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Plano de Aula
Plano 2 de uma sequência de 5 planos. Veja todos os planos sobre Explorando superfícies
Contextos prévios:
Essa atividade propõe experimentar uma superfície já conhecida pelos bebês e também ampliar as explorações sobre ela por meio dos elementos que desafiam a curiosidade e percepção (no caso as pedras já existentes no local ou que serão colocadas para exploração).
Monte também duas passarelas/trilhas com pedras de diferentes características sobre um papelão. Uma delas com pedras arredondadas e outra com pedras diversas. Para isso, use um pedaço de papelão grosso em tamanho aproximado de 2m de comprimento e 50cm de largura em forma de trilha. Use cola quente, instantânea ou outra que você tenha na sua escola para colar as pedras sobre o papelão, agrupadas por semelhança em cada parte, para propiciar texturas diferentes ao passarem por ela.
Materiais:
Pedras de tamanho médio a grande em quantidade suficiente para forrar uma parte do chão onde grupos de 5 a 6 bebês possam fazer suas pesquisas exploratórias.
Potes de tamanhos diversos, colheres,pás e retalhos de tecidos.
Um pedaço de papelão grosso em tamanho aproximado de 2m de comprimento e 50cm de largura, em forma de uma “passarela/caminho/trilha”.
Diferentes tipos de pedras, de tamanhos, texturas, formas e cores diferentes.
Cola quente, instantânea ou outra que você possua na sua escola e que possibilite colar as pedras no papelão.
Espaços:
Para essa proposta você pode usar um espaço externo que possua pedras em sua superfície. Caso não tenha essa disponibilidade na sua escola, providencie um tanto de pedras e disponibilize sobre a superfície já conhecida pelos bebês, oportunizando uma vivência diferenciada ao acrescentar esses materiais. Disponha de espaço suficiente sobre a superfície para que os bebês possam usar seu corpo de forma integral nas diversas explorações que o local inspira.
Num local próximo, fora da superfície de pedras, fixe a trilha/passarela feita com as pedras de diferentes características coladas sobre o papelão, oportunizando que todas as crianças possam realizar diferentes experiências num mesmo espaço, de acordo com seus interesses e iniciativas próprias.
Tempo sugerido:
Aproximadamente40 minutos.
Perguntas para guiar suas observações:
1.Como as crianças manipulam e experimentam a superfície? Quais descobertas realizam a partir da exploração das suas propriedades ( cor, textura, temperatura)?
2.Que experiências corporais e sensoriais dos bebês são ampliadas pela exploração da superfície de pedras?
3.De que forma utilizam a imitação nessa proposta? Como os bebês interagem com os outros bebês e adultos?
Para incluir todos:
Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender as necessidades e diferenças de cada criança ou do grupo. Proporcione condições para que todas as crianças participem da proposta. Atente-se aos bebês muito pequenos para auxiliá-los na exploração da superfície, dos objetos, a se locomover sobre ela e sentar-se próximo ao grupo de crianças. Assegure espaços seguros para aqueles que sentam, engatinham e caminhem. Leve ao espaço da proposta um cesto com brinquedos preferidos dos bebês para utilizar caso seja necessário.
1
Nessa proposta é indicado que dois professores estejam com a turma, possibilitando que todos os bebês tenham apoio. As orientações e sugestões para as explorações das superfícies podem ser faladas por um dos professores para todo o grupo mas, depois, é importante que sejam repetidas junto aos pequenos grupos.
2
Convide o grupo todo de bebês para explorar a superfície de pedras de diferentes formas, usando o corpo a fim de perceber suas características. Coloque sua mão, depois o pé e observe a reação deles. Chame para sentirem a superfície junto com você e oportunize a todos acesso aos elementos, acompanhando para que participem de acordo com suas preferências. Garanta que os maiores circulem livremente no espaço. Disponibilize aos bebês menores, preferencialmente, a trilha de papelão com pedras arredondadas, pois assim se sentirão mais confortáveis ao engatinharem ou arrastarem-se sobre ela.
3
Reserve esse tempo inicial para que todos os bebês experimentem a superfície de forma autônoma, conforme seus interesses e desejos. Atente às formas que usam para se locomover sobre as pedras, quais expressões realizam ao entrar em contato com elas, quais desafios essa superfície propõe ao bebê que senta, engatinha e caminha. Observe com atenção o que eles fazem e aproveite para iniciar os registros com fotos e vídeos. Faça algumas anotações sobre aspectos mais importantes da proposta para posterior Documentação Pedagógica.
Possíveis ações da criança neste momento: Um bebê engatinha sobre as pedras e ao sentir sua mãozinha sobre elas, senta, pega uma pedra e observa. Fecha a mão e abre novamente,sentindo propriedades da pedra como textura e temperatura. Outro bebê que caminha, dá passos curtos e equilibra-se sobre as pedras, explorando assim toda a superfície e ampliando sua percepção a respeito dos limites e possibilidades corporais.
4
Perceba como os bebês interagem com a superfície: relações que fazem com ela e descobertas realizadas por meio da experimentação. Fique atento às ações de imitação que possivelmente ocorrem entre os bebês. Chame a atenção deles para ações que um dos bebês esteja fazendo e convide os outros a realizarem também. Encoraje por meio de comentários como: “Veja, o bebê está colocando pedrinhas sobre seu braço. Qual será a sensação? Você quer experimentar também? O colega encontrou uma pedra grande! Qual delas será mais pesada?’ Possibilite que todos explorem a superfície. Apoie as ações deles evitando ao máximo dirigir a iniciativa.
Possíveis ações da criança neste momento: Um bebê pega uma pedra em cada mão, observa e experimenta bater uma na outra. Ao perceber que a ação provoca barulho, repete o movimento por várias vezes, sorri para os colegas, satisfeito com a descoberta. Outro bebê observa, pega duas pedrinhas e imita o colega, sorrindo para ele. Logo depois bate uma das pedras que tem na mão sobre uma pedra grande que está no chão. De sua ação anterior, surge uma nova sensação ao perceber que o som produzido é diferente do outro já realizado.
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Enquanto um professor acompanha os bebês na superfície de pedras, convide os outros, individualmente ou em duplas, para uma exploração descalços sobre a passarela. Dialogue com o bebê sobre os diferentes tipos de textura, temperatura, cor, etc que tem nessa passarela: como sente as pedras sob seus pés, qual a sensação, dificuldades… Aos bebês que engatinham, destaque o que podem perceber por meio da palma da mão, como as diferentes texturas e tamanhos das pedras, além de observar de perto as diferentes cores delas. Observe as expressões realizadas, os balbucios que fazem, como usam o seu corpo durante a passagem pela passarela e como reagem ao perceber as diferentes pedras sobre ela. Pode acontecer de os bebês, curiosos como são, demonstrarem interesse em puxar as pedras do papelão, buscando descobrir mais de perto do que se trata aquele material. Respeite o interesse deles e encoraje-os a sentir as pedras pelas diferentes vias sensoriais, passando a mãozinha, cheirando, olhando, fazendo barulho, sentando sobre elas e propondo de fazerem uma exploração integral com seu corpo ao colocar braços, pernas e outras partes sobre elas, ampliando o campo sensorial ao entrar em contato com essas diferentes pedras.
6
Em um dos cantos do espaço, ofereça os potes, talheres e tecidos para as crianças brincarem na superfície, seguindo a mesma orientação de deixar os bebês livres para continuar suas iniciativas de exploração e interação Acompanhe suas pesquisas individualmente, em duplas ou pequenos grupos, favorecendo que ampliem suas explorações e interações na superfície de pedras usando os novos materiais ofertados. Perceba as relações criadas entre a superfície e os recursos e quais descobertas fazem ao brincar com esses elementos. Possibilite que todos os bebês, se assim desejarem, manipulem os potes, colheres, conchas e tecidos disponíveis, realizando pesquisas exploratórias com eles.
Para finalizar:
Informe às crianças que em 10 minutos irão organizar os materiais e qual será próxima atividade na sala. Passado esse tempo, guardem os materiais nos lugares propostos, encorajando os bebês para que, dentro de suas possibilidades, cada qual contribua de sua maneira. Auxilie os bebês menores a colocarem seus calçados e encoraje aquele que faz tentativas de colocar os mesmos sozinhos. Assegure espaço aconchegante na sala de referência, com almofadas e um cesto com livros infantis para que explorem conforme forem chegando.
Sugere-se que essa proposta possa ser realizada em outras superfícies da escola, como o gramado, tanque de areia, terra, usando os mesmos recursos ou outros que você possui em sua escola e sejam de interesse das crianças. Caso seu grupo de bebês seja grande ou o espaço da proposta pequeno, pense em realizar o momento com dois grupos de bebês, sendo que um fica na sala explorando uma atividade planejada previamente com um dos professores e o outro vivencia a proposta com você. É interessante que a atividade seja realizada mais vezes durante a semana, ampliando e enriquecendo as relações com a superfície proposta. Os bebês descobrem novas sensações, adquirem mais autonomia e ampliam habilidades motoras ao explorarem mais seguidamente espaços e materiais.
Organize um quadro que pode ser confeccionado em cartolina, papel pardo ou papel cartão, cole algumas fotos do grupo durante a proposta, com uma descrição breve a respeito do que vivenciado. Oportunize assim que as famílias acompanhem o cotidiano dos bebês na escola. Ao lado, deixe papéis e caneta pendurados para que as famílias possam contribuir, deixando comentários, impressões e sugestões, valorizando assim a participação delas. Fixe esse quadro na porta ou na parede lateral da sala, tornando visível à toda comunidade escolar.
Apresente a proposta
Envie, por Whatsapp ou outra plataforma de comunicação com as famílias, fotos de crianças brincando em algumas superfícies que podemos ter em casa: pedras, piso frio, carpete, madeira, lajota, cimento etc. Explique que, nesta proposta, a ideia é organizar uma brincadeira em alguma superfície de casa diferente daquela onde normalmente os bebês costumam estar, preferencialmente com pedras, para que ele explore a superfície com o corpo. Aproveite e faça o convite: “Olhando para essas imagens, que tipo de superfície aí da sua casa inspira vocês a uma divertida brincadeira, que instigue o bebê a explorar uma textura diferente, com todo corpo?”
Adaptações necessárias
As famílias serão convidadas a escolher uma superfície diferente em casa, a fim de oportunizar para o bebê uma interação com a textura que tiverem disponível nesse momento. Se não tiverem pedras e toda a moradia for do mesmo piso, ou nem mesmo tiverem espaço externo com outra textura para oferecer, ainda assim você poderá sugerir, por exemplo, que forrem o chão com papelão (uma caixa aberta), propiciando uma situação oportuna para novas descobertas. Outras variações possíveis são: um cobertor com pelos no chão, uma placa de madeira etc. É fundamental que acompanhem o bebê durante toda proposta. Sendo assim, proponha que um familiar o fotografe enquanto os outros brincam com ele.
Sugira às famílias
Convide as famílias a preparar com o bebê o local, dialogando com ele e nomeando os brinquedos e objetos, bem como suas ações e reações a partir dessa nova interação. Proponha que, juntos, descubram as sensações despertadas: o familiar pode passar a mão no chão cimentado e dizer para o bebê que sente a textura áspera, por exemplo; depois, passar a mão onde há pedras e dizer que ali é liso e áspero também, sendo imitado pelo bebê em seguida. Sugira que estejam atentos e validem as iniciativas, percebendo, assim, quais são suas preferências e favorecendo a curiosidade na busca do que desejam, sempre com segurança. De forma divertida, sugira que façam brincadeiras envolvendo cantar e dançar descalços, para que possam descobrir a sensação do contato com a textura da superfície por meio dos pés. Músicas do repertório da família podem contribuir para esse momento animado, bem como a “Pé com pé” (disponível aqui). Desta forma, além de ter momentos leves juntos, as famílias ampliam as possibilidades corporais de forma divertida na rotina.
Para compartilhar com o grupo
Proponha que compartilhem com você os registros que fizeram e socialize-os com as demais famílias, para que possam se sentir estimuladas a fazer a atividade também, tendo como referência as outras. É possível organizá-los num formato digital pelo Apresentações Google (disponível aqui) e enviá-los por WhatsApp ou pela plataforma que estiverem usando. Vá selecionando registros para compor uma exposição, da forma como costumam fazer isso na sua escola, para recepcionar os bebês e suas famílias. Desta forma, os fazeres de casa se conectarão com os escolares, tendendo a funcionar como um importante apoio para a transição após o período de isolamento social, no retorno ao convívio escolar.
Este plano de atividade foi elaborado pelo Time de Autores NOVA ESCOLA
Autor: Fernanda Zanatta
Mentora: Keli Luca
Especialista do subgrupo etário: Ana Teresa Gavião
Campos de Experiência: Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações
O eu, o outro e o nós
Corpo, gestos e movimentos
Objetivos e códigos da Base:
(ET01CG03) Imitar gestos e movimentos de outras crianças, adultos e animais.
(ET01ET04) Manipular, experimentar, arrumar e explorar o espaço por meio de experiência de deslocamentos de si e dos objetos.
(EI01EO02) Perceber as possibilidades e os limites de seu corpo nas brincadeiras e interações das quais participa.
Abordagem didática: As crianças passam boa parte do tempo muito próximas ou sobre superfícies variadas, seja sentadas, engatinhando, andando. Para os bebês, explorar essas áreas é uma oportunidade para descobrir textura, cor, composição e temperatura. E também para aprender mais sobre o próprio corpo, por meio do contato de pés, mãos, braços com essas superfícies. É interessante observar como os bebês interagem com uma superfície inédita, como a areia, por exemplo. Também de acrescentar um elemento novo a uma área já conhecida por eles.
Você pode baixar este plano como um arquivo (PDF) ou uma apresentação (PPT).
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