Plano de Aula
Plano de aula: Pertences pessoais: Reconhecimento e cuidado
Plano 4 de uma sequência de 5 planos. Veja todos os planos sobre Cuidados pessoais
Aula
O que fazer antes?
Contextos prévios:
Para a realização dessa atividade, é necessário que o grupo de crianças tenha o mínimo de entrosamento, para que sejam capazes de reconhecer os pertences uns dos outros.
Materiais:
Um item pessoal de cada aluno selecionado a critério do professor, conforme o contexto. Uma cartolina e giz de cera.
Espaços:
Aatividade deve ser feita preferencialmente na sala em que os pertences das crianças, como mochilas e outros, ficam concentrados. Com atenção ao contexto da turma, selecione um pertence pessoal de cada criança, que pode ser uma peça de roupa, um copo/garrafa, um acessório, paninhos, calçados, brinquedos, potes de lanche, escova de dente, toalhinhas etc. Posicione-os no centro do ambiente, organizados de maneira espaçada no chão. Lembre-se que o chão deve estar bem higienizado, pois itens pessoais das crianças serão dispostos sobre ele.
Tempo sugerido:
35 a 50 minutos.
Perguntas para guiar suas observações:
1. As crianças demonstraram habilidades manuais para manipular os diversos objetos sobre o chão? Como fizeram?
2. Quais as estratégias usadas pelas crianças para descobrir a quem pertence o objeto?
3. Quais experiências e fatos acontecidos com o uso dos pertences elas relatam em grande roda?
Para incluir todos:
Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender as necessidades e diferenças de cada criança ou do grupo. Escolha materiais que apresentem formatos e texturas diversas e que facilitem a identificação. Esteja atento ao momento em que as crianças irão circular em meio aos pertences sobre o chão, evitando situações com potencial de queda por tropeçarem. Observe o momento de indicar a quem pertence o objeto, muitas vezes um olhar ou apontamento será a resposta da criança para a situação.
O que fazer durante?
1
Com os itens pessoais das crianças já selecionados e dispostos no centro da sala sobre o chão, traga o grande grupo. À medida que adentram a sala, contextualize a situação para as crianças conversando sobre o ambiente. Para engajar o grupo, informe as crianças que os bebês da outra turma entraram na sala e fizeram a maior bagunça, misturando os pertences pessoais de várias delas. Diga que agora o professor precisará da ajuda delas para organizar tudo. Dessa forma, as crianças poderão explorá-los como preferirem. Proponha uma observação dos objetos dando espaço para investigações e descobertas de seus pertences. Deixe que explorem de maneira livre. Neste primeiro momento, não diga diretamente qual é a proposta esperada. Observe o que irão fazer, quais objetos lhe chamarão mais atenção, se pequenos grupos se formaram em torno de determinados itens e como manipulam eles.
Possíveis falas do professor neste momento: Poxa, teremos um trabalhão, quem poderia começar a me ajudar?
Possíveis falas da criança neste momento: Que bagunça! Acho que isso é meu!
Possíveis ações da criança neste momento: As crianças tendem a circular e mudar a disposição, permanecer com um mesmo objeto até que outro chame sua atenção. O professor pode auxiliá-las nesta ação sem interferir em seus interesses.
2
À medida que a exploração se desenvolve, exponha o cartaz em branco sobre o chão ou alguma mesa e convide as crianças a registrarem no papel com giz, da maneira que preferirem, quais objetos encontraram e a quem pertencem.
O professor poderá se aproximar dos pequenos grupos como explorador junto a criança. Interaja conforme for solicitado e aproveite para contextualizar a proposta, chamando a atenção das crianças para os objetos que estão dispostos e incentivando que elas os explorem de diversas formas.
É fundamental pedir que relatem o porque acham que aquele objeto é de determinada criança, se lembram de alguma situação que viram o colega com aquilo etc.
Esse é um momento para ouvi-las, valorizando suas ações e fortalecendo os vínculos adulto-criança. Gradativamente, será natural que algumas crianças identifiquem seus próprios objetos. Caso isto não ocorra, indague-as diante de características do item que são de seu interesse, como, por exemplo, cor, forma e utilidade.
Possíveis ações da criança neste momento: Apontar e olhar fixamente. Podem fazer menções ao encontrarem seu pertence pessoal ou ao querer entregar o de alguma outra criança.
Possíveis falas do professor neste momento: Uau! O que é isso na sua mão? Isso é seu? Que legal, você encontrou! Gostei dessa brincadeira que você criou com esse objeto, posso tentar (para começar a questioná-las sobre a quem pertence)? Olha só, esse objeto que você pegou é amarelo, tem um colega nosso que adora amarelo! Você sabe quem é? Legal, esse objeto é grande! Quem dos nossos amigos consegue carregá-lo? Nossa, você encontrou uma chupeta, quem de nós ainda usa chupeta?3
Gradualmente, o grande grupo tenderá a buscar seus próprios pertences, assim como entregar os pertences aos colegas. É possível que alguns desenhem seus amigos ou se arrisquem a desenhar os objetos. Em propostas de exploração, normalmente todas as crianças costumam encontrar algo que lhes chamam atenção.
Para aquelas que não participarem ativamente, deixe-as observar e lhes peça ajuda. Não há problema caso elas não queiram participar diretamente, o acompanhamento da dinâmica já é uma maneira de exploração.
Observando o andamento, caso aconteça, procure auxiliar as crianças que não reconheçam seu próprio pertence, dialogando sobre suas características sem dizer diretamente que o item é dela. Caso grande parte tenha encontrado seu pertence pessoal, antecipe as crianças sobre mais alguns momentos de exploração, pois, em seguida, elas irão guardar os itens em suas mochilas ou locais respectivos.
Possíveis falas do professor neste momento: Vocês estão indo muito bem! Todos estão encontrando os pertences, que bom! Vamos nos preparando, pois daqui a pouco iremos guardá-los nos locais indicados.
4
Neste momento, peça que todos se direcionem às mochilas ou locais reservados para guardar os pertences com seus objetos pessoais, para guardá-los de volta. Esteja a disposição para ajudar aqueles que lhes solicitarem auxílio. Procure não fazer a atividade pela criança, explore suas habilidades manuais e respeite a zona proximal dela. Dialogue sobre suas capacidades. Para crianças que rapidamente guardarem seus pertences, informe que elas podem ajudar outros amigos que precisam de auxílio ou observarem se não há nenhum objeto esquecido.
Possíveis ações das crianças neste momento: Deixar o objeto em cima da mochila, mesa ou chão, como forma de comunicar que não consegue realizar essa ação ainda. Possíveis falas do professor neste momento: Uau, você já guardou? Legal, pode me ajudar a ver se não esquecemos nenhum objeto por aí? Ou se algum amigo, de repente, precisa da sua ajuda? Contem comigo caso precisem de ajuda. Vamos observar como o amigo guarda para descobrir como você pode fazer? Olha, seu amigo está puxando o zíper por essa pontinha, será que você consegue puxar o seu?
Para finalizar:
Reúna toda a turma em grande roda para ouvir os relatos sobre a experiência e observarem como ficou o cartaz em que todos puderam desenhar um pouco. Pergunte como foi, se acharam fácil, se foi divertido etc. Mesmo no caso de crianças que ainda não tenham domínio da linguagem oral, mantenha uma comunicação dialógica, fale claramente, faça contato visual, gesticule e esteja atento aos olhares e expressões da criança. O intuito é que ela use suas ferramentas de comunicação e o professor demonstre valorização da criança como sujeito ativo.
Não se preocupe com crianças que não queiram sentar-se em roda, não há problema que se movimentam em torno da atividade. Elas estarão, de todo modo, ouvindo ao diálogo. Ao final, peça ajuda delas para exporem o cartaz em algum lugar da escola.
Possíveis falas do professor neste momento: Vocês gostaram de mexer nos objetos? Quem descobriu de quem era? Como foi? O que vocês mais gostaram?
Consciência Negra o Ano Inteiro
Aborde as relações étnico-raciais na escola para além do 20 de novembro
VER CONTEÚDOS