Plano de Aula
Plano de aula: A escrita nas brincadeiras de faz de conta
Plano 3 de uma sequência de 5 planos. Veja todos os planos sobre Escrever com sentido
Aula
O que fazer antes?
Contextos prévios:
Esta atividade pressupõe a organização de espaços lúdicos diversificados que privilegiem brincadeiras de faz de conta e que convidem as crianças a realizarem escritas espontâneas .
Materiais:
Nesta proposta vamos utilizar como sugestão elementos que reproduzem o cenário de um banco, de uma lanchonete e de um consultório médico. Para isso, organize cada um dos ambientes, considerando a reunião de objetos e brinquedos, tais como dinheiro de papel, máquinas de calcular, computadores, blocos de papéis, telefones, revistas, caixas vazias de remédios. Busque representar cada um desses locais sugerindo que as crianças vivenciem e representem papéis sociais nas brincadeiras.
Espaços:
Você pode organizar os cantos em áreas amplas, como quadras poliesportivas e corredores, ou em ambientes internos, como salas de brincar e a própria sala. Potencialize os espaços de brincar, organizando de modo a favorecer a apreciação estética e a relação autônoma das crianças.
Tempo sugerido:
Aproximadamente 1hora e 30 minutos
Perguntas para guiar suas observações:
1. Quais as relações que se estabeleceram entre as crianças no decorrer da brincadeira? Como assumiram os papéis e quais ações realizaram?
2. Como se deu o desenvolvimento da brincadeira? Como as crianças se relacionaram ao fazer escritas espontâneas?
3. Ao se depararem com desafios, tanto cognitivo quanto social, como as crianças buscaram apoio? Consideram os pares? Recorreram ao adulto?
Para incluir todos:
Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender as necessidades e diferenças de cada criança ou do grupo. Atente-se que esta é uma atividade coletiva e incentive a participação de todos. Observe com atenção as brincadeiras das crianças, para que possa oferecer sugestões atrativas e convenientes. Respeite o fato de que cabe à criança decidir se aceita ou não a proposta, sendo dela o direito de optar por brincar ou não. Cuide para que haja trocas de papéis, para que as crianças desempenhem papéis diferentes numa mesma brincadeira. Observe que algumas tendem a ficar mais quietinhas e se posicionam com menos intensidade nas brincadeiras, busque interagir envolvendo-as no jogo do faz de conta.
O que fazer durante?
1
Convide as crianças para sentar com você em uma grande roda e compartilhe o propósito da atividade. Conte que elas poderão escolher um dos três cenários para brincar de forma livre. Combine com elas a duração da atividade e a organização dos materiais ao fim da exploração.
Possíveis falas do professor neste momento: Crianças, hoje vocês terão três espaços diferentes para brincar. Escolham em qual deles vocês iniciarão a brincadeira e, se quiserem, poderão trocar de cenário depois. Lembrando que ao trocar de grupo, é preciso que não misturemos os objetos de cada cenário. Quando faltarem 10 minutos para terminar a brincadeira, vou avisar vocês. Assim, vocês começam a encerrar a brincadeira. Ao final, iremos organizar todo o material juntos e poderemos brincar com eles num outro dia.
2
Enquanto as crianças brincam, movimente-se pelo espaço a fim de observar as relações que estão estabelecendo enquanto interagem com os suportes de escrita, para refletir sobre boas intervenções durante a brincadeira. Caso perceba que as crianças não dão atenção ou não escolhem elementos que possibilitam a intencionalidade da escrita, integre-as à brincadeira, potencializando esse aspecto e a própria situação imaginária.
Considere entrar no jogo dramático das crianças de forma sugestiva e espontânea. Por exemplo, no ambiente da lanchonete você pode o assumir o papel de um cliente e pedir ao garçom o cardápio. Caso eles não tenham um cardápio, sugira que anotem seu pedido para apoiar o cozinheiro. Com esta ação, você incentiva o uso da escrita e observa quais conhecimentos as crianças revelam em sua composição.
3
Continue as observações das brincadeira das crianças de modo que seja capaz de interpretar os significados que estão em jogo no faz de conta. Assuma o papel de um professor que brinca com as crianças, oportunizando trocas e investigações nesta ação. Suponhamos que no espaço do consultório médico, você assuma o papel de mãe ou pai que levou o filho à uma consulta. Você pode estabelecer um diálogo com a criança que representa o médico, como por exemplo:
Doutor, meu filho está muito doente? O que ele está sentindo? Ele está desde ontem com febre, vômitos…
Observe os resultados da interação. Caso a criança que representa o médico não atribua a sua ação a função da escrita, oportunize a interação ao sentido da escrita, sugerindo, porexemplo:
Doutor, que remédio você sugere que eu compre na farmácia? Você pode anotá-lo na receita?
4
Procure instigar nas crianças comportamentos, ações, papéis, tramas etc., na brincadeira, com a intenção de que elas vivenciem papéis em seu brincar, experimentando novas práticas em relação aos materiais acrescentados por você. Considere envolver outras crianças nas situações. Por exemplo, assuma você o papel de atendente do banco, convidando as crianças para anotar seus dados pessoais para a abertura de uma conta.
Atente-se quanto ao tempo acordado para atividade e sinalize ao grupo quando faltarem 10 minutos para o fim, para que comecem a finalizar as brincadeiras.
Para finalizar:
Ao finalizar as brincadeiras, peça que as crianças organizem os brinquedos e os objetos no local determinado. Reúna o grupo em uma roda de conversa e investigue, junto às crianças, o que podem fazer para enriquecer ainda mais as brincadeiras. Converse sobre os temas desenvolvidos nas situações das brincadeiras, os papéis representados, os conflitos que apareceram e outras questões que as crianças expressarem.
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