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Plano de aula: Escrever uma indicação da nossa história favorita

Plano 1 de uma sequência de 5 planos. Veja todos os planos sobre Reconto

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O que fazer antes?

Contextos prévios:

Este plano faz parte de uma sequência de cinco. São eles:

Escrevendo uma indicação da nossa história favorita

Recontando uma notícia de jornal

Novos personagens para a história

Mudando o cenário da história

Um novo final para uma história

Para esta proposta é fundamental que você tenha levantado com o grupo qual é o livro preferido das crianças. É importante também que o grupo já tenha vivenciado situações de aprendizagens em que o contexto da estrutura textual do gênero carta tenha sido apresentado. Observe ainda a necessidade de combinar com um outro professor de sua escola ou de uma escola do bairro uma proposta em que seu grupo envie uma carta às crianças da outra instituição sugerindo a leitura do livro preferido da turma.

Materiais:

Além do livro preferido do grupo, é necessário que você antecipe um suporte para escrever uma carta, de forma que as crianças possam acompanhar o movimento da escrita. Um meio de projeção digital, interligado a um computador seria o ideal, entretanto, caso a escola não tenha esse recurso, é possível adaptar um flip chart ou um papel pardo fixado na parede. Considere também a disponibilização de mais uma cópia do livro favorito das crianças, para maior qualidade da circulação do livro entre elas.

Espaços:

Antecipe um espaço que acolha, de forma confortável, o grupo de crianças, para que elas possam acompanhar a escrita da carta com você. Considere que elas ficarão acomodadas de modo que seja garantido o movimento de troca e de comunicação, oportunizando que elas falem, se escutem e considerem a fala do outro.

Tempo sugerido:

Cerca de 50 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:

1. Quais aspectos do livro que as crianças consideram importantes para indicá-lo a outras pessoas? O que mais chama atenção do grupo para propor o livro a um outro leitor? São aspectos ligados aos sentimentos que a leitura desperta? São engraçados, curiosos, inesperados?

2. Como as crianças revelam suas hipóteses para sugerir a escrita da carta? Recorrem ao livro como apoio? Trazem experiências? E quanto à composição característica da carta? O que consideram?

3. Como acontecem as trocas entre as crianças nas sugestões de ideias? Como fazem os acordos? Como aceitam ou não as proposições dos pares para a escrita?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às necessidades e às diferenças de cada criança ou do grupo. Por se tratar de um uma construção coletiva, negociações e contrapontos permearão o processo da atividade. Sendo assim, atente-se para acolher as diversas formas de participação do grupo, sejam elas orais ou não orais. Considere os olhares, as expressões faciais frente aos diálogos, e lançe-se num jogo em que as crianças percebam que suas expressões e encontros nessa comunicação estão sendo acolhidas por você e pelo grupo.

O que fazer durante?
O que fazer durante?

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Convide as crianças para se acomodarem em roda no espaço escolhido para proposta. Conte ao grupo que você trouxe uma proposta diferente para este momento do dia, revelando que farão juntos uma carta para indicar o livro favorito do grupo para outro grupo de crianças. Conte que, para que os pequenos possam se lembrar dos detalhes da história, você iniciará a proposta fazendo a leitura do livro. Leia-o e, caso tenha mais exemplares, disponibilize-os para que as crianças possam acompanhar a leitura com você.


2

Após terminar a leitura, proponha que as crianças falem os motivos que as fazem gostar dessa história e escreva-os no suporte preparado por você. Faça questionamentos que inspirem os comentários do grupo, por exemplo, o motivo que faz com os pequenos peçam para ouvir a história, qual é a passagem favorita deles, quais situações na história eles consideram emocionantes, qual personagem mais instiga o grupo, dentre outros. Observe ainda que você assume a importante atuação de escriba ao mesmo tempo em que media as construções do grupo.

Possíveis ações das crianças: Suponha que o livro escolhido pelo grupo seja A Verdade Segundo Arthur, de Tim Hopgood (texto) e David Tazzyman e uma criança diga: Ah, a gente tem que falar deste livro porque o Arthur aprende sobre a verdade. É, e a verdade brinca com ele e vira quase uma pessoa! Acho que todo mundo vai gostar. Neste caso, o professor pode devolver essa impressão ao grupo, a fim de investigar o que mais consideram da obra. Ele pode dizer: Ah, o Arthur se diverte mesmo nessa história! O que mais seria interessante contar para convidar alguém para ler este livro? O Arthur faz algo engraçado?


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Após terem listado os argumentos que classificam o livro como uma história querida, instigue as crianças a refletir sobre a composição textual da carta. Investigue o que já conhecem sobre o gênero, apoiando-se em vivências do grupo. Você pode trazer para esse momento a possibilidade de as crianças encontrarem em livros infantis a lógica estrutural da carta, como na obra O Carteiro Chegou, dos autores Allan Ahlberg, Eduardo Brandão e Janet Ahlberg, por exemplo. Em seguida, inicie com elas a escrita da carta no editor de texto que está projetado para o grupo, convidando-as a indicar o que escreverão primeiro.

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Possíveis falas do professor: Crianças, agora que já temos os motivos para indicar a nossa história favorita, vamos começar a nossa carta! Vocês já leram algumas cartas, como poderíamos começar a nossa? De onde escrevemos? Que tal se acrescentássemos uma saudação carinhosa ao destinatário? Qual saudação podemos utilizar?


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Após o registro da estrutura inicial da carta, indicando a cidade, a data e a saudação ao destinatário, instigue o grupo a propor uma introdução ao texto, contando ao a ele a razão pela qual escrevem a carta. Envolva as crianças em um diálogo sobre como poderão iniciar essa escrita. Esteja atento para que nesse jogo dialógico os pontos e os contrapontos sejam trazidos e aceitos de maneira respeitosa. Após a escrita desse trecho, leia-lo para as crianças com o intuito de que reflitam se podem seguir na composição da carta ou se há necessidade de fazer ajustes no texto. Atente-se também à necessidade de que as crianças tragam a ideia de contar sobre o título do livro e o nome do autor, caso elas não sinalizem essas informações, incentive-as, buscando fomentar a necessidade de cuidar do entendimento do leitor, a fim de que observem a importância do cuidado de que, ao escrever para alguém ler, tragamos informações detalhadas.


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Continue a escrita da carta com o grupo, sinalizando para as crianças que, agora que vocês contaram o motivo da carta, precisam explicitar os motivos da indicação do livro. Retome a lista que compuseram no início da atividade para apoiar a construção desse momento.

Considere apoiar o grupo, indicando que a carta sempre faz menção aos seus interlocutores. Além disso, instigue-os a refletir sobre adjetivos para compor as indicações, de forma que aguce no leitor a vontade de ler o livro que as crianças tanto gostam.

Possíveis falas da criança:Podemos falar assim: Amigos, nesta história o lobo finge que fica bonzinho e engana a vovó e a chapeuzinho! Acolhendo esta fala da criança, o professor pode refletir com o grupo se a indicação deve contar surpresas do livro, ou se seria interessante deixar o leitor da carta curioso para saber o que acontece com o lobo.

Possíveis falas do professor: Então, já que vocês preferem deixar os leitores da carta curiosos sobre o que acontece com o lobo, como podemos escrever sobre ele? O que acham dessa ideia da amiga? Então vou escrever: Amigos, preparem-se! Vocês não podem nem imaginar o que acontece com o lobo nessa história. O final dela nos deixou chocados! Agora vou ler para que me digam se acham que precisamos inserir ou retirar algo.

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Siga construindo a carta com seu grupo, fazendo emergir das crianças expressões, ideias e sentimentos acerca da história. Assuma, ao longo da construção, o papel de mediador e as leve a refletir e construir significados. Observe ainda a necessidade de ir ajustando com o grupo a lógica da composição textual característica da carta. Observe também que é fundamental que, a cada parte construída com o grupo, você realize a leitura do texto, oportunizando às crianças reflexões acerca dele. Forneça também apoios para o encadeamento de ideias. Considere que é muito importante que o texto seja o produto dessa construção coletiva com as crianças, ainda que apresente repetições ou partes menos elaboradas. É preciso acolher as sugestões das crianças, valorizar e respeitar suas possibilidades de produção textual.

Ao terminar a composição da carta, leia-a de forma integral para o grupo, a fim de que observem se há necessidade de alterações ou se a consideram-na finalizada.


Para finalizar:

Após terem concluído a escrita da carta, combine com o grupo que você a imprimirá e que vocês traçarão uma estratégia para realizar a entrega ao grupo de crianças. Em seguida, convide a turma para vivenciar a próxima atividade do dia.

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