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Plano de Aula
Plano 5 de uma sequência de 5 planos. Veja todos os planos sobre Brincadeiras de diferentes culturas
Contextos prévios:
Este plano faz parte de uma sequência de cinco, por isso, para realizar esta atividade, é importante ter realizado a proposta EDI2_13UND04. Os planos desta sequência são:
Brincadeiras com diferentes elementos da natureza
Brincadeiras de outras culturas
Construido o próprio brinquedo
Materiais:
Brinquedos diversos que tenham sido construídos pelas próprias crianças. É importante garantir variedade de tipos, formatos e materiais, de forma a enriquecer a experiência das interações e do brincar.
Espaços:
Esta atividade pode ser realizada em ambiente interno (sala do grupo) ou externo (quintal, jardim, quadra). Inicialmente, todo o grupo de crianças será organizado em roda. Depois, elas naturalmente se organizarão em pequenos grupos, conforme as escolhas pessoais.
Tempo sugerido:
Aproximadamente 45 minutos.
Perguntas para guiar suas observações:
1. Quais brincadeiras as crianças realizam com os brinquedos disponíveis? Como utilizam o corpo nessa experiência?
2. Quais sentimentos a experiência de partilhar o brinquedo provoca nas crianças? Como é possível perceber isso?
3. As crianças exploram diferentes espaços durante a brincadeira? Elas combinam movimentos e seguem orientações que enriquecem o brincar? De que modo é possível perceber isso?
Para incluir todos:
Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às necessidades e às diferenças de cada criança ou do grupo. Ajude quem demonstra dificuldade em partilhar o brinquedo ou quem não interage com outras crianças. Respeite as preferências das crianças na escolha dos parceiros de brincadeira.
1
Peça para as crianças pegarem os brinquedos e convide todo o grupo para se sentar em roda com você. Relembre a atividade de confecção dos brinquedos e solicite que cada criança mostre seu brinquedo. Incentive-as a contar como foi construir esse brinquedo e o que ele significa para ela. Peça para que mostrem como ele é, o que faz ou como funciona. Em seguida, conte como será a atividade de hoje.
2
Comunique às crianças que chegou a hora de brincar e diga que, para isso, elas podem se dividir em pequenos grupos. Conte que elas poderão brincar de forma livre e escolher com quais colegas querem brincar. Oriente para a possibilidade de as crianças conhecerem novos brinquedos e sobre a importância de cuidar daquilo que não é delas. Incentive-as a partilhar os brinquedos.
3
Conforme as crianças forem brincando, observe se elas partilham os brinquedos e se constroem brincadeiras coletivas. Registre as ações das crianças por meio de anotações, vídeos e fotografias. Alguma delas pode apresentar dificuldade de partilhar o brinquedo porque talvez ele funcione como um objeto transicional (algo que ela tem apego e construiu um laço afetivo, pois a deixa segura quando está com ele). Respeite e acolha a criança.
Possíveis ações do professor neste momento: Ao observar que uma criança apresenta dificuldade em partilhar o brinquedo, acolha a criança e respeite sua escolha. Caso seja convidado por alguma criança, você pode brincar junto, mostrando o quanto pode ser prazeroso compartilhar um mesmo brinquedo e construir brincadeiras coletivas.
4
Conforme as crianças forem brincando, observe se elas percebem que suas atitudes têm consequências (se eu empresto meu brinquedo, pode ser que o outro também me empreste o dele, se não empresto, é provável que meu colega não me deixe pegar emprestado), se demonstram atitudes de cuidado com os colegas e com os brinquedos deles.
Possíveis ações das crianças neste momento: Alguma criança pode mudar de ideia ao ver que seu colega fez cara triste quando ele não quis emprestar seu brinquedo. Outra criança pode sorrir quando perceber que seu colega ficou animado em poder brincar com seu brinquedo, manifestando de diferentes formas a percepção de que as atitudes têm consequências.
5
Chame a atenção das crianças para o fato de que as pessoas têm características diversas, por isso, podem querer brincar de formas diferentes. Uns podem preferir brincadeiras que combinem movimentos, outros podem gostar de explorar formas de deslocamento no espaço, outros podem apreciar mais o jogo simbólico. Valorize a diversidade de características presentes nos grupos de alunos, orientando para que percebam como cada brincadeira pode ser divertida, quando há respeito e partilha.
6
Durante a atividade, é possível que algumas crianças não demonstrem envolvimento com a proposta e outras podem ficar cansadas e não querer mais brincar, buscando parar a atividade antes da sua finalização. Nesse caso, respeite o sentimento da criança e permita que ela possa se afastar do grupo com o qual estava brincando. Solicite que observe a brincadeira dos colegas e verifique se tudo bem ela deixar o brinquedo com os colegas. Incentive-a a fazer isso. Como a proposta é a brincadeira coletiva, não é interessante que a criança saia do grupo e vá brincar sozinha.
Para finalizar:
Conforme o tempo da atividade for acabando, avise a todos que em cinco minutos vocês se reunirão em roda, por isso, precisam finalizar o que estão fazendo. Se alguma criança apresentar resistência em finalizar a brincadeira, esclareça que não ela precisa ainda guardar o brinquedo e que poderá segurá-lo durante a conversa. Reúna todo o grupo de crianças em roda e peça para as crianças contem como foi a experiência: quais brincadeiras inventaram, como se sentiram ao dividir seu brinquedo, o que sentiram quando um amigo partilhou o brinquedo com elas. Depois, peça para que guardem os brinquedos.
O reencontro com a mesma proposta é fundamental, como garantia da continuidade das ações exploratórias. Proponha a outros professores o agrupamento de turmas para a execução da mesma atividade, assim, as crianças terão oportunidade de interagir com colegas de diferentes turmas e idades, podendo trocar suas experiências e repertórios.
Compartilhe alguns registros da atividade com as famílias. Você pode montar um mural na própria escola, para que os familiares vejam fotos e outras notícias relacionadas às propostas trabalhadas ou criar um “correio para famílias”, deixando na porta da sala do grupo um portfólio (caderno, pasta) com registros das atividades (Para se inspirar, assista ao vídeo “Visita à creche inspirada em Reggio Emilia”, disponível em Também é possível utilizar a tecnologia para enviar fotos e vídeos. A ideia é comunicar sobre a atividade e sobre as diferentes reações e construções de brincadeiras entre as crianças observadas a partir da partilha de brinquedos.
Brincadeiras de diferentes culturas
Apresente a proposta
Grave um vídeo e o envie para as famílias, através de Whatsapp ou outra plataforma de comunicação que a rede esteja utilizando, conversando com as crianças sobre as diversas brincadeiras que existem. Para isso, mostre algumas imagens de brincadeiras que encontramos pelo Brasil (link aqui), fale das suas experiências com brincadeiras na sua infância e, se possível, apresente fotos suas na infância também. Ainda no vídeo, informe às crianças que elas poderão vivenciar muitas atividades interessantes com os familiares a partir de diferentes brincadeiras e que, posteriormente, será marcado um encontro virtual para que todos compartilhem as vivências.
Adaptações necessárias
A realização desta sequência pressupõe a utilização de materiais diversos, alguns naturais, e outros de largo alcance, como: pedaços de madeira, argila, caixas de papelão, lãs, penas, folhas, galhos, sabugos de milho, pedras, capim, tecidos, barbante, carretéis, embalagens de lata, plástico e papelão. Caso a família não disponha de um quintal no lugar onde mora, sugira que busque identificar, em casa, quais materiais são de origem natural, a exemplo dos alimentos.
Sugira às famílias
Nesta sequência, o diálogo da família com as crianças será bem importante, pois será um momento de reviver memórias através de histórias vividas na infância com as brincadeiras.
1) Brincadeiras com diferentes elementos da natureza - Oriente às famílias que, caso não tenham quintal disponível no ambiente de casa, identifiquem os elementos de origem natural que existem em casa, como flores, alimentos tipo verduras, frutas, raízes, folhagens etc., para que as crianças possam explorá-los. Diante dos elementos naturais, oriente às famílias que conversem com as crianças sobre eles, destacando as origens e características. Conforme as crianças forem explorando os elementos da natureza livremente, convide às famílias a observarem as ações que realizam e os significados que dão aos elementos. Peça para que reparem se elas fazem relação entre eles ou uso destes elementos para construir algum brinquedo ou brincadeira.
2) Brincadeiras de outras culturas - Envie para as famílias as imagens sobre brincadeiras diversas que você apresentou no vídeo. Sugira que possam mostrá-lo, mais uma vez, para a criança, dando mais tempo para que apreciem as imagens e conversem sobre elas, atentando para os detalhes. Na falta de elementos naturais para construir o brinquedo, sugira que a família possa utilizar materiais que geralmente têm em casa, como: palitos, folhas de papel, cordões, fitas adesivas etc. Oriente que a família disponha os materiais no espaço em que a criança irá utilizar para produzir o brinquedo, de forma organizada e atrativa. Oriente que deixem que a criança explore livremente os materiais e descubra o que são. Convide os familiares a observarem a criança e as iniciativas dela. Mostre que é importante ficarem atentos às ações que ela realiza com os elementos disponíveis, como interagem com eles e com os familiares. Oriente que procurem intervir apenas se forem solicitados, convidados ou em caso de algum conflito diante do uso dos materiais.
3) Brincadeiras de outras épocas - Envie para as famílias o link com a história Guilherme Augusto Araújo Fernandes (link aqui). Sugira que preparem um ambiente bem aconchegante para a criança ouvir a história, que pode ser reproduzida pela TV, computador ou celular. Após a história, oriente que os familiares conversem com a criança sobre o enredo, se conhecem as brincadeiras que aparecem nela, e sobre os tempos de infância deles, falando sobre o que mais gostavam de brincar. Para esta atividade, oriente que escolham, previamente, um brinquedo da época de infância deles, para mostrarem à criança e proporem a construção dele, sendo necessário providenciarem, também, os materiais para a confecção do brinquedo. No momento da construção, oriente os familiares que permitam à criança a livre exploração dos materiais e incentivem as iniciativas dela para a confecção do brinquedo. Lembre a importância da criança tentar construir o próprio brinquedo de forma independente, e que os familiares a apoiem, caso seja necessário.
4) Construindo o próprio brinquedo - Nesta atividade, a criança terá a oportunidade de criar o próprio brinquedo. Para isso, oriente aos familiares que disponham para ela diferentes portadores textuais, como livros, encartes e revistas. Neles, devem aparecer imagens de brinquedos que possam ser facilmente confeccionados pelas crianças, como cavalinho de pau, peteca de pano, de folha, bola de meia, boneca de milho, carrinho de embalagem, de carretel, telefone de lata, fogãozinho e casinha de papelão. Além das imagens, oriente que preparem o espaço que a criança irá utilizar com materiais diversos, como pedaços de madeira, caixas de papelão, lãs, penas, folhas, galhos, sabugos de milho, pedras, capim, tecidos, barbante, carretéis, embalagens de lata, plástico e papelão, para que possam escolher com quais irão construir o brinquedo. Convide os familiares a incentivarem a criança a observar como o brinquedo escolhido foi feito, atentando-se aos materiais utilizados na confecção. Mostre a importância de ajudá-la a planejar a execução da atividade, reunindo os materiais necessários antes de iniciar a produção do brinquedo.
5) Brincando com os colegas - Oriente aos familiares que preparem as crianças para mostrar aos colegas os brinquedos que foram construídos através de um encontro virtual que você marcará entre a turma. Peça que orientem as crianças a falarem sobre as construções, os materiais utilizados e como podem brincar com o brinquedo confeccionado.
Para compartilhar com o grupo
Marque um encontro virtual com todo o grupo e, para isso, combine com a família o melhor dia e horário, informando previamente qual será o motivo desse encontro e como ele irá acontecer. No momento do encontro virtual, lembre as regras de comunicação para que todos possam falar e ser ouvidos. A ideia é que todos compartilhem as vivências que tiveram com os brinquedos, as brincadeiras e mostrem o brinquedo que foi construído, socializando como foi feito. No final do encontro, faça uma foto com todos na tela mostrando os brinquedos e, depois, compartilhe com as famílias.
Este plano de atividade foi elaborado pelo Time de Autores NOVA ESCOLA
Autora: Roselaine Pontes de Almeida
Mentora: Vládia Maria Eulálio Raposo Freire Pires
Especialista do subgrupo etário: Karina Rizek
Sugestão de idade: 3 anos
Campos de Experiência: Corpo, gestos e movimentos.
Objetivos e códigos da Base:
(EI02CG01) Apropriar-se de gestos e movimentos de sua cultura no cuidado de si e nos jogos e brincadeiras.
(EI02CG03) Explorar formas de deslocamento no espaço (pular, saltar, dançar), combinando movimentos e seguindo orientações.
Abordagem didática: A brincadeira é uma estratégia utilizada pelas crianças para conhecer o mundo e dar significado a ele. Por isso, atividades que envolvam, além da brincadeira propriamente dita, conversas, pesquisas e interações sobre o tema podem gerar aprendizagens de diferentes campos de experiências e ampliar os conhecimentos sobre os brinquedos e as brincadeiras de culturas diferentes. Essas propostas podem integrar momentos mais dirigidos, com outros de livre escolha.
Você pode baixar este plano como um arquivo (PDF) ou uma apresentação (PPT).
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