Plano de Aula

Plano de aula: Massagem como experiência corporal

Plano 2 de uma sequência de 5 planos. Veja todos os planos sobre Massagem

Aula

O que fazer antes?

Contextos prévios:

É importante que os bebês envolvidos na proposta já estejam vinculados afetivamente com o professor e o identifiquem como adulto de referência. A interação cotidiana do bebê com o professor por meio da massagem envolvendo toques de afeto, a comunicação tranquila e acolhedora e gestos de carinho e cuidado promovem o crescimento, desenvolvimento, aprendizagem e comunicação. São várias as técnicas para massagem e é importante conhecê-las para garantir uma boa experiência ao bebê. Indicamos aqui um vídeo:

Dois livros ajudam a conhecer melhor o tema: “Gestos de cuidado, gestos de amor”, de André Trindade, e “Shantala: massagem para bebês”, de Frederick Leboyer.

Materiais:

Suporte de mídia com músicas clássicas já previamente selecionadas e que transmitam sensação de relaxamento, calma e tranquilidade.Brinquedos de largo alcance (sugestão: potes com tampas, tecidos e canos de PVC). É importante que os bebês já tenham contato anteriormente e conheçam bem os materiais para brincarem com autonomia enquanto acontece a massagem concomitantemente.

Espaços:

O espaço deverá ser amplo, convidativo e confortável para o bebê deitar. Ele pode estar forrado com colchonetes ou tatames. É importante que o material seja denso para que o corpo do bebê não afunde. Deixe a música clássica tocando em som ambiente.

Tempo sugerido:

Aproximadamente 30 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:

1. Como cada bebê se manifesta e se expressa durante a proposta? Perceba suas emoções, desejos e necessidades.

2. Como cada bebê percebe seu próprio corpo e o corpo do outro durante a massagem?

3. De que forma cada bebê interage com seus pares e adultos na massagem?


Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender as necessidades e diferenças de cada criança ou do grupo. Garanta que todos os bebês participem. Para os que não se locomovem com autonomia, disponibilize seu corpo em local próximo para apoiá-los no que for necessário. Esteja atento aos bebês que não se sentem à vontade com o toque das mãos para massagem. Respeite seus ritmos próprios e escolhas manifestadas por meio dos gestos faciais, corporais e expressões orais. Permita que os bebês conduzam as propostas de massagem e fique atento, dialogando e sendo sensível a eles.

O que fazer durante?
O que fazer durante?

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Enquanto o grupo todo está engajado com brinquedos de largo alcance, dirija-se a uma dupla de bebês(que estejampróximos um do outro e se mostrem disponíveis para a massagem). Fique perto e entre na relação com eles: “cadê o pé do bebê?”. Chame cada bebê pelo nome. Eles podem se sentir curiosos com seu chamado para brincar de interagir e descobrir o corpo. É importante considerar que o corpo do bebê precisa ser visto em sua totalidade e que está em constante relação com o outro. Por isso, pergunte se ele permite ser tocado e mesmo que não responda verbalmente os códigos já criados entre adulto-bebê (olhar, gestos, confiança) conduzirão a resposta. Isso contribuirá para um elo recíproco e respeitoso de cuidados e conscientização do bebê sobre seu próprio corpo. Sempre utilize os nomes dos bebês. Se houver mais de um adulto disponível na turma, peça que filme toda a proposta para que posteriormente seja compartilhada com as crianças e comunidade escolar. As gravações também servirão de registro para novos planejamentos e observações.


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Esteja disponível para quando um dos bebês oferecer os pés, perna ou mãos. Nesse momento, convide-o para massageá-lo com o toque suave das mãos. Chame atenção do bebê que está ao lado para essa interação.

Possíveis ações da criança neste momento: um dos bebês oferece a perna para o professor e sorri.

Possíveis falas do professor neste momento: está me mostrando a sua perna? Posso fazer uma massagem? Olhe! O bebê está fazendo massagem na perna, você quer fazer também?


3

Perceba como os bebês envolvidos entram na proposta de massagem e como interagem com seus corpos. Convide-os a ouvir e sentir a música clássica e busque um momento de silêncio entre vocês, deixando que prevaleça o toque suave das mãos que se alternam entre os dois bebês engajados junto com professor.


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Observe como cada bebê envolvido se expressa por meio de gestos, balbucios e palavras. Eles podem dizer o que sentem oralmente ou por gestos corporais e/ou expressões. Podem demonstrar qual parte do corpo gostam ou não de receber a massagem e se gostam ou não de massagear outra criança quando convidados pelo adulto ou por iniciativa própria. Podem também não concordar com interação por meio do toque das mãos para a massagem. É importante que o professor esteja atento e respeite o ritmo, tempo e desejo de cada bebê ao mesmo tempo que demonstra estar receptivo em acolher a manifestação, sinalizando que está disponível para quando o bebê se sentir à vontade em participar da experiência. Quando engajados, incentive que continuem a narrar a experiência de massagem e apoie-os a interagirem entre eles.

Possíveis falas do professor neste momento: você está sentindo eu massagear seus braços? Gosta disso? Agora também vou massagear as pernas do bebê que está ao seu lado, você gostaria de me ajudar?


Para finalizar:

Quando o término da atividade estiver se aproximando, conte sobre o próximo acontecimento do dia, atribuindo uma previsibilidade a experiência seguinte do cotidiano. Isso ajuda na compreensão das noções de tempo e espaço. Incentive que os bebês guardem os objetos de largo alcance com os quais brincavam, realizando a ação junto com eles.

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