O que fazer antes?
Materiais:
Colchonetes, tecidos para delimitação da área a ser utilizada e máquina fotográfica ou celular para registro.
Espaços:
Você pode utilizar tecidos em volta do local para delimitar a área que será utilizada para o relaxamento. Deixe disponível os colchonetes para que eles se sintam à vontade para deitar ou sentar,caso desejem.
Tempo sugerido:
Aproximadamente 50 minutos.
Perguntas para guiar suas observações:
1.Como a proposta instiga os bebês a experimentarem as suas possibilidade corporais a partir da interação com a natureza?
2. Como os bebês reagem aos ritmos dos sons da natureza e dos movimentos do próprio corpo?
3.Como a movimentação corporal dos bebês comunica suas emoc?o?es, necessidades e desejos?
Para incluir todos:
Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender as necessidades e diferenças de cada criança ou do grupo. Convide os bebês e incentive a participação de todos. Propicie um espaço seguro para os que ainda não se locomovem com autonomia. Narre o que está acontecendo e faça com que seu corpo sirva de suporte para os movimentos deles e para acolhê-los, quando se for necessário.
O que fazer durante?
1
Converse com os bebês do grupo todo acerca da proposta que será realizada. Siga com eles ao parque onde será oportunizada a vivência com os elementos presentes na natureza. Chame a atenção dos bebês para o que há no entorno, ou seja,convide-os a sentir o vento, ouvir o balançar das folhas das árvores, ver os pássaros, sentir o aroma das flores, assistir as nuvens (o dissolver e o juntar) bem como seu movimento. Sensibilize o grupo para poder ver as sombras, formas e sons desses elementos e como a natureza se mostra. Aos bebês que não andam, aproxime-os dos elementos da natureza para que eles façam as explorações dentro de suas possibilidades motoras, potencializando descobertas a fim de ampliar seu repertório. É relevante que todas as ações e situações sejam conversadas com os bebês previamente. Registre a atividade com fotos/vídeos e pequenas anotações para reflexão posterior.
2
Nesse momento, todos os bebês estão observando a natureza ali presente ao mesmo tempo, envolvidos de diversas formas em suas explorações: individualmente, em duplas ou em pequenos grupos. Incentive a participação de todos, oferecendo apoio quando necessário, conversando com os bebês, transmitindo segurança e confiança para avançarem em suas pesquisas. Esteja disponível caso algum bebê queira dividir suas descobertas e conquistas. Deite no colchonete e narre sua vivência para que eles se sintam a vontade de deitar e experimentar com você a brincadeira. Oportunize às crianças acompanhar com o corpo os movimentos observados com seus pares.
Possíveis ações das crianças neste momento: Um passarinho pia no topo da árvore. Logo em seguida um bebê chega próximo a árvore e olha para cima, como se buscasse algo….o passarinho pia novamente e o bebê se volta para a direção da qual buscava. Ao ouvir novamente este som, sorri e olha ao redor, aponta para a direção do som ao ver que seu professor o observa. Logo depois vai em direção ao professor e balbucia, contando o que havia descoberto.
3
Note como acontece a interação dos bebês com a natureza, ou seja, observe aquele bebê que passa suas mãos na casca da árvore e, em seguida, observa suas mãos e retoma o movimento feito anteriormente. Passe sua mão também e convide outras crianças a entrarem em contato com os elementos, oportunizando novas descobertas.
Intervenha a partir de suas observações sobre os interesses e necessidades das crianças, favorecendo que ampliem suas explorações e interações usando os novos materiais ofertados. Atente-se a forma de exploração dos bebês, como acontece a percepção do espaço e da natureza, como é feita a ocupação e quais relações são estabelecidas ao interagir com o grupo ou como é a reação do bebê que escuta o piar dos pássaros presentes nas árvores.
4
Atente-se às duplas ou individualmente quanto aos deslocamentos por todo o ambiente. Exercite gestos e movimentos para ampliação da percepção sensorial ao ver, sentir, cheirar e ouvir, circulando livremente no parque. Além disso, esteja atento às interações. Eles investigam o que encontram com curiosidade, aproveite as oportunidades e chame atenção para as diferenças e semelhanças a fim de ampliar seu repertório. Provoque-os a pensar nas sombras e formas que os diferentes elementos da natureza fazem, como a árvore, uma flor, uma folha. Aproxime-se e faça comentários, como: você está pisando nessas folhas aqui no chão, vamos escutar o som que faz ao pisar sobre elas? Ali está a sombra da árvore de onde caíram essas folhas. Venham ver que grande é a sombra! Onde estão as sombras das folhas da árvore que não caíram ainda e estão lá em cima (pausa para que procurem e quando localizam)? Fazem essa sombra aqui, menorzinha no chão. Quando pisamos sobre a sombra, faz algum barulho?
Para finalizar:
Esteja atento ao interesse do grupo na proposta. Com a aproximação da finalização, converse com os bebês e ofereça um cesto com livros ou brinquedos preferidos até que os demais terminem suas pesquisas exploratórias, garantindo que todos estejam em atividade e tenham seus interesses e tempos respeitados. Para ajudar na localização temporal, avise qual será o próximo acontecimento do dia, informando o que irá acontecer. Prepare o espaço antes de seguirem para a próxima experiência, para que os bebês sejam levados para lá e se ocupem enquanto os demais chegam.
Engajando as famílias
Convide os familiares para viver uma experiência junto aos bebês. Proponha uma busca aos elementos da natureza vistos pelos bebês, ou seja, as nuvens, os pássaros, sentir o vento, sentir a casca das árvores etc. em casa, no parque, na praça ou onde desejarem. Peça que registrem e enviem para a escola. Com este material, existem muitas formas interessantes de compartilhamento, uma delas é por meio da montagem de um mural interativo onde os registros feitos pelos professores poderão ser colocados, acrescentando posteriormente os relatos dos familiares. Dessa forma, será construída uma documentação pedagógica ainda mais valiosa para ser exposta, que também poderá ser enviada para casa em forma de informativos ou ser colocada no portfólio, de acordo com a forma que costumam compartilhar em sua escola.