Plano de Aula
Plano de aula: Registros com riscantes no papelão
Plano 2 de uma sequência de 5 planos. Veja todos os planos sobre Suportes para deixar marcas
Por: Bárbara de mello
Aula
O que fazer antes?
Materiais:
Suporte para tocar mídia com músicas instrumentais (aparelho de som, tablet, notebook, lousa digital - para reproduzir a música ou audiovisualmente, se dispuser do recurso). Potes rasos, caixotes de madeira lixados (tipo de feira), carvão vegetal, giz de cera grosso, caneta hidrocor e folhas de papelão (uma dica é utilizar caixas de papelão abertas e, em diversos tamanhos e formas, inclusive, circulares, vazadas ao centro para que os bebês possam se locomover, entrando e saindo desse espaço).
Espaços:
Esta atividade pode ser feita dentro ou fora da sala. Dê preferência ao local que garanta espaço suficiente para dispor os papelões no chão. No entorno, disponibilize os quatro caixotes de madeira virados para baixo com os potes de carvão, giz de cera e canetas sobre cada um deles. A intenção é que as crianças possam escolher seus riscantes para deixar marcas nos papelões e se organizar em menores grupos, de acordo com os próprios interesses. Coloque o suporte de mídia com as músicas instrumentais próximo ao espaço, sendo ideal que não haja interferência de barulhos externos. Procure um lugar e um momento calmo do dia.
Tempo sugerido:
Aproximadamente 40 minutos
Perguntas para guiar suas observações:
1. Como cada bebê expressa aquilo que sente por meio dos movimentos do seu corpo ao deixar marcas?
2. Como deixam as marcas gráficas nos suportes oferecidos? Quais riscantes preferem ?
3. De que forma cada bebê demonstra incluir a música como um elemento que inspira suas criações com os riscantes?
Para incluir todos:
Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às necessidades e às diferenças de cada criança ou do grupo. Garanta que todos os bebês participem e tenha um olhar sensível ao ritmo de cada um. Para os bebês que não se locomovem com autonomia, organize o espaço para que estejam confortáveis, junto com as demais crianças e disponibilize objetos próximos a eles para que possam realizar suas pesquisas exploratórias. Eles devem ter a liberdade para se locomover, de acordo com suas especificidades, precisam se sentir seguros no ambiente. Dialogue sobre o que estão vendo, ouvindo e sentindo. Apoie as descobertas deles.
O que fazer durante?
1
Compartilhe com os bebês a atividade que será realizada. Convide-os para a exploração dos materiais ali organizados. Possibilite que observem o entorno e descubram os suportes riscantes. Perceba e registre em fotografias e anotações como cada um reage diante do ambiente. Se aproxime de pequenos grupos fazendo comentários como: Olhem, quantas coisas interessantes temos aqui. O que será que há em cima dos caixotes?
Antecipe algumas situações para atender aos que ocasionalmente participem de forma parcial na proposta. Dessa forma, os bebês terão seus tempos e espaços respeitados. Como sugestão, leve para o local da atividade um cesto ou uma caixa com materiais impressos, como livros, revistas e gibis e os disponibilizem aos bebês. Garanta que todos possam ter o acesso à proposta e que estejam com necessidades básicas atendidas, para que se sintam à vontade em participar.
2
Reserve um tempo para que descubram mais por meio da livre exploração. Observe atentamente o que eles fazem: gestos, expressões e iniciativas de interação. Apoie as ações deles, evitando ao máximo dirigir as iniciativas.Aproxime-se dos pequenos grupos formados a partir de seus próprios interesses, com uma falaque instigue ainda mais a curiosidade: Olhem, quantas coisas interessantes temos aqui… como podemos usar o que está aqui em cima do caixote?
Possíveis ações da criança neste momento: Um bebê engatinha até o caixote de madeira, se apoia nele com umas das mãos e, com a outra mão, pega um pedaço de carvão vegetal, manuseia o elemento natural, passando-o de uma mão para a outra e observa que mudaram de cor com o contato.
Possível fala do professor nesse momento: Você está achando interessante manusear o carvão. Eu também tenho um pedaço. O que acha de marcarmos o papelão? Olhe a marca que ficou aqui.
Possíveis ações da criança neste momento: O bebê observa atento o convite ao diálogo e balbucia parecendo concordar com a proposta. Num gesto de imitação e curiosidade, passa o carvão no papelão e deixa a sua marca.
3
Observe como cada bebê escolhe seus riscantes e como os utilizam nos papelões.Perceba como se dá essa interação, se entram no círculo vazado para deixar suas marcas, enquanto outras crianças deixam suas marcas envolta do mesmo suporte. Nesse momento, coloque para tocar músicas instrumentais e surpreenda-se ao observar os bebês ao perceberem essa inferência no ambiente. Eles podem movimentar os próprios corpos de forma expansiva para realizar registros, realizar movimentos largos e deixar marcas de acordo com o ritmo percebido por meio da música. Garanta que os bebês que não se locomovem com autonomia estejam em posição confortável e próximo dos demais. Pense em quais elementos da proposta, além da música, podem servir de objetos investigativos e que despertem a curiosidade dos bebês para a pesquisa, disponibilizando-os próximos a eles. Dê sentido aos seus gestos e ações por meio de uma escuta sensível, do diálogo e do colo para envolvê-los na atividade e acalentá-los sempre que isso for solicitado.
4
Esteja atento e recíproco às expressões faciais e corporais dos bebês, seus balbucios, movimento de braços, pernas, dedos e todas as marcas que deixam impressas com seus corpos com os movimentos que elaboram e reelaboram. Disponibilize-se próximo a pequenos grupos e incentive o engajamento deles na proposta, como por exemplo, com a seguinte fala: Interessante o que você faz. Olha, você pegou o giz de cera vermelho. Agora você parou pra ouvir a música. Sim, essa você já conhece.
Possíveis ações da criança neste momento: O bebê ouve atentamente e parece validar a conversa. Deita lentamente com a lateral do corpo no papelão e aprecia a música. Se vira, deita com a barriga pra cima, estica os braços e as pernas. Ainda com um giz em umas das mãos, olha para ele e passa de uma mão para a outra. Vira seu o corpo de bruços com autonomia e, ainda deitado, se apoia com um dos braços e uma mão e, com a outra, deixa uma marca com o giz no papelão, mostrando autonomia e segurança nos movimentos que realiza com o corpo.
5
Permita que os bebês façam suas escolhas e explorem o espaço e os materiais dentro do tempo de criação de cada um.Esteja atendo aos que já finalizaram e os convide a manusear a caixa com materiais impressos como livros, revistas e gibis. O ideal é que tenha um outro adulto para apoiar e mediar as escolhas do grupo.
Para finalizar:
Um pouco antes de terminar a atividade, sinalize às crianças qual será o próximo momento do dia, atribuindo uma previsibilidade à experiência seguinte do cotidiano. Isso ajuda na compreensão das noções de tempo e espaço. Incentive que guardem os gizes de cera, o carvão vegetal e as canetas hidrocor nos potes, dando início a essa ação. Respeite o ritmo de cada um com a finalização da proposta. Proponha que escolham junto um local para que a produção deles fique exposta.
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