Plano de Aula

Plano de aula: Como o tempo pode ser medido?

Plano 2 de uma sequência de 5 planos. Veja todos os planos sobre Medidas

Habilidades BNCC:

Aula

O que fazer antes?

Contextos prévios:

Para realizar essa atividade é necessário que as crianças já tenham tido conversas anteriores sobre o tempo.

Este plano faz parte de uma sequência de cinco. São eles:

Quanto tempo o tempo tem?

Como o tempo pode ser medido?

Marcas do tempo

Planejando o tempo

Conhecendo outras formas de medidas

 

Para apoiar seus conhecimentos e curiosidades das crianças, sugerimos que você aprecie o seguinte link:

Medida de Tempo

Materiais:

Organize a impressão de imagens para ilustrar as diversas maneiras que o homem buscoupara marcar a passagem do tempo. Considere exemplos como, relógio de areia (ampulheta), relógio de sol, relógio de água (clepsidra), relógio de vela, as fases da lua. Providencie ainda,ampulheta, relógio de ponteiro, relógio de pulso, relógio digital, calendário, entre outros. Você precisará também de duas velas comuns em tamanhos iguais, um suporte para fixar a vela, como tampa ou pratinho e 4 canetas marcadores de cores diferentes.

Para organizar a exposição dos materiais, considere reservar mesas, cubos expositores ou caixote de feira. Organize também, um varal e pregadores para acolher as imagens impressas.

Espaços:

Organize no espaço uma mostra dos materiais e imagens que separou para a atividade. Considere um formato de exposição, em que as imagens possam estar em um varal, organizadas em ordem cronológica, e os objetos dispostos em mesas, cubos expositores ou caixotes de feira. Preveja também, a utilização do espaço externo. Considere a necessidade de refletir quanto a amplitude desse espaço, tendo em vista a necessidade de circulação do grupo para a apreciação e a organização em roda para uma conversa acerca do apreciado.

Tempo sugerido:

Aproximadamente 1 hora.

Perguntas para guiar suas observações:

1. Quais relações as crianças trouxeram ao entrarem em contato com as imagens e objetos dispostos? Fizeram comparações com o cotidiano? Associaram os instrumentos e suas propriedades às funções relativas quanto a marcação de tempo?

2. Que fatos curiosos e inusitados as crianças trouxeram durante a apreciação? Quais relações desses fatos se conectam com o contexto da proposta?

3. Como o grupo se posicionou frente aos pontos e contrapontos que permearam o diálogo?


Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender as necessidades e diferenças de cada criança ou do grupo. Potencialize para que todos participem e expressem suas impressões, estimule-os a conversarem entre si, contando um para o outro o que estão vendo, sentindo e pensando a respeito da exposição. Se alguma criança não se sentir à vontade para expor sua opinião ao grupo, respeite esta opção e observe a interação dela com as outras crianças, suas expressões faciais e gestos enquanto aprecia o material exposto.

O que fazer durante?
O que fazer durante?

1

Reúna as crianças e conte que hoje você preparou uma visita a uma exposição, organizada na área externa que conta um pouco de quais meios o homem encontrou para marcar o tempo ao longo da história. Acorde com as crianças quais serão os combinados para a visita da exposição e que ao longo da apreciação elas conversem com os pares, a fim de trocar ideias e contar o que sentem ou veem nas relações que estabelecem ao apreciar as imagens e os objetos. Acolha as ideias do grupo para a composição dos acordos, considerando mesmo aquelas que sejam inusitadas, tais como, observar tampando o olho, tocar os instrumentos para ver o outro lado, olhar de pertinho, de longe etc. Terminando os acordos, convide o grupo para iniciarem a visita.


2

Enquanto as crianças apreciam a exposição, circule pelo grupo, a fim de escutar as expressões que revelam ao contemplarem as imagens e os objetos. Faça registros fotográficos e escrito das relações estabelecidas do grupo. Atente-se às diversas expressões que as crianças podem trazer, pautando-se sobre quais olhares a contemplação da exposição evocam das crianças? Quais surpresas? Sorrisos? Que convites as imagens e objetos fazem à elas? Como usam o corpo durante suas apreciações? Tocam nos objetos, associando-os, como por exemplo, observando o cair da areia da ampulheta e a rotatória do relógio etc.

Observe a interação das crianças e ao perceber que todos já circularam pelo espaço, fizeram trocas entre si, e o envolvimento com a exposição começou a dispersar-se, sinalize que em 5 minutos vocês terminarão a visita e se reunirão em roda para conversarem sobre as impressões e descobertas que fizeram na exposição.


3

Reúna as crianças na roda, convidando-as a contar suas impressões sobre a exposição e o que perceberam e sentiram nesta relação. Escute atentamente o que elas manifestam sobre o momento, que comentários fazem e que elementos, hipóteses e teorias trazem a respeito do vivenciado. Como forma de trazer maior significado ao diálogo, além das contribuições que as crianças estão emprestando, considere utilizar como referência, as imagens, os objetos e as observações que você fez no processo da vivência com a exposição, para fazer boas perguntas, ou seja, aquelas que vislumbram aprofundamentos e provocações ao grupo.

Possíveis falas e ações do professor neste momento: ao retornar a sua observação de que um grupo de crianças observavam o cair da areia da ampulheta e a rotatória dos ponteiros do relógio, você pode neste momento lançar ao grupo: “Pessoal, observei uma coisa curiosa, enquanto vocês estavam apreciando a exposição. Um grupo de crianças ficou um tempo observando a areia da ampulheta cair e o ponteiro do relógio girar. O que vocês estavam observando? O que descobriram nessa observação?”.


4

Após acolher as expressões do grupo, conte que aqueles elementos e imagens, revelam a construção de alternativas encontradas pela humanidade para marcar a passagem do tempo. Revele que antigamente tudo era muito diferente. Que o homem sabia que o tempo passava, mas não sabia como marcar e medir esse tempo. Assim, por meio de observações dos elementos da natureza, como o dia e a noite, as fases da lua, a evaporação da água, a sombra que o sol fazia, o crescimento e envelhecimento das pessoas e plantas, foi inventando formas diversas de se relacionar, marcar e medir o tempo.


5

Evidencie cada elemento da exposição, de forma a contextualizar e problematizar sua observação e criação, oferecendo às crianças possibilidades de pensamentos e questionamentos investigativos. Por exemplo, ao contar sobre a construção do relógio do sol, convide o grupo a pensar em quais momentos e situações ele não funcionaria. Caminhe com o diálogo, revelando a evolução das formas de medidas do tempo até os tempos atuais. Neste contexto, instigue e incentive o diálogo colaborativo, pautando-se nas curiosidades e expressões das crianças, oferecendo à elas o lugar de protagonistas nas construc?aões de suas noc?o?es, formas de relações e conceitos associados ao tempo, suas medidas e, sobretudo, ao seu uso social e cotidiano.


6

Após o diálogo, engaje as crianças numa experimentação de medida de tempo como antigamente. Convide-as a observar o tempo passar nas atividades do dia, contudo, com o tempo medido por velas. Para que isso ocorra, utilize duas velas exatamente do mesmo tamanho, acenda uma delas e só apague quando terminar a atividade. Como forma de marcação, uma criança escolherá uma caneta permanente e fará o registro na vela que não foi acesa, associado ao tamanho da vela que foi acesa, após o tempo percorrido pela atividade. Conte que farão desta mesma forma ao longo de todas as atividades do dia, marcando cada uma com cores diferenciadas. Ao final, irão comparar quanto tempo levou cada atividade, qual foi mais longa e qual teve a menor duração. Conversarão ainda, se o tempo marcado condiz com o tempo sentido, comparando, por exemplo, qual atividade acham que passou rápido, e que talvez, ela foi a que teve o maior tempo marcado. Ou qual atividade sentem que demorou a passar, entretanto, foi a que teve menor tempo. Para tal construção de sentido, considere atividades na rotina que apresentem maior densidade e menos movimentação, por exemplo, e outras mais leves e cheia de movimentos, como brincadeiras no parque e de livre escolha, por exemplo.

Considere que é fundamental, que ao longo da atividade, você observe o engajamento da turma com a proposta. Caso você perceba que a atenção das crianças ao explorar e conversar sobre os diferentes instrumentos de medida de tempo se estenda, você pode pausar a proposta e combinar com elas a experiência de medir o tempo com velas no dia seguinte.


Para finalizar:

Após areflexão, conte que continuarão outras investigações que revelam formas diferenciadas de medir e se relacionar com o tempo e convide então, as crianças para se organizarem para a próxima atividade do dia.

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