Plano de aula: Apreciando a si mesmo e aos colegas em registros fotográficos

Apresente a proposta
Convide as famílias para um encontro virtual com os bebês e receba-os de forma animada, com a cantiga de que mais gostavam. Selecione fotos da turma na escola para que revejam juntos, e vá perguntando se identificam nelas os bebês. Em seguida, identifique a si, o que estavam fazendo e o local. Acolha as reações e os sentimentos gerados, falando sobre a saudade que sente. Coloque as fotos num varal dedicado a isso e aproveite para convidar: “Que tal organizar um varal de fotos com retratos do bebê com a família, descobrindo mais sobre elas de forma divertida em casa?”

Adaptações necessárias
De acordo com o contexto familiar, oriente que coloquem o varal num local acessível ao bebê e o acompanhem durante toda a atividade para sua segurança. Oriente que usem as fotos da forma que puderem neste momento, impressas ou mesmo as mais antigas. Se forem fotos digitais, poderão montar uma Apresentação Google (disponível aqui), por exemplo, e expô-las no dispositivo que tiverem. Peça que registrem esse momento de descobertas e interação.

Sugira às famílias
Convide os familiares a permitir que o bebê explore as fotos a partir de seus interesses, livremente. Oriente que dialoguem com ele, instigando sua curiosidade, nomeando as pessoas nas fotos e perguntando quem é ele, de modo a favorecer a associação de ideias. Sugira que envolvam o bebê na ação de colocar as fotos no varal, de acordo com a situação. Por exemplo: se for um bebê maior, talvez só necessite de orientação verbal; já um bebê menor precisará da ajuda do familiar mais diretamente. Para isso, é fundamental estar atento às reações e expressões, uma vez que sinalizam as suas preferências, e validar as iniciativas do bebê. Para animar o momento, podem brincar com as sombras formadas pela entrada da luz natural da janela, por exemplo. Desta forma, esse momento de interação familiar, além das boas memórias evocadas pelas fotos, provocará também encantamento, o que aproxima o grupo familiar e estreita os elos de carinho e confiança entre os envolvidos.

Para compartilhar com o grupo
Convide as famílias a enviar as fotos desses momentos de descoberta que certamente acompanharão a atividade, relatando, de forma breve, como foi a vivência. Reúna todos os registros numa apresentação digital e compartilhe com as famílias para que se sintam estimuladas a participar também. Quando o período de isolamento social terminar, reveja o álbum com os bebês e o disponibilize para toda comunidade escolar da forma como sua escola costuma fazer isso. Você poderá propor uma exposição interativa, em que as famílias sejam convidadas a experimentar essa vivência na escola também. Ao interagir com os registros no varal próximo à sala de referência, durante os momentos de entrada e saída, elas poderão nomear seus familiares e contar para outras famílias sobre a sua. Ao evocar memórias afetivas de casa, esse material se tornará um potente recurso, fazendo conexão direta com uma vivência na escola, apoiando o processo de retomada do convívio escolar e firmando de forma concreta a parceria família-escola.

Este plano de atividade foi elaborado pelo Time de Autores NOVA ESCOLA

Autor:  Vera Regina Corrêa de Mello

Mentor: Adriana Vidaletti

Especialista do subgrupo etário: Ana Teresa Gavião

Campos de Experiência:

O Eu, o Nós e o Outro

Traços, Sons, Cores e Formas

Escuta, Fala, Pensamento e Imaginação

Objetivos e códigos da Base:

(EI01EO06) Interagir com outras crianças da mesma faixa etária e adultos, adaptando-se ao convívio social.

(EI01EF01) Reconhecer quando é chamado por seu nome e reconhecer os nomes de pessoas com quem convive.

(EI01EF06) Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras formas de expressão.

Abordagem didática:

O tema da identidade pode ter sua gênese no trabalho com os bebês: da descoberta e conhecimento de si ao reconhecimento de suas características e potencialidades. As propostas que envolvem o “nome próprio” são fundamentais nesse processo. Imersos em um novo ambiente, as crianças aprendem a se reconhecer, a conhecer os amigos e aqueles que o cercam por meio dos nomes, que identificam e legitimam cada um como uma pessoa, com direitos, necessidades e vontades próprias. Assim, as atividades com nome próprio configuram ações de cidadania e respeito à singularidade de cada bebês.