Plano de Aula
Plano de aula: Comparando exposições orais
Plano 5 de uma sequência de 15 planos. Veja todos os planos sobre Anotação e exposição oral
Este plano é um dos prioritários. Veja agora
Sobre este plano
Este slide não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você, professor, possa se planejar.
Sobre esta aula: esta é quinta aula de uma sequência de 15 planos de aula com foco no gênero anotação/exposição oral no campo de atuação das práticas de estudo e pesquisa. A aula faz parte do módulo de análise linguística e semiótica.
Para contextualizar o ensino da exposição oral como gênero textual que circula no campo das práticas de estudo e pesquisa, esta sequência de 15 planos de aula pode ser usada no desenvolvimento de um projeto de pesquisa e divulgação científica. Nestas aulas, sugerimos textos da área de Arqueologia, mas você poderá modificar o tema, escolhendo novos textos.
Materiais necessários:
Material para anotar (caderno), computador, acesso à internet e amplificador de áudio.
Para esta aula, sugerimos a comparação entre estes dois vídeos: vídeo 1, TEDxSãoSebastião, Arqueologia e Paradigmas, Wagner Bornal, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=4PUIlvR2PB4, acessado em 5 de setembro de 2018; e vídeo 2: O Segredo de Sambaqui, Gabriela Oppitz. Disponível em https://www.youtube.com/watch?time_continue=135&v=ebOMgWPgV7A, acessado em 5 de setembro de 2018. Caso você não tenha usado o plano de aula 4, acesse o plano para assistir ao vídeo 1 com sua turma.
Informações sobre o gênero:
A exposição oral é um gênero textual público que circula no campo das práticas de estudo e pesquisa. Quanto à estrutura composicional do gênero, a exposição oral é um texto monologado, apresentado por um orador para uma plateia, com o objetivo de transmitir informações, descrever e explicar um tema ou pesquisa, sobre o qual o orador é um especialista. Quanto ao estilo, a exposição oral é formal e organiza-se a partir da seleção de informações e organização de idéias principais e secundárias. A exposição pode ser organizada em uma fase de abertura, introdução ao tema, apresentação do plano da exposição, desenvolvimento, conclusão e encerramento da exposição oral.
Dificuldades antecipadas:
Os alunos poderão apresentar dificuldade de retextualização de uma exposição oral para produzir o roteiro de tópicos que serve de apoio à apresentação. No 6o ano, é possível que os alunos tenham pouca autonomia para ouvir uma exposição qravada em vídeo sobre um tema de divulgação científica para identificar as informações principais, selecionar palavras-chave, transcrever, parafrasear e retextualizar as informações principais em forma de tópicos.
Referências sobre o assunto:
SCHNEUWLY, B.; DOLZ, J. e colaboradores. Gêneros orais e escritos na escola. Tradução e organização de Roxane Rojo e Glaís Sales Cordeiro. São Paulo: Mercado de Letras, 2004.
MARCUSCHI, L. A. (2001) Da fala para a escrita- atividades de retextualização. 2ª. Ed. São Paulo: Cortez.
Linguagens e códigos ”Práticas e gêneros orais na escola”. Disponível em:
<https://midia.atp.usp.br/impressos/redefor/GestaoCoordenadores/GCVC_LiCo_2011_2012/GCVCLico_v2_Tema3.pdf>. Acesso em: 29 ago. 2018.
Tema da aula
Tempo sugerido: 1 minuto
Orientações:
- Apresente aos alunos o tema da aula. Explique a eles que esta é uma aula de exercitação da estrutura composicional do gênero exposição oral.
- Para esta aula, sugerimos a comparação entre estes dois vídeos: vídeo 1, TEDxSãoSebastião, Arqueologia e Paradigmas, Wagner Bornal, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=4PUIlvR2PB4, acessado em 5 de setembro de 2018; e vídeo 2: O Segredo de Sambaqui, Gabriela Oppitz. Disponível em https://www.youtube.com/watch?time_continue=135&v=ebOMgWPgV7A, acessado em 5 de setembro de 2018. Caso você não tenha usado o plano de aula 4, acesse o plano para assistir ao video 1 com sua turma.
Introdução
Tempo sugerido: 10 minutos
Orientações:
- Organize a turma em duplas ou trios para uma aula de comparação entre duas exposições orais.
- Explique aos alunos que eles vão comparar duas exposições orais gravadas em vídeo, com o objetivo de continuar estudando a estrutura composicional do gênero.
- Pergunte aos alunos: Vocês se lembram da primeira exposição oral a que assistimos? Como o expositor tinha preparado (e se preparado) a exposição oral? Lembram-se da estrutura composicional do gênero exposição oral? Quais informações são apresentadas na abertura e no encerramento de uma exposição?
- Caso você, professor, não tenha apresentado o vídeo deste slide, a exposição oral TEDx SãoSebastião, trabalhe o plano de aula 4 ou faça a exibição do vídeo antes desta aula. Acesse o vídeo: TEDxSãoSebastião, Arqueologia e Paradigmas, Wagner Bornal, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=4PUIlvR2PB4 Acesso em 5 de setembro de 2018.
Material complementar:
Acesse o Plano de aula 4 desta sequência.
Desenvolvimento
Tempo sugerido: 30 minutos
Orientações:
- Apresente a nova exposição aos alunos. Mostre a imagem do slide e a legenda. Apresente o nome da expositora e chame a atenção para a paisagem que há atrás dela.
- Pergunte aos alunos: Onde ela está? Vocês acham que esta exposição oral foi planejada da mesma forma que a exposição feita para o TEDx São Sebastião, a que assistimos na aula anterior? Por quê?
- Faça a primeira exibição do vídeo “O segredo do Sambaqui”, de Gabriela Opptiz, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=4PUIlvR2PB4, acesso em 05 de setembro de 2018. Peça que eles façam anotações rápidas a respeito da abertura e do fechamento da exposição oral para comparar o vídeo desta aula com o vídeo da aula anterior.
- Depois de exibir o segundo vídeo desta comparação, peça aos alunos que troquem ideias em grupo para descobrir quais são as semelhanças e diferenças entre as duas exposições.
- Observe, professor, que esta exposição foi gravada em campo, em uma paisagem de sambaquis. A arqueóloga Gabriela Oppitz não usa slides, mas ela aponta para elementos da paisagem à medida em que expõe o tema. A exposição oral não foi feita diante de um público em uma sala de conferências, mas gravada por vídeo em campo.
Desenvolvimento
Tempo sugerido: continuação
Orientações:
- Oriente os alunos a analisar a abertura e o encerramento do segundo elemento da comparação. Incentive-os a usar o esquema do slide para analisar estes trechos no vídeo.
- Reapresente o vídeo para que os alunos possam analisar a exposição. Circule entre os grupos para motivá-los a fazer a análise da abertura e do encerramento. Desafie os alunos, pergunte a eles: Vocês perceberam que há uma vinheta, com música e texto, no início e no final da exposição? Para que serve a vinheta?
- Depois de responder à pergunta do slide, peça que dois ou três alunos compartilhem as conclusões de seu grupo sobre como é feita a abertura e o encerramento da exposição.
- Note bem, professor, que a abertura desta exposição em vídeo não é feita da mesma forma que a abertura de uma exposição oral feita para um público presente em uma sala de conferência. Observe que a abertura não apresenta saudação. A apresentação do expositor é feita por um letreiro que indica seu nome e formação profissional. A identificação do espaço em que ocorre a exposição é feita por um texto escrito: “Sambaqui Ponta das Canas, Florianópolis” e pela expositora: “estamos aqui no alto de um sambaqui”. Por fim, o anúncio do tema é introduzido por “a primeira coisa a dizer sobre este sambaqui”, logo no início do vídeo. No encerramento, não há agradecimento ou despedida. Como a exposição oral não foi feita diante de um público em uma sala de conferências, mas gravada por vídeo em campo para integrar uma reportagem sobre o sambaqui de Miembipe, a abertura é feita com recursos de vídeo: uma vinheta com o texto “Miembipe - O Segredo do Sambaqui” e o logotipo do grupo que produziu a uma entrevista com a arqueóloga Gabriela Oppitz, em que ela faz a exposição oral a que vocês acabaram de assistir. O encerramento também é feito com a mesma vinheta da introdução. Além disso, a exposição em vídeo é editada, ou seja, apresenta cortes em alguns trechos. Esses cortes organizam a exposição em introdução, desenvolvimento e conclusão.
- Observe que, quanto ao primeiro elemento desta comparação, o vídeo “Arqueologia e Paradigmas”, de Wagner Bornal, a estrutura da exposição oral é diferente, pois o expositor está de frente para o público e tem apenas 10 minutos para fazer a exposição. Essa diferença de contexto de produção da exposição oral influencia na sua estrutura. Na conferência TEDx, o nome do expositor é apresentado ao público por um letreiro no vídeo. Mas o expositor também se apresenta ao narrar sua história pessoal, desde a infância, o início da carreira profissional, até começar a desenvolver a pesquisa que está apresentada na conferência. Ele identifica o espaço em que ocorre a exposição ao agradecer à cidade de São Sebastião por tê-lo acolhido e conta que trabalha na região desde que descobriu o sítio arqueológico. Uma das formas possíveis de compreender que a exposição está chegando ao final é o momento em que o expositor diz “Eu aprendi uma grande lição”. Por fim, ele encerra a exposição, dizendo “muito obrigado” ao público.
Desenvolvimento
Tempo sugerido: continuação
Orientações:
- Leia o slide para os alunos. Peça que eles troquem ideias em grupo e escrevam uma abertura e um encerramento que poderiam servir para adequar esta mesma exposição para um contexto de exposição para uma audiência presente em uma sala de conferência. Oriente-os a seguir o roteiro: saudação, apresentação do expositor, identificação do espaço em que acontece a exposição e anúncio do tema.
- Oriente-os a inventar informações que eles não saibam (por exemplo, o local da conferência que está sendo imaginada nesta atividade).
Fechamento
Tempo sugerido: 9 minutos
Orientações:
- Peça para dois alunos apresentarem as ideias de abertura e encerramento planejados em grupo para adequar a exposição em vídeo para uma exposição em uma sala de conferência com um público presente.
- Depois de ouvir as apresentações dos aluno, peça que a turma comente e compare as ideias apresentadas.
Sugestão de adaptação para ensino remoto
Recursos indicados
- Necessários: canais de comunicação (como WhatsApp ou e-mail), para envio das sugestões de atividades e das orientações (que também podem ser escritas em um documento de texto e disponibilizadas da maneira que for mais acessível às famílias).
- Opcionais: canais para aulas online, como o Google Meet ou o Zoom (veja como usá-lo no tutorial disponível aqui); Google Docs (tutorial disponível aqui); Google Drive (tutorial disponível aqui).
Introdução
Envie um áudio para a sua turma pedindo que se organizem em duplas e assistam aos vídeos “O segredo do Sambaqui”, disponível aqui, e Arqueologia e paradigmas, disponível aqui, propostos no Plano, para comparar a ABERTURA e o ENCERRAMENTO das duas Exposições Orais. No slide 2 do Desenvolvimento do Plano você encontra os elementos que os alunos deverão observar. Estabeleça um prazo e acompanhe-os pelos canais de comunicação já combinados por vocês. Se possível, peça que os alunos compartilhem suas comparações usando o Google Doc, em uma pasta do Google Drive já criada por você para esta atividade.
Desenvolvimento
Após todas as duplas terem feito a comparação, peça que todos leiam os trabalhos dos colegas, compartilhados na pasta, para que aprendam com seus pares. Envie um novo áudio, agora solicitando que as duplas imaginem se a apresentadora do vídeo “O segredo do Sambaqui” fosse falar em uma TEDx: como ela faria sua Abertura e seu Encerramento? Solicite que as duplas criem essas etapas da Exposição e postem, em forma de áudio, no grupo de WhatsApp da turma. Estabeleça um prazo para que as duplas compartilhem suas respostas e acompanhe seus alunos, auxiliando-os no que precisarem.
Fechamento
Depois que a última atividade for entregue por todos, faça uma compilação com o que você observou nas produções das duplas para encerrar esta aula e envie aos alunos via WhatsApp ou e-mail. Caso haja possibilidade, realize uma aula no Google Meet ou no Zoom usando o passo a passo do slide de Fechamento do Plano.
Convite às famílias
Convide as famílias a ajudar na composição da Abertura e do Encerramento com base na situação dada pelo Plano, auxiliando o aluno a imaginar o que a apresentadora diria à plateia.