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Plano de Aula
Plano 5 de uma sequência de 5 planos. Veja todos os planos sobre Desenho com interferência
Contextos prévios:
Para esta proposta as crianças precisam estar familiarizadas com o processo de desenho livre com diferentes suportes e riscantes, sendo essa uma atividade de seu cotidiano. Peça ajuda de um outro professor que esteja disponível para que seja possível o desenvolvimento da proposta em pequenos grupos. Converse antecipadamente com a equipe da escola para verificar em que espaços as obras das crianças podem ser colocadas.
Este plano faz parte de uma sequência de cinco. São eles:
Jogo de memória com desenhos autorais
Materiais:
Imagens das esculturas em arame do artista Gavin Worth ou de outro artista que também use esse tipo de material, previamente preparadas para ser possível sua exploração e manipulação. Pedaços de arame de diferentes espessuras e tamanhos para as crianças explorarem e com pontas protegidas para que os pequenos possam manipular o material com segurança. Pedaços de arame em comprimento diferentes, mas da mesma espessura, para a realização da atividade. Ganchos e fita barbante ou nylon para pendurar os desenhos como móbiles. Materiais para cantos de atividades como faz de conta (bonecas, carrinhos, utensílios de cozinha, mamadeiras, dentre outros), leitura e jogos. Folhas no tamanho A3 ou cartaz e A4 para convite às famílias, riscantes variados como giz de cera, lápis de cor, grafite, caneta permanente, caneta hidrográfica de ponta grossa. Material para observação e registro: câmera, caneta, papel.
Espaços:
A atividade se iniciará com todo o grupo em roda de conversa na própria sala, depois, para a divisão da proposta em pequenos grupos, esses se deslocarão para outro espaço disponível na escola enquanto outro professor ficará na sala com as demais crianças brincando nos cantos de atividades. Para pendurar os móbiles será necessário fixar ganchos no teto, nos espaços destinados para isso. Converse previamente sobre isso com o restante da equipe. Caso não seja possível fixar os ganchos no teto, uma alternativa é colocar um varal alto com pedaços de barbante na vertical, para que seja possível pendurar as criações. Para a exposição das atividades será necessário organizar um local dentro da escola.
Tempo sugerido:
Aproximadamente uma hora.
Perguntas para guiar suas observações:
1. De que forma as crianças descrevem as obras e que hipóteses elas levantam sobre o material utilizado pelo artista e a forma da sua produção?
2. As crianças apresentam iniciativa, curiosidade e habilidade para manipular o material? Quais estratégias elas utilizam para isso?
3. Que características as crianças apontam para diferenciar os materiais e como elas se expressam ao realizar a atividade com eles?
Para incluir todos:
Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às necessidades e às diferenças de cada criança ou do grupo. Auxilie as crianças que necessitarem, aproximando o material delas, oferecendo sua ajuda ou instigando os colegas a se ajudarem enquanto fazem a atividade. Respeite as escolhas das crianças e suas ideias, valorizando hipóteses e sugestões. Perceba todas as formas de comunicação que elas possam usar para expressar suas vontades e opiniões.
1
Com o grande grupo sentado em roda na sala, conte que a atividade da qual as crianças irão participar é a construção de desenhos tridimensionais explorando e usando alguns materiais diferentes e apreciando as obras de um artista que usa o mesmo material que elas utilizarão.
2
Disponibilize ainda na roda, com todo o grupo reunido, as imagens das obras do artista Gavin Worth ou de outros que trabalhem com o mesmo material, que foram previamente preparadas por você, e deixe que visualizem, conversem entre si e tentem identificar qual o material que ele usa e se sua produção pode ser considerada um desenho. Fique atento aos comentários, descobertas e relações que as crianças fazem ao visualizar as obras e, a partir disso, instigue-as a perceber as características das obras e da sua construção tridimensional.
Possíveis falas do professor neste momento: O que vocês veem nessas imagens? São desenhos? Esculturas? Quais são as características dessas obras? Quais materiais vocês acham que o artista usa?
3
Leve para a roda com todo o grupo ainda reunido, para que as crianças possam compartilhar descobertas coletivamente, pedaços de arames de espessuras e comprimentos diferentes, além dos que farão parte da atividade. Permita que elas os explorem, manuseiem e identifiquem qual é o melhor para ser usado na atividade. O arame escolhido para a atividade deve ser flexível e não pode ser muito fino, nem muito grosso, para que seja possível as crianças o manipularem sem dificuldades. O arame é um material que, ao ser manipulado por crianças, deve haver uma maior atenção por parte do professor para evitar possíveis contratempos. Converse com as crianças sobre o cuidado que precisam ter ao mexer nesse material. Também instigue-as a perceber de que maneira os desenhos feitos com o arame podem ser expostos: como as outras atividades de desenho no papel ou de maneiras diferentes? Sugira que os desenhos se tornem móbiles para pendurar na sala e em outros ambientes da escola, para terem o seu elemento tridimensional preservado.
Possíveis falas do professor neste momento: Vamos ver esses arames? Qual deles o artista das imagens usa? O mais fino? O mais grosso? Qual vocês acham que é mais adequado para o desenho? Como podemos desenhar usando o arame? Alguém tem alguma sugestão? Poderia mostrar aos colegas? Como podemos expor os desenhos com arame?
4
Sugira que as crianças escolham seus pares para os pequenos grupos. Então chame-os até um local previamente preparado, fora da sala, no qual seja possível realizar a atividade. Para as demais crianças sugira que organizem alguns cantos de atividades como faz de conta, jogos, leitura, para as crianças brincarem e interagirem. Peça também a ajuda de outro professor para que ele interaja com o grupo de crianças brincando com elas.
5
Com o pequeno grupo já no local da atividade, exponha os arames, que terão comprimentos diferentes mas a mesma espessura (nem muito finos, nem muito grossos), para que as crianças escolham qual irão utilizar para fazer o seu desenho. Elas podem usar mais de um pedaço para compor a sua obra, caso sua ideia de criação necessite. Deixe o material em local acessível para que elas possam manipulá-lo e fazer as próprias escolhas à vontade. Reforce a atenção sobre o cuidado com o material, fique por perto observando, conversando com as crianças sobre o que pensam em fazer, ajudando-as em suas dificuldades, registrando as conversas e o momento por meio de fotos, vídeos ou relatos. Se achar necessário, manipule o arame junto com elas, mostrando-lhes formas para manuseá-lo e, assim, pensar em sua produção. Se alguma criança não se interessar pela atividade ou pensar em desistir dela, incentive os próprios colegas a ajudá-la, mostrando suas obras a ela, despertando seu interesse, sempre se atentando para respeitar a escolha e a opinião das crianças.
6
Após o desenho ter ficado pronto, convide-as para mostrar umas às outras suas produções, apreciando assim o próprio trabalho e o dos colegas. Então leve as crianças até os locais preparados para pendurá-los, que podem ser a própria sala ou outros locais da escola, desde que combinados com a equipe. Esses ambientes precisarão ter alguns ganchos, por meio dos quais será possível fixar as produções. Sugira que escolham o local para colocar sua produção dentre os que tiverem preparados para isso. Ajude as crianças amarrando o fio e colocando-o no local. Então leve-as novamente até a sala para brincar e interagir nos cantos elaborados por elas e repita o momento com todos os grupos.
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Para finalizar:
Depois que todas as produções estiverem expostas, convide as crianças para apreciar a sua própria produção e a dos colegas, conversando sobre elas, incentivando que descrevam os materiais que utilizaram, como fizeram, se tiveram dificuldades para fazer, o que acharam da atividade e da produção dos amigos.
Ao fim desta atividade, organize uma exposição com todas as produções realizadas pelas crianças ao longo da sequência, dando a oportunidade para elas relembrarem o que produziram até aqui, sentindo-se artistas e autoras das suas obras. Permita que os familiares e amigos de outras turmas também possam apreciar e conhecer as suas produções. Para isso, selecione com elas e com a equipe da escola o melhor local para expor as obras, organizando o espaço para isso.
Convide as famílias para apreciar a exposição com as produções das crianças. Para isso, sugira que os pequenos façam um desenho em forma de convite em um papel grande, para ser exposto, e também em versões menores, para ser enviado para casa. Para o desenho, disponibilize todos os riscantes que as crianças conhecem, para que escolham qual irão utilizar. Escreva o convite junto com elas em roda, colocando as sugestões de textos que as crianças vão expondo e peça que finalizem-no fazendo o desenho. Se tiver a oportunidade, tire uma foto dos familiares e da criança próximos às obras, ou peça para eles mesmos tirarem para, depois, imprimir e enviar para casa junto com a obra produzida.
Apresente a proposta
Nesta sequência de atividades, as crianças terão a oportunidade de experimentar diversas formas de desenho. Grave um vídeo conversando com elas e suas famílias sobre as diversas formas como podemos realizar desenhos. No vídeo, você poderá mostrar tanto alguns desenhos seus, feitos com riscantes diferentes, quanto apresentar algumas obras da artista Eliane de Camargo (disponível aqui), convidando todos a apreciá-las com você. O vídeo e os áudios explicativos sobre as demais atividades poderão ser enviados por WhatsApp ou outra plataforma de comunicação que a rede está utilizando.
Adaptações necessárias
Para o plano “Desenho com lápis grafite”, será necessário oferecer à criança algumas folhas em branco e riscantes como grafite e carvão, de modo que ela possa perceber as semelhanças entre os riscantes disponibilizados e os utilizados nas obras apresentadas. Caso a família não tenha como disponibilizar o carvão, poderá substituí-lo por giz de cera preto. No plano “Desenho e natureza”, na falta de um ambiente natural externo, a família poderá convidar a criança a observar o ambiente pela janela de casa, para representá-lo por meio de um desenho, e pesquisar os elementos da natureza presentes em casa, como frutas, legumes e folhagens que possam compor a obra. No plano “O desenho e o corpo”, a família deverá apresentar imagens da artista Heater Hansen (disponível aqui), que deverão ser enviadas por você, via WhatsApp ou outra plataforma de comunicação, para inspirar as crianças. A família poderá oferecer qualquer tipo de fita ou cordão para a representação dos movimentos apresentados nas obras, além de folhas de diversos tamanhos para que as crianças os representem com lápis grafite ou caneta hidrográfica preta. Se não for possível variar os tamanhos, folhas comuns também poderão ser utilizadas. Para a realização do plano “Jogo da memória com desenhos autorais”, poderão utilizar para os desenhos folhas de papel mais durinhas, que podem ser até reutilizadas de embalagens de produtos. No plano “Desenhando com arame”, é importante que a família apresente as imagens da artista Gavin Worth (disponível aqui), que você enviará para inspirar as crianças. No plano, sugere-se arames para a representação das obras de arte. Porém, na falta deles em casa, a família poderá oferecer amarradores de sacola de pão ou papel alumínio.
Sugira às famílias
1) Desenho com lápis grafite - Oriente aos familiares que convidem a criança a fazer um desenho utilizando o lápis grafite, como faz em suas obras a artista apresentada no vídeo. Para que a criança se sinta ainda mais entusiasmada a desenhar, incentive os familiares a fazer uma produção junto com ela, eles como os artistas e a criança indicando o que é possível desenhar e criar na folha. Mostre que é importante que, no momento da produção das crianças, os familiares fiquem por perto dela, incentivando-a e conversando sobre suas produções.
2) Desenho e natureza - Depois da observação do ambiente, sugira aos familiares que convidem a criança a representar em um desenho o que observou. Oriente aos familiares que auxiliem a criança, se necessário, a fixar os elementos naturais escolhidos para compor o desenho na folha, seja com fita adesiva ou cola. Sugira que disponibilizem o grafite e deixem que a criança desenhe livremente, inspirada em suas próprias observações, garantindo espaço para a livre expressão e a criatividade. Oriente também que, se a criança desejar colorir a produção depois de tê-la traçado com o grafite, ofereçam riscantes como lápis de cor e giz de cera.
3) O desenho e o corpo - Após as crianças já terem dançado com as fitas ou cordões para representar os movimentos que a artista faz em suas obras, oriente que os familiares as convidem a representar os movimentos por meio de desenhos. Enquanto desenham, sugira aos familiares que conversem com a criança sobre o que irá representar, o porquê dos materiais escolhidos e quais ideias ela teve.
4) Jogo da memória com desenhos autorais - Antes de partir para o desenho, oriente às famílias que oportunizem um momento de brincadeira com algum jogo da memória que tenham disponível, ou poderá ser um jogo virtual também. Oriente que brinquem juntos e retomem as regras do jogo. Depois, sugira aos familiares que incentivem a criança a fazer o próprio jogo da memória. No momento do desenho, oriente que fiquem por perto da criança, conversando sobre o que vai desenhar, o porquê da escolha dos materiais e as ideias que teve, oferecendo novos materiais, se necessário, auxiliando-as e lembrando-as que os dois desenhos precisam ficar parecidos.
5) Desenhando com arame - Oriente à família que converse com a criança sobre as obras da artista Gavin Worth, feitas com arame, chamando a atenção para os detalhes de cada obra. Depois, oriente que disponibilizem os arames, amarradores ou papel alumínio para a criança explorar e conhecer o material. Após a exploração, sugira às famílias que incentivem a criança a produzir sua própria obra de arte utilizando esses materiais. Mostre a importância de apoiar e valorizar as iniciativas da criança.
Para compartilhar com o grupo
Sugira aos familiares que guardem todos os desenhos realizados e que escolham um deles para a criança levar para a escola no retorno às atividades. Na escola, planeje um momento para que elas possam socializar suas produções artísticas.
Este plano de atividade foi elaborado pelo Time de Autores NOVA ESCOLA
Autor: Adamari Rodolfo Depetris
Mentora: Vládia Maria Eulalio Raposo Freire Pires
Especialista do subgrupo etário: Karina Rizek
Sugestão de idade: 3 anos
Campos de Experiência: Corpo, gestos e movimentos; Traços, sons, cores e formas;
Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações.
Objetivos e códigos da Base
(EI02CG05) Desenvolver progressivamente as habilidades manuais, adquirindo controle para desenhar, pintar, rasgar, folhear, entre outros.
(EI02TS02) Utilizar materiais variados com possibilidades de manipulação (argila, massa de modelar), explorando cores, texturas, superfícies, planos, formas e volumes ao criar objetos tridimensionais.
(EI02ET01) Explorar e descrever semelhanças e diferenças entre as características e propriedades dos objetos (textura, massa, tamanho).
Abordagem didática: Traçar, riscar e observar seu resultado são as primeiras experiências gráficas das crianças. Por volta dos dois anos elas percebem que os movimentos, aliados aos materiais, geram marcas gráficas e passam a tentar utilizar o desenho como forma de expressão do que sentem e pensam. Cabe ao professor observar as necessidades das crianças, os conhecimentos que possuem e os desafios (e intervenções) que devem ser propostos antes, durante ou depois do desenho de próprio punho. Nesse processo, apreciar e conversar sobre a produção de cada uma são estratégias significativas que ajudam a alimentar a produção de todas.
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