Plano de Aula

Plano de aula: Exploração e criação de sons com objetos

Plano 1 de uma sequência de 5 planos. Veja todos os planos sobre Instrumentos musicais e objetos sonoros

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O que fazer antes?

Contextos prévios:

É comum, em vários momentos da rotina e em diversos espaços da escola, ver algumas crianças mexendo em objetos e materiais de uso cotidiano de forma que façam “barulho”, como por exemplo, batendo a colher no prato, chacoalhando brinquedos, empurrando cadeiras etc. Busque em seus registros, ou, até mesmo, em sua memória algumas dessas manifestações e usos e incorpore a este planejamento alguns destes materiais.

Atividades organizadas em estações ou cantos da sala devem ser práticas frequentes para crianças bem pequenas; se ainda não as realiza comumente, esteja bem atento às orientações do Durante para favorecer experimentações, descobertas e manifestações espontâneas das crianças.

Este plano faz parte de uma sequência de cinco, são eles:

Exploração e criação de sons com objetos

Brincadeiras com sons do corpo

Instalações Sonoras

Esconde esconde de objetos sonoros

Nossa orquestra: explorando instrumentos musicais

Materiais:

Selecione vários materiais, alguns de uso cotidiano das crianças e outros não tão familiares a elas, que favoreçam a descoberta de suas possibilidades sonoras, como:

latinhas, toquinhos de madeira, colheres, pratos e canecas de metal, garrafinhas transparentes e de tamanhos diferentes, com grãos dentro (milho, feijão, arroz, lentilha etc.) tendo o cuidado de lacrar bem as tampas.

guizos, sinos, apitos, línguas de sogra, chocalhos, pau de chuva, reco-reco, xilofone, brinquedos sonoros etc.

É essencial fornecer objetos em quantidade bem maior ao número de crianças, podendo ter alguns repetidos nos diferentes cantos, de modo a garantir boa exploração deles. Ofereça-os de forma segura às crianças bem pequenas.

Espaços:

Esta atividade pode ser realizada na sala ou em um pátio interno, com os materiais dispostos em diferentes cantos e em diferentes planos (baixo, médio e alto). Organize cada canto/estação de maneira acolhedora e convidativa às crianças, podendo seguir esta sugestão:

Um canto com tapetes e almofadas no chão, os objetos sonoros dentro de cestos ou caixinhas forradas.

Em um canto, coloque mesinhas ou bancos baixos, com os objetos sonoros dispostos sobre eles, que podem também estar em cestos ou caixas.

Em um canto providencie um varal (desencostado da parede). Nele serão pendurados objetos sonoros que possam ser utilizados dessa forma.

Tempo sugerido:

Aproximadamente 50 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:

As crianças criam sons com os objetos? Conseguem explorar suas diferentes possibilidades sonoras ? Que tipo de som lhes causa maior prazer e qual lhes desagrada?

As crianças manifestam suas descobertas e as compartilham com as outras crianças e com o professor? Comentam sobre as características dos sons? (por exemplo: “é forte, é grosso (grave), é baixinho, fininho (agudo), que barulhão” etc).

As crianças se deslocam pelo espaço com interesse e espontaneidade, explorando possibilidades de movimento em sua pesquisa de sons nos objetos?


Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às necessidades e às diferenças de cada criança ou do grupo.

As crianças têm diferentes sensibilidades aos sons, desse modo, é normal que o mesmo objeto possa causar encantamento a uma e desagrado a outra. Pode ocorrer também de alguma criança não conseguir criar ou explorar algumas possibilidades sonoras. O importante é que o professor esteja atento a tais manifestações e busque mediar a interação das crianças com alguns objetos e seus atributos, e também com os colegas. Naturalmente, algumas irão explorar outros elementos que não seja o som, mas podem, assim mesmo, imitar os colegas na descoberta e na criação dos sons.

O que fazer durante?
O que fazer durante?

1

Convide as crianças para entrar no espaço previamente organizado. Pergunte o que acham que vão encontrar nos cantos e diga que podem brincar em qualquer um deles e mudar quando quiserem. Deixe que elas se manifestem com falas e movimentos e que escolham onde, com o que e com quem brincar. Desta forma, naturalmente, vão se organizando em pequenos grupos, conforme suas escolhas pessoais.


2

Observe se todas as crianças se deslocam para algum canto e buscam objetos para explorar. Se algumas crianças não desejarem partir imediatamente para a exploração, tudo bem. Na medida que observam as outras, também podem ter vontade de explorar os objetos e, assim, passarão a procurar por materiais que lhes interessam.

Se perceber que em algum dos cantos há muitas crianças e, em outro, poucas, tente chamar a atenção delas, mostrando os objetos existentes no outro local. Se depois de um certo tempo de exploração, alguma criança ainda permanecer parada, chegue perto dela, aponte para o que os colegas estão fazendo e pergunte se ela tem interesse em fazer também.

Caso considere que é necessário um apoio maior, ofereça para que, de mãos dadas, vocês dois possam encontrar algo que interesse à criança. Também é possível levá-la onde está algum coleguinha com quem ela tenha maior proximidade, ou mesmo falar para o colega chamá-la pra brincar com ele.


3

Mantenha uma posição de observação e escuta, sem interferir na exploração das crianças, ao menos que seja requisitado. Você pode aproveitar para realizar alguns registros sobre como as crianças estão explorando os objetos e interagindo com eles, com os sons e com os colegas. Na medida em que elas vão tecendo alguns comentários sobre as próprias descobertas você pode, a partir deles, instigar novas explorações ou chamar outras crianças à participação e ao compartilhamento das descobertas. Escolha um dos grupos para se aproximar, com o objetivo de brincar e explorar com a turma.

Possíveis falas do professor neste momento: olá crianças, o que descobriram de legal por aqui? Este faz um som bem fininho/bem agudo, não é mesmo? E esse? (mostrando um objeto de som mais grave); Alguém pode fazer um som diferente com este objeto?

Possíveis ações da criança neste momento: em vez de falarem sobre o som, algumas crianças podem preferir manipular e brincar de outra forma com os objetos, mostrando suas descobertas ao professor e aos colegas.

4

Você pode se dirigir a outro grupo de crianças, que exploram os objetos em outro canto, e fazer também algumas intervenções, como indicado na etapa anterior. Mas também é possível que as crianças mudem de local, inclusive isso deve ser incentivado, pois terão possibilidade de experimentar objetos diferentes ou objetos iguais em locais, posições e planos diferenciados (chão, mesa e varal).


5

Comece a cantar alguma música que as crianças gostam, para que tenham a oportunidade de produzir sons acompanhando uma melodia. Naturalmente as crianças irão te acompanhar na canção ou poderão sugerir outras para que cantem.

Procure cantar músicas diferentes em termos de ritmos e melodias. Assim você incentiva formas diferentes de tocar os instrumentos e objetos sonoros. O parar da música sugere também o silêncio do instrumento.

Possíveis falas do professor neste momento: Vamos cantar uma música? Escolham alguma coisa que gostaram bastante para tocarmos juntos; Para tocar precisa estar atento como é a música: é devagar, é rápida; E agora? Parou a música!

Possíveis ações da criança neste momento: algumas podem pegar um objeto e apenas fazer o gesto de tocar, por exemplo: um cilindro de papelão que será seu violão, sem a necessidade de emissão de som. É possível que peguem um objeto qualquer e o façam de microfone, preferindo cantar a tocar.


6

Neste tipo de atividade não é obrigatório que o professor acompanhe as explorações de todas as crianças, pois a dinâmica e a solicitação (ou não) das crianças ditam a forma de mediação do professor.

Se houver tempo e espaço, é interessante dirigir-se ao terceiro grupo (outro canto) e realizar algumas provocações.


Para finalizar:

Ao se aproximar do tempo estimado para a atividade, ou quando as crianças apresentarem desinteresse, comece a sinalizar a atividade que farão em seguida e diga que, para isso, precisam organizar a sala. Aproveite o embalo da própria atividade para propor que guardem juntos os materiais, cantarolando alguma canção e usando ainda os objetos, até que sejam guardados onde você combinar com as crianças.

Se for possível, o varal com os objetos pendurados pode permanecer no local, constituindo assim mais um elemento não só decorativo, mas de intervenção educativa no espaço da escola.

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