Plano de Aula

Plano de aula: Danças, balanços e acalantos

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Aula

O que fazer antes?

Contextos prévios:

Para esta atividade é importante realizar uma pesquisa junto às famílias dos bebês sobre os acalantos que os embalam nos diversos momentos do cotidiano. Para isso, elabore um impresso compartilhando a ideia desta proposta que, neste caso, é propiciar no contexto escolar momentos prazerosos com a dança e com a música que remetam à vivência cultural familiar. Veja sugestão do impresso de pesquisa para ser enviado às famílias clicando aqui.

Materiais:

Impresso de pesquisa enviado às famílias; algum instrumento de percussão ou objeto sonoro para marcar tempos e ritmos dos acalantos; tapetes; almofadas; mantas; cobertores; fraldinhas de panos; materiais que tragam significados aos acalantos previamente selecionados e ainda objetos de transição carregados de afeto das crianças (paninhos, pelúcias, dentre outros).

Espaços:

Crie um cenário de acalanto com os materiais listados acima no ambiente de sala ou no espaço externo, por exemplo, embaixo de uma árvore frondosa ou em outro espaço acolhedor e aconchegante.

Tempo sugerido:

Aproximadamente 50 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:

1.Quais são as impressões e as reações dos bebês ao ouvir uma música familiar?

2. Os bebês procuram imitar o movimento do adulto ou dos colegas durante as danças, promovidas pelos balanços dos acalantos?

3.Os bebês demonstraram preferência ou satisfação em alguma situação pontual da atividade de dança?


Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às necessidades e às diferenças de cada criança ou do grupo. Organize para que todas tenham condições de participar. Nesse contexto, cuide para que os bebês muito pequenos e que não sentam com autonomia tenham o apoio necessário e estejam dispostos como grande grupo. Garanta um espaço seguro para quem senta com autonomia e espaço de mobilidade para aqueles que engatinham ou andam, com ou sem autonomia.

O que fazer durante?
O que fazer durante?

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Compartilhe com os bebês a atividade que será realizada, dizendo que vocês irão até a área externa para cantar músicas que os adultos que convivem com eles em casa cantam. Chame a atenção tocando suavemente um pandeirinho, chocalho ou outro objeto sonoro que lembre percussão. Priorize falar baixinho e suave, porém, animadamente, convidando as crianças. Estimule a participação de todos e antecipe algumas situações para atender aos interesses dos bebês, de forma que tenham seus tempos e espaços respeitados. Como sugestão, leve para o local da atividade um cesto com objetos preferidos das crianças.


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Inicie o trajeto com um acalanto previamente selecionado dentre as contribuições das famílias, caminhe cantando e dançando com as crianças, conduzindo-as, preferencialmente, em pequenos grupos, ao local onde a atividade será realizada. É imprescindível que o ambiente esteja organizado conforme sugerido anteriormente. A medida que forem chegando, posicione os bebês que não se locomovem com autonomia e permita que aqueles que têm autonomia explorem os materiais dispostos no espaço. Deixe que eles escolham onde querem se aconchegar, quais objetos querem e com quem preferem interagir. Favoreça aos bebês que não têm autonomia o acesso aos materiais, deixando-os ao seu alcance por meio de móbiles, caixas e cestos. Cante a música “Nana neném” inicialmente apenas com o recurso da voz. Caso você não conheça esta canção, faça uma pesquisa na internet. Observe atentamente quem se aproxima dos paninhos e chame atenção dos demais bebês, partindo dessa exploração deles.

Possíveis falas do professor neste momento: Olhem, crianças, o paninho que o colega pegou! Que cheirinho gostoso! Hum, dá vontade de “nanar”. Quem quer um paninho para nanar?


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Agora que as crianças estão familiarizadas com o ambiente e já estão inseridas dentro de uma proposta musical, é interessante que você siga cantando “Nana neném” e introduza elementos que favoreçam os embalos da canção. Para isso, improvise com paninho um saquinho de bebê, fazendo de conta que tem um neném ali dentro, embalando-o. A ideia é que, por meio deste gesto de balançar, os bebês sejam sutilmente convidados a embalar e balançar-se, fazendo uso do recurso da imitação. Embale os bebês, iniciando pelos menores, para que se sintam acolhidos e desfrutem do balanço dos acalantos. Você pode fazer isso, assim como os demais adultos presentes, se houver. No decorrer desta etapa, uma sugestão é que você troque o cantar por cantarolar respeitando o ritmo e balanço do acalanto: “mmmmmm” ou “lalalalá”.

Possíveis falas do professor neste momento: Vejam, nosso bebê está balançando! Vamos balançar, sentir nosso corpo balançar junto com o bebê? Como balançamos nosso corpo?


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Nesta etapa, vamos agregar mais um elemento à nossa atividade. Para isso, utilize os objetos sonoros presentes no ambiente para marcar os ritmos e os tempos da canção, atribuindo significado a esses objetos junto aos bebês. Use, por exemplo, chocalhos (potes ou garrafinhas com grãos e outros elementos), tambores (latas de diversos tamanhos, com ou sem tampa, com bexiga, tecido etc;), entre outros, de diversos tamanhos e timbres. Apresente os objetos aos bebês e convide-os a explorar os materiais, balançando-os, enquanto cantam e tocam. Instigue os bebês a se movimentar em diferentes ritmos (lentos e rápidos) e a cantar em timbres variados, como agudos e graves. É relevante que você utilize os objetos de forma ritmada e que seus gestos acompanhem o andamento das canções, para que inspire os bebês a fazer o mesmo. Assim eles vão adquirir experiência com diferentes balanços e ritmos.

Possíveis falas do professor neste momento: Agora vamos cantar forte (cante grave) . Agora bem fininho (cante agudo). Gente, o neném está com pressa, vamos acompanhar? (cante rápido). Como podemos dançar quando cantamos acelerados? Ufa! Cansei, vamos descansar? (cante lento). E agora, que movimentos podemos fazer quando cantamos assim, mais lento?

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Agora que os bebês estão familiarizados com as propostas, apresente os outros acalantos trazidos pelas famílias, replicando as estratégias anteriores. Compartilhe com as crianças, contando para elas o familiar de quem que enviou a música. Sinalize que irão cantar música que um adulto canta na hora do banho, na hora de dormir, dentre outros momentos. Desta maneira você vai encadeando as canções enviadas pelas famílias até a finalização da atividade.


Para finalizar:

Para encerrar a atividade, avise os bebês que em dez minutos vocês irão começar a guardar as coisas e compartilhe com eles a próxima proposta, diga o quanto foi bom dançar e cantar com eles. Peça ajuda para que dentro de suas competências cada qual possa organizar os objetos no lugar (cestos ou caixas, se for o caso) e que voltem para a sala cantando.

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