Plano de Aula
Plano de aula: Narração de história
Plano 1 de uma sequência de 5 planos. Veja todos os planos sobre Brincando com narrativas e personagens das histórias
O que fazer antes?
Contextos prévios:
O foco desta atividade é a história da Linda Rosa Juvenil (clique aqui para ler a letra e ouvir como cantar). Por isso, é importante treinar sua contação, tanto no que diz respeito à sequência da narrativa quanto ao ritmo e tom de voz. Por se tratar de uma história cantada, a utilização de instrumentos musicais e objetos sonoros pode tornar a proposta mais interessante. Por isso, se você souber tocar algum instrumento, ou alguém da escola e de seu conhecimento puder colaborar para enriquecer a atividade, faça uso.
Este plano faz parte de uma sequência de cinco. São eles:
Narração de história: a Linda Rosa Juvenil
Encontro de contações de histórias
Espaços:
A brincadeira poderá ser realizada em espaço interno. Organize as crianças em roda para ler ou cantar a história.
Tempo sugerido:
Disponha de 40 a 50 minutos para esta atividade.
Perguntas para guiar suas observações:
1. Quais as pistas de que as crianças compreendem bem as atitudes de cada um dos personagens?
2. Quais expressões e movimentos as crianças usaram para brincar e interpretar as fisionomias e gestos que os personagens propõem?
3. De que forma as crianças demonstram ter se apropriado da história?
Para incluir todos:
Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender as necessidades e diferenças de cada criança ou do grupo. Observe se tem alguma criança mais tímida ou pouco participativa e busque incluí-la na brincadeira. Convide-a para entrar na atividade acompanhada de um colega, ou mesmo com você. Se sua turma for grande, esta brincadeira poderá ser feita várias vezes, revezando as crianças e os personagens.
O que fazer durante?

1
Convide as crianças para se sentarem em roda, juntamente com você.Depois de todas acomodadas, compartilhe com o grande grupo sua proposta, que é contar uma história e que, em seguida, brincarão com ela.
2
Pergunte às crianças se elas conhecem a história A Linda Rosa Juvenil. Caso não, combine com elas que você irá ler e que, quem souber o enredo, e quiser, poderá ajudá-lo a ler.
3
Conte a história da Linda Rosa Juvenil, perguntando às crianças como se expressam e quais as ações dos personagens que compõem a história.
Possíveis falas do professor: Crianças, como é que a bruxa demonstra sua maldade?
Possíveis falas ou ações das crianças: Assim, ó (faz um gesto de abaixar a cabeça, franzir a testa e olhar de canto).
Possíveis falas do professor: E o Belo Rei, como ele faz com o corpo para mostrar que é belo e poderoso?
Possíveis falas ou ações das crianças: Ele faz assim (faz gesto de mão no peito, respiração profunda e elevação da cabeça).
Possíveis falas do professor: Crianças, como o mato faz para crescer? Qual movimento com nosso corpo poderemos fazer para imitar o mato crescendo?
Possíveis falas ou ações das crianças: O mato cresce assim (faz gestos de baixo para cima com as mãos).
4
Ainda em roda, convide as crianças para se levantarem e brincarem com a história. Combine com elas a escolha dos personagens que representarão. Os personagens da Linda Rosa e da Bruxa são, normalmente, os mais escolhidos. Caso isso ocorra, proponha um revezamento de crianças para que representem esses personagens.
5
Inicie com a turma a canção e, à medida em que os personagens forem sendo apresentados, estimule as crianças a fazerem as representações. Lembre-as das ações que elas descobriram que os personagens fazem nesta determinada parte da história. Garanta que cada um seja respeitado na forma de representar seu personagem escolhido. Lembre-se de modular a velocidade da canção para que dê tempo de a criança bem pequena conseguir ir até o centro e fazer a representação, antes de passar para outra personagem. Além disso, você pode modular a velocidade e a voz para que, a depender da narrativa (o tempo passou a correr, por exemplo), da personagem (a bruxa ou o rei, por exemplo), da característica da criança (mais animada, rápida, devagar, menor etc.) todas possam participar.
Para finalizar:
À medida em que todas as crianças forem revezando, ou que você perceber um certo cansaço por parte delas, inclua na brincadeira o verso: “Agora vamos deitar, bem assim, bem assim, bem assim”. Deite e descanse junto com elas.
Desdobramentos
A partir de suas observações sobre as reações das crianças, através dos gestos e das falas, repita a mesma proposta, replanejando o modo como a realizará. Você pode propor que as crianças brinquem com a história em outros momentos e espaços, como, por exemplo, na área externa. Se tiver alguns elementos ou adereços que lembrem os personagens (uma capa, uma coroa etc.), leve e sugira que as crianças usem. Além disso, você pode propor outras histórias parecidas com a da Linda Rosa Juvenil, para que as crianças brinquem e façam relações entre elas. Pode também levar objetos abstratos como pedra, folha, galho e usá-los como personagens para uma contação.
Engajando as famílias
Combine com os familiares para que cheguem mais cedo em um dia e proponha uma brincadeira de roda com eles, usando essa canção. Familiares e crianças, juntos, brincarão e representarão os personagens.
Apresente a proposta
Grave um vídeo contando para crianças que elas vão conhecer histórias e brincar de faz-de-conta com algumas delas. Para isso, compartilhe com as famílias o link da história cantada “A Linda Rosa Juvenil” (disponível aqui), e da peça teatral “Rapunzel”, do Grupo Furunfunfum, exibido pela TV Cultural (disponível aqui), para que as crianças possam assisti-las. Ainda no vídeo, conte que, depois de brincar com as histórias, todos vão se encontrar virtualmente para um momento de contação de histórias.
Adaptações necessárias
Para a realização desta sequência, será necessário que as famílias providenciem adereços à disposição em casa para inspirar a brincadeira de faz-de-conta, tais como vestidos, objetos que possam servir de coroas, colares, tiaras, sapatos, cavalo de pau, sapo ou outro bicho de pelúcia que possa representá-lo e luva. Depois, ela deverão preparar o ambiente com os adereços à disposição da criança. As imagens a serem apresentadas, sobre histórias de príncipes e princesas, poderão ser escolhidas pelas famílias e visualizadas na internet. Se houver a possibilidade, é interessante que sejam também impressas. Para o encontro virtual de contação de histórias, é interessante que as famílias ajudem as crianças a escolher previamente que história será contada para os colegas.
Sugira às famílias
Em toda a sequência, é interessante que a família possa brincar junto, embarcando na fantasia do faz-de-conta, apoiando as iniciativas da criança e ampliando seu universo de brincadeiras.
1) Narração de história — Convide as famílias a sentar com a criança para ouvir a história “A Linda Rosa Juvenil”, que será compartilhada por você pelo WhatsApp ou outra plataforma de comunicação que a rede esteja utilizando. Após a história, oriente que a família converse com a criança sobre o que ouviram, comentando sobre os personagens e, em seguida, convide-a a representar a história, permitindo que a criança escolha os personagens que deseja interpretar e deixando-a à vontade para se expressar. Oriente que a família brinque junto com a criança, validando suas ações e apoiando sua criatividade.
2) Brincando de faz-de-conta — Para realizar esta atividade, incentive que os familiares leiam para a criança histórias sobre princesas e príncipes de sua preferência. Oriente que explorem bastante os elementos dessas histórias, tais como imagens, personagens, cenários, acessórios usados pelos personagens etc. Após a leitura da história, convide os familiares a brincar de faz-de-conta com a criança, oferecendo a ela os adereços de casa separados previamente e permitindo que explore o espaço preparado com vários objetos para brincar e utilizar como quiser.
3) Revisitando histórias — Oriente que os familiares relembrem com a criança, por meio de imagens de livros ou encontradas na internet, histórias que ela já conhece e que possam organizar brincadeiras a partir delas. As brincadeiras podem ser organizadas de acordo com uma lista construída junto com a criança sobre o que foi lembrado nas histórias. A criança poderá citar os itens lembrados e um adulto poderá ser o seu escriba. É interessante que a lista fique acessível à criança, para que ela possa revisitá-la sempre que houver necessidade; por exemplo, para investir nas próximas brincadeiras.
4) História com teatro — Sugira que os familiares possam assistir junto com a criança à peça teatral “Rapunzel”, do Grupo Furunfunfum, exibido pela TV Cultura, e que, para isso, é interessante que seja preparado um ambiente aconchegante. Como o tempo da peça é de mais ou menos 50 min., oriente que os familiares fiquem atentos ao nível de interesse da criança e que, caso ela demonstre sinais de desinteresse devido à duração, oriente que a atividade possa ser pausada e retomada em outro momento. Após a peça teatral, convide os familiares a ouvir a criança sobre o que acharam da história e dos personagens, incentivando que os representem com expressões. Por exemplo: “Como faz o cavalo do príncipe? E como a princesa joga suas tranças?” Por fim, oriente que convidem a criança a brincar de imitar livremente os personagens com os adereços disponíveis.
5) Encontro de contação de histórias — Para a realização desta atividade, combine com os familiares para que ajudem a criança a escolher uma história preferida sobre príncipes e princesas para contar aos amigos no dia do encontro virtual. É interessante que os familiares leiam a história para a criança antes do encontro. Oriente que deixem a criança à vontade para escolher como quer contar a história e dê sugestões: usando fantoches, desenhos, imagens, apenas a voz etc. Para o encontro virtual, combine com os familiares qual o melhor horário para cada família e informe que esse momento será realizado em pequenos grupos, a fim de garantir a participação de todas as crianças.
Para compartilhar com o grupo
Solicite que os familiares registrem com fotos alguns momentos da brincadeira de faz-de-conta em que a criança esteja usando adereços e lhe enviem por WhatsApp ou outra plataforma de comunicação. Por áudio, dê retornos afetivos às crianças sobre a foto que você recebeu. Guarde as fotos para socializar no retorno à escola, relembrando com as crianças como esses momentos aconteceram.
Este plano de atividade foi elaborado pelo Time de Autores NOVA ESCOLA
Autor: Marcos de Souza Machado
Mentor: Elisiane Andreia Lippi
Especialista do subgrupo etário: Karina Rizek
Sugestão de idade: 3 anos.
Campos de Experiência: Escuta, fala, pensamento e imaginação; Corpo, Gestos e Movimentos; O Eu, o outro e o nós
Objetivos e códigos da Base
Centrais:
(EI02CG01) Apropriar-se de gestos e movimentos de sua cultura no cuidado de si e nos jogos e brincadeiras.
(EI02EF05) Relatar experiências e fatos acontecidos, histórias ouvidas, filmes ou peças teatrais assistidos etc.
Transversal:
(EI02EO03) Compartilhar os objetos e os espaços com crianças da mesma faixa etária e adultos.
Abordagem didática: crianças bem pequenas se interessam por histórias e levam elementos da narrativa para as brincadeiras de faz de conta, como uma forma de dar significado às pessoas, ao dia a dia e às ideias que preenchem o imaginário. O caráter atemporal e universal dessas histórias torna isso possível. Elas envolvem a criança e a faz pensar, compreender e explorar o mundo. São as brincadeiras de faz de conta que dão contextos significativos para as descobertas.
Por isso, propiciar atividades que enriqueçam o repertório de histórias clássicas (com temas universais) e incentivar as brincadeiras contribui com a ampliação e o aprofundamento das experiências vividas. Esta é uma excelente forma de favorecer novas aprendizagens.