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Plano de Aula
Plano 5 de uma sequência de 5 planos. Veja todos os planos sobre Percurso simples
Contextos prévios:
A socialização entre bebês de faixas etárias aproximadas é de suma importância, pois os bebês menores (que não andam)podem se espelhar nos bebês maiores (que caminham), favorecendo o convívio e a ampliação do repertório motor. Oportunize situações de pesquisa prévia dos materiais propondo um novo a cada exploração. Instigue os limites e possibilidades corporais dos pequenos. Permita a exploração do local onde acontecerá a proposta. Tenha o cuidado de escolher um espaço significativo para os bebês. Providencie a montagem do ambiente com o auxílio dos adultos do berçário.
Este plano faz parte de uma sequência de cinco. São eles:
1. Percurso com tiras de papel (link)
2. Percurso com túnel e bolinhas coloridas (link)
3. Percurso com colchões (link)
4. Percurso inclinado (link)
5. Percurso e muitos desafios motores (link)
Materiais:
Materiais que estiverem disponíveis na escola, como pneus, rampas, colchonetes, túnel, mesas , cadeiras, caixas de papelão, bambolês, cordões ou barbantes para amarrar o que for necessário.
Espaços:
Disponha pelo ambiente escolhido os objetos propondo um percurso com vários desafios motores. Organize os materiais de forma que os bebês possam explorar e experimentar corporalmente os desafios e assim terem vivências significativas em relação aos limites e possibilidades do seu corpo. Comece colocando um colchão, em seguida dois e depois três (subir). Coloque caixas de papelão viradas de cabeça para baixo (passar por cima), logo em seguida pendure bambolês na altura das crianças (passar por dentro), depois coloque os pneus agrupados, um em sequência ao outro (passar por cima, pisando dentro ou por cima). Mais a frente coloque as mesas (passar por baixo) e cadeiras (passar por baixo ou subir e passar por cima - próximo a este objetos coloque colchões para garantir uma segurança maior para a escalada). Em seguida coloque a rampa (escalar/escorregar), diferenciando os desafios. Paralelo a proposta, deixe organizado um canto com bambolês dispostos no chão e, dentro de cada um deles, coloque um pouco dos brinquedos preferidos das crianças.
Tempo sugerido:
Aproximadamente 50 minutos.
Perguntas para guiar suas observações:
1. Permitir que as crianças experimentem corporalmente os desafios é de suma importância. De que maneira acontece essa experimentação? A partir dessa percepção, existe mais algum elemento que posso incluir, ampliando as descobertas das crianças?
2. Como acontece a vivência dos diferentes movimentos, velocidades e deslocamentos nas interações e brincadeiras?
3. Como os bebês expressam suas emoções, necessidades e desejos tomando por observação a movimentação corporal das crianças?
Para incluir todos:
Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender as necessidades e diferenças de cada criança ou do grupo. Convide os bebês e incentive a participação de todos. Propicie um espaço com segurança para os que ainda não se locomovem com autonomia. Esteja disponível perto deles para que possam avançar quando bem desejarem. Convide individualmente cada um e narre o que está acontecendo, fazendo com que seu corpo sirva de suporte para os movimentos deles e, também, para acolhê-los quando se fizer necessário.
1
Compartilhe com os bebês do grupo todo a proposta que será realizada: percurso e muitos desafios motores. Inicie a exploração com os cantos previamente organizados e deixe a livre exploração neste momento inicial. É muito importante que todas as ações e situações sejam conversadas com os bebês previamente.
Nessa proposta será necessária a colaboração de mais de um adulto. Registre com fotos, vídeos e pequenas anotações para reflexão posterior.
2
Convide os bebês menores e os maiores, em pequenos grupos, para iniciarem a exploração livre do percurso. Oportunize ficarem descalços para uma efetiva estabilidade e uma maior relação corpo, espaço e objeto. Esteja disponível caso algum bebê queira dividir suas descobertas e conquistas. Registre as interações que aparecem e como isso acontece. Incentive a participação de todos, oferecendo apoio quando necessário, conversando com eles e transmitindo segurança/confiança para iniciarem o percurso. Aos que não andam, leve-os no colo até o mobiliário, para que possam fazer as explorações dentro de suas possibilidades motoras, potencializando descobertas a fim de ampliar seu repertório. Faça o percurso junto a eles, observando os momentos de maior encanto por parte dos bebês.
Possíveis ações das crianças neste momento: Um bebê chega na ponta do colchão e olha ao redor, mais a frente observa outra criança tentando subir no colchão. O bebê sorri e avança engatinhando, chegando próximo a criança que conseguiu subir. Ambos se olham e gargalham demonstrando satisfação.
3
Permita um momento de exploração livre de todo o percurso por parte dos bebês menores e dos maiores. Esteja atento, disponível e recíproco a eles. Observe aquele bebê que se aproxima das caixas de papelão, demonstra interesse em virá-la para cima e, após alguns instantes, faz tentativas de subir na caixa, passando para o outro lado. Veja o brilho no seu olhar e a satisfação em conseguir essa conquista.
No decorrer da exploração, atente-se para os pontos de maior curiosidade dos bebês.
Impulsione-os tomando por base as habilidades motoras já adquiridas e identifique quais novas conquistaram. Potencialize as conquistas incentivando-os a superarem os obstáculos propostos e a descobrirem seus limites corporais.
4
Atente-se aos bebês engajados na proposta. Veja por quais objetos eles já passaram e quais importantes incentivos você pode proporcionar. Até esse momento as crianças devem estar envolvidas no percurso de diferentes formas em suas explorações. Reorganize-os para explorarem toda a extensão do percurso em duplas ou sozinhos. Observe as crianças que estão passando por cima, pisando dentro ou por cima dos pneus. Observe seu encantamento, os sorrisos e expressões ao explorarem mais esse desafio.
Possíveis ações das crianças neste momento: Um bebê explora com suas mãos as ranhuras que o pneu tem. Observa bem de perto e, por um momento, chega a deitar sua cabeça em um lado do pneu. Após esta exploração olha mais à frente e observa outro bebê engatinhando por baixo da mesa. Ele pisa dentro do pneu e sai em direção ao próximo obstáculo.
Possíveis falas do professor neste momento: Essa textura é diferente não é? Veja, tem umas ranhuras, conseguimos acompanhar com nossos dedos seguindo o desenho do pneu.
5
Destaque as curiosidades dos bebês. Aproveite os momentos de exploração deles para fazer boas intervenções, chamando atenção dos demais para isso, pontuando o que encontraram no percurso e fazendo essa mediação entre as diferentes idades que ali interagem. Nos momentos de escalada esteja sempre ao lado dando a mão quando necessário, para apoiar o bebê.
Possíveis ações das crianças neste momento: Um bebê passa por baixo da mesa e se senta de frente com a cadeira, olhando com curiosidade. Ele se levanta e se apoia na cadeira, coloca um pé na parte inferior e com esforço sobe. O bebê observa sorridente todo o ambiente, balbucia demonstrando encantamento ao ter conseguido.
Possíveis falas do professor neste momento: O que você está vendo? Você está mais no alto, como isso aconteceu? Ah! Você conseguiu subir na cadeira, muito bem! Veja! Como é diferente a vista aqui de cima...
6
Observe os bebês chegando na rampa e como exploram esse último ponto do percurso. Os bebês menores imitam os bebês maiores no escalar e escorregar? Procuram algum objeto para deixar deslizar por toda a extensão da rampa? Tome nota de todos os detalhes possíveis no momento e complemente as anotações para a documentação pedagógica ao final da vivência. Aos bebês que não andam, leve-os no colo aproximando-os da rampa, para que eles possam fazer suas pesquisas dentro das suas possibilidades motoras, fortalecendo as descobertas a fim de melhorar o repertório.
Para finalizar:
Com a aproximação da finalização da proposta, fale para os bebês que irão começar a organizar o espaço. Para ajudar na localização temporal, avise-os sobre qual será o próximo acontecimento do dia, garantindo uma predição do que irá acontecer. Informe o quanto é importante organizar o espaço antes de seguirem para a próxima experiência. Valorize e encoraje as iniciativas dos bebês neste momento.
É muito importante ter a possibilidade de reapresentar essa vivência aos bebês fazendo algumas alterações. Como parte da proposta inclui entrar/sair, dentro/fora, engatinhar, escalar, passar para o outro lado, proponha outros desafios motores e apresente um material novo por vez, para que possam ampliar o repertório. O percurso pode ser montado na área externa da escola, próximo à natureza (considere sempre um local significativo para os bebês).
Deixe disponível os objetos utilizados na exploração para que as famílias possam explorar junto com as crianças esse percurso motor. Dessa forma é possível inspirar uma continuidade em casa. Convide os familiares a fazerem esse percurso trabalhando as competências motoras com os bebês no quintal de suas casas, no parque da cidade, na pracinha do bairro, ou mesmo entrando na escola ao usar a área externa com os bebês. Peça um relato dessas experiências às famílias para compor um mural na entrada da escola, unindo as reflexões feitas pelos professores e os relatos dos familiares dos bebês.
Apresente a proposta
Pense em uma forma atrativa para convidar as famílias: se tiver fotos de momentos na escola em que o grupo esteja envolvido em desafios corporais diversos, compartilhe-as. Você pode também gravar um vídeo exemplificando como objetos que temos em casa (almofadas e cobertor enrolado, por exemplo) podem ser usados para favorecer a percepção e o desenvolvimento sobre limites e possibilidades motoras. Desta forma, aproveite a memória dos momentos que viveram na escola e convide a continuarem fazendo percursos simples, possíveis de se realizar no contexto domiciliar de forma segura, divertida e prazerosa. Envie pela plataforma que estão utilizando em sua rede ou mesmo pelo WhatsApp. Essa proximidade desperta o pertencimento ao grupo, o que aguça a participação de mais famílias.
Adaptações necessárias
Os percursos serão organizados pelos familiares de acordo com cada realidade. Os planos dessa sequência trazem diversas sugestões.
1) No percurso com tiras de papel, podem selecionar fotos e montá-lo a partir delas. Se não tiverem fotos, orientem que utilizem recortes de revistas, selecionando imagens atrativas para os bebês. A cabana sugerida, que ficará ao final desse percurso com fotos ou imagens, pode ser feita com cadeiras ou debaixo de uma mesa coberta com tecidos, dependendo do espaço disponível.
2) Para o percurso com bolinhas, sugira pelo menos uma caixa de papelão de tamanho suficiente para que o bebê possa explorá-la por dentro. Caso não tenham bolinhas coloridas, meias dobradas em formato redondo são uma boa opção.
3) Para os percursos com colchões e inclinado, sugira um material macio alternativo, como edredom ou cobertor dobrado, simulando o colchão no chão. Um encosto de sofá no chão poderá simular o plano inclinado, dentre outras ideias.
4) Para o percurso com muitos desafios motores, oriente que usem a criatividade: rolinhos com cobertores amarrados, almofadas, cadeiras, mesa etc.
Sugira às famílias
Convide as famílias a oferecer ao bebê, por meio de brincadeiras, os desafios motores selecionados e organizados no local. Algumas orientações gerais são importantes para todos os percursos:
- incentivem o bebê a transpor todos os obstáculos apresentados, permitindo que explorem de forma segura e livre, descalços ou com meias antiderrapantes para maior estabilidade;
- é fundamental que o familiar sirva de apoio durante o percurso, transmitindo motivação, tranquilidade e segurança, e auxiliando caso seja necessário, mas não fazendo o percurso pelo bebê nem tirando dele a oportunidade de descobrir como passar por aquele obstáculo de um jeito próprio;
- é importante a observação para nomear as ações e sentimentos presentes, ampliando o autoconhecimento através da relação.
1) Percurso com fotos e cabana: o desafio em jogo é percorrer um pequeno caminho com fotos ou imagens até chegar na cabana. Oriente que o familiar converse, nomeando as pessoas e fatos envolvidos, além das ações e movimentos corporais necessários para se chegar ao destino.
2) Percurso com bolinhas: o desafio é acompanhar o caminho das bolinhas até chegar à caixa e, lá, explorar e transformar a caixa de papel em brinquedo, o que o bebê ama e gera momentos de risadas: esconder e achar, entrar e sair, abrir e fechar as abas da caixa. As bolas vão compor a brincadeira, favorecendo interações com o corpo do bebê em movimento.
3) Para o percurso com diferentes alturas, os desafios para subir e descer poderão ser feitos com edredons dobrados, encosto de sofá ou almofadas. Reitere a orientação para que acompanhem e supervisionem o bebê nesse momento para evitar acidentes.
4) Para o percurso inclinado, a ideia é simular um tipo de escorregador com o encosto do sofá apoiado no chão, para que o bebê possa escalar e descer escorregando. Oriente que forrem o chão com edredom. Na impossibilidade de sair para a riqueza que as áreas externas oferecem, esses momentos para brincar e explorar o espaço disponível em casa ajudam no desenvolvimento físico, uma vez que envolvem aspectos emocionais e cognitivos. Reitere a orientação para a supervisão do adulto durante todo o momento, de modo a possibilitar uma brincadeira segura.
5) No percurso com muitos desafios, os familiares poderão colocar variadas propostas, a depender do tamanho do local disponível. Aqui, a orientação é para que o bebê transponha os obstáculos e possa voltar a repeti-lo quantas vezes desejar, sempre sob supervisão de um responsável. Exemplos: edredom dobrado para engatinhar, almofadas para subir e descer, encosto de sofá para escalar e escorregar, terminando com uma cadeira para passar por baixo.
Para compartilhar com o grupo
Convide os familiares a compartilhar esses momentos em foto, vídeo ou áudio, com comentários sobre como foram essas vivências corporais. Assim que recebê-los, você pode compartilhá-los com as demais famílias pela plataforma que estiver usando ou via WhatsApp. Assim, uma família contribui com a outra por meio da troca de experiências, ampliando as possibilidades de brincar em casa com seus bebês nesse momento em que todos estão privados do convívio social. Além disso, as formas que as famílias encontraram para propor desafios motores em casa poderão se tornar um rico recurso para diversificar suas práticas na escola. Utilize esses registros para incorporar ideias e evocar memórias afetivas. Planeje que ideias poderão ser retomadas com os bebês na escola, tornando-as um importante apoio no retorno escolar.
Este plano de atividade foi elaborado pelo Time de Autores NOVA ESCOLA
Autor: Talita Marques
Mentora: Keli Luca
Especialista do subgrupo etário: Ana Tereza Gavião
Campos de Experiência: Corpo, gestos e movimentos
O eu, o outro e o nós e Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações.
Objetivos e códigos da Base:
(EI01EO02) Perceber as possibilidades e os limites de seu corpo nas brincadeiras e interações das quais participa.
(EI01ET06) Vivenciar diferentes ritmos, velocidades e fluxos nas interações e brincadeiras (em danças, balanços, escorregadores etc.).
(EI01CG01) Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoc?o?es, necessidades e desejos
Abordagem didática:
Nos primeiros meses de vida, o movimento tem grande relevância para o desenvolvimento: a psicogênese da motricidade se entrelaça com a psicogênese da pessoa. O bebê se comunica por meio de gestos e olhares, expressa emoções mexendo os braços ou balançando o tronco, por exemplo, e explora os objetos segurando-os e, por vezes, colocando-os na boca. Nos percursos simples, as crianças podem explorar e experimentar corporalmente os desafios. Tais vivências permitem aprender sobre limites e possibilidades do corpo.
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