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Plano de Aula
Plano 1 de uma sequência de 5 planos. Veja todos os planos sobre Desenho com interferência
Contextos prévios:
Para esta proposta as crianças precisam estar familiarizadas com o processo de desenho livre com diferentes suportes e riscantes, sendo essa uma atividade de seu cotidiano. Encontre e prepare antecipadamente obras da artista Eliane de Camargo. Você pode também escolher outro artista que possua o mesmo perfil de desenho (com traços precisos em preto e branco usando grafite ou carvão) para se apropriar das características das obras antes de apresentá-las às crianças. Peça ajuda de um outro professor que esteja disponível para que seja possível o desenvolvimento da proposta em pequenos grupos.
Este plano faz parte de uma sequência de cinco. São eles:
Jogo de memória com desenhos autorais
Materiais:
Fotos de obras da artista brasileira Eliane de Camargo ou de artistas diferentes, conhecidos ou não, até mesmo de sua comunidade, que produzam obras com grafite ou carvão, que possuam o critério de desenho em preto e branco e com traçado preciso. Escolha as imagens que considerar mais interessantes para a sua turma e as providencie em tamanho e materiais adequados para a visualização e a exploração dos pequenos. Riscantes variados como giz de cera, lápis de cor, canetinha hidrocor, lápis grafite, lápis carvão, folha sulfite. Um caderno de desenho em branco, em tamanho A4 ou A3, que será de uso coletivo e itinerante (ir e voltar da casa das crianças). Material para observação e registro: câmera, caneta, papel. Material para fixar as obras e deixá-las visíveis para apreciação: fita adesiva, mural ou espaço para fixação etc.
Espaços:
A atividade se iniciará com todo o grupo em roda de conversa na própria sala, depois, para a divisão da proposta em pequenos grupos, as crianças poderão se deslocar para outro espaço disponível da escola, tanto para realizar a atividade em si (se atentando para que esse espaço seja confortável com mesas e cadeiras adequadas para realizar a atividade com desenho) como para participar de outras propostas simultâneas, como cantos de atividades ou movimento, acompanhadas de outro professor.
Tempo sugerido:
Aproximadamente uma hora.
Perguntas para guiar suas observações:
1. Quais diferenças as crianças apontam ao comparar os diversos materiais apresentados para os desenhos e como elas percebem os materiais que foram utilizados para a produção das obras apreciadas?
2. Quais comportamentos demonstram que elas possuem segurança e confiança em si ao fazer o seu próprio desenho e a falar sobre no momento de apreciação?
3. Como elas demonstram familiaridade com o material apresentado e habilidade para manuseá-lo enquanto fazem suas produções?
Para incluir todos:
Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às necessidades e às diferenças de cada criança ou do grupo. Se atente, para além da comunicação oral, aos gestos e às expressões que as crianças utilizam para demonstrar opinião e interesse nas propostas. Incentive todos a participar da atividade, respeitando o interesse de cada uma. Garanta que o espaço para o desenho esteja adequado, de acordo com o tamanho e com as necessidades das crianças.
1
Convide o grande grupo para se sentar em roda para que vocês conversem sobre a atividade que irão realizar. Conte para as crianças que elas irão apreciar imagens de obras de arte e, em seguida, fazer suas próprias produções.
2
Coloque algumas imagens da artista previamente preparadas no centro da roda e permita que as crianças se aproximem delas, as toquem, as manipulem, as mostrem aos colegas e que conversem sobre as imagens, sobre o que está retratado nelas e sobre o material que possivelmente a artista usou para produzi-las. Realize uma escuta sensível e faça seus registros, documentando ações e percepções das crianças. Com isso, aproveite para fazer algumas perguntas, orientando-as a perceber os materiais que foram utilizados pelo artista e que serão apresentados mais à frente.
Possíveis falas do professor neste momento: O que temos de parecido nessas obras? Que tipo de material vocês acham que foi utilizado para fazer esses desenhos? Que características vocês percebem nas imagens?
Possíveis falas da criança neste momento: Todos os desenhos são feitos com preto. Não é colorido. O preto é bem forte!
3
Coloque em uma cartola ou em uma caixa que dê a sensação de um elemento surpresa vários riscantes coloridos como giz de cera, canetinha, lápis de cor, além do lápis grafite e do carvão. Entregue para cada criança uma folha em branco. Ainda no centro da roda, vá tirando um por um, questionando as crianças sobre esse riscante, se o conhecem, se acham que esse foi o material utilizado pelo artista. Então entregue um para que elas possam testá-lo na folha e descobrir se o material que elas estão explorando é o mesmo que o artista usou. Instigue as crianças a perceber as diferenças entre os materiais, identificando-os nos próprios traços que fizeram no papel. Em seguida, pergunte quais deles podem ter sido usados nas imagens das obras apreciadas.
Possíveis falas do professor neste momento: Vocês conhecem esse material? Já o utilizaram em algum desenho? Será que esse artista o utilizou para fazer suas obras? Vamos fazer um teste riscando na folha? O que vocês acharam do traço desse riscante? O que eles têm de parecido com o usado pelo artista? E de diferente? Qual vocês acham que foi usado nas obras que vimos?
4
Convide-as então para fazer um desenho utilizando o lápis grafite, igual o artista faz nas imagens. Para que as crianças se sintam ainda mais entusiasmadas a desenhar, ainda na roda, faça uma produção junto com elas, você como o artista e elas falando o que é possível desenhar e criar na folha. Deixe que elas dêem sugestões de desenho, ampliando as ideias para a produção delas. Faça uma exploração coletiva do material e das possibilidades de traçados, como por exemplo, sugerindo: Vamos fazer vários traços pequenos? Será que conseguimos riscar até ficar tudo preto? E traços mais longos, será que é possível? Vamos tentar fazer bolinhas bem pequenas? E bolas maiores? Peça que as crianças também deem dicas de como explorar os materiais e suas possibilidades.
5
Para esse momento da atividade organize a turma em pequenos grupos. Peça a ajuda de um outro professor que esteja disponível para ficar com as crianças brincando em um espaço externo com atividades de movimento (ou na própria sala, em alguns cantos de atividades como leitura, jogos, faz de conta, dentre outros) enquanto você trabalha com um dos grupos formados.
6
Para o grupo que fará a produção, considere que elas poderá ser feita na própria sala ou em outro ambiente, desde que lá existam mesas e cadeiras confortáveis e adequadas para isso. Convide os pequenos para se sentar e forneça o material para eles. Fique por perto incentivando-os, conversando sobre suas produções, observando e registrando com fotos, vídeos ou relatos esse momento. Incentive que as crianças se observem, fique atento para, se for necessário, oferecer mais papéis e colabore com possíveis dificuldades delas, estando sempre disposto a ajudá-las. Pode ser que alguma criança prefira brincar em vez de fazer a atividade proposta, nesse caso, incentive-a, converse com ela sobre o que estão fazendo, mostre como os colegas estão participando, e, se isso persistir, respeite-a e permita que brinque com o restante da turma, mas não se esqueça de sempre convidá-la para retornar e fazer a sua própria produção ou mesmo observar a ação dos colegas que estão desenhando. Pode ser que, depois de um tempo brincando, ela se interesse em participar da atividade. É papel do professor sempre incentivar, mas também respeitar as opiniões da criança.
Para finalizar:
Conforme as crianças fazem os desenhos, já prepare o local no qual eles serão expostos, para que todos possam apreciar as produções, e já vá colocando as obras lá, com a ajuda das crianças. Quando todos terminarem, organize os materiais e convide os pequenos para apreciar as produções. Considere fazer uma grande roda de apreciação quando todos os grupos já tiverem feito os trabalhos. Aproveite para conversar sobre o resultado e sobre o processo de produção de cada criança. Instigue os pequenos a falarem sobre o que fizeram, como fizeram, o que acharam da utilização do material, o que acharam das produções dos colegas. Algumas crianças podem usar, para além da linguagem oral, expressões para mostrar as obras. Incentive-as a se comunicar usando os meios que preferirem.
Mantenha as produções em um local visível, para que as crianças possam voltar a apreciá-las, no dia a dia, se sentindo autoras das obras. Elas também poderão mostrá-las aos familiares e aos demais colegas da escola. Utilize esse mesmo material novamente no momento de cantos de atividades de artes.Repita a utilização do grafite para desenhar de diversas formas, no dia a dia de trabalho com o grupo.
Envie um caderno de desenho, de uso coletivo, e lápis grafite para a casa das crianças, sugerindo elas desenhem junto com os familiares. O caderno passará pela casa de todas as crianças, tendo, ao final, a produção de todas as famílias da turma. Imprima algumas imagens apreciadas pelas crianças e cole-as no início do caderno, para que os pais tenham a oportunidade de conhecê-las. Você pode também fazer um texto coletivo com as crianças, no qual elas possam descrever o que poderá ser feito no caderno, apresentando-o e explicando sobre a tarefa. Digite-o e cole-o no caderno para que todos possam ler e compreender a proposta. Não se esqueça de pedir que identifiquem os desenhos. Ao final, exponha o caderno em um local visível, para que todos possam apreciar as obras das famílias.
Apresente a proposta
Nesta sequência de atividades, as crianças terão a oportunidade de experimentar diversas formas de desenho. Grave um vídeo conversando com elas e suas famílias sobre as diversas formas como podemos realizar desenhos. No vídeo, você poderá mostrar tanto alguns desenhos seus, feitos com riscantes diferentes, quanto apresentar algumas obras da artista Eliane de Camargo (disponível aqui), convidando todos a apreciá-las com você. O vídeo e os áudios explicativos sobre as demais atividades poderão ser enviados por WhatsApp ou outra plataforma de comunicação que a rede está utilizando.
Adaptações necessárias
Para o plano “Desenho com lápis grafite”, será necessário oferecer à criança algumas folhas em branco e riscantes como grafite e carvão, de modo que ela possa perceber as semelhanças entre os riscantes disponibilizados e os utilizados nas obras apresentadas. Caso a família não tenha como disponibilizar o carvão, poderá substituí-lo por giz de cera preto. No plano “Desenho e natureza”, na falta de um ambiente natural externo, a família poderá convidar a criança a observar o ambiente pela janela de casa, para representá-lo por meio de um desenho, e pesquisar os elementos da natureza presentes em casa, como frutas, legumes e folhagens que possam compor a obra. No plano “O desenho e o corpo”, a família deverá apresentar imagens da artista Heater Hansen (disponível aqui), que deverão ser enviadas por você, via WhatsApp ou outra plataforma de comunicação, para inspirar as crianças. A família poderá oferecer qualquer tipo de fita ou cordão para a representação dos movimentos apresentados nas obras, além de folhas de diversos tamanhos para que as crianças os representem com lápis grafite ou caneta hidrográfica preta. Se não for possível variar os tamanhos, folhas comuns também poderão ser utilizadas. Para a realização do plano “Jogo da memória com desenhos autorais”, poderão utilizar para os desenhos folhas de papel mais durinhas, que podem ser até reutilizadas de embalagens de produtos. No plano “Desenhando com arame”, é importante que a família apresente as imagens da artista Gavin Worth (disponível aqui), que você enviará para inspirar as crianças. No plano, sugere-se arames para a representação das obras de arte. Porém, na falta deles em casa, a família poderá oferecer amarradores de sacola de pão ou papel alumínio.
Sugira às famílias
1) Desenho com lápis grafite - Oriente aos familiares que convidem a criança a fazer um desenho utilizando o lápis grafite, como faz em suas obras a artista apresentada no vídeo. Para que a criança se sinta ainda mais entusiasmada a desenhar, incentive os familiares a fazer uma produção junto com ela, eles como os artistas e a criança indicando o que é possível desenhar e criar na folha. Mostre que é importante que, no momento da produção das crianças, os familiares fiquem por perto dela, incentivando-a e conversando sobre suas produções.
2) Desenho e natureza - Depois da observação do ambiente, sugira aos familiares que convidem a criança a representar em um desenho o que observou. Oriente aos familiares que auxiliem a criança, se necessário, a fixar os elementos naturais escolhidos para compor o desenho na folha, seja com fita adesiva ou cola. Sugira que disponibilizem o grafite e deixem que a criança desenhe livremente, inspirada em suas próprias observações, garantindo espaço para a livre expressão e a criatividade. Oriente também que, se a criança desejar colorir a produção depois de tê-la traçado com o grafite, ofereçam riscantes como lápis de cor e giz de cera.
3) O desenho e o corpo - Após as crianças já terem dançado com as fitas ou cordões para representar os movimentos que a artista faz em suas obras, oriente que os familiares as convidem a representar os movimentos por meio de desenhos. Enquanto desenham, sugira aos familiares que conversem com a criança sobre o que irá representar, o porquê dos materiais escolhidos e quais ideias ela teve.
4) Jogo da memória com desenhos autorais - Antes de partir para o desenho, oriente às famílias que oportunizem um momento de brincadeira com algum jogo da memória que tenham disponível, ou poderá ser um jogo virtual também. Oriente que brinquem juntos e retomem as regras do jogo. Depois, sugira aos familiares que incentivem a criança a fazer o próprio jogo da memória. No momento do desenho, oriente que fiquem por perto da criança, conversando sobre o que vai desenhar, o porquê da escolha dos materiais e as ideias que teve, oferecendo novos materiais, se necessário, auxiliando-as e lembrando-as que os dois desenhos precisam ficar parecidos.
5) Desenhando com arame - Oriente à família que converse com a criança sobre as obras da artista Gavin Worth, feitas com arame, chamando a atenção para os detalhes de cada obra. Depois, oriente que disponibilizem os arames, amarradores ou papel alumínio para a criança explorar e conhecer o material. Após a exploração, sugira às famílias que incentivem a criança a produzir sua própria obra de arte utilizando esses materiais. Mostre a importância de apoiar e valorizar as iniciativas da criança.
Para compartilhar com o grupo
Sugira aos familiares que guardem todos os desenhos realizados e que escolham um deles para a criança levar para a escola no retorno às atividades. Na escola, planeje um momento para que elas possam socializar suas produções artísticas.
Este plano de atividade foi elaborado pelo Time de Autores NOVA ESCOLA
Autor: Adamari Rodolfo Depetris
Mentora: Vládia Maria Eulalio Raposo Freire Pires
Especialista do subgrupo etário: Karina Rizek
Sugestão de idade: 3 anos.
Campos de Experiência: Corpo, Gestos e Movimentos; O eu, o outro e o nós; Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações.
Objetivos e códigos da Base:
(EI02CG05) Desenvolver progressivamente as habilidades manuais, adquirindo controle para desenhar, pintar, rasgar, folhear, entre outros.
(EI02EO02) Demonstrar imagem positiva de si e confiança em sua capacidade para enfrentar dificuldades e desafios.
(EI02ET01) Explorar e descrever semelhanças e diferenças entre as características e propriedades dos objetos (textura, massa, tamanho).
Abordagem didática: Traçar, riscar e observar seu resultado são as primeiras experiências gráficas das crianças. Por volta dos dois anos elas percebem que os movimentos, aliados aos materiais, geram marcas gráficas e passam a tentar utilizar o desenho como forma de expressão do que sentem e pensam. Cabe ao professor observar as necessidades das crianças, os conhecimentos que possuem e os desafios (e intervenções) que devem ser propostos antes, durante ou depois do desenho de próprio punho. Nesse processo, apreciar e conversar sobre a produção de cada um são estratégias significativas que ajudam a alimentar a produção de todos.
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