Diagnóstico em educação baseada na natureza
Educação infantil
Plano de Aula
Por: Mariana Mas
Este Plano está dividido em 3 propostas planejadas para que as crianças vivenciem a experiência de construção e manutenção de uma horta simples, atuando como guardiões eco-responsáveis pela preparação do espaço, plantio, manejo e cuidados necessários. A ideia é oferecer aos pequenos a oportunidade de participar ativamente desse processo, ampliando as aprendizagens e percepções sobre a natureza e seus ciclos e oportunizando a criação de vínculo afetivo. A sequência também prevê vivências em que os registros (escritas espontâneas e desenhos) se tornam objetos de conhecimento, como etapa importante dessa criação, ao construir as plaquinhas de identificação das plantas.
A construção de uma horta escolar é uma excelente prática de Educação Baseada na Natureza (EBN), pois proporciona aos/às estudantes uma conexão direta com o ambiente, promovendo o aprendizado de forma prática, experiencial e sensorial. Ao cultivar plantas e acompanhar seu desenvolvimento, bebês e crianças aguçam sua curiosidade a respeito da natureza, desenvolvem habilidades como a observação e o cuidado, além de colher benefícios para sua saúde e bem estar.
Este plano de aula, ao propor uma ação contínua de criação participativa e cuidados com a horta, corrobora com as orientações do manual Benefícios da Natureza no Desenvolvimento de Crianças e Adolescentes da Sociedade Brasileira de Pediatria que afirma que “Muitas pesquisas têm demonstrado que, quanto maior a conexão das pessoas com a natureza, maior será o engajamento da sociedade com as questões ambientais e climáticas. Iniciativas que visam restabelecer os vínculos entre crianças e adolescentes com a natureza devem fornecer experiências associadas a sentimentos como conforto, confiança, prazer, exploração, desafio, realização, liberdade para seguir interesses próprios, superação de medos ao ar livre, empatia e cuidado com os outros seres vivos”.
A gente cuida da natureza e a natureza cuida da gente!
Este plano está associado ao Objetivo do Desenvolvimento Sustentável 15 - Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade.
Reconhecimento da Escola e do EntornoVocê conhece as oportunidades da sua comunidade escolar para potencializar uma Educação Baseada na Natureza (EBN)? A EBN propõe o desemparedamento da educação, defendendo o brincar e aprender com e na natureza, convocando nossos corpos a participar ativamente dos processos de aprendizagem e concebendo os ambientes como espaços educadores que também participam deste processo. A gente cuida da natureza e a natureza cuida da gente! Nós somos natureza! Além disso, desemparedar a infância é uma estratégia de enfrentamento à crise climática. Por isso, mapear os espaços, suas potencialidades e desafios, ampliando a percepção sobre as possibilidades existentes de contato com a natureza na escola e no entorno é uma prática a ser incorporada constantemente na organização do trabalho pedagógico, mantendo o currículo vivo e integrado à realidade local. Um bom diagnóstico, além de identificar essas possibilidades e desafios nos espaços físicos, deve incluir uma auto-observação e a observação das experiências de bebês e crianças nesses espaços. E, em um cenário ampliado, abarcar uma investigação sobre a cultura e a percepção das famílias e da comunidade com relação ao convívio com a natureza. Há áreas livres na sua escola ou entorno? Como elas são (sombreadas, ensolaradas, cimentadas, com gramado e áreas verdes etc.)? Os/as estudantes frequentam estes ambientes? Há famílias com hábitos que favorecem o cuidado com a natureza? A comunidade escolar pode fazer alguma intervenção positiva nestes espaços (plantios, limpeza, brinquedos naturalizados etc.)? Essas são algumas provocações que podem inspirar o diagnóstico para uma Educação Baseada na Natureza. Acesse o link e faça o diagnóstico! |
Materiais sugeridos
Equipamentos:
Celular* ou câmera para o/a professor/a fazer o registro (fotos e/ou vídeos) das experiências vividas.
Materiais não-estruturados (ou de largo alcance):
- Mudas e/ou sementes: para esta escolha é essencial pesquisar sobre a época de plantio e cultivo, considerando vegetais/frutos típicos da região. Considerar também as possibilidades encontradas junto à comunidade/Gestão escolar e até mesmo parcerias com a Secretaria de Meio Ambiente e outras organizações para doação de mudas. Envolva as crianças nestas escolhas.
- Terra e adubo.
- Pazinhas, regadores.
- Imagens impressas das hortaliças, legumes e/ou temperos (do que forem plantar, para construção das plaquinhas de identificação).
- Canetas hidrocor, lápis de cor, giz de cera e folhas sulfite para construção das plaquinhas de identificação do plantio.
Observação: Caso em sua Unidade Escolar não haja um espaço para esse cultivo, pode-se construir uma horta vertical, que ficaria pendurada nas paredes ou muros em área externa, ou realizar o plantio em caixotes de madeira. Veja aqui algumas ideias.
*Fique atento/a professor/a à Lei 15100/2025: a lei não proíbe totalmente o uso de celulares, mas restringe seu uso durante aulas, recreios e intervalos (Art. 2º Fica proibido o uso, por estudantes, de aparelhos eletrônicos portáteis pessoais durante a aula, o recreio ou intervalos entre as aulas, para todas as etapas da educação básica), para que os/as estudantes possam se concentrar nas atividades diárias e interagir com outras pessoas. A utilização para fins pedagógicos com a autorização do/a professor/a e para casos de acessibilidade, saúde e segurança continuam permitidos. Com esta medida o Ministério da Educação tem como intuito proteger a saúde física, mental e psíquica dos/as estudantes, propiciando um ambiente mais saudável e em equilíbrio dentro dos espaços escolares. (Fonte: Ministério da Educação, 2025. Disponível em: https://www.gov.br/mec/pt-br/assuntos/noticias/2025/fevereiro/restricao-ao-uso-do-celular-nas-escolas-ja-esta-valendo. Acesso: 03/02/2025).
Grupo etário
Campos de Experiências
Crianças Pequenas:
(EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação e cooperação.
(EI03CG04) Adotar hábitos de autocuidado relacionados à higiene, alimentação, conforto e aparência.
(EI03ET04) Registrar observações, manipulações e medidas, usando múltiplas linguagens (desenho, registro por números ou escrita espontânea), em diferentes suportes.
(EI03EF09) Levantar hipóteses em relação à linguagem escrita, realizando registros de palavras e textos, por meio de escrita espontânea.
Crianças Bem Pequenas:
(EI02EO04) Comunicar-se com os colegas e os adultos, buscando compreendê-los e fazendo-se compreender.
(EI02ET03) Compartilhar, com outras crianças, situações de cuidado de plantas e animais nos espaços da instituição e fora dela.
(EI02EF09) Manusear diferentes instrumentos e suportes de escrita para desenhar, traçar letras e outros sinais gráficos.
(EI02ET02) Observar, relatar e descrever incidentes do cotidiano e fenômenos naturais (luz solar, vento, chuva etc.).
2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
Considere os desafios físicos e/ou de comunicação que possam impedir que uma criança ou parte do grupo participe ativamente dessa experiência. Ofereça apoios que atendam cada uma das necessidades, quando julgar necessário. E lembre-se: existem diferentes maneiras de interagir com os materiais, diversas linguagens para comunicação e registro, além de vivências que favorecem que crianças com deficiência atuem como protagonistas. Garanta que o espaço seja seguro para todos(as), e antecipe possíveis locais/espaços em que o plantio pode ser feito, considerando o contexto em que você atua. Mantenha-se sempre disponível e por perto do grupo durante as interações, de maneira atenta e ativa.
Tempo previsto: Aproximadamente 50 min
O que fazer antes?
Professor/a, para essa construção, estude e investigue com as crianças sobre as possibilidades de lugares em que o plantio poderá ser feito (é essencial que o local escolhido receba pelo menos 6 horas de luz solar direta, sobretudo no período da manhã). Se em sua escola já existe um espaço destinado à horta, ótimo! Se não, existem possibilidades interessantes que irão garantir a vivência planejada.
Para uma horta simples, podemos usar caixotes de madeira ou construir uma “parede verde” (plantio vertical).
Crédito: Getty Images
Visite os espaços da escola, com esse olhar e se pergunte: onde seria interessante (e possível) iniciar esse projeto? Faça o exercício de imaginar as crianças explorando os materiais necessários para esse desafio (terra, mudas, adubo…) e como poderão se sentir atuando como (co)responsáveis dessa criação e guardiões da natureza!
Crédito: Getty Images
Prever quais serão os possíveis desafios dessa construção é um aspecto essencial nesta etapa e pode ser feito com as crianças. Para que tenham mais elementos para essa antecipação é possível organizar visitas a hortas comunitárias, viveiros ou envolver pessoas que lidam diariamente com plantios e manejos de hortas e outras plantações no planejamento, criação e cuidados com a horta, junto com as crianças.
Crédito: Getty Images
Essas pessoas podem ser familiares ou fazer parte da equipe escolar como funcionários/as da limpeza ou da cozinha e podem se tornar ótimos parceiros da iniciativa. Essas etapas prévias podem ajudá-lo/a a compreender melhor todo o processo que será vivido com os pequenos, entender quais vegetais são indicados para as crianças plantarem e o que é essencial garantir para um crescimento saudável das plantas. Esses especialistas podem ser convidados para colaborar no momento do plantio e em outros momentos de manejo e cuidados com a horta. Envolva as crianças na escolha do local, mostrando diferentes ambientes da escola onde seria possível essa atividade, conversando sobre as necessidades das plantas para seu crescimento. Algumas crianças já podem ter a vivência de plantio de hortas em suas casas e é importante fazer essa escuta e valorizar suas experiências e os conhecimentos prévios.
Chamado para reconexão: Quando foi a última vez em que você esteve em contato com a natureza? Esta pausa é um convite para você, dentro da sua disponibilidade, visitar uma área verde e dedicar um tempo para sentir a temperatura, andar descalça, sentir a textura das árvores e folhas, sentir o vento no rosto e na sua pele, sentir o calor, a umidade… Como se sente à sombra de uma árvore? Feche os olhos, faça algumas respirações profundas, perceba os sons e outras sensações no seu corpo. Quando terminar essa imersão, perceba se a qualidade da sua presença mudou.
Essa prática é conhecida como “banho de floresta” e é uma técnica usada como forma de medicina preventiva, que contribui para a diminuição de cortisol, o principal hormônio causador do estresse, e da pressão arterial, além de melhorar a concentração e a imunidade.
Contextos prévios - Para além da definição do espaço onde irão plantar, é preciso providenciar as mudas e/ou sementes com antecedência. Uma possibilidade é solicitar doações das famílias e comunidade escolar ou então verificar com a Gestão da sua Unidade de que maneira poderiam conseguir junto a outros parceiros ou ao poder público. Para esta primeira proposta, seria interessante levar algumas hortaliças, verduras, temperos que pretendem plantar para apresentá-los às crianças, e construir uma conversa sobre quem já conhece, já comeu, quais as preferências e também oferecer oportunidade para que possam manusear, sentir o cheiro e até realizar uma degustação desses vegetais.
Uma mediação de leitura, como a do livro “A cesta da dona Maricota”, de Tatiana Belinky, "A árvore de tamoromu", de Ana Luisa Lacombe, ou a Árvore de todas as frutas que pode ser escutada pelo link do Deixa que eu Conto: https://deixaqueeuconto.org.br/programa/wazaka-arvore-de-todas-frutas podem ser a porta de entrada para abordar o tema.
Organização do espaço e materiais - Na área externa escolhida para o plantio, já deixe alguns vegetais (se não for possível, você pode imprimir algumas imagens do que irão plantar), um cartaz e uma caneta piloto para que possam fazer um registro coletivo, ditado pelas crianças, sobre as hipóteses que possuem.
O que fazer durante?
Na sala de referência, conte para as crianças que você teve uma ideia incrível e que precisará da ajuda de muita gente para colocá-la em prática. Com o mistério instalado no ar, convide todas para irem até o espaço escolhido por vocês (lembre-se de envolver as crianças nesta escolha o máximo possível, respeitando-se as necessidades das plantas para o seu crescimento e o próprio cuidado com a horta) e peça para que se organizem ao redor dos vegetais (ou das imagens). Mas antes de apresentá-las, pergunte ao grupo o que acham daquele espaço e o que sentem ao estar nele. O que tem ali e que não tem na sala. A ideia é que percebam que por ser um espaço externo, temos o calor do sol, ação do vento, maior luminosidade ou ainda que é possível ver o céu. Sendo um local seguro, deixe-as descalças para que possam sentir em seus pés o calor do sol.
Após esse primeiro contato, conte ao grupo de maneira entusiasmada que chegou a hora de conhecer as plantas que serão cultivadas na horta. Ofereça oportunidade para que se manifestem e contem o que já sabem (ou gostariam de saber) sobre plantas, hortas, plantios. Questione-as também se na sua casa ou de familiares existem hortas e o que plantam. Em seguida, apresente os vegetais (ou as imagens que providenciou) e conte que irão plantar essas hortaliças e/ou temperos, que precisarão cuidar e quando possível poderão usá-los em receitas e degustações. Pergunte quem conhece ou já experimentou, se gostaram, etc. Convide-os a manusearem os vegetais, de maneira que possam sentir os cheiros e texturas enquanto conversam sobre as experiências que já possuem, sobre como eles acham que a planta chega nesse estágio, do que precisam para crescer, etc.
Crédito: Getty Images
Com o cartaz em mãos conte que irá registrar o que o grupo acha que é necessário para que este projeto aconteça. Possíveis falas do/a professor/a:
- Do que vamos precisar para construir essa horta?
- O que vocês acham que as plantas precisam para crescer?
- Quais cuidados precisamos ter para que cresçam?
- Como podemos nos tornar guardiões e guardiãs da horta?
Na medida em que forem sugerindo e explicitando as hipóteses, vá registrando nesse cartaz coletivo de maneira que todos possam visualizar a escrita se materializando. Caso você perceba que faltou algum elemento essencial (como por exemplo regar a plantação), não hesite em sugerir.
Para finalizar…
Pergunte ao grupo o melhor lugar para fixar este cartaz, para que o mesmo sirva de apoio para os cuidados que precisarão ter e para que possam consultá-lo sempre que necessário. Convide-os a voltar para sala, fixe o registro no local escolhido pela turma, na altura das crianças, e avise-os que em breve irão iniciar o plantio. Se possível, cole também as imagens impressas por você próximo ao cartaz e escreva embaixo o nome de cada espécie.
Tempo previsto: Aproximadamente 60 min
O que fazer antes?
Contextos prévios - Uma ideia interessante é que você professor/a combine com a equipe da cozinha se há a possibilidade de separarem alguns resíduos orgânicos para que possam produzir o adubo que irá fortalecer o plantio, como cascas de ovos e borras de café. Sobre como obter adubo a partir de resíduos orgânicos, indicamos: o Manual para Gestão de Resíduos Orgânicos nas Escolas e o Manual de Compostagem Doméstica com Minhocas.
Para este momento é necessário ter as mudas e/ou sementes dos temperos e hortaliças antecipadamente escolhida com a participação das crianças, o adubo orgânico, pazinhas de jardinagem e palha ou folhas secas para proteger a terra após o plantio. Caso não haja espaço para canteiros, sugerimos o uso de caixotes para o plantio. Neste caso, será necessário obter terra para colocar nos caixotes. Se for possível, permita que as crianças pintem os caixotes ou escolham o formato que terá a horta (os canteiros não precisam ser retangulares, veja o exemplo dessa horta mandala.
Outra ideia bastante interessante é apresentar às crianças um pouco sobre a cultura e alimentação dos povos originários, entendendo-os como referência importante de relação respeitosa com natureza. Podem ser feitas pesquisas prévias sobre os alimentos cultivados no seu bioma pelos povos que nele habitam e buscar mudas, sementes, receitas e histórias que se relacionam a sua origem e preparo. Lembre-se sempre de verificar se há na turma crianças indígenas cujos familiares possam contribuir com essa investigação.
Uma dica seria contar sobre a Lenda da Mandioca (podcast curtinho sobre a origem da mandioca https://deixaqueeuconto.org.br/programa/origem-da-mandioca-curtinhos / http://www.macvirtual.usp.br/mac/templates/projetos/jogo/lenda.asp). Você pode trazer músicas para cantar com as crianças antes, durante e após o plantio, como “Para Germinar” do grupo Palavra Cantada (https://www.youtube.com/watch?v=Dql6t8sozsk) ou a “Semente de mandioca” do projeto Canto de Trabalho (https://www.youtube.com/watch?v=OV8_yRq--AY).
Organização dos espaços - De maneira antecipada, organize os materiais necessários para o plantio, já na área externa. Uma ideia interessante é organizar os materiais (terra, adubo, pazinhas, palha ou folhas secas) ao redor dos canteiros ou dos caixotes para que as crianças possam trabalhar em pequenos agrupamentos. Dessa forma você poderá acompanhar e orientar de maneira mais assertiva e as crianças terão maior oportunidade de manuseio e exploração desses elementos.
O que fazer durante?
Releia com eles o registro coletivo (cartaz) e conte que já preparou alguns materiais e que estão organizados no espaço combinado. Convide-os a irem até lá e que poderão se agrupar ao redor dos canteiros ou caixotes para que possa explicar como a proposta irá acontecer.
Ao chegar no espaço, convide as crianças a manusear a terra, sentir seu cheiro e explorar com seus sentidos as características desse elemento natural. Caso esteja usando caixotes, oriente-as a colocarem terra dentro dos caixotes, com as mãos ou com as pás até que seja suficiente para que as hortaliças/temperos cresçam.
Crédito: Getty Images
Peça para que façam “bercinhos” ou buraquinhos, com os dedos, para as sementes e garanta a profundidade necessária (de maneira geral recomenda-se que o buraco tenha uma profundidade de 2 e 3 vezes o tamanho da semente). Para plantar as mudas, o tamanho do "berço” precisa ser igual ou um pouco maior que o torrão de terra que envolve as raízes. Passe de grupo em grupo verificando e apoiando-os nesse preparo e só então distribua as sementes e/ou mudas. Permita que possam explorá-las, observando e sentindo suas características (tamanhos, cores, formatos) e que as coloquem nos buraquinhos feitos. Em seguida, oriente-as a cobri-las com terra de maneira que o torrão ou a semente fique totalmente “escondida”. Para maior sucesso no plantio, é importante cobrir a terra com palha ou folhas secas que a mantém úmida e nutrida.
Se a terra estiver fofa, incentive-os a manuseá-la com as mãos, sem o uso de pazinhas.
Crédito: Getty Images
Após o plantio, sugira que a turma olhe como o ambiente mudou. Elas podem cantar uma música para celebrar o resultado do plantio!
Para finalizar…
Lembre-os do registro lido anteriormente e que, portanto, as plantas irão precisar de sol, água e adubo para que cresçam saudáveis. Convide-as a regar (sem exagero) os canteiros ou caixotes, já com sementes e mudas e combine que precisarão cuidar diariamente desse crescimento. Planeje um momento na rotina para que essa manutenção aconteça, todos os dias. Em alguns desses momentos, é possível aproveitar para que observem o crescimento ou eventual morte das plantinhas, observem se há bichinhos novos nos canteiros, propor desenhos de observação e momentos de cantoria para as plantinhas entre outras atividades que instiguem o vínculo e a observação. Aqui é interessante que possam consultar a lista construída por vocês, diariamente, para verificar o que já realizaram e/ou quais cuidados ainda precisam ser executados.
Essa funcionalidade ainda não está disponível. Por favor, tente baixar em PDF.
Você pode baixar este plano como um arquivo (PDF).