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Plano de Aula
Plano 2 de uma sequência de 5 planos. Veja todos os planos sobre Recorte e colagem
Por: Renata Braga Fonseca
Contextos prévios:
Para realizar esta atividade é necessário que as crianças tenham feito anteriormente uma pesquisa sobre a vida da artista Niki de Saint Phalle e que conheçam algumas de suas obras. Para a confecção das Nanás será necessário que haja dois professores ou um professor e um outro profissional da escola, como forma de apoiar as crianças na produção.Este plano é o segundo de uma sequência de cinco. São eles:
Conhecendo a artista Niki e sua obra
Conhecendo a vida e obra de Henri Matisse
Recorte e Colagem de Henri Matisse
Oficina de artes inspiradas em Niki e Matisse
Materiais:
Pesquise na internet e salve em seu computador, celular ou tablet imagens e pequenos vídeos de exposições das Nanás da artista Niki de Saint Phalle. Nessa pesquisa você irá encontrar Nanás espalhadas em galerias pelo mundo, em países como a Austrália, França e Brasil (como a fonte das Nanás, exposta na Pinacoteca de São Paulo). Imprima algumas imagens de Nanás. Separe jornais, fita crepe, pincel de pêlo, três bacias de plástico pequenas, 500g de cola branca,três colheres grandes, copo com 200ml de água e recipientes pequenos de plástico. Celular para tirar fotos. Algumas mesas, giz de cera, papéis para desenhar, livros de histórias infantis e catálogos de artes.
Espaços:
A atividade pode ser realizada na sala ou no pátio. Organize em um espaço no chão as bacias de plásticos e os outros materiais necessários para fazer a mistura da cola com a água. Em uma mesa pequena organize os jornais e a fita crepe. Distribua pelo espaço mesas pequenas para as crianças que quiserem confeccionar as Nanás nas mesas e deixe espaço no chão para as aquelas que preferirem confeccionar no plano baixo. Cole nas paredes, na altura das crianças, imagens de Nanás e deixe algumas sobre as mesas e acessíveis a elas. Organize um canto com giz de cera e papéis, em outro canto organize livros de histórias e catálogos de artes como opção para as crianças que forem terminando.
Tempo sugerido:
Entre 40 minutos e uma hora.
Perguntas para guiar suas observações:
1.Como as crianças exploram suas expressões criativas? Criam estratégias diferentes para produzirem as Nanás? Manipulam os materiais com habilidade? De que forma compartilham espaços e materiais com colegas?
2. Quais relações as crianças estabelecem entre as Nanás e o seu cotidiano? Comparam-nas com pessoas de seu convívio? Fazem observações sobre formas, cores, tamanhos?
3. Quais apontamentos as crianças fazem enquanto apreciam as esculturas das Nanás produzidas por elas? Exploram e descrevem semelhanças e diferenças entre suas próprias Nanás e a dos colegas?
Para incluir todos:
Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às necessidades e às diferenças de cada criança ou do grupo. Observe se alguma criança necessita de ajuda para realizar etapas da atividade, como amassar, rasgar ou colar os papéis. Aponte a ação de outra criança como referência e incentive que uma criança ajude a outra. Estimule aquelas que por algum motivo não se envolveram na atividade e diga que você pode ser o parceiro delas na construção da Naná ou incentive a produção em duplas. Respeite se mesmo assim elas não desejarem participar e ofereça os cantos de desenho e de leitura para elas.
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Em grande grupo convide as crianças para sentarem em roda com você. Pergunte se lembram da artista Niki e quais novidades trouxeram sobre sua vida e sobre suas obras. Deixe que elas contem à maneira delas o que pesquisaram, sabem ou lembram a respeito da artista. Acolha as falas das crianças e guie a conversa a partir do que emerge delas. Diga que a atividade será de confecção de Nanás e que você trouxe novas imagens de Nanás para mostrar a elas.
2
Apresente imagens e pequenos vídeos de Nanás e de outras esculturas criadas pela Niki em exposição pelo mundo. Deixe que as crianças observem livremente as imagens e teçam comentários. Elas podem estabelecer relações entre as imagens das obras com o seu cotidiano, podendo comparar as esculturas com pessoas de seu convívio, fazer comentários sobre roupas, acessórios, cores ou expressar sentimentos que as imagens lhe despertam. Adote uma postura de provocador da leitura das imagens, fazendo perguntas que instiguem um olhar mais apurado e curioso das crianças. Acolha e socialize as falas e ações delas, que podem brincar de imitar com o corpo as posições das Nanás nas imagens. Priorize o lúdico e o prazer das crianças durante a apreciação e seja brincante também.
Possíveis falas do professor neste momento: Olhando para as Nanás, o que podemos dizer delas? Será que são mulheres fortes, corajosas ou não? Esse colorido das Nanás transmite quais sentimentos? E as posições das Nanás? Será que estão dançando? Ou será que estão brincando? O que vocês acham?
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Diga que você também trouxe novidades sobre a técnica que a Niki usava para produzir esculturas. Conte às crianças que elas farão a produção em duas etapas: as esculturas em si e a pintura, em outro momento, para dar o tempo de secagem e de fazer os ajustes que cada um quiser depois da primeira etapa.Convide as crianças para iniciar a produção das Nanás. Diga que as esculturas que serão criadas na atividade serão baseadas nas Nanás, porém, a técnica será conduzida de uma forma diferente da que a artista usava. Atente-se à proposta da atividade, que não é uma reprodução sistemática seguindo tal qual as esculturas da artista. Respeite e valorize a concepção estética da criança.
Possíveis falas do professor neste momento: Hoje tenho uma novidade sobre como a Niki criou as Nanás e algumas outras esculturas! Ela usava a técnica do papel machê. Papel machê significa papel picado, amassado e esmagado. Com essa técnica, a Niki primeiro rasgava o papel e fazia uma massa, deixando esse papel picado de molho na água. Depois, ela o espremia bem para tirar toda a água do papel e misturava cola. Quando eles secava, ela o pintava bem colorido. Vamos experimentar usar os mesmo materiais que a Niki usava para criar Nanás mas de uma forma diferente?
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Mostre os materiais que você organizou no espaço e dê um tempo para as crianças observarem e planejarem como cada uma pretende fazer sua própria produção. Diga para elas que podem fazer as Nanás em duplas, trios ou individualmente, conforme desejarem. Após formados os grupos, peça para que pensem e conversem com os colegas como será a escultura que irão fazer, o tamanho, a posição, os membros etc. Aponte para as imagens de Nanás que você deixou pelo espaço e para as que estão coladas nas paredes e diga que podem olhar ou pegar algumas delas para servir de inspiração, se quiserem. Deixe as crianças se organizarem pelo espaço, escolhendo o local que preferem confeccionar, no chão ou sobre as mesas.
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Pergunte se lembram dos materiais que a Niki usava para fazer as Nanás com a técnica do papel machê. Diga que agora as crianças são os artistas e que, por isso, irão criar Nanás experimentando uma nova técnica, utilizando alguns materiais também usados pela Niki. Algumas podem se dirigir até a mesa que você deixou organizada com os materiais e nomeá-los. Diga que antes de iniciar a confecção das Nanás é preciso diluir a cola em um pouco de água. Pergunte quem quer ajudar a fazer essa mistura. Distribua a tarefa entre as crianças que se prontificaram. Caso muitas queiram participar dessa ação, organize o grupo para que todas que querem tenham a oportunidade de ajudar. Peça para colocarem a cola, revezando-se, dentro das bacias de plástico. Depois, peça para outras crianças irem derramando a água aos poucos nas bacias. Fique atento à quantidade de água, para 200g de cola de cola misture 50ml de água . As outras crianças podem ir mexendo com uma colher grande a mistura da cola com a água. Por último, peça para distribuírema produção nos recipientes menores. Fique atento para que todas as crianças que desejarem participem desse momento.
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Diga que o primeiro material a ser usado será o jornal e que é preciso amassá-lo. Observe se as crianças têm a iniciativa de pegar as folhas de jornais autonomamente e amassá-las. Aproveite para brincar com elas enquanto fazem as bolas. O segundo passo é unir as bolas umas nas outras com a fita crepe. Observe quais estratégias elas usam para realizaressa ação. Esse pode ser um grande desafio para algumas crianças. Você pode apontar a ação de uma outra criança como modelo ou sugerir que colaborem umas com as outras.Caso necessário, você e o outro professor podem se revezar entre os pequenos, apoiando-os na utilização do material. Respeite o tempo de cada um e apoie ações brincantes durante todo o processo de criação. Registre-o com fotos.
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Instigue a apreciação das esculturas que já estão tomando formas e ouça o que as crianças falam. Diga que agora irão para o último passo da confecção das Nanás e que para isso precisam rasgar as folhas de jornais em tiras. Quando cada pequeno grupo ou as que estão fazendo individualmente já tiverem bastante tiras de jornais rasgadas, peça para que as colem nas esculturas. Perceba que as crianças podem usar diferentes estratégias para a colagem, umas podem passar cola nas tiras, outras podem espalhar cola pela escultura. Deixe que as crianças explorem habilidades manuais da maneira que preferirem. Reveze-se entre os grupos e ajude quando solicitado. Disponibilize um bom tempo para que as crianças possam concluir as esculturas, brincando e interagindo umas com as outras.
Para finalizar:
Aponte o local que você reservou para a secagem das esculturas e oriente as crianças que já forem terminando a colocá-las lá. Enquanto umas vão finalizando, as outras que já terminaram podem ir apreciando as Nanás. Você pode propor que brinquem de imitar com o corpo a posição das novas Nanás ou que se dirijam ao espaço que você organizou com giz de cera e papéis, para fazerem desenhos ou folhearem livros de histórias e catálogos de arte. Fique atento se ainda há alguma criança concluindo uma Naná e a tranquilize para que termine em seu próprio tempo. Após todas terminarem, diga a elas que as esculturas precisam de um dia para secar e combine uma data para realizarem as pinturas das Nanás. Fale para as crianças pensarem em que nome vão dar para as Nanás. Convide-as para organizar o ambiente e os materiais. Vocês podem fazer isso brincando e cantando a cantiga popular Como é seu nome?. Você canta a música com as crianças e, quando chegar na hora de dizer o nome, você aponta para uma criança e ela irá dizer o nome que quer dar para sua Naná. A letra é: Como é, como é, como é seu nome? Quero conhecer você! Meu nome é ( a criança diz o nome da Naná), muito amigos vamos ser!
Na mesma semana, é fundamental promover a atividade de pintura das Nanás que cada criança produziu ou que cada dupla ou trio fizeram. Nos dias seguintes à finalização das Nanás, os pequenos podem observá-las expostas em um momento de apreciação ou confeccionar outros personagens e animais, inspirando-se na esculturas do Jardim do Tarô, da mesma artista (pesquise na internet e imprima algumas fotos),utilizando a técnica do papel machê.
Exponha em um espaço que seja acessível aos pais as Nanás confeccionadas pelas crianças, fotos do processo de criação e informações sobre a artista, para que eles possam apreciá-las nos momentos de chegada e de saída.Convide as famílias para participar de uma oficina de artes inspirada na artista Niki. Nela, os familiares terão a oportunidade de conhecer a vida e obra da artista, de apreciar as esculturas produzidas pelas crianças e de produzir suas Nanás junto elas. As famílias podem também colaborar com a atividade enviando jornais e revistas para serem utilizados na confecção das Nanás.
Apresente a proposta
Nestas atividades, a criança terá a oportunidade de ampliar o seu repertório cultural por meio de diversos artistas e obras. Grave um vídeo para as crianças e o envie via WhatsApp ou outra plataforma de comunicação que a rede esteja utilizando, apresentando a elas algumas obras da artista Niki de Saint Phalle, como “Tiro grande”, “Metade mulher, metade anjo” e “Jardim do Tarô das Nanás”, e do artista Henri Matisse, como “Interior vermelho”, “Janela aberta”, “O palhaço”, “Tristeza do rei” e “O caracol”. Apresente os trabalhos, falando os nomes dos artistas e de cada uma de suas obras, e sugira atividades artísticas a partir deles e de acordo com as adaptações de cada plano, como descrito abaixo.
Adaptações necessárias
Para realizar o plano “Conhecendo a artista Niki e sua obra”, caso a família não tenha como imprimir as imagens apresentadas por você no vídeo, poderá apresentar as obras por meio de celular, tablet ou computador. No caso do plano “Confecção de Nanás”, oriente ao adulto que, se não tiver os materiais sugeridos – jornais, fita crepe, pincel de pêlo, bacias de plástico pequenas, 500g de cola branca, três colheres grandes, copo com 200ml de água e recipientes pequenos de plástico –, outra possibilidade para essa produção seria um desenho compartilhado, em que criança e adulto pensam juntos sobre como reproduzir a Naná. No plano “Conhecendo a vida e obra de Henri Matisse”, encaminhe o texto sobre a história da vida e obra do artista (disponível aqui), e oriente que a família leia aos poucos, de modo que a criança o compreenda. Para realizar o mosaico proposto nesta atividade para a criança brincar, caso não tenha à disposição os papéis coloridos específicos, oriente que os confeccione pintando papéis comuns e recortando-os. Depois que a criança brincar com os papéis recortados junto com os familiares, o material poderá ser utilizado para desenvolver a atividade referente ao plano “Recorte e colagem de Henri Matisse”, que se refere a uma colagem inspirada em uma das obras do artista. O plano “Oficina de artes inspirada em Niki e Matisse” poderá ser um momento para envolver os outros membros da família para realizar obras também, permitindo que a criança possa expor, se quiser, os conhecimentos sobre os artistas.
Sugira às famílias
1) Conhecendo a artista Niki e sua obra - Oriente aos familiares que deixem que as crianças brinquem e se relacionem com as imagens, sejam impressas ou digitais, à maneira delas, respeitando seus interesses. Convide os familiares a interagir e brincar também, seguindo as iniciativas das crianças. Sugira que o familiares criem uma brincadeira de imitar com o corpo a posição das Nanás, explorando as possibilidades expressivas.
2) Confecção de Nanás - Oriente aos familiares que, independente da forma como escolherem produzir as Nanás, deem tempo para que as crianças observem os materiais disponíveis e planejem como fazer suas próprias produções. Convide os familiares a participar desse momento de produção, apoiando as ações criativas das crianças.
3) Conhecendo vida e obra de Henri Matisse - Oriente aos familiares que acolham as iniciativas das crianças e brinquem com ela. Sugira que participem da atividade escolhendo alguns recortes e inventando um personagem, criando um diálogo entre eles – o personagem e a criança –, e apoiando as crianças na criação de outras narrativas com o recorte que ela tiverem em mão.
4) Recorte e colagem de Henri Matisse - Oriente aos familiares que observem como a criança se organiza e interage com as tesouras e papéis. Oriente sobre alguns cuidados que se deve ter para manusear a tesoura. Sugira que façam alguns acordos de segurança, como utilizar a tesoura para cortar apenas os materiais oferecidos na atividade, recomendando que devem manejá-la com cuidado e atenção. Convide os familiares a potencializar a imaginação e a criatividade das crianças conversando e brincando com elas enquanto produzem, e apontando para as imagens, se necessário.
5) Oficina de artes inspirada em Niki e Matisse - Oriente aos familiares que observem as iniciativas da criança para que decidam juntos em qual artista irão se inspirar: eles podem realizar recortes e colagens inspirados no Matisse, criar esculturas de papel imitando as Nanás ou outras esculturas que não sejam de mulheres (como animais, objetos e brinquedos), ou ainda explorar as duas técnicas, se desejarem. É imprescindível que os pequenos e seus responsáveis possam criar, explorar e construir com liberdade e autonomia.
Para compartilhar com o grupo
Como sugestão, a família poderá guardar as obras realizadas e enviá-las para a escola, no retorno às atividades escolares, junto a algumas fotos das outras atividades realizadas.
Este plano de atividade foi elaborado pelo Time de Autores NOVA ESCOLA
Autor: Renata Braga Fonseca
Mentora: Nilcileni Aparecida Ebani Brambilla
Especialista do subgrupo etário: Karina Rizek
Sugestão de idade: 3 anos
Campos de Experiência: Traços,sons, cores e formas; Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações
O eu, o outro e o nós
Objetivos e códigos da Base
(EI02TS02) Utilizar materiais variados com possibilidades de manipulação (argila, massa de modelar), explorando cores, texturas, superfícies, planos, formas e volumes ao criar objetos tridimensionais.
(EI02ET01) Explorar e descrever semelhanças e diferenças entre as características e propriedades dos objetos (textura, massa, tamanho).
(EI02EO03) Compartilhar os objetos e os espaços com crianças da mesma faixa etária e adultos.
Abordagem didática: A arte e os elementos estéticos fazem parte da vida cultural e social das crianças desde cedo: estão no mundo que as cerca, independentemente de sua condição social ou econômica. Por isso, trazer para a rotina da escola a perspectiva artística e a análise estética é muito importante para ajudar os pequenos a significarem o que os rodeia. O ideal é promover um equilíbrio entre a apreciação de obras de diversos artistas e o incentivo à produção das próprias crianças. Nessa faixa etária, a utilização da tesoura e da cola é uma ótima possibilidade de desafiá-las, tanto no que diz respeito à produção artística como ao controle e ao aprimoramento de seus movimentos.
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