Plano de Aula

Plano de aula: Investigadores ambientais do bairro

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Descrição

Este plano de aula tem como foco a identificação e descrição de problemas ambientais reais presentes no entorno da escola e nas áreas de vivência dos estudantes, articulando as áreas de Geografia e Língua Portuguesa, com integração do pensamento computacional desplugado para estruturar as investigações. A finalidade é que as crianças desenvolvam a capacidade de observar o espaço onde vivem, de forma crítica, bem como registrar informações de maneira organizada, elaborar hipóteses sobre causas e consequências dos problemas e propor soluções, inclusive, com possibilidades tecnológicas simples. Ao mesmo tempo, elas vão planejar, revisar e produzir textos multimodais para comunicar suas descobertas, aprendendo a adequar a linguagem, a organização e os recursos utilizados ao público que receberá o trabalho.

A proposta parte da escuta das percepções iniciais das crianças sobre problemas ambientais e avança para a construção coletiva de um quadro de observação e de um roteiro de perguntas, que funciona como um algoritmo de investigação. Esse roteiro orienta a saída de campo, na qual os alunos coletam dados, registram detalhes e observam possíveis impactos na comunidade. As informações coletadas são organizadas em relatórios descritivos, que servirão de base para a elaboração do produto final: um relatório multimodal com texto, imagens e, se possível, vídeos, a ser compartilhado em um mural ou feira escolar.

Contexto e progressão das habilidades

Este plano de aula integra um conjunto de 52 planos estruturados com base na decomposição de aprendizagens, que divide habilidades complexas em etapas progressivas, respeitando o princípio da progressão de habilidades — em que cada novo conhecimento se apoia em bases já consolidadas. A sequência aborda, inicialmente, o pensamento computacional (decomposição, padrões, abstração e algoritmos) nos Anos Iniciais, avança para o letramento digital (uso crítico e criativo das tecnologias) nas séries seguintes e culmina, nos Anos Finais e no Ensino Médio, na análise crítica da Inteligência Artificial (IA), considerando o funcionamento e os impactos sociais e éticos. Essa progressão está alinhada à Base Nacional Comum Curricular (BNCC) da Computação, assegurando uma construção sólida e contextualizada do conhecimento, além de preparar os estudantes para interagir de forma autônoma e consciente no mundo digital.

Materiais sugeridos


Materiais diversos:

• Quadro, cartazes grandes ou papel kraft (para o quadro de observação e o roteiro coletivo).

• Canetas hidrográficas, canetinhas e pincéis atômicos.

• Moedas de papel ou tampinhas (para a votação dos casos ambientais).

• Cadernos de campo ou folhas avulsas para anotações individuais e em grupo.

• Lápis, borracha e canetas.

• Cópias impressas do roteiro de observação.

• Pranchetas (opcional, para facilitar a escrita fora da sala).

• Celular ou câmera fotográfica (se a escola tiver disponível, para registros visuais).

Habilidades BNCC:

Objeto de conhecimento

  • Diferentes tipos de poluição.

  • Planejamento de texto.

  • Produção de textos.

  • Planejamento de texto oral.

  • Exposição oral.

Práticas de Linguagem

  • Produção de textos.

  • Análise linguística e semiótica.

  • Oralidade.

Objetivos de aprendizagem

  • Identificar e descrever problemas ambientais locais, reconhecendo as causas, consequências e relação com o território.

  • Investigar e analisar informações a partir de diferentes fontes (observação direta, entrevistas, textos e imagens), relacionando dados locais a contextos mais amplos.

  • Propor soluções criativas e viáveis para os problemas identificados, considerando aspectos ambientais, sociais e econômicos.

  • Comunicar conclusões e propostas de forma clara e adequada, utilizando diferentes linguagens (oral, escrita e visual) para públicos diversos.

  • Justificar, com base em evidências, a importância de ações individuais e coletivas para a preservação ambiental e o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Competências gerais

4. Comunicação.

5. Cultura digital.

9. Empatia e cooperação.

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O Nível de Competência Digital proposto para a aplicação deste plano é Intermediário
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Acesse

Bibliografia

  • SHIRTS, Matthew. EMERGÊNCIA CLIMÁTICA: o aquecimento global, o ativismo jovem e a luta por um mundo melhor. São Paulo: Claro Enigma, 2022.

  • WINTER, Jeanette. NINGUÉM É PEQUENO DEMAIS PARA FAZER A DIFERENÇA: o chamado de Greta Thunberg para salvar o planeta. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2020.

  • GATES, Bill. COMO EVITAR UM DESASTRE CLIMÁTICO: as soluções que temos e as inovações necessárias. São Paulo: Companhia das Letras, 2021.
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Aula

Sobre esta aula

Tempo previsto: 200 minutos

Estes planos de aula integram Geografia e Língua Portuguesa no contexto de uma investigação ambiental real, incentivando os estudantes a observar atentamente o entorno da escola e de suas casas, registrar informações de forma organizada e propor soluções para problemas identificados. A finalidade é que as crianças sejam capazes de identificar, registrar e descrever problemas ambientais usando vocabulário específico, além de interpretar e produzir informações multissemióticas (texto, imagem e fluxograma).

Dificuldades antecipadas

A compreensão inicial do conceito de problema ambiental, que pode ser confundido com outros tipos de problemas não relacionados ao meio ambiente, e a elaboração do roteiro de observação, que exige raciocínio sequencial e organização lógica das perguntas. Para lidar com essas questões, o professor deve apoiar a compreensão com exemplos concretos, imagens e discussões guiadas e conduzir a construção do roteiro passo a passo, sempre verificando se as crianças conseguem entender e aplicar a sequência proposta. Outra dificuldade esperada é o registro detalhado das observações no campo, que pode se tornar superficial se as crianças não tiverem clareza sobre o que observar ou caso se dispersem durante a atividade. Nesse caso, é importante reforçar a função de cada pergunta do roteiro e lembrar que todo detalhe observado pode ser útil para entender e propor soluções.

Ao longo de toda a sequência, é essencial reforçar a postura ética dos investigadores, cuidando para que as informações sejam coletadas com respeito, que as imagens usadas tenham permissão e que a privacidade das pessoas seja preservada. Esse cuidado, além de garantir um trabalho responsável, também ajuda a desenvolver nos estudantes um senso de responsabilidade e cidadania.

• Alguns estudantes podem ter dificuldade em descrever com precisão o que observaram, recorrendo a termos genéricos (“está feio” ou “tem lixo”) sem detalhar o tipo, a localização e as consequências. Nesse caso, será necessário intervir com perguntas de apoio (“Que tipo de lixo?”, “Onde exatamente?”, “Como isso afeta as pessoas?”) para enriquecer o registro.

• Outros podem apresentar dificuldades na leitura e interpretação de textos informativos e de elementos visuais (tabelas, mapas ou infográficos). Para isso, o professor pode realizar leitura compartilhada, explicando passo a passo os elementos e destacando palavras-chave.

• Pode haver resistência inicial à elaboração do roteiro ou do quadro de observação, por parecer “trabalho escrito demais”. Estratégias de gamificação (como transformar as perguntas do roteiro em um “desafio do investigador”) podem aumentar o engajamento.

• Ao estruturar o fluxograma de decisão (computação desplugada), alguns grupos podem se confundir com a sequência lógica. Nesse caso, a professora ou professor pode criar um exemplo modelo com uma situação simples e guiá-los para adaptá-lo às suas observações reais.

Aulas 1 e 2 - Conversa inicial/Introdução

Tempo previsto: 20 minutos.

Explique à turma que a comunidade e a gestão da escola pediram o apoio da turma para uma missão:

- A comunidade quer nossa ajuda para investigar problemas ambientais do bairro. Mas antes, precisamos decidir qual caso será prioridade para nossa primeira missão.

Elabore 4 cartazes: Ponto de lixo; Água parada; Cheiro forte; Preciso sair para investigar melhor.

Organize os estudantes em trios e distribua três moedas de papel (ou tampinhas) para cada grupo. Explique que eles devem escolher como distribuir as moedas entre os casos apresentados, colocando-as abaixo do título ou ícone escolhido no quadro. Podem colocar todas em um único caso ou distribuir entre diferentes casos.

Após a votação, conte as moedas com a turma e destaque qual caso recebeu mais votos. Não formule ainda a pergunta de investigação, mas provoque a curiosidade dizendo:

- Parece que esse caso é o mais necessário, para nós… O que será que descobriremos?

Finalize registrando no quadro o caso vencedor como Missão 1 do Bairro e explique que, nas próximas etapas, a turma vai levantar pistas e elaborar um roteiro de investigação para entender melhor o problema e pensar em possíveis soluções.

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