edredom fofinho no chão para ficar confortável; se for um espaço menor, é possível preparar um cantinho com almofadas e paninhos, de forma acolhedora. Esclareça que a intenção é gerar a sensação de aconchego e acolhimento para terem liberdade de movimento na hora de embalar ao som do acalanto. Os familiares podem usar como referência o espaço criado por você no vídeo enviado ou nas fotos das vivências escolares. Se não tiverem repertório, em casa, de acalantos, poderão usar a canção que você sugeriu, que o bebê já conhece.
Sugira às famílias
Convide os familiares a deixarem o bebê em uma posição confortável durante a proposta, que é interativa e inclui movimento corporal. Desta forma, esclareça que não é necessário ele ficar sentado ou olhando para demonstrar que está prestando atenção. Oriente que é fundamental validar as iniciativas do bebê e perceber os interesses dele. Os familiares podem cantar o acalanto que costumam usar em casa ou ouvir com som no celular. Essa pode ser uma possibilidade, mas, ressalte que evitem o uso de vídeos porque poderiam focar a atenção na imagem. Peça para que privilegiem o contato entre a família nesse momento.
A intenção é estreitar laços através da interação. Diga que será bem prazeroso estarem juntos, desfrutando de momentos assim. Ao som do acalanto, o adulto pode convidar o bebê para a proposta de forma envolvente, fazendo o movimento corporal de embalo, mexendo o corpo para lá e para cá, com ou sem um objeto (aquele que tiver disponível em casa), e assim ser imitado pelo bebê. Para ficar mais divertido, poderá fazer sons típicos do ritmo: “ummm”, “lalalalá” e improvisar com um pano enrolado ou almofada, simulando um bebê no colo.
Para compartilhar com o grupo
Convide os familiares para que compartilhem com você esses valiosos momentos através de foto, vídeo ou áudio, com comentários sobre como foi essa vivência. Compartilhe-os com as demais famílias e, assim, favoreça que uma contribua com a outra, ampliando possibilidades. Esse material, além de repertoriar outras famílias nesse momento, fazendo com que participem mais, é também um rico recurso para diversificar as práticas na escola.
Quando voltarem à sala de aula, terão outras versões dos acalantos já conhecidos, ampliando o repertório cultural do grupo de acordo com essas experiências compartilhadas em casa. Planeje quais e como poderão ser retomadas com os bebês na escola, se tornando um importante apoio na readaptação.
Este plano de atividade foi elaborado pelo Time de Autores NOVA ESCOLA
Autor: Tamira Paula Torres Martins de Souza
Mentor: Keli Luca
Especialista do subgrupo etário: Ana Teresa Gavião
Campos de Experiência: O eu, o outro e o nós; corpo, gesto e movimento; traços, sons, cores e formas; espaços, tempos, quantidades, relações e transformações.
Objetivos e códigos da Base
(EI01CG01) Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e desejos.
(EI01TS03) Explorar diferentes fontes sonoras e materiais para acompanhar brincadeiras cantadas, canções, músicas e melodias.
(EI01EO05) Reconhecer seu corpo e expressar suas sensações em momentos de alimentação, higiene, brincadeira e descanso.
Abordagem didática: A dança é uma manifestação cultural tão antiga quanto a história da civilização humana. Ao planejar espaços e tempos para a prática, é importante garantir uma diversidade de danças, ritmos e instrumentos, considerando opções regionais, populares, clássicas etc. Afinal, ampliar o repertório ajuda na construção de um olhar atento e respeitoso quanto às diferenças. Além de aprendizado, dançar provoca prazer. É interessante convidar os bebês para dançar entre eles, com os adultos ou mesmo com objetos. Aos poucos, eles percebem a relação do corpo com a música e a potência dos seus gestos e movimentos.