Plano de Aula
Plano de aula: Marcas gráficas em argila com bebês
Plano 3 de uma sequência de 5 planos. Veja todos os planos sobre Massas e argilas
Por: Nataly Gomes Ovando
Aula
O que fazer antes?
Contextos prévios:
Esta proposta de atividade será mais interessante se realizada com os bebês maiores (entre um ano e um ano e sete meses). Garanta que eles tenham vivenciado outros momentos de manipulação e exploração de argilas anteriormente. Separe previamente pedras (preferencialmente maiores), gravetos grossos e resistentes e pedaços de raiz de gengibre. Use argila à base de água, a mais apropriada para a modelagem. Isso facilitará a manipulação do material pelos bebês. Higienize pedras, gravetos e a raiz de gengibre antes da exploração.
Materiais:
Para a realização da atividade você precisará de: vasilhames rasos ou cestos contendo pedras, gravetos grossos, pedaços de raiz de gengibre, pedaços de argila e um pouco de água. Opte, se possível por um plástico, no qual os bebês possam se acomodar para a exploração. Dê preferência à argila mais macia (à base de água), para facilitar a manipulação dos bebês.
Espaços:
Em um ambiente externo, no chão, coloque vários pedaços de argila sobre o plástico no qual ocorrerá a sessão de exploração. Para um segundo momento da proposta, deixe em local de fácil acesso o cesto ou o vasilhame raso com pedras, gravetos e pedaços de raiz de gengibre, também em tamanho grande.
Tempo sugerido:
Entre 40 e 50 minutos.
Perguntas para guiar suas observações:
Como os bebês manipulam a argila? Que expressões surgem a partir dessa manipulação? Que reações são perceptíveis ao tocarem na argila?
Como os bebês atuam sobre os instrumentos (pedras, gravetos e raiz) em contato com a argila? Percebem as marcas gráficas deixadas? De que forma?
Como ocorre a interação dos bebês edos adultos participantes?
Para incluir todos:
Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que um bebê ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às necessidades e às diferenças de cada bebê ou do grupo. Se por algum motivo específico um bebê não se sentir seguro ou confortável para a exploração da argila, garanta que o tempo dele seja respeitado. Convide-o a mexer na argila junto a um adulto. Toque no material, pegue um pedaço menor, apresente-a para o bebê, aproximando-o aos poucos da proposta.
O que fazer durante?
1
Em roda, ou da maneira que considerar mais confortável para os bebês, dialogue com o grupo sobre a proposta de atividade. Fale com precisão a respeito dos elementos que farão parte da brincadeira e das descobertas da turma. Para facilitar a observação e o registro, assim como garantir que todos os bebês participem ativamente da proposta, organize as sessões em pequenos grupos de bebês exploradores. Esses grupos podem ser determinados por desenvolvimento etário, ou seja, uma sessão com os bebês que ainda não sentam, outra com os que sentam e engatinham e, depois, com os que andam. Escolha o primeiro pequeno grupo de bebês para a exploração e se dirija ao ambiente preparado.
Possíveis falas do professor neste momento: Olha o que eu trouxe para vocês brincarem! O que será que é? O que podemos fazer com ela? E mais! Vejam, o que tenho aqui? Pedras, raiz de gengibre e gravetos! Que tal juntá-los à argila e ver o que acontece?
2
As sessões de exploração não precisam ser realizadas necessariamente no mesmo dia com todos os pequenos grupos de bebês. Assim, você pode acompanhar e registrar as especificidades de cada grupo mais precisamente. Se a exploração ocorrer para todos os pequenos grupos no mesmo dia, organize, em um ambiente interno, um espaço com sons da natureza e contação de histórias. Divida o grupo de adultos auxiliares: um ficará responsável por acompanhar o grupo de bebês do ambiente interno e outro, do externo. Assim você pode se envolver na organização e na observação do momento de manipulação e marcação em argila.
3
Em cada sessão, garanta que o espaço esteja organizado com pedaços grandes de argila macia. Apresente aos bebês o local preparado e deixe que explorem livremente a argila disponibilizada sobre o plástico. Distancie-se, de maneira que os bebês sintam a segurança de sua presença, mas dê liberdade para que possam se sentir confortáveis em explorar livremente o espaço com argila preparado para eles. Garanta que esse momento seja de ação dos bebês. Observe atentamente os gestos, movimentos e explorações deles. Registre com vídeos e imagens cada interação deles com a argila. Instigue-os a tocar, manipular e amassar o material.
4
Observe atentamente as manifestações dos bebês no contato com a argila e busque registrar com fotos e vídeos essas expressões. Após um tempo de exploração da argila, disponha no pequeno grupo de bebês o cesto com as pedras, gravetos e raiz de gengibre. Observe as novas atuações dos bebês diante dos instrumentos apresentados em contato com a argila. Quando perceber que o grupo se dispersou da exploração, conduza-os ao ambiente interno e reorganize os materiais e o espaço para que a próxima sessão com o novo grupo de bebês seja realizada. Registre as distinções percebidas no modo de exploração de cada grupo, assim como as interações e as descobertas decorrentes do momento.
Possíveis falas do professor: Olha, há alguns materiais aqui dentro do cesto. O que será que tem dentro dele? Vamos observar os materiais que temos aqui? Vamos pegar? O que podemos fazer com esses materiais junto com a argila?
Faça com que o cesto com pedras, raiz e gravetos seja percebido pelos bebês exploradores.Registre com vídeos e imagens cada atuação dos bebês sobre a argila e sobre os novos instrumentos apresentados para o contato com a argila. Posteriormente, faça reflexões plausíveis sobre a exploração da turma e o fazer pedagógico.
Para finalizar:
Aos perceber que os bebês se dispersaram no envolvimento com o material proposto, recolha com cuidado as formas produzidas por eles durante a brincadeira e coloque-as para secar. Quando as formas estiverem secas, escolha um ambiente e prepare uma exposição das formas que se transformaram em marcas gráficas.
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