Módulo Análise Linguística/Semiótica
Tipos de discurso e pontuação nos contos afro-brasileiros
Plano de Aula
Plano 8 de uma sequência de 15 planos. Veja todos os planos sobre Contos populares afrobrasileiros
Este plano é um dos prioritários. Veja agora
Este slide não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você, professor, possa se planejar.
Sobre esta aula: esta é oitava aula de uma sequência de 15 planos de aula com foco no gênero conto popular afro-brasileiro e no campo de atuação Artístico-literário / Vida cotidiana / Todos os campos. A aula faz parte do módulo de Análise linguística e Semiótica e trabalha com um conto brasileiro. Este módulo contém três aulas: a aula anterior utiliza um conto popular afro-brasileiro e essa utiliza um conto brasileiro. A opção por mesclar os gêneros conto (nesta aula), contos populares (aula 4) e conto popular afro-brasileiro (que permeia toda sequência) se dá na intenção de aproximar esses gêneros para que o aluno perceba as semelhanças e especificidades entre eles. Aula anterior - Módulo Análise Linguística/Semiótica: LP05_02SQA07
Materiais necessários: Envelopes com o texto fragmentado para cada dupla formada, folhas em branco, cola ou fita adesiva.
Informações sobre o gênero: Os contos populares são textos narrativos carregados do imaginário popular. Através deles, cada comunidade transmite valores, crenças e saberes. O conto, como experiência literária, mantém uma certa fidelidade aos contos populares, mas é aberto às inovações dos autores. Constitui-se como histórias curtas, tendo como característica a concisão. (MARIA, 2004) Já os contos afro-brasileiros têm, além dessas, características próprias da literatura afro-brasileira e não podem prescindir da afrodescendência através de uma voz autoral, um tema, uma linguagem, um público-alvo e um lugar de enunciação (DUARTE, 2010). Esses elementos compõem um gênero de importância ideológica, histórica e literária.
Dificuldades antecipadas: A formação de duplas pode gerar desconforto nos alunos mais tímidos que precisam de auxílio para interagir.
Referências sobre o assunto:
DUARTE, E. de A. Por um conceito de Literatura Afro-brasileira. Terceira Margem. Rio de Janeiro, n. 23, p. 113-138, julho/dezembro 2010. Disponível em https://revistas.ufrj.br/index.php/tm/article/view/10953/8012 Acesso em 05/12/2018.
FUNDAÇÃO CECIERJ. A narração: os elementos linguísticos e os tipos de discurso. Módulo 1. Unidade 7. Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. Língua Portuguesa. Rio de Janeiro, 2016. Disponível em: https://cejarj.cecierj.edu.br/pdf/Unidade7_LC.pdf
GANCHO, C. V. Como analisar narrativas. Ed. Ática. São Paulo, 2002. Disponível em: http://files.letrasunip2010.webnode.com.br/200000008-989c398f4e/Como%20Analisar%20Narrativas.pdf. Acesso em 05/12/2018.
MARIA, L. de. O que é conto? 1ª reimpressão. Brasiliense. São Paulo, 2004. Disponível em: http://www.netmundi.org/home/wp-content/uploads/2017/04/Cole%C3%A7%C3%A3o-Primeiros-Passos-O-Que-%C3%A9-Conto.pdf. Acesso em 05/12/2018.
Tempo sugerido: 2 minutos
Orientações: Apresente a proposta da aula: em dupla, os alunos deverão montar um texto fragmentado. É importante, professor, ressaltar que essa aula é a segunda de um módulo de três aulas. Esse módulo trata dos efeitos de sentido provocados pelo tipo de discurso (direto ou indireto) escolhido pelo autor e sua intenção é trabalhar com contos, contos populares e contos populares afro-brasileiros (objeto dessa sequência de atividade); nesta aula, o texto a ser trabalhado é um conto. Faz-se necessário explicar aos alunos que observem as duas formas de discurso: direto e indireto. Devem observar os sinais gráficos que caracterizam o discurso direto e os verbos dicendi que antecipam ou retomam a ação que o personagem acabou de fazer. É essa observação que ajudará a montar o texto de maneira coerente.
Tempo sugerido: 8 minutos
Orientações:
Materiais complementares:
Acesse o texto fragmentado.
Tempo sugerido: 35 minutos
Orientações:
a) A primeira parte termina com um verbo dicendi “Diz”. Esses verbos de dizer podem anunciar a fala da personagem, como nesse exemplo. Pergunte aos alunos: “O que virá depois desse verbo?” Aguarde a resposta (uma fala da personagem Dona Cotinha). “Como podemos reconhecer a fala da personagem?” Aguarde a resposta (através do travessão).
b) “Na parte 3 não temos o verbo dicendi. Esse discurso é direto ou indireto?” (indireto) “Além de não ter verbo dicendi, o que também não aparece no trecho que me leva a achar que ele é discurso indireto?” (a ausência de travessões).
c) “O verbo dicendi só aparece na parte 4. Qual é ele?” (o verbo “disse”). No final dessa parte, há outro verbo dicendi. Qual é? (o verbo “perguntou”).
d) “O que eu preciso procurar na parte 5 para combinar com esse verbo dicendi?” (uma fala com travessão no início e uma interrogação no final).
É importante, professor, que os alunos saibam que o uso de travessões, dois pontos, interrogação e pontos de exclamação são sinais gráficos essenciais na construção do discurso direto. Entretanto, não são apenas marcadores da transcrição de fala. Eles contribuem para articular as partes do texto, como foi nesse exemplo em que procuramos por uma pergunta para encaixar os parágrafos, e ainda promovem os sentidos que o autor quer apresentar na história - seja ele de dúvida, de surpresa, de medo etc. (CECIERJ, 2016).
Aguarde um pouco e interfira. “Vejamos. Se fosse assim: Dona Cotinha pediu para que Tom abrisse o portão. Será que tínhamos a mesma forma de pedir? O que faltaria?” (leve-os a perceber que nem o “bom dia” e a forma de pedir gentilmente seriam retratadas). “Quem fala no discurso direto é a própria personagem, no indireto é o narrador. Em qual dos dois discursos temos a expressão do pensamento real das personagens?” (no direto) “Será que o narrador poderia alterar a ação da maneira como ele achasse melhor contar a história?” (sim). Termine dizendo que no discurso indireto o ponto de vista é do narrador, que orienta o leitor da maneira como ele vê a história e as personagens. “A preocupação do narrador não é apresentar como o personagem disse as coisas, mas apenas o que foi dito. Nesse caso, o vocabulário próprio do personagem, suas emoções ficam de fora” (CECIERJ, 2016, p. 109).
Materiais complementares:
FUNDAÇÃO CECIERJ. A narração: os elementos linguísticos e os tipos de discurso. Módulo 1. Unidade 7. Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. Língua Portuguesa. Rio de Janeiro, 2016. Disponível em: https://cejarj.cecierj.edu.br/pdf/Unidade7_LC.pdf
Tempo sugerido: 30 minutos
Orientações:
e) “Na parte 6, o diálogo continua. Vamos observar: Em todas as falas da parte 5 e 6 temos verbo dicendi antes ou depois das falas?” (não) “O que temos é uma outra maneira de mostrar o discurso direto, seguindo uma a uma as falas das personagens. Isso nos mostra que o discurso direto pode vir também sem verbos dicendi. Mas, como eu sei que é a fala da personagem e não do narrador?” Aguarde até que os alunos deem a resposta (o uso dos sinais de pontuação, como dois pontos e travessão). Para Gancho (2002), essa é uma variante da forma convencional do discurso direto. Nela, as falas se sucedem mesmo sem a indicação do narrador. Só acompanhamos quem fala pela mudança de linha e pela presença do novo travessão.
f) “No final da parte 6, temos o verbo “continuou”. Quem irá continuar a fala? (Dona Cotinha). “Temos então a fala de Dona Cotinha na parte 7.”
g) “Volta o narrador na parte 8. Quem é mesmo o narrador? Quem está contando a história? (o gato Joca). E quem são as personagens que falam no conto?” (Dona Cotinha e Tom). “Na parte 9, segue o diálogo de Tom e Dona Cotinha. Qual o verbo dicendi que antecipa a fala de Tom?” (perguntou).
h) “O final da história, a parte 10, volta a ser contado pelo narrador. Como eu posso afirmar isso?” (não há travessão e nem verbo dicendi. Não há fala de personagens) “Então, na parte 10 tenho discurso direto ou indireto?” (indireto). “O final do conto é bem poético. Fala dos livros como um ambiente mágico, cheio de seres fantásticos. Esse olhar, esse ponto de vista, é de quem? É do personagem Tom ou é do Gato Joca que narra a história?” (do Gato Joca). Conclua, dizendo que no discurso indireto o narrador é quem se expressa e coloca sua maneira de ver o mundo.
Tempo sugerido: 5 minutos
Orientações:
Sugestão de adaptação para ensino remoto
Recursos indicados
- Necessários:
Canais de comunicação: WhatsApp ou e-mail;
Atividade disponível aqui.
- Opcionais:
Contos em PDF.
Introdução: Brincando de montar um texto...
Envie um áudio, vídeo ou mensagem de texto aos alunos com a orientação da atividade. Diga a eles que, nesta atividade, irão organizar um conto que está fragmentado, e que devem ler cada fragmento para montar o texto. Aproveite para retomar o conceito de discurso direto e indireto, explicitando alguns dos elementos que constituem esses discursos, com foco aos verbos dicendis. Se possível, dê alguns exemplos aos alunos.
Desenvolvimento
Envie a atividade com o texto fragmentado aos alunos e oriente-os a montar o texto com atenção. Não se esqueça de alterar a ordem para que os alunos possam observar o final e o início de cada parágrafo. Para que os alunos consigam montar e compreender o texto, utilize as orientações do Desenvolvimento do plano de aula.
Fechamento
Oriente os alunos a sistematizar os conhecimentos da aula, retomando quais partes do texto se caracterizam como discurso direto ou indireto e sistematizando-as no quadro sugerido no slide do Fechamento do plano de aula.
Convite às famílias
Proponha aos alunos que escolham dois contos para compartilhar com os familiares, sendo um deles caracterizado pelo discurso direto e o outro, indireto. Você pode propor que os alunos pesquisem ou pode disponibilizar a eles alguns contos em PDF.
Este plano de aula foi produzido pelo Time de Autores NOVA ESCOLA
Professor-autor: Fabiana Tenório
Mentor: Luciana Schiele
Especialista: Heloísa Jordão
Título da aula: Discurso direto e indireto nos contos
Finalidade da aula: Reconhecer, nos textos narrativos, os sentidos provocados pelos discursos diretos e indireto
Ano: 5º ano do Ensino Fundamental
Gênero: Contos brasileiros
Objeto(s) do conhecimento: Discurso direto e indireto
Prática de linguagem: Análise linguística e semiótica
Habilidade(s) da BNCC: EF35LP30
Sobre esta aula: esta é oitava aula de uma sequência de 15 planos de aula com foco no gênero conto popular afro-brasileiro e no campo de atuação Artístico-literário / Vida cotidiana / Todos os campos. A aula faz parte do módulo de Análise linguística e Semiótica e trabalha com um conto brasileiro. Este módulo contém três aulas: a aula anterior utiliza um conto popular afro-brasileiro e essa utiliza um conto brasileiro. A opção por mesclar os gêneros conto (nesta aula), contos populares (aula 4) e conto popular afro-brasileiro (que permeia toda sequência) se dá na intenção de aproximar esses gêneros para que o aluno perceba as semelhanças e especificidades entre eles. Aula anterior - Módulo Análise Linguística/Semiótica: LP05_02SQA07
Materiais necessários: Envelopes com o texto fragmentado para cada dupla formada, folhas em branco, cola ou fita adesiva.
Informações sobre o gênero: Os contos populares são textos narrativos carregados do imaginário popular. Através deles, cada comunidade transmite valores, crenças e saberes. O conto, como experiência literária, mantém uma certa fidelidade aos contos populares, mas é aberto às inovações dos autores. Constitui-se como histórias curtas, tendo como característica a concisão. (MARIA, 2004) Já os contos afro-brasileiros têm, além dessas, características próprias da literatura afro-brasileira e não podem prescindir da afrodescendência através de uma voz autoral, um tema, uma linguagem, um público-alvo e um lugar de enunciação (DUARTE, 2010). Esses elementos compõem um gênero de importância ideológica, histórica e literária.
Dificuldades antecipadas: A formação de duplas pode gerar desconforto nos alunos mais tímidos que precisam de auxílio para interagir.
Referências sobre o assunto:
DUARTE, E. de A. Por um conceito de Literatura Afro-brasileira. Terceira Margem. Rio de Janeiro, n. 23, p. 113-138, julho/dezembro 2010. Disponível em https://revistas.ufrj.br/index.php/tm/article/view/10953/8012 Acesso em 05/12/2018.
FUNDAÇÃO CECIERJ. A narração: os elementos linguísticos e os tipos de discurso. Módulo 1. Unidade 7. Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. Língua Portuguesa. Rio de Janeiro, 2016. Disponível em: https://cejarj.cecierj.edu.br/pdf/Unidade7_LC.pdf
GANCHO, C. V. Como analisar narrativas. Ed. Ática. São Paulo, 2002. Disponível em: http://files.letrasunip2010.webnode.com.br/200000008-989c398f4e/Como%20Analisar%20Narrativas.pdf. Acesso em 05/12/2018.
MARIA, L. de. O que é conto? 1ª reimpressão. Brasiliense. São Paulo, 2004. Disponível em: http://www.netmundi.org/home/wp-content/uploads/2017/04/Cole%C3%A7%C3%A3o-Primeiros-Passos-O-Que-%C3%A9-Conto.pdf. Acesso em 05/12/2018.
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