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Plano de Aula
Plano 1 de uma sequência de 5 planos. Veja todos os planos sobre Recorte e colagem
Por: Renata Braga Fonseca
Contextos prévios:
Este é o primeiro plano de uma sequência de cinco. São eles:
Conhecendo a artista Niki e sua obra
Conhecendo a vida e obra de Henri Matisse
Recorte e Colagem de Henri Matisse
Oficina de artes inspiradas em Niki e Matisse
Materiais:
Pesquise na internet imagens das obras Tiro grande, Metade mulher, metade anjo, Jardim do Tarô, das Nanás e uma foto de Niki de Saint Phalle para serem apresentadas no data show. Caso não haja data show, leve imagens impressas, em livros de artes ou use seu celular, computador ou tablet e adeque as intervenções ao recurso disponível. No caso de imagens impressas, é importante que se tenha mais de uma cópia de cada obra para que as crianças possam fazer uma boa exploração. Separe giz de cera, papéis, livros de histórias, catálogos de artes, massinha de modelar, espelho, papel cartolina ou outro que você tenha na escola e pincel atômico ou de quadro.
Espaços:
A atividade será realizada em grande grupo na sala de referência ou na sala em que se usa o data show. Organize cantos com papéis e giz de cera para desenhar, massinha de modelar, livros de histórias e catálogos de arte para as crianças que não estiverem mais envolvidas na proposta de apreciação ou na roda de conversa. Cole em uma parede o papel cartolina para fazer as anotações da lista de curiosidades a serem pesquisadas.
Tempo sugerido:
Entre 40 minutos e uma hora.
Perguntas para guiar suas observações:
1. Como as crianças reagem quando não conseguem fazer determinada posição na brincadeira como o corpo? Quais estratégias usam para conseguir realizar o movimento? Se apoiam na parede? Em algum colega? Se frustram e não brincam mais?
2. Como as crianças se expressam diante das obras? Usam a linguagem verbal ou preferem imitar com gestos o que mais lhe chamou atenção?
3. Como as crianças exploram as imagens das obras? Descrevem detalhes, como formas e cores, ou as observam como um todo?
Para incluir todos:
Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às necessidades e às diferenças de cada criança ou do grupo. Fique atento às expressões da criança que comumente não se expressa em grande grupo, aproxime-se dela e pergunte se deseja falar para você o que observou nas imagens ou na roda de conversa. Respeite o tempo de cada criança e deixe que revezem-se autonomamente
entre a atividade proposta e os outros cantos que você organizou para desenho, leitura e modelagem.
1
Reúna as crianças em grande grupo na sala que você organizou o data show e convide-as para se sentarem em roda com você. Diga que você trouxe para a atividade de hoje a história da Niki, uma artista muito famosa que fazia pinturas e esculturas bem grandes e coloridas.
2
Apresente no data show (ou em outro recurso que você tiver disponível) algumas obras da artista e uma foto dela.Perceba se algumas crianças mostram muito interesse pelo data show e aproximam-se dele. Dê um tempo para explorarem o aparelho, brincando com a luz, com as sombras etc. Inicie mostrando imagens de pinturas da artista como Tiro grande e Metade mulher, metade anjo. Pergunte a elas imaginam como a artista fez as pinturas, escute as ideias e converse sobre elas. Aproveite para anotar o que elas comunicam, seus interesses e suas curiosidades.
3
Apresente as esculturas do Jardim do Tarô. Faça perguntas sobre o que elas pensam das imagens. Garanta a participação ativa das crianças, dando oportunidades de expressarem sua ideias. Dê um tempo entre uma imagem e outra para a exploração das crianças e apresente também as Nanás. Observe as reações das crianças e seus comentários sobre as obras. Deixe que elas brinquem e se relacionem com as imagens à sua maneira, respeitando seus interesses. Seja interativo e brincante também, seguindo às iniciativas das crianças, que podem brincar com a luz do aparelho para criar sombras. Sugira uma brincadeira de imitar com o corpo a posição das Nanás. Registre com fotos e faça anotações a todo momento das falas das crianças e das impressões delas sobre as obras.
4
Durante as brincadeiras de imitação, apresente imagens de Nanás em posições bem diferentes. Lance esse desafio para as crianças e observe as estratégias que elas usam para realizar os movimentos. Veja também se as crianças demonstram cuidado com o corpo e se realizam os movimentos com segurança. Algumas podem buscar apoio na parede ou em algum colega para não cair. Em alguns momentos você pode nomear a posição da Naná para as crianças e fazer comparação com a imagem apresentada anteriormente.
Possíveis falas do professor neste momento: A Naná que vimos antes está com os dois braços abertos para os lados. Esta mudou bastante de posição. Vamos imitar? Levante o braço direito para cima. Agora a perna esquerda para trás. Muito bem! Vamos imitar outra posição de Naná?
5
Convide as crianças para uma roda de conversa. Instigue-as perguntandoalgumas coisas sobre a artista e sobre as obras, como por exemplo, se imaginam como a artista fez tais obras e dê condições para que expressem suas ideias. Seja responsivo às falas das crianças sobre o que pensam e anote suas considerações. Você pode retomar as imagens e, a partir disso, contar uma ou outra coisa sobre a artista e a obra dela, sempre considerando os interesses que as crianças expressam.
Possíveis falas do professor neste momento: Onde será que a Niki nasceu? E onde ela morava? Se observar que alguma criança diz que ela era muito bonita, você pode dizer: Vocês sabiam que quando a Niki ainda era uma moça, ficou muito doente e foi internada em um hospital, lá ela começou a pintar para passar o tempo, mas gostou tanto que logo que ficou boa e saiu do hospital resolveu que iria ser uma artista! E que, sua maior obra é o Jardim do Tarô, onde as pessoas podem entrar nas esculturas e fica na Itália. Por que será que a Niki deu o nome de Naná para as esculturas de mulheres? “ O que significa Naná? Do que foram feitas essas esculturas? Será que tem outras obras que eu não mostrei aqui?”
6
Diga que você vai contar (ou ler) algumas curiosidades sobre a Niki e outras elas vão pesquisar junto com você e com as famílias. Compartilhe e leia o trecho de uma frase da Niki.
Possíveis falas do professor neste momento: “Vou contar para vocês uma coisa que eu pesquisei sobre as primeiras pinturas da Niki. Ela atirava balas de plástico coloridas em uma tela e a tinta escorria fazendo a pintura e assim ela fez o quadro Tiro Grande e alguns outros. Que tal se a gente usasse a ideia da Niki pra uma pintura com tinta escorrida estourando balões cheios de tintas em uma tela para pintá-la. O que vocês acham? A Niki era uma mulher muito corajosa e falava sobre assuntos sérios com humor; Por isso brincava com as cores, com a luz e com o espaço em suas obras. Costumava dizer a frase: A vida nunca é o caminho que se imagina. Ele te surpreende, te assombra e faz você rir ou chorar quando menos espera. O que ela quis dizer com essa frase?”
Diga para as crianças que você fez anotações das falas delas durante a apreciação das obras e na roda de conversa. Leia essas falas e combine com elas quais dessas serão importantes pesquisarem. Peça ajuda para que façam, juntos, uma lista, transcrevendo para a cartolina todas as curiosidades que querem pesquisar. Pergunte se querem sugerir algo novo sobre a artista e suas obras para serem pesquisados e inclua isso na lista. Se for necessário, apresente as imagens novamente para uma segunda apreciação das crianças e anotena lista os apontamentos que surgirem a partir desse segundo olhar. Peça para elas conversarem com as famílias sobre o que viram da artista Niki e suas obras e convide-as para fazer essas pesquisa junto com elas. Se possível, faça uma cópia da lista de curiosidades para as crianças entregarem para as famílias.
Para finalizar:
Pergunte se as crianças querem fazer Nanás na próxima atividade e diga que poderão ser feitas em grupo ou individualmente. Pergunte se sabem qual material vão usar para fazer as Nanás e acolha suas hipóteses. Diga que é muito importante fazer essa pesquisa sobre isso também, para que possam juntar os materiais necessários. Acrescente essa informação, se necessário, à lista de itens para pesquisa. Combine com as crianças a data em que serão feitas as Nanás. Mantenha uma posição de observação e deixe-as explorar livremente os materiais no espaço (o data show, os livros e catálogos de artes, o cartaz com a lista e os cantos que você organizou com giz de cera, papéis e massinhas). Quando as crianças não tiverem mais tão envolvidas na exploração dos materiais da atividade, comece a sinalizar que está chegando a hora de organizar a sala para a próxima atividade. Peça ajuda para guardar os materiais e arrumar os cantos e proponha uma brincadeira para essa arrumação. Diga que toda vez que você falar a palavra Naná todos devem parar o que estão fazendo e imitar uma posição de Naná.
É interessante repetir a atividade com as crianças, de forma que possam continuar brincando e explorando o movimento do corpo, descobrir novos gestos e tendo novas percepções a respeito das obras, falar sobre suas descobertas a respeito da vida, das obras e das técnicas que a artista Niki usava para criá-las etc. Nos dias seguintes, a atividade, além da pesquisa sobre a artista e a criação das suas próprias Nanás utilizando a técnica do papel machê, pode ser inspirada em outras técnicas da Niki como por exemplo, realizar pinturas escorridas estourando balões cheios de tinta ou atirar bolas de jornal melados de tinta em um papel grande colado no muro.
Na entrada da escola ou da sala exponha em um mural as fotos de algumas obras da artista junto com as fotos das crianças imitando as Nanás e coloque um bloco de papel e canetinhas para os pais escreverem suas percepções sobre o mural, como por exemplo: qual mensagem eles acham que a artista quis transmitir com as Nanás, uma palavra ou um sentimento que as obras despertaram neles, recados sobre as fotos das crianças etc.
Apresente a proposta
Nestas atividades, a criança terá a oportunidade de ampliar o seu repertório cultural por meio de diversos artistas e obras. Grave um vídeo para as crianças e o envie via WhatsApp ou outra plataforma de comunicação que a rede esteja utilizando, apresentando a elas algumas obras da artista Niki de Saint Phalle, como “Tiro grande”, “Metade mulher, metade anjo” e “Jardim do Tarô das Nanás”, e do artista Henri Matisse, como “Interior vermelho”, “Janela aberta”, “O palhaço”, “Tristeza do rei” e “O caracol”. Apresente os trabalhos, falando os nomes dos artistas e de cada uma de suas obras, e sugira atividades artísticas a partir deles e de acordo com as adaptações de cada plano, como descrito abaixo.
Adaptações necessárias
Para realizar o plano “Conhecendo a artista Niki e sua obra”, caso a família não tenha como imprimir as imagens apresentadas por você no vídeo, poderá apresentar as obras por meio de celular, tablet ou computador. No caso do plano “Confecção de Nanás”, oriente ao adulto que, se não tiver os materiais sugeridos – jornais, fita crepe, pincel de pêlo, bacias de plástico pequenas, 500g de cola branca, três colheres grandes, copo com 200ml de água e recipientes pequenos de plástico –, outra possibilidade para essa produção seria um desenho compartilhado, em que criança e adulto pensam juntos sobre como reproduzir a Naná. No plano “Conhecendo a vida e obra de Henri Matisse”, encaminhe o texto sobre a história da vida e obra do artista (disponível aqui), e oriente que a família leia aos poucos, de modo que a criança o compreenda. Para realizar o mosaico proposto nesta atividade para a criança brincar, caso não tenha à disposição os papéis coloridos específicos, oriente que os confeccione pintando papéis comuns e recortando-os. Depois que a criança brincar com os papéis recortados junto com os familiares, o material poderá ser utilizado para desenvolver a atividade referente ao plano “Recorte e colagem de Henri Matisse”, que se refere a uma colagem inspirada em uma das obras do artista. O plano “Oficina de artes inspirada em Niki e Matisse” poderá ser um momento para envolver os outros membros da família para realizar obras também, permitindo que a criança possa expor, se quiser, os conhecimentos sobre os artistas.
Sugira às famílias
1) Conhecendo a artista Niki e sua obra - Oriente aos familiares que deixem que as crianças brinquem e se relacionem com as imagens, sejam impressas ou digitais, à maneira delas, respeitando seus interesses. Convide os familiares a interagir e brincar também, seguindo as iniciativas das crianças. Sugira que o familiares criem uma brincadeira de imitar com o corpo a posição das Nanás, explorando as possibilidades expressivas.
2) Confecção de Nanás - Oriente aos familiares que, independente da forma como escolherem produzir as Nanás, deem tempo para que as crianças observem os materiais disponíveis e planejem como fazer suas próprias produções. Convide os familiares a participar desse momento de produção, apoiando as ações criativas das crianças.
3) Conhecendo vida e obra de Henri Matisse - Oriente aos familiares que acolham as iniciativas das crianças e brinquem com ela. Sugira que participem da atividade escolhendo alguns recortes e inventando um personagem, criando um diálogo entre eles – o personagem e a criança –, e apoiando as crianças na criação de outras narrativas com o recorte que ela tiverem em mão.
4) Recorte e colagem de Henri Matisse - Oriente aos familiares que observem como a criança se organiza e interage com as tesouras e papéis. Oriente sobre alguns cuidados que se deve ter para manusear a tesoura. Sugira que façam alguns acordos de segurança, como utilizar a tesoura para cortar apenas os materiais oferecidos na atividade, recomendando que devem manejá-la com cuidado e atenção. Convide os familiares a potencializar a imaginação e a criatividade das crianças conversando e brincando com elas enquanto produzem, e apontando para as imagens, se necessário.
5) Oficina de artes inspirada em Niki e Matisse - Oriente aos familiares que observem as iniciativas da criança para que decidam juntos em qual artista irão se inspirar: eles podem realizar recortes e colagens inspirados no Matisse, criar esculturas de papel imitando as Nanás ou outras esculturas que não sejam de mulheres (como animais, objetos e brinquedos), ou ainda explorar as duas técnicas, se desejarem. É imprescindível que os pequenos e seus responsáveis possam criar, explorar e construir com liberdade e autonomia.
Para compartilhar com o grupo
Como sugestão, a família poderá guardar as obras realizadas e enviá-las para a escola, no retorno às atividades escolares, junto a algumas fotos das outras atividades realizadas.
Este plano de atividade foi elaborado pelo Time de Autores NOVA ESCOLA
Autor: Renata Braga Fonseca
Mentora: Nilcileni Aparecida Ebani Brambilla
Especialista do subgrupo etário: Karina Rizek
Sugestão de idade: 3 anos.
Campos de Experiência:
Corpo, gestos e movimentos; Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações.
Objetivos e códigos da Base:
(EI02CG04) Demonstrar progressiva independência no cuidado do seu corpo.
(EI02ET04) Identificar relações espaciais (dentro e fora, em cima, embaixo, acima, abaixo, entre e do lado) e temporais (antes, durante e depois).
(EI02CG01) Apropriar-se de gestos e movimentos de sua cultura no cuidado de si e nos jogos e brincadeiras.
Abordagem didática: A arte e os elementos estéticos fazem parte da vida cultural e social das crianças desde cedo: está no mundo que as cerca, independente de sua condição social ou econômica. Por isso, trazer para a rotina da escola a perspectiva artística e a análise estética é muito importante para ajudar os pequenos a significarem o que os rodeia. O ideal é promover um equilíbrio entre a apreciação de obras de diversos artistas e o incentivo à produção das próprias crianças. Nessa faixa etária, a utilização da tesoura e da cola é uma ótima possibilidade de desafiá-las, tanto no que diz respeito à produção artística, como ao controle e aprimoramento de seus movimentos.
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