Planejamento de Produção
Plano de Aula
Plano de aula: Planejando a produção de cartas sobre a nossa cidade
Plano 1 de uma sequência de 3 planos. Veja todos os planos sobre Cartas sobre a nossa cidade
Sobre este plano
Este slide não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você, professor, possa se planejar.
Resumo da sequência: Cartas sobre a Nossa Cidade é uma sequência que propõe a escrita de cartas como um meio de comunicação que fortalece o diálogo dentro da comunidade escolar sobre questões da cidade onde vivem. É uma prática identitária que desenvolve o sentimento de pertença ao lugar onde se vive e favorece o reconhecimento dos saberes e dos problemas sociais. Mobilizados pela responsabilidade, como cidadãos, com o bem comum, os alunos, reunidos em trios, elaboram um planejamento de produção para a construção de cartas sobre a cidade onde vivem. As cartas serão expostas em um painel e poderão promover a interação da comunidade escolar com os remetentes. Essa sequência é composta de 3 planos de aula. O primeiro tem duração de 1 aula, o segundo de 2 aulas e o terceiro de 1 aula. Os planos são interdependentes.
Sobre esse plano: esse plano é dividido em três etapas: na introdução, são retomadas as características do gênero carta para avaliar do que os estudantes já se apropriaram sobre o gênero e o que será necessário aprofundar. Em seguida, em um diálogo aberto, os alunos relatam o que projetam para o futuro da cidade onde vivem. No desenvolvimento, constroem o campo temático e registram as ações que serão necessárias para a escrita das cartas. No fechamento, você fará uma breve devolutiva aos alunos.
Organização das aulas: esse plano é composto de uma aula de 50 minutos. Será necessário um intervalo de uma semana entre o primeiro e o segundo planos para os alunos pesquisarem e buscarem informações que fomentarão a escrita das cartas.
Alinhamento da sequência com a Educação Empreendedora: Cartas sobre a Nossa Cidade é uma proposta que engloba cooperação, cidadania, responsabilidade e ética. Movidos por uma prática identitária, os alunos colocam em pauta competências como análise, busca de informação e pensamento crítico. É no envolvimento com o outro que se constrói o sonho coletivo e, assim, os alunos conectam esse sonho ao próprio projeto de vida.
Ação prévia: converse com os alunos sobre como eles descreveriam a cidade onde moram, qual é a visão das pessoas de outras cidades sobre a cidade onde moram e qual a visão que os meios de comunicação trazem sobre a cidade onde vivem. Após a exposição das ideias dos alunos, explique que é comum as pessoas criarem uma visão padronizada e generalizada sobre algo ou alguém, principalmente quando têm um conhecimento superficial sobre o assunto. Solicite aos alunos que pesquisem notícias com imagens da cidade onde vivem e identifiquem estereótipos acerca da paisagem e da vida urbana. Acrescente que a cidade onde eles vivem hoje não é a mesma que os pais viveram quando crianças. Por isso, peça que perguntem aos familiares e amigos quais mudanças ocorreram ao longo do tempo e, se possível, coletem fotografias antigas e recentes para comparar.
Materiais necessários: se os slides forem projetados, computador e projetor serão necessários.
Material complementar: planejamento de produção, disponível nos materiais complementares.
Material complementar: a sequência Cartas sobre Nossa Cidade é uma atividade que gira em torno de projeção de mudanças e transformação da cidade. Para reforçar o compromisso das escolas com a formação integral dos alunos e colocá-los no centro do processo de ensino e aprendizagem, recomendam-se a leitura e a apreciação de alguns materiais, como os indicados a seguir:
- Escola é espaço de aprendizagem e protagonismo. Fonte: Revista Escola. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/9672/juventude-na-escola-muito-potencial-e-pouco-aproveitamento. Acesso em: 29-março-2020.
- Protagonismo Juvenil como Empoderamento Social. Fonte: Fundação Banco do Brasil. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=boQwyMdNabY. Acesso em: 29-março-2020.
- Alunos protagonistas: Como incentivar essa prática dentro das escolas? Fonte: canal futura. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=M6rMjO8lg9Y. Acesso em: 20-março-2020.
Introdução
Tempo sugerido: 10 minutos
Orientações: explique que a carta é um meio de comunicação que pode cumprir diferentes funções: promover a interação entre as pessoas, ser um meio de participação política, conferir apoio ou demonstrar insatisfação e descrever um problema para solicitar a resolução do órgão (ou similar) responsável. É também uma possibilidade de compartilhar informações, ideias, sonhos, desejos, críticas, reflexões, conhecimentos, opiniões, sentimentos e emoções. O aluno, ao escrever uma carta sobre a cidade onde vive, conecta realidade e sonho e mescla conhecimentos aprendidos com o imaginário.
Inicie a aula explicando aos alunos que eles terão um desafio: escrever cartas sobre as cidades em que vivem. Fale que essas cartas serão expostas em um painel e outras pessoas, alunos, professores e funcionários poderão ler e responder. Acrescente que:
1. As cartas serão produzidas em trios durante quatro aulas;
2. Eles farão um planejamento de produção que será detalhado logo abaixo;
3. As cartas, além de terem um compromisso social, são uma maneira de compartilhar informações, ideias, sonhos, desejos, críticas, reflexões, conhecimentos, sentimentos e emoções.
4. As cartas serão expostas em um painel para que a comunidade escolar possa lê-las e respondê-las. Entretanto, para que haja a interlocução, é necessário que os possíveis leitores tenham conhecimento da atividade. Por isso, é importante que eles divulguem o trabalho que está sendo realizado por meio de cartazes, divulgação nas outras turmas e nas conversas informais do cotidiano. Se possível, crie um espaço para os alunos criarem os veículos de divulgação. Caso contrário, eles devem realizar como atividade extraclasse.
Para iniciar a atividade, descubra se os alunos já se apropriaram desse gênero ou se é necessário aprofundá-lo.
Sentados em semicírculo, faça algumas perguntas para descobrir o que os alunos sabem sobre o gênero carta. Anote as respostas de maneira sucinta no quadro.
1. Alguém já escreveu ou leu cartas?
2. Quais os tipos de carta vocês conhecem? Elas possuem os mesmos objetivos?
3. Vocês acham que escrever carta pode ser um meio de expressar desejos, sonhos, conhecimentos e ideias?
Caso a turma não esteja familiarizada com o gênero carta, planeje uma aula sobre o tema, abordando tópicos como a situação de produção, o conteúdo temático (o que é possível ser dito nas cartas), a forma composicional (como o texto e as partes que o compõem se organizam e se articulam), o estilo (quais os elementos e recursos da língua são selecionados), as marcas linguísticas (data, uso de conectivos, texto em primeira pessoa), o destinatário e a finalidade.
Introdução
Tempo sugerido: 10 minutos
Orientações: impulsione as emoções dos alunos para que se sintam motivados e envolvidos com a proposta. O encontro da emoção com o trabalho que será realizado acontece quando os alunos descobrem que, além de ser um espaço de autoria, participação e protagonismo, essa é uma oportunidade de ter um sonho coletivo em que o futuro pode ser construído por eles. O sonho coletivo acontece quando os alunos refletem e se posicionam em relação às questões sociais e, juntos, se colocam como agentes transformadores da realidade onde vivem.
Para estimular a turma a pensar sobre os temas que serão abordados nas cartas, garanta que os alunos desenvolvam a consciência de que são cidadãos da mesma cidade e têm responsabilidades que requerem ações individuais e coletivas. Explique que identificar os problemas nos diferentes cenários e realidades e criar soluções novas é uma forma de buscar engajamento e participação no entorno. Ainda em uma roda de conversa, discuta como eles, pensando no bem comum, projetariam o futuro da cidade em que vivem e, como cidadãos, como podem se corresponsabilizar pelo bem comum da cidade em que vivem. Provavelmente os alunos trarão projeções positivas e negativas. Por isso, a segunda pergunta pode ajudá-los a refletir sobre as ações que cada um, como agente transformador, pode fazer para mudar a projeção negativa.
Desenvolvimento
Tempo sugerido: 10 minutos
Orientações: divida a turma em trios e explique que cada trio escreverá pelo menos duas cartas diferentes abordando assuntos que favorecem as perspectivas de transformação social. Explique que na educação empreendedora, o trabalho colaborativo constrói valores como autonomia e cooperação. Ressalte que os temas precisam impactar a vida das pessoas ou dos próprios estudantes e dialogar com as histórias de vida dos alunos, dos familiares e de pessoas da comunidade. Estimule-os a pensar nas temáticas com as perguntas:
1. O que eu quero falar sobre a minha cidade?
2. O que há de problema na cidade e eu gostaria de contar para as outras pessoas?
3. Quais ações podem ser feitas para que esse problema esteja solucionado no futuro?
4. O que há de sucesso na cidade e eu gostaria de contar para as outras pessoas?
5. Quais ações foram realizadas para chegar ao sucesso?
Incentive-os a refletir sobre as habilidades previstas na BNCC que preveem comparar modificações das paisagens nos lugares de vivência e os usos desses lugares em diferentes tempos, e a avaliar, por meio de exemplos extraídos dos meios de comunicação, ideias e estereótipos acerca das paisagens e da formação territorial do Brasil.
Para isso, a partir da ação prévia realizada pelos alunos, estimule-os a pensar em propostas de ações que incitem as perguntas:
- O que mudou na paisagem da cidade onde vivemos que favoreceu a qualidade de vida da população?
- O que desfavoreceu?
- Como tentar desconstruir os estereótipos da cidade onde vivo?
Se necessário, explique que estereótipos são padrões estabelecidos pelo senso comum e baseados na ausência de conhecimento sobre a questão abordada. Peça para compartilharem com os colegas a pesquisa realizada. Além disso, busque parceria com os professores de Geografia para que eles repertoriem os alunos e, assim, os estudantes usem esse conhecimento para a produção das cartas. Alguns planos de aula podem ajudá-lo a compreender um pouco mais sobre o assunto e como abordá-los:
- As comunidades tradicionais e a formação territorial brasileira. Fonte: Revista Nova Escola. Disponível em: https://novaescola.org.br/plano-de-aula/5089/as-comunidades-tradicionais-e-a-formacao-territorial-brasileira. Acesso em: 28-março-2020.
- As paisagens regionais brasileiras e seus imaginários sociais. Fonte: Revista Nova Escola. Disponível em: https://novaescola.org.br/plano-de-aula/5291/as-paisagens-regionais-brasileiras-e-seus-imaginarios-sociais. Acesso em: 28-março-2020.
- Ambiente e ação humana nas florestas. Fonte: Revista Nova Escola. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/5482/ambiente-e-acao-humana-nas-florestas. Acesso em: 28-março-2020.
- Brasil e os fluxo populacionais. Fonte: Revista Nova Escola. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/5631/brasil-e-os-fluxos-populacionais. Acesso em: 28- março-2020.
- Fluxos populacionais entre estados e regiões brasileiras. Fonte: Revista Nova Escola. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/6148/fluxos-populacionais-entre-estados-e-regioes-brasileiras. Acesso em: 28-março-2020.
- As paisagens físico-naturais do Brasil nas mídias. Fonte: Revista Escola. Disponível em: https://novaescola.org.br/plano-de-aula/5290/as-paisagens-fisico-naturais-do-brasil-nas-midias. Acesso em: 26-abril-2020.
Desenvolvimento
Tempo sugerido: 15 minutos
Orientações: após a escolha dos temas, explique aos alunos que eles terão uma semana para pesquisar e buscar informações que fomentarão a escrita das cartas. Explique que, por ser um trabalho colaborativo, os trios podem enriquecer a temática no diálogo com familiares, colegas, líderes comunitários ou outros professores. O empoderamento é fortalecido pela capacidade investigativa e pela busca por novos conhecimentos que estimula a autoconfiança, o senso crítico, a iniciativa, a criatividade, a interdependência e a autoria.
Solicite aos alunos que registrem os temas escolhidos, as ações necessárias para a construção das cartas e como as responsabilidades serão divididas. Ressalte que o processo de organização e de escolhas é responsabilidade dos alunos. Durante a elaboração do plano de ação, circule entre os grupos e peça para voltarem às perguntas do momento anterior, caso perceba que estão se distanciando da proposta. Na educação empreendedora, enquanto os alunos definem os propósitos, buscam as respostas e decidem os caminhos, o professor torna-se um mediador, questionador, problematizador e incentivador.
O planejamento de produção é dividido em três partes:
1. Quais serão os nossos temas? - os temas que os alunos escolheram para a escrita das cartas.
2. O que e onde vamos pesquisar? - o que será necessário para escrever as cartas: levantamento de alguns dados, pesquisar sobre o assunto etc. Os alunos podem usar o laboratório de informática, a sala de leitura e bibliotecas para buscarem informações desejadas.
3. Com quem vamos conversar? - buscar apoio com professores das diferentes áreas para ajudá-los a buscar as informações necessárias. Além disso, eles não precisam se limitar aos funcionários da escola, podem consultar líderes da comunidade, ONGs e familiares que possam contribuir para o enriquecimento das cartas.
4. Quais serão as responsabilidades de cada integrante?
O Planejamento de produção está disponível nos materiais complementares.
Ressalte a importância desse planejamento de produção para a construção das cartas. Os alunos precisam saber qual o ponto de partida, para onde irão e como chegar. Assim, as chances de alcançar os objetivos da proposta são maiores. Por exemplo, se um trio de alunos deseja escrever sobre a locomoção do idoso na cidade em que vivem, podem levantar dados sobre transportes adaptados, se são suficientes, pesquisar cidades que conseguiram resolver o problema, como fizeram, conversar com os idosos para obter mais informações e possíveis sugestões.
Durante a produção do planejamento, percorra entre os trios e anote as dúvidas, dificuldades e pontos positivos que serão utilizados no fechamento da aula.
Explique que eles terão uma semana para buscar as informações necessárias que ajudarão na construção das cartas.
Fechamento
Tempo sugerido: 5 minutos
Orientações: para encerrar esse primeiro momento, faça uma devolutiva para a turma, esclarecendo as principais dúvidas, os problemas observados e os pontos positivos do planejamento de produção. Compartilhe as estratégias usadas pelos grupos que podem ajudar outros grupos a buscarem as informações necessárias para a construção das cartas. Se achar necessário, ressalte que os temas escolhidos precisam afetar a vida dos alunos e das pessoas que irão ler as cartas. Lembre-os que é importante que respeitem a diversidade, valorizem as diferenças, ofereçam valores positivos para a coletividade, podendo revelar mudanças comportamentais, evidenciar talentos e paixões, ter a capacidade de mexer com as emoções, identificar oportunidades de transformar a realidade, revelar sonhos, desejos e compromisso.
Para que esse plano de aula seja realizado fora da escola, peça para os alunos responderem às perguntas sobre o gênero carta e enviem as respostas para você. Se a turma não estiver familiarizada com o gênero, crie uma videoaula abordando os tópicos necessários.
Toda a sequência está pautada no trabalho colaborativo, por isso, as discussões e produções podem acontecer com os familiares ou com os colegas por meio de uma videochamada. Ressalte a importância da construção das cartas para impactar a vida das pessoas ou dos próprios estudantes e dialogar com as histórias de vida dos alunos, dos familiares e de pessoas da comunidade.
Envie o planejamento de produção e solicite que elaborem e devolvam para que você possa orientá-los. Após a devolutiva, os alunos escrevem as cartas. Publique-as nas redes sociais da escola para a leitura de toda a comunidade escolar.
Para realizar videochamadas, sugira alguns aplicativos, como WhatsApp, Facebook, Messenger, Instagram, Google Duo, Meet, Zoom, Skype, IMO ou Viber. Para a criação da videoaula, assista ao curso “como criar e usar vídeos na Educação”. Fonte: Revista Escola. Disponível em: https://cursos.novaescola.org.br/curso/4/como-criar-e-usar-videos-na-educacao/resumo. Acesso em: 22-abril-2020.
Este plano de aula foi elaborado pelo Time de Autores NOVA ESCOLA
Autor: Ariane Previde
Mentor: Samuel Andrade
Especialista de Educação Empreendedora: Paulo Andrade
Habilidade da BNCC:
(EF67LP05) Identificar e avaliar teses/opiniões/posicionamentos explícitos e argumentos em textos argumentativos (carta de leitor, comentário, artigo de opinião, resenha crítica etc.), manifestando concordância ou discordância.
(EF67LP17) Analisar, a partir do contexto de produção, a forma de organização das cartas de solicitação e de reclamação (datação, forma de início, apresentação contextualizada do pedido ou da reclamação, em geral, acompanhada de explicações, argumentos e/ou relatos do problema, fórmula de finalização mais ou menos cordata, dependendo do tipo de carta e subscrição) e algumas das marcas linguísticas relacionadas à argumentação, explicação ou relato de fatos, como forma de possibilitar a escrita fundamentada de cartas como essas ou de postagens em canais próprios de reclamações e solicitações em situações que envolvam questões relativas à escola, à comunidade ou a algum dos seus membros.
(EF69LP27) Analisar a forma composicional de textos pertencentes a gêneros normativos/jurídicos e a gêneros da esfera política, tais como propostas, programas políticos (posicionamento quanto a diferentes ações a serem propostas, objetivos, ações previstas etc.),propaganda política (propostas e sua sustentação, posicionamento quanto a temas em discussão) e textos reivindicatórios: cartas de reclamação, petição (proposta, suas justificativas e ações a serem adotadas) e suas marcas linguísticas, de forma a incrementar a compreensão de textos pertencentes a esses gêneros e a possibilitar a produção de textos mais adequados e/ou fundamentados quando isso for requerido.
(EF07GE01) Avaliar, por meio de exemplos extraídos dos meios de comunicação, ideias e estereótipos acerca das paisagens e da formação territorial do Brasil.
(EF06GE01) Comparar modificações das paisagens nos lugares de vivência e os usos desses lugares em diferentes tempos.
Objetivos específicos:
Motivar e registrar as escolhas dos temas que nortearão o planejamento e a produção das cartas.
Componentes:
Língua Portuguesa e Geografia.
Materiais Necessários:
Se os slides forem projetados, computador e projetor serão necessários.