Atividade para impressão - Material para registro dos experimentos - EDI03_27UND01
Plano de Aula
Plano de aula: Investigando objetos que flutuam ou que afundam
Plano 1 de uma sequência de 5 planos. Veja todos os planos sobre Experimentos com registro
O que fazer antes?
Contextos prévios:
O dia a dia é cheio de transformações e desperta o interesse das crianças em explorar, investigar e conhecer mais sobre o mundo que as cerca. Nesse sentido, a água, além de chamar a atenção das crianças, é um elemento rico em possibilidades de exploração. Neste material você pode conhecer mais sobre o assunto, para colocar ideias em prática, não apenas nesta atividade, mas em muitas outras!
Os objetos utilizados no experimento serão coletados pelas crianças, mas é importante que você antecipe alguns para auxiliá-las nessa escolha, como os que estão descritos no item Materiais.
Materiais:
Material para registro escrito: Fichas impressas que serão utilizadas nos pequenos grupos,papel, lápis grafite, lápis de cor e canetinhas.
Uma bacia para cada grupo. Garrafas ou potes de tamanhos diversos e baldinhos plásticos para a coleta de água. Objetos diversos para a realização do experimento, a serem escolhidos pelas crianças, como: papéis, papelão, borracha, pedaços de espuma, buchas porosas, potinhos diversos, massinha de modelar, pregos, parafusos, pedras etc. Panos para secar os objetos após o uso.
Celular ou câmera fotográfica para registro com fotos e vídeos.
Espaços:
Esta atividade será realizada em dois espaços. Se inicia na sala de atividades com uma conversa envolvendo o grande grupo.Posteriormente, as crianças se organizam em pequenos grupos e se deslocam, escolhendo os objetos para a experimentação, até se encontrarem no espaço em que realizarão suas investigações. Por se tratar de uma experimentação com água, é interessante que a atividade seja realizada em uma área externa, em dia de sol, próxima a uma torneira. Terminada essa etapa, os pequenos voltam para a sala, ainda em pequenos grupos, para registrar suas investigações. Por fim, em uma nova roda com o grande grupo,as crianças socializam suas experiências.
Tempo sugerido:
Aproximadamente uma hora e 20 minutos.
Perguntas para guiar suas observações:
1. Quais as hipóteses iniciais das crianças em relação aos objetos que flutuam ou afundam? Quais estratégias utilizam para a coleta dos objetos que irão investigar?
2. Como as crianças se envolvem durante a investigação? Quais são as diferentes ideias que surgem dentro dos grupos? Como reagem com a confirmação ou não de suas hipóteses iniciais na conversa com o grande grupo?
3. Como interagem nos pequenos grupos para o preenchimento da ficha impressa sobre suas investigações? Como as crianças se envolvem com as estratégias de desenho e escrita espontânea?
Para incluir todos:
Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às necessidades e às diferenças de cada criança ou do grupo.
Esta proposta permite que as crianças exerçam sua autonomia, com participação ativa no desenrolar dela. Esteja atento para que sejam valorizadas diferentes ações e interesses de todas as crianças: na manifestação de ideias, na investigação, nos registros, dentre outras; oferecendo o apoio necessário, favorecendo a cooperação mútua e considerando outras alternativas para aquelas que não quiserem se envolver na situação.
O que fazer durante?

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Reúna as crianças no grande grupo e apresente a seguinte situação problema: outro dia, enquanto a funcionária da limpeza da escola estava limpando a sala, você viu que ela jogava algumas coisas no balde com água, como o pano de chão e a esponja, e você observou que algumas coisas afundavam e outras não e ficou pensando porque isso acontecia. Ouça o que as crianças acham disso e tenha atenção em seu levantamento de hipóteses iniciais sobre o fenômeno.Peça que elas contem situações que já vivenciaram nas quais também perceberam isso, como por exemplo, na praia, no rio, na piscina, na banheira, observando um adulto cozinhando.
Incentive que comentem sobre os diferentes materiais que podem afundar ou não levantando questões como: Será que o pano afundou? E a esponja? O que acontece quando nadamos? Se jogarmos uma folha de papel o que deve acontecer? Tenha em mãos lápis e papel para registrar esse primeiro levantamento.
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Pergunte às crianças como vocês poderiam descobrir mais sobre esse aspecto dos objetos - os que flutuam e os que não flutuam - e, caso nenhuma ideia surja, sugira à turma que vocês realizem experimentos para descobrir mais sobre isso. Pergunte quais são os materiais de que precisam para que possam fazer esse experimento. A partir das considerações das crianças, convide a turma para se reunir em pequenos grupos para coletar os objetos que gostariam de investigar para descobrir se afundam ou não. Combine com o grupo que os objetos poderão ser coletados dentro da sala, como brinquedos e materiais de largo alcance (potinhos, tubos, pratinhos, tampas), mas diga que também poderão ser retirados de alguma área externa, como gravetos, pedras e folhas. Estabeleça que cada grupo poderá escolher até dez objetos para que realizem o experimento. Combine que, para que todos possam saber o que foi descoberto pelos grupos, depois irão realizar um registro e uma socialização de descobertas. Adiante então a ficha impressa que todos utilizarão, para que tenham conhecimento da proposta investigativa: experimentar, fazer descobertas e registrá-las.
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Acompanhe as crianças na coleta dos objetos, observando e registrando os critérios que os pequenos grupos utilizam para a escolha dos materiais e as narrativas que surgem durante o percurso. Disponibilize as bacias que os grupos utilizarão neste momento, de forma que possam utilizá-las para acondicionar seus objetos conforme as coletam. Diga às crianças que elas terão até dez minutos para a escolha dos objetos e auxilie os grupos no controle do tempo, para que possam se programar. Planeje parte desse tempo para a coleta de algumas coisas na sala e depois siga para a área externa. Peça para que confiram se dispõem dos dez objetos, para que possam fazer alguma nova escolha, se for necessária, pois já irão se dirigir ao local do experimento na etapa seguinte. Reserve uma bacia ou um espaço em que as crianças possam colocar os objetos, caso tenham coletado a mais após conferir e escolher os que querem usar.
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Combine com as crianças o local em que farão o experimento com água na área externa. Tendo em mãos os objetos a serem investigados, pergunte para a turma o que mais está faltando para que possam realizar o seu experimento. Ofereça então os materiais que você separou para os auxiliar a encher suas bacias com água, como garrafas vazias de tamanhos diversos, baldinhos de plástico, potes, dentre outros. Assim que todos os preparativos para a investigação estiverem prontos, peça que cada pequeno grupo mostre aos demais amigos quais foram os objetos que escolheram para suas experimentações, quais acham que vão flutuar ou afundar e o por que, fazendo suas argumentações, para que possam comprovar ou não suas hipóteses durante o experimento. Acompanhe e registre todos esses momentos - se possível, por meio de vídeos - desde as estratégias para encher as bacias com água até a apresentação dos objetos e o levantamento de hipóteses iniciais.
5
Convide os grupos para investigar as hipóteses com os objetos que escolheram e informe que terão 30 minutos para realizar essa etapa. Pode ser que neste momento alguma criança não queira realizar a investigação em si. Você pode sugerir que ela utilize os materiais disponíveis em outra brincadeira que a agrade, seja escolhendo outros objetos na área externa para brincar ou algum dos materiais que tenha sido coletado a mais por algum grupo e deixado no espaço indicado por você. Incentive que as crianças explorem os objetos de todas as formas possíveis. Por exemplo, pode ser que algum grupo tenha optado por investigar a flutuação de um pote vazio com tampa. Ao perceber que já exploraram esse pote fechado flutuando, você pode sugerir que abram a tampa para conferir se irão observar outro resultado. Caso algum grupo tenha escolhido papel como material para sua investigação, sugira que o experimentem de várias formas: papel inteiro, amassado, dobrado, barquinho… É importante que você não antecipe as ações deles, mas que esteja atento para potencializar as possibilidades investigativas, intervindo quando necessário.
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Ao perceber que as crianças já finalizaram suas investigações com os materiais disponíveis ou passados 30 minutos de realização da atividade, avise que em cinco minutos deverão finalizar suas observações para se dirigirem à sala e fazerem o registro das investigações. Avise novamente em três minutos. Ao término do tempo, fale que agora é necessário organizar o espaço para que vocês possam voltar à sala de atividades. Caso ainda tenha sobrado água nas bacias e em alguma parte da área externa existam árvores ou jardins, você pode incentivar que as crianças utilizem essa água para molhar as plantas, evitando assim o desperdício. Caso isso não seja possível, vocês podem ver um local para armazená-la, de forma a ser utilizada posteriormente pela equipe de limpeza. Ofereça panos para as crianças enxugarem os objetos que foram utilizados, pois se utilizarão deles na próxima etapa, e indique um local em que possam deixar as bacias secando ao sol.
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Ao chegar na sala, convide a turma para se organizar novamente nos pequenos grupos para realizar o registro das investigações que foram feitas com a água. Disponibilize uma ficha impressa por grupo, para que a partir do que observaram possam registrá-las por meio de desenho e escrita espontânea. Oriente que as crianças deverão escrever o nome dos objetos utilizados, se flutuaram ou afundaram e fazer um desenho de seu experimento. Peça que se organizem dentro do grupo para combinar quem será responsável por qual etapa do registro.Incentive que se utilizem dos objetos para relembrar de suas investigações, conversando entre todos do grupo para se lembrar quais foram os que flutuaram e quais afundaram, de forma a indicá-los no registro.Adiante para as crianças que a etapa seguinte será uma socialização das experiências de cada grupo, para que todos descubram os objetos que flutuam e os que afundam que foram selecionados pelos diferentes grupos.Combine que terão 20minutos para esse registro. Relembre ocasionalmente a contagem do tempo para que elas possam se programar.Caso o interesse das crianças pela investigação tenha extrapolado o tempo, essa socialização no grande grupo pode ser combinada para um outro momento, a partir desses registros feitos pelos pequenos grupos
Para finalizar:
Convide as crianças para uma roda de conversa - grande grupo - para compartilharem os resultados que obtiveram a partir de suas experimentações com a água. Convide-as para ler os registros, contando os resultados e, em seguida, expô-los em um painel coletivo. Caso algum dos grupos tenha feito o experimento com o mesmo material, peça que comparem seus resultados para saber se foram iguais ou diferentes e por que. Relembre com a turma o levantamento realizado antes do início das investigações, para que possam verificar a confirmação ou não das hipóteses iniciais, ou a necessidade de uma nova investigação para as dúvidas que não foram contempladas por seu processo investigativo (que poderá ser planejada para um outro dia). Aproveite esse momento para conversar sobre o que acharam da experimentação com a água, quais foram as dificuldades que encontraram no processo etc. Terminadas as constatações, veja com as crianças o que ainda precisa ser organizado na sala para que possam se dirigir à próxima atividade do dia.
Desdobramentos
Novas perguntas podem surgir a partir desse experimento. Incentive as crianças, possibilitando que a turma busque informações sobre o assunto em diferentes fontes como livros, revistas ou internet. Elas podem querer saber por que certos objetos flutuam ou afundam, e essas informações podem também compor o painel em que vocês expuseram os registros feitos. Ele pode ser montado de modo a contemplar todo o processo investigativo - levantamento de hipóteses, experimentação, constatações - e ser compartilhado com a comunidade escolar em uma área externa da escola. Vocês podem realizar também outras investigações, como acrescentar uma quantidade de sal na água para alterar sua densidade, refletir sobre as formas dos objetos, seus pesos, enfim, buscar novos elementos que possibilitem outros resultados. É necessário que você realize alguns testes antes de propor esses novos experimentos para as crianças. Neste link você pode se inspirar com diversas propostas com o uso da água na educação infantil.
Engajando as famílias
Incentive que as crianças contem para os familiares sobre os experimentos que fizeram e suas descobertas. Solicite que convidem as famílias para ver os registros que foram realizados e expostos no painel. Você pode também disponibilizar uma nova ficha impressa para as crianças levarem para casa e, caso queiram, também realizar novas investigações com seus familiares. Essas fichas podem ser trazidas para contribuir com o painel das investigações.
Caso a escola utilize meios digitais e redes sociais para a socialização das experiências, como website/facebook/blog, .. você pode se utilizar desses recursos para socializar os vídeos feitos durante a realização das investigações.
Apresente a proposta
Grave um vídeo dizendo que você teve a ideia de verificar se alguns objetos afundam ou flutuam, fazendo um teste com eles na água, em uma bacia, por exemplo. A cada objeto a ser testado, pergunte às crianças: “E esse, vocês acham que flutua ou afunda?” E verifique depois se flutua ou afunda. Envie o vídeo por WhatsApp ou outra plataforma de comunicação com as famílias e faça o convite: “Que tal testarmos alguns objetos com a família?
Adaptações necessárias
A atividade sugere que as crianças verifiquem se os objetos afundam ou flutuam, testando suas hipóteses iniciais. Convide as famílias a realizar essa investigação se divertindo com as crianças.
Sugira às famílias
Convide as famílias a incentivar as crianças a coletarem alguns materiais para investigar se flutuam ou afundam. Sugira que escolham o local onde irá acontecer a investigação, podendo ser, por exemplo, um quintal ou uma varanda, e que possibilitem que as crianças planejem e organizem o espaço, os materiais e a própria investigação. Sugira que, antes de fazerem os testes, os adultos levantem com as crianças o que elas acham que vai acontecer. Eles podem anotar as hipóteses das crianças ou propor que elas mesmas façam esse registro para que, após a verificação, possam confrontar as hipóteses iniciais. Diga que, durante a brincadeira, as crianças poderão ainda construir narrativas, reproduzindo situações do cotidiano ou criando uma brincadeira, o que é muito natural. Proponha que interajam e explorem os materiais, e que o adulto brinque junto com elas a partir do que as crianças constroem, deixando sempre que as narrativas delas orientem a investigação.
Para compartilhar com o grupo
Convide as famílias a fotografar as ações das crianças e peça que compartilhem os registros com você, contando sobre as hipóteses que foram confirmadas. É possível encaminhar os resultados via Apresentações Google (disponível aqui) ou por WhatsApp, por exemplo, para todo o grupo, socializando, assim, as experiências das crianças com os materiais.
Este plano de atividade foi elaborado pelo Time de Autores NOVA ESCOLA
Autor: Sandra Bonotto
Mentora: Wildes Gomes de Campos
Especialista do subgrupo etário: Karina Rizek
Campos de Experiência: Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações; Escuta, fala, pensamento e imaginação; O eu, o outro e o nós.
Objetivos e códigos da Base
(EI03ET02) Observar e descrever mudanças em diferentes materiais, resultantes de ações sobre eles, em experimentos envolvendo fenômenos naturais e artificiais.
(EI03EF09) Levantar hipóteses em relação à linguagem escrita, realizando registros de palavras e textos, por meio de escrita espontânea.
(EI03EO02) Agir de maneira independente, com confiança em suas capacidades, reconhecendo suas conquistas e limitações.
Abordagem didática: As crianças são curiosas por natureza. Por isso, estão sempre perguntando por que as coisas são como são. Elas aprendem sobre o mundo por meio de um movimento permanente de indagar e compreender progressivamente os fenômenos. Ao vivenciar experimentações variadas e instigantes, ativam e refinam a capacidade de fazer perguntas, desenvolvem o potencial observador, acessam novas maneiras de encontrar respostas aos questionamentos e ampliam os conhecimentos. À medida que usam diversas formas de registro, descobrem também diferentes possibilidades de expressar suas descobertas.