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Plano de aula: Exploração com espelhos e caixas

Plano 3 de uma sequência de 5 planos. Veja todos os planos sobre Brincadeiras com espelho

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O que fazer antes?

Contextos prévios:

Os bebês costumam ser curiosos por natureza e sempre buscam novas possibilidades de pesquisa e compartilhamento de suas descobertas. Nesta proposta de experiência, o professor organiza previamente o espaço, na área interna e/ou externa da sala de referência, caixas de sapatos de tamanhos diferentes com espelhos fixados no interior delas, dispostas no chão e na parede. Na organização desta atividade deve haver, também, conjuntos de bolas pequenas (cerca de 10 cm de diâmetro). Peça para que as famílias colaborem com as caixas, explicandoa elas a proposta.

Este plano faz parte de uma sequência de cinco. São eles:

Brincadeiras no espelho (link)

O que eu vejo quando me olho no espelho? (link)

Exploração com espelhos e caixas (link)

Quem está aí? Brincando com panos e espelho (link)

O que há na caixa? Brincando com adereços no espelho (link)

Materiais:

Caixas de sapatos de tamanhos diversos com tampas e espelho fixado ao fundo. Fita dupla face ou cola quente para fixar os espelhos dentro das caixas e fita adesiva para fixar as caixas na parede. Conjuntos de bolas pequenas (cerca de 10 cm de diâmetro), de material plástico firme e/ou bola de meia, e/ou bola de tênis e/ou bola de espuma revestida de panos com texturas diferentes. É importante que tanto os espelhos como as caixas na parede estejam fixados com segurança para o manuseio dos bebês.

Espaços:

A atividade pode ser realizada nas áreas internas ou externas da sala de referência, de acordo com a disponibilidade de espaço na escola. O ambiente deve estar organizado antes de os bebês chegarem, com as caixas e os espelhos fixados dentro delas, disponibilizadas estrategicamente no chão e na parede, próximas umas das outras, para que os bebês possam se reunir em pequenos grupos. Devem estar tampadas para que os eles sintam-se convidados a abrir e fechá-las com autonomia, explorando as possibilidades do material. Coloque uma ou duas bolas dentro de cada uma e, as demais bolas, disponibilize agrupadas ao lado, fora dos cestos (ou das caixas).

Tempo sugerido:

Aproximadamente 40 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:

1. Um ambiente organizado intencionalmente convida e instiga os bebês. Como cada bebê reage ao entrar no ambiente e encontrar os materiais disponibilizados e como eles o exploram?

2. O bebê percebe a sua imagem refletida no espelho no interior da caixa ? Qual a reação dele diante do espelho?

3. Como cada bebê compartilha com os demais pares e com o professor as suas descobertas?


Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às necessidades e às diferenças de cada criança ou do grupo. Considere as especificidades de cada bebê ao propor a atividade. Para os que não se locomovem com autonomia, organize um ambiente que favoreça o contato com as demais crianças e com as caixas e bolas, de maneira que estejam posicionadas próximas a eles, e assim tenham acesso para manusear e investigar os objetos de acordo com seus interesses. Incentive a participação de todos, mas respeite o tempo de cada bebê em seu engajamento com a proposta.

O que fazer durante?
O que fazer durante?

1

Convide o grupo todo para se locomover até o ambiente previamente organizado com as caixas e as bolas e explique a brincadeira. Possibilite que todos os bebês tenham acesso a esse local e observe como cada bebê, escolhe e atua diante dos materiais e do espaço. Perceba como eles se agrupam, fazem escolhas e interagem com os objetos e entre eles. Registre em fotografias e vídeos para documentação pedagógica. É importante que os bebês tenham tempo para essa observação inicial, para o manuseio e para descobertas das possibilidades com as caixas com espelhos e bolas. Esteja recíproco a eles, respondendo às falas, aos gestos e às expressões.


2

Os bebês podem ficar curiosos com as várias possibilidades exploratórias dos materiais, como por exemplo, abrir e fechar as caixas, colocar e retirar a bola de dentro delas repetidas vezes e com o reflexo da bola no espelho, assim como sua própria imagem refletida no fundo delas. Fique próximo a um dos pequenos grupos e dê sentido às descobertas e hipóteses levantadas pelos bebês. Chame atenção para as observações deles: Olhe, você descobriu a bola dentro da caixa? O amigo está se vendo no fundo da caixa, vamos nos ver também?

Possíveis ações das crianças nesse momento: Um bebê segura a caixa e olha para si. Abre e fecha numa brincadeira de esconder/achar e parece se divertir por um tempo nessa pesquisa exploratória. Depois, vira para o amigo e descobre o reflexo diferente ali dentro. Movimenta e acompanha com os olhos atento às mudanças a partir de seus gestos.


3

Enquanto os bebês estão engajados em suas descobertas, interaja individualmente ou em duplas. Apresente uma das caixas com a tampa e brinque de adivinhar o que há dentro: a bola ou a imagem de cada um. Ao virar a caixa com o espelho para os bebês, instigue-os para que criem hipóteses. É possível que reajam com gestos e expressões, na tentativa de descobrirem o conteúdo. Num gesto de surpresa, mas, com muita sensibilidade, abra a caixa lentamente para a criança e mostre o espelho. Utilize o nome do bebê ao falar com ele. Garanta que todos participem segundo as próprias preferências, ritmos e possibilidades.

Possíveis ações das crianças neste momento: O bebê está envolvido e curioso para ver o que há dentro da caixa, se expressa sorrindo e balbucia. Ao ver sua própria imagem, aponta, bate palmas e olha para o professor.

Possíveis fala do professor neste momento: Quem é que aparece na caixa?

Possíveis ações das crianças neste momento: O bebê abre a caixa e percebe a sua própria imagem, reage com expressão de surpresa e compartilha com os demais.


4

Oportunize tempo para a continuidade da exploração dos materiais no grupo. Os bebês podem utilizar as caixas com os espelhos para brincar de colecionar e transportar as bolas, como outras possibilidades de experimentação. Por exemplo: além de colocar mais bolas na caixa e observar, os bebês podem ser instigados por você a comparar imagens de uma ou mais bolinhas.Os espelhos contribuem para uma noção tridimensional dos objetos e potencializa a atividade exploratória dos bebês, que ficam encantados com a imagem refletida no interior da caixa. Esteja atento às descobertas dos bebês e as registre em fotografias e/ou vídeos para documentação pedagógica.


Para finalizar:

Um pouco antes de terminar a atividade, sinalize às crianças qual será o próximo momento do dia, atribuindo uma previsibilidade à experiência seguinte do cotidiano. Isso ajuda na compreensão das noções de tempo e espaço. Convide-as para guardar as bolas dentro das caixas/cestos antes de dar continuidade à próxima atividade, utilizando a música “Arrumar a Bagunceira”, do Palavra Cantada, no decorrer da arrumação.

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