Plano de Aula
Plano de aula: Brincando de banquete
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Aula
O que fazer antes?
Contextos prévios:
É fundamental que previamente você conheça o enredo da história “O Rei Bigodeira e Sua Banheira”, de Audrey Wood (editora Ática), para que possa envolver as crianças com a leitura e não ocorra uma contação mecanizada.
Selecione fotos de banquetes que possam ser impressas ou visualizadas em uma tela grande, promovendo a apreciação dessas obras de arte com as crianças.
Sugestões:
"Two Tiered Still Life" de Severin Roesen
"Banquet Still Life" de Abraham Van Beyeren
"The Banquet of Cleopatra" de Giovanni Battista Tiepolo
Materiais:
Livro “O Rei Bigodeira e Sua Banheira”, de Audrey Wood. Colete pela escola elementos para uma grande brincadeira de faz de conta, que ocorrerá logo após a leitura. Com os elementos, construa um cenário de banquete, que pode envolver elementos de cozinha como pratinhos, copinhos, talheres. Utilize materiais não estruturados (recicláveis, madeira, gravetos) que irão ganhar diversas funções, e elementos como areia, grãos e até mesmo retalhos de tecido.
Espaços:
A atividadepoderá ser realizada tanto em ambiente interno quanto externo, como na sala do grupo, parque e até mesmo dentro do tanque de areia da escola.
Tempo sugerido:
1 hora.
Perguntas para guiar suas observações:
1. Durante a leitura, de que maneira as crianças se comunicam com o adulto e os colegas, contribuindo para compreensão do enredo?
2. De que gestos e movimentos do cotidiano as crianças se apropriam durante a brincadeira?
3. Durante brincadeiras simbólicas, conflitos tendem a surgir. Como as crianças enfrentam as dificuldades e desafios nesses momentos?
Para incluir todos:
Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender as necessidades e diferenças de cada criança ou do grupo. Respeite as preferências de cada criança nas escolhas dos itens para brincar, apresentando cada um deles, organizando-os de maneira acessível a todas e favorecendo a percepção para as possibilidades que estão sendo oferecidas.
O que fazer durante?
1
Traga o grande grupo para o ambiente escolhido (seja interno ou externo), já com todos os materiais posicionados. Fale sobre a atividade enquanto eles observam. Diga que ocorrerá uma divertida leitura e que a partir dela eles poderão brincar livremente com os elementos disponíveis.
Reúna as crianças em grande roda e inicie a leitura do livro “O Rei Bigodeira e a Sua Banheira”, de Audrey Wood e da editora Ática. Busque enfatizar a parte do banquete. Aproxime o livro, permita que as crianças analisem a imagem com atenção e explorem as possíveis observações sobre a história. Para aquelas que não demonstrarem interesse na leitura, solicite ajuda delas para que segurem o livro e virem as páginas conforme a história é contada, de forma que fiquem engajadas na atividade.
2
Com o término da leitura, retorne a página da imagem do banquete e dialogue com as crianças sobre os elementos da ilustração. Instigue-as a se recordarem das obras de arte que apreciaram anteriormente (contextos prévios) e registre suas comparações, curiosidades e questionamentos. Em seguida, questione-as sobre como seria fazer um banquete igual ao do livro e das fotos (sugestões em possíveis falas do professor).
Leve o grande grupo para mais próximo dos materiais dispostos, apresente os elementos e então convide todos a iniciarem a brincadeira.
Possíveis falas do professor neste momento: O que vocês pensam quando veem essas imagens? Não seria legal também criar e brincar de banquete? Nessas fotos eles parecem gostar bastante de frutas. E aqui em nossa região, o que mais gostamos? Com quais alimentos iremos brincar de faz de conta?
3
Neste momento, as crianças irão transitar e explorar a diversidade no ambiente proposto. Forme Pequenos grupos e inicie a brincadeira. Tome nota de suas ações e falas, transite entre as crianças e observe quais ações do cotidiano do momento de alimentação elas trazem para a brincadeira. Vale lembrar que a ideia aqui é ser um convite para uma brincadeira. Nesse contexto, é possível que elas escolham brincar com outro enredo que não o banquete. Acolha as diferentes iniciativas das crianças.
É possível que algumas levem mais tempo que outras para engajar-se com algum objeto e começar a brincar. Observe-as e se aproxime como brincante. Pegue algum material e ofereça um modelo à criança de forma ativa, mostrando como a brincadeira do grande banquete poderia ser realizada (deixe as imagens exploradas inicialmente expostas no ambiente para que as crianças possam tomá-las como referência).
Possíveis ações do professor neste momento: Ao observar uma criança que apenas se desloca no espaço sem brincar ou não apresenta iniciativa para explorar o ambiente, aproveite algum item disponível próximo a ela. Por exemplo: pegue galhos e finja que são talheres cortando uma garrafa que se torna um grande peru assado, ofereça-o perguntando se ela quer “comer” com você. Referências ativas espelham a criança para que acabe se envolvendo no jogo simbólico, incentivando-as a construírem o banquete.
4
Por se tratar de uma atividade que envolve o uso de diversos elementos, é possível que nos pequenos grupos surjam conflitos causados por disputas entre objetos. Esteja atento a essas ocorrências e busque ouvi-las. Intervenhaapenas direcionando o diálogo entre as crianças para que cada uma exponha seu motivo e, a partir disso, possam encontrar uma resolução. Elas podem dividir o brinquedo ou encontrar juntas algum outro que interesse para uma delas, de forma que consigam retornar a brincadeira de maneira justa e sem grandes frustrações.
Para finalizar:
Por ser uma atividade envolvendo jogo simbólico, é preciso antecipar a finalização para as crianças com uma média de 15 minutos de antecedência, para que não haja uma ruptura brusca no envolvimento com a brincadeira. Com a finalização, reúna o grande grupo, dialogue sobre a impressão das crianças acerca da atividade, se gostaram, como foi para elas etc. Peça então ajuda de todas para o recolhimento dos materiais utilizados, explicando que irão guardá-los para usar novamente em um próximo momento.