Plano de Aula
Plano de aula: Expressões gráficas de experiências na natureza
Plano 1 de uma sequência de 5 planos. Veja todos os planos sobre Desenhos
Aula
O que fazer antes?
Contextos prévios:
Para se inspirar, assista ao vídeo Verdejando o Aprender:
A proposta é um convite para que as crianças vivam experiências sensoriais em um ambiente natural e expressem suas percepções por meio do desenho. Para tal, preveja um espaço instigante, que os conecte com elementos naturais. Caso não haja área verde na escola e não seja possível visitar um jardim, praça ou parque próximo, organize em uma área dentro do espaço escolar um ambiente com vasos de plantas diversas de forma atrativa.
Materiais:
Folhas de papéis de diversos tamanhos, espessuras e cores, para a criança escolher aquele que melhor acolhe sua expressão. Canetinhas, pincéis atômicos, giz de cera de espessuras diversas, lápis de cor e cola. Materiais naturais de diferentes texturas, que podem ser coletados ao longo da sua ida ao espaço externo. Se houver disponibilidade, ofereça pranchetas ou cavaletes. Também é possível adaptar o cavalete usando caixas de pizza, dobrando-as ao contrário, um pedaço de papelão ou capas duras de blocos de desenho para apoiar e prender a folha com o pregador de roupa.
Espaços:
A atividade ocorrerá em dois espaços distintos, na sala e em uma área verde, que pode ser na escola, no jardim, praça ou parque mais próximo.
Para a atividade de exploração na área verde, organize previamente os materiais nessa área externa, de modo que amplie as experiências de representação das crianças. Tenha em mente uma organização em forma de ateliê. O próprio chão pode acolher o material. Separe os papéis conforme os tamanhos e as canetinhas por cores. Faça assim com todo o material escolhido. Fique atento para a estética de apresentação para o grupo, a disposição cuidadosa, bonita e atrativa convida a criança a perceber quais elementos ela pode escolher para representar sua experiência.
Na impossibilidade de realizar a proposta em um dos ambientes externos sugeridos, amplie as possibilidades existentes. Organize alguns vasos de plantas para ficarem acessíveis, colete folhas, pedras e disponha de forma harmoniosa e inspiradora.
Tempo sugerido:
Aproximadamente 1h 15min
Perguntas para guiar suas observações:
1. De que forma as crianças observam e exploram o espaço natural? Elas agem com autonomia e segurança ao terem contato com os elementos naturais ou procuram apoio em seus pares ou em adultos?
2.Durante a reprodução artística da experienciação, elas conversam entre si evocando memórias da vivência?Que critérios utilizam para escolher quais materiais usar em suas criações?
3. O que mais chamaa atenção das crianças ao entrarem em contato com o ambiente natural? Quais interesses que elas revelam podem promover desdobramentos e outras experiências plásticas, a partir deste tipo de abordagem?
Para incluir todos:
Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender as necessidades e diferenças de cada criança ou do grupo.
O ambiente externo, rico em cores, sons e vida favorece a interação das crianças. Entretanto, o contato com os elementos naturais pode ser desconfortável para algumas que não tenham familiaridade com este tipo de ambiente. Portanto, fique atento às singularidades e apoie no que for necessário. Promova a exploração em pares oupequenos grupos, de forma que crianças que têm maior autonomia possam estar com aquelas que precisam de apoio.
O que fazer durante?
1
Convide as crianças para sentarem em roda com você, no grande grupo.Compartilhe a proposta de irem até uma área externa para observarem cores, formas e texturas da natureza. Compartilhe a ideia de expressarem o que vivenciaram por meio do desenho. Converse sobre quais serão os acordos do grupo, evidenciando a forma respeitosa de interação com a natureza.
Possíveis falas do professor neste momento: Pessoal, hoje nós iremos fazer uma vivência na natureza. Vocês já pararam para ver as diferentes tonalidades e formas das folhas? E os caules, já repararam nas suas texturas? Vamos observar as árvores, as flores, os sons, o céu e tudo aquilo que a natureza nos convidar para olhar. Quem desejar pode caminhar descalço. O que precisamos combinar para que vocês possam aproveitar este momento de contato com a natureza e descobrir formas, cores, texturas e sentir cheiros? Precisamos pensar no respeito entre os colegas e pela natureza, para que nada seja destruído, como retirar folhas ou flores.
2
Chegando ao local (área verde), convide o grande grupo para sentar em roda com você. Converse com as crianças e retome o propósito da vivência. Proponha que elas tirem os sapatos e convide-as para explorarem o local de forma livre, individualmente ou em pequenos grupos. Elas podem sentir o cheiro da terra, da grama, da flor, tocar e subir em árvores. Instigue-as a perceber as diferentes tonalidades, formatos e tamanhos das folhas, caules, flores, as linhas presentes nas folhas etc. Enfatize todas as possibilidades de percepção de tudo que traz diferentes sensações. Diga que, nesta exploração, elas podem coletar os presentes que a natureza deixou para a gente. Esses presentes estão no chão e são folhas, pedrinhas, flores, gravetos etc. Conte a elas que essa proposta durará cerca de 15 minutos e que, quando faltarem 5 minutos para acabar, você irá avisá-las. Enquanto as crianças vivenciam a proposta, circule pelo espaçoobservando as interações das crianças com os elementos naturais. Faça registro dessas observações, coletando expressões e imagens.
Possíveis falas do professor: Ao perceber que alguma criança necessita de apoio para iniciar as investigações, aproxime-se dela e lance algumas perguntas. Você já tinha parado para observar o tronco dessa árvore? Suas cores e textura? Quais sementes são essas que nós encontramos no chão? Já reparou a quantidade de tons que podemos encontrar nas folhas?
3
Reúna o grande grupo em roda e favoreça que as crianças contem sobre a experiência e sobre os elementos que coletaram na natureza. Proponha a organização em conjunto do espaço, para que possam criar um desenho usando esses materiais como se fosse um ateliê na natureza. Diga que há vários papéis, cores, lápis e canetas que elas podem escolher e utilizar e que poderão aplicar os materiais que coletaram na natureza na composição de sua criação.
4
Convide as crianças para selecionarem quais materiais e qual suporte irão utilizar para a produção. Diga que podem usar a prancheta, deitar-se no chão para produzir ou usar o cavalete como apoio para o suporte escolhido. Apoie as crianças em suas escolhas e criações, assumindo uma postura de escuta atenta às expressões delas. Circule pelo grupo e esteja atento para as mediações que, porventura, algumas crianças necessitem. Entretanto, cuide para que a intervenção seja respeitosa quanto à originalidade de criação e representação da criança. Observe que a mediação não se faz no desenho, mas na ideia de representação. Por vezes, faz-se necessário chamar atenção para a experiência vivenciada, ou seja, convidar a criança para relembrar a experimentação. Nesta proposta, o desenho é uma expressão gráfica do vivido, mas não pretende ser um desenho de observação. As crianças devem se expressar livremente, a partir das suas vivências. Enquanto as crianças desenham, documente e faça registros das suas narrativas, para ter registro dos interesses e observáveis, podendo, assim, compreender as dinâmicas do grupo para planejar outras propostas.
5
Conforme as crianças forem terminando as produções, convide-as para continuar a interagir com os espaços, de forma a não atrapalhar as demais, enquanto o restante do grupo finaliza as criações.
Para finalizar:
Monte com as crianças uma exposição das produções do grupo em algum espaço da escola. Para isso, é preciso tempo para cuidar da forma como serão expostas, dando o devido valor às produções.
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