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Plano de Aula
Plano 4 de uma sequência de 5 planos. Veja todos os planos sobre Desenho com interferência
Contextos prévios:
Para esta proposta as crianças precisam estar familiarizadas com o processo de desenho livre com diferentes suportes e riscantes, sendo essa uma atividade de seu cotidiano. Também devem estar familiarizadas com o jogo da memória, conhecendo suas características e regras básicas. Peça ajuda de um outro professor que esteja disponível para que seja possível o desenvolvimento da proposta em pequenos grupos.
Este plano faz parte de uma sequência de cinco. São eles:
Jogo de memória com desenhos autorais
Materiais:
Jogo de memória disponível na escola, com o qual as crianças estejam familiarizadas, ou trazido pelo professor. Pedaços de papel como cartão ou cartolina (precisa ter a espessura mais grossa para não ficar transparente o desenho, de modo que não fique visível do outro lado do papel) cortados em quadrados iguais, do mesmo tamanho e cor (os papéis precisam estar disponibilizados em quantidades maiores do que apenas o par por criança, pois elas podem ter que utilizar vários até chegar a versão final do desenho). Lápis grafite ou caneta hidrográfica de ponta grossa preta. Materiais para cantos de atividades como faz de conta (bonecas, carrinhos, utensílios de cozinha, mamadeiras, dentre outros), leitura e jogos. Folhas no tamanho A3, A4, papel kraft e/ou outros modelos de papéis e tamanhos que tiver disponível, lápis grafite e caneta hidrográfica ponta grossa. Material para observação e registro: câmera, caneta, papel. Material para plastificar: durex ou papel contact. Papel cartão e caneta permanente para lista com os nomes das crianças.
Espaços:
A atividade se iniciará com todo o grupo em roda de conversa na própria sala, depois, para a divisão da proposta em pequenos grupos, esses poderão se deslocar para outro espaço disponível na escola ou ficar na própria sala em um espaço da mesma reservado para isso, dependendo da disponibilidade de espaços e de outro profissional para ficar com as outras crianças na sala brincando nas propostas de cantos de atividades.
Tempo sugerido:
Aproximadamente uma hora.
Perguntas para guiar suas observações:
1. Como as crianças descrevem o jogo da memória e o processo que terão que realizar para construir sua própria versão da brincadeira?
2.De que maneira elas escolhem os materiais que utilizarão para desenhar e definem que marcas deixarão no papel, demonstrando que possuem segurança e confiança para fazer o seu desenho?
3. De que forma elas demonstram conhecer as características dos seus desenhos e dos colegas, reconhecendo-os no momento do jogo?
Para incluir todos:
Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às necessidades e às diferenças de cada criança ou do grupo. Incentive todos a participar da proposta, respeitando o interesse de cada um. Respeite as escolhas das crianças e suas idéias, além de auxiliá-las, caso necessário, para que os desenhos fiquem o mais parecido possível. Perceba todas as formas de comunicação que elas possam usar para expressar vontades e opiniões.
1
Com o grande grupo sentado em roda na sala, conte que a atividade da qual irão participar é a confecção de um jogo da memória com os seus próprios desenhos autorais e informe que depois irão jogá-lo com os colegas. Aproveite para relembrar os jogos da memória com o quais eles já brincaram e conhecem, quais imagens tinham, se lembram como se joga, as regras, como é o material dele. Leve para a roda um jogo de memória conhecido das crianças, com o qual elas já estão familiarizadas, para que possam visualizar, manipular e relembrar as suas características e regras, para a conversa ter ainda mais sentido.
2
Ainda na roda, mostre os papéis recortados em tamanhos iguais e convide-as a expor como acham que o jogo será confeccionado por elas. Espere até que cheguem à conclusão de que elas farão um desenho, uma marca, então estimule-as a pensar na quantidade de desenhos que farão, se podem ser iguais ou diferentes, de acordo com as regras do jogo que já conhecem.
Possíveis falas do professor neste momento: Estão vendo esses papéis aqui? Quais são as características deles? Como vocês acham que o jogo será confeccionado? Quantos papéis cada um pode pegar para desenhar e fazer sua marca? Os desenhos podem ser diferentes?
3
Convide-as então para elaborar alguns cantos de atividades na sala, como de jogos, leitura, faz de conta, para que, em pequenos grupos, você possa chamá-los para fazer a sua parte do jogo. Se tiver algum professor disponível, peça que lhe auxilie participando ativamente do momento de cantos com as crianças enquanto você faz a atividade com as demais.
4
Sugira que eles mesmos escolham seus pares para os pequenos grupos, se atentando para que os grupos sejam formados visando a diversidade, com crianças que se dedicam a desenhar com atenção aos detalhes com outras que em geral dedicam menos tempo à atividade, considerando a evolução do traçado delas, assim, é possível que elas aprendam umas com as outras ao vivenciar as experiências com os colegas. Então leve-as até um local previamente preparado, que pode ser um espaço na própria sala ou outro ambiente da escola com mesa e cadeiras. Coloque os papéis, o lápis grafite e a caneta hidrográfica de ponta grossa preta para que eles escolham com qual material farão os desenhos. Relembre-as de que os desenhos nos dois papéis precisam estar iguais.
5
No momento do desenho, fique por perto das crianças conversando sobre o que vão desenhar, o porquê da escolha dos materiais, as ideias que tiveram, oferecendo novos materiais, se necessário, auxiliando-as e lembrando-as de que os dois desenhos precisam ficar parecidos. Pode ser que elas utilizem muitos papéis até chegar à versão final, então, esteja sempre por perto para oferecer outros pedaços quando for necessário ou deixando os materiais livres na mesa, para que elas possam escolhê-los à vontade. É provável que um desenho não fique exatamente igual ao outro, mas o importante é que ele possua os mesmos traços, marcas e as mesmas idéias, e que se diferencie dos demais, para ser possível encontrar o par certo no momento do jogo. Caso alguma criança não queira participar, incentive-a mostrando os desenhos dos colegas, pedindo para que os amigos a convidem, respeitando sua vontade, mas estimulando seu interesse pela proposta.
6
Repita o momento do desenho com todos os grupos. Guarde separadamente as partes do jogo, de acordo com a confecção dos grupos, para que eles possam jogar o que foi feito por eles. Depois de finalizados, chame novamente a turma nos mesmos pequenos grupos para jogar o jogo confeccionado por eles. Perceba a reação das crianças ao confeccionar o próprio jogo, ao ver sua marca, o seu desenho nele, ao reconhecer o desenho do amigo.
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Para finalizar:
Cuide para que todos os grupos joguem o jogo confeccionado por eles. Instrua-os e os auxilie, se necessário. Avise-os antecipadamente, cerca de cinco minutos antes, que irá começar a guardar os materiais e o jogo. Depois guarde-o para ser jogado novamente em outros momentos.
Os jogos confeccionado pelas crianças podem fazer parte do acervo de jogos da sala ou da escola, sendo usados em partes ou com todos os desenhos outras vezes, em outros momentos, como nos cantos de atividades com jogos. Para que os jogos durem mais, plastifique-o com durex ou papel contact. Também podem ser usados nos momentos de integração com as demais turmas da escola, garantindo que todos apreciem as criações das crianças e que elas possam se sentir autoras do jogo e ensiná-lo aos demais. É possível ainda reproduzir os jogos em preto e branco para que, ao final do ano ou do semestre, cada criança leve para casa uma cópia do jogo criado por ela e por seus colegas.
O jogo confeccionado pelas crianças pode ser levado para casa, para elas jogarem com a família. Sugira isso em roda de conversa com a turma, então envie para casa o mesmo. Pode ser enviado o jogo todo ou, se preferir, conforme as características da sua turma e o tempo hábil disponível para que todas possam levar, o jogo dividido pelos grupos, para que possa ser enviado para mais de uma criança no dia, se atentando para que o jogo enviado tenha os desenhos autorais da criança. Converse com elas que cada dia uma levará o jogo e, que ao final, todos terão levado e jogado com a família. Para facilitar esse entendimento, crie com elas um cartaz com os nomes escritos em ordem alfabética para que, a cada vez que uma levar o jogo, elas possam registrar no cartaz e acompanhar os empréstimos até que chegue a sua própria vez. Para ficar democrático, faça um sorteio com os nomes que faltam, para ver quem levará o jogo no dia. Oriente as famílias que quiserem que registrem esse momento com fotos para expor no mural, incentivando as outras que levarão o jogo depois e compartilhando os registros para apreciação das crianças.
Apresente a proposta
Nesta sequência de atividades, as crianças terão a oportunidade de experimentar diversas formas de desenho. Grave um vídeo conversando com elas e suas famílias sobre as diversas formas como podemos realizar desenhos. No vídeo, você poderá mostrar tanto alguns desenhos seus, feitos com riscantes diferentes, quanto apresentar algumas obras da artista Eliane de Camargo (disponível aqui), convidando todos a apreciá-las com você. O vídeo e os áudios explicativos sobre as demais atividades poderão ser enviados por WhatsApp ou outra plataforma de comunicação que a rede está utilizando.
Adaptações necessárias
Para o plano “Desenho com lápis grafite”, será necessário oferecer à criança algumas folhas em branco e riscantes como grafite e carvão, de modo que ela possa perceber as semelhanças entre os riscantes disponibilizados e os utilizados nas obras apresentadas. Caso a família não tenha como disponibilizar o carvão, poderá substituí-lo por giz de cera preto. No plano “Desenho e natureza”, na falta de um ambiente natural externo, a família poderá convidar a criança a observar o ambiente pela janela de casa, para representá-lo por meio de um desenho, e pesquisar os elementos da natureza presentes em casa, como frutas, legumes e folhagens que possam compor a obra. No plano “O desenho e o corpo”, a família deverá apresentar imagens da artista Heater Hansen (disponível aqui), que deverão ser enviadas por você, via WhatsApp ou outra plataforma de comunicação, para inspirar as crianças. A família poderá oferecer qualquer tipo de fita ou cordão para a representação dos movimentos apresentados nas obras, além de folhas de diversos tamanhos para que as crianças os representem com lápis grafite ou caneta hidrográfica preta. Se não for possível variar os tamanhos, folhas comuns também poderão ser utilizadas. Para a realização do plano “Jogo da memória com desenhos autorais”, poderão utilizar para os desenhos folhas de papel mais durinhas, que podem ser até reutilizadas de embalagens de produtos. No plano “Desenhando com arame”, é importante que a família apresente as imagens da artista Gavin Worth (disponível aqui), que você enviará para inspirar as crianças. No plano, sugere-se arames para a representação das obras de arte. Porém, na falta deles em casa, a família poderá oferecer amarradores de sacola de pão ou papel alumínio.
Sugira às famílias
1) Desenho com lápis grafite - Oriente aos familiares que convidem a criança a fazer um desenho utilizando o lápis grafite, como faz em suas obras a artista apresentada no vídeo. Para que a criança se sinta ainda mais entusiasmada a desenhar, incentive os familiares a fazer uma produção junto com ela, eles como os artistas e a criança indicando o que é possível desenhar e criar na folha. Mostre que é importante que, no momento da produção das crianças, os familiares fiquem por perto dela, incentivando-a e conversando sobre suas produções.
2) Desenho e natureza - Depois da observação do ambiente, sugira aos familiares que convidem a criança a representar em um desenho o que observou. Oriente aos familiares que auxiliem a criança, se necessário, a fixar os elementos naturais escolhidos para compor o desenho na folha, seja com fita adesiva ou cola. Sugira que disponibilizem o grafite e deixem que a criança desenhe livremente, inspirada em suas próprias observações, garantindo espaço para a livre expressão e a criatividade. Oriente também que, se a criança desejar colorir a produção depois de tê-la traçado com o grafite, ofereçam riscantes como lápis de cor e giz de cera.
3) O desenho e o corpo - Após as crianças já terem dançado com as fitas ou cordões para representar os movimentos que a artista faz em suas obras, oriente que os familiares as convidem a representar os movimentos por meio de desenhos. Enquanto desenham, sugira aos familiares que conversem com a criança sobre o que irá representar, o porquê dos materiais escolhidos e quais ideias ela teve.
4) Jogo da memória com desenhos autorais - Antes de partir para o desenho, oriente às famílias que oportunizem um momento de brincadeira com algum jogo da memória que tenham disponível, ou poderá ser um jogo virtual também. Oriente que brinquem juntos e retomem as regras do jogo. Depois, sugira aos familiares que incentivem a criança a fazer o próprio jogo da memória. No momento do desenho, oriente que fiquem por perto da criança, conversando sobre o que vai desenhar, o porquê da escolha dos materiais e as ideias que teve, oferecendo novos materiais, se necessário, auxiliando-as e lembrando-as que os dois desenhos precisam ficar parecidos.
5) Desenhando com arame - Oriente à família que converse com a criança sobre as obras da artista Gavin Worth, feitas com arame, chamando a atenção para os detalhes de cada obra. Depois, oriente que disponibilizem os arames, amarradores ou papel alumínio para a criança explorar e conhecer o material. Após a exploração, sugira às famílias que incentivem a criança a produzir sua própria obra de arte utilizando esses materiais. Mostre a importância de apoiar e valorizar as iniciativas da criança.
Para compartilhar com o grupo
Sugira aos familiares que guardem todos os desenhos realizados e que escolham um deles para a criança levar para a escola no retorno às atividades. Na escola, planeje um momento para que elas possam socializar suas produções artísticas.
Este plano de atividade foi elaborado pelo Time de Autores NOVA ESCOLA
Autor: Adamari Rodolfo Depetris
Mentora: Vládia Maria Eulalio Raposo Freire Pires
Especialista do subgrupo etário: Karina Rizek
Sugestão de idade: 3 anos
Campos de Experiência: O eu, o outro e o nós; Escuta, fala, pensamento e imaginação.
Objetivos e códigos da Base
(EI02EO02) Demonstrar imagem positiva de si e confiança em sua capacidade para enfrentar dificuldades e desafios.
(EI02EF09) Manusear diferentes instrumentos e suportes de escrita para desenhar, traçar letras e outros sinais gráficos.
(EI02EF01) Dialogar com crianças e adultos, expressando seus desejos, necessidades, sentimentos e opiniões.
Abordagem didática: Traçar, riscar e observar o resultado dessas ações são as primeiras experiências gráficas das crianças. Por volta dos dois anos, elas percebem que os movimentos, aliados aos materiais, geram marcas gráficas e passam a tentar utilizar o desenho como forma de expressão do que sentem e pensam. Cabe ao professor observar as necessidades das crianças, os conhecimentos que possuem e os desafios (e intervenções) que devem ser propostos antes, durante ou depois do desenho de próprio punho. Nesse processo, apreciar e conversar sobre a produção de cada uma são estratégias significativas que ajudam a alimentar a produção de todas.
Você pode baixar este plano como um arquivo (PDF) ou uma apresentação (PPT).
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