GEO8_05UND04 - Mapas da Problematização
Plano de Aula
Plano de aula: A África e o imperialismo Europeu
Plano 4 de uma sequência de 10 planos. Veja todos os planos sobre Geografia Política e Geopolítica
Sobre este plano
Este slide em específico não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você, professor, possa se planejar.
Sobre este plano: Ele está previsto para ser realizado em uma aula de 50 minutos. Serão abordados aspectos que fazem parte do trabalho com a habilidade EF08GE05 de Geografia, que consta na BNCC. Como a habilidade deve ser desenvolvida ao longo de todo o ano, você observará que ela não será contemplada em sua totalidade aqui e que as propostas podem ter continuidade em aulas subsequentes. Pretende-se com esta aula discutir o processo de apropriação do território africano pelo imperialismo europeu, sua posterior partilha entre as principais potências européias da época e o estabelecimento de fronteiras territoriais, o que possibilita compreender a África e muitos de seus impasses atuais, cujas raízes estão no processo de colonização.
Materiais necessários: Projeção dos slides ou impressão dos mapas e imagens, uma folha de sulfite por dupla, lápis preto, borracha, lápis de cor (opcional) e fita adesiva.
Material complementar:
Imagem Contextualização: https://drive.google.com/open?id=1Oybcd_rwyPtD2B1-CrEMdpGcx0wqlmr74TsIpdNVPxs
Mapas da Problematização: https://drive.google.com/open?id=1sfbZ3-rXnyT9xUY5ejgLHvv7C-ka4hs8K7DmesLszEY
Para você saber mais:
GASPARETTO JÚNIOR, Antonio. Imperialismo na África. Infoescola. Disponível em: <https://www.infoescola.com/historia/imperialismo-na-africa/> Acesso em 08 jan. 2019.
Imperialismo na África. Sua pesquisa. Disponível em: <https://www.suapesquisa.com/historia/imperialismo/imperialismo_africa.htm> Acesso em 08 jan. 2019.
Partilha da África. Sua pesquisa. Disponível em: <https://www.suapesquisa.com/historia/partilha_africa.htm> Acesso em 09 jan. 2019.
SANTANA, Miriam Ilza. Conferência de Berlim. Infoescola. Disponível em: <https://www.infoescola.com/historia/conferencia-de-berlim/> Acesso em 07 jan. 2019.
SILVA, Daniel Neves. Conferência de Berlim. Brasil Escola. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/historiag/conferencia-berlim.htm>. Acesso em 07 jan. 2019.
A charge é um gênero textual, muito comum em jornais, que se utiliza da imagem e do humor para expressar uma crítica e satirizar algum acontecimento da realidade. É bastante comum também as charges apresentarem conteúdo de cunho político, envolvendo ações e disputas políticas. É uma forma de expressar graficamente a opinião do autor sobre a política ou alguma situação cotidiana.
Contextos prévios: É interessante que os alunos conheçam o contexto e as características da Segunda Revolução Industrial e imperialismo.
Tema da aula
Tempo sugerido: 2 minutos.
Orientações: Projete o tema da aula ou, caso não seja possível, escreva no quadro ou apenas fale o tema para os alunos. Comente que nesta aula vocês irão discutir o processo de apropriação do território africano pelo imperialismo europeu e sua posterior partilha entre as principais potências européias da época e estabelecimento de fronteiras territoriais, o que possibilita compreender a África e muitos de seus impasses atuais, cujas raízes estão no processo de colonização.
Contextualização
Tempo sugerido: 5 minutos.
Orientações: Projete ou imprima o slide para os alunos. Peça para que observem a charge. Caso não seja possível, selecione no próprio livro didático ou em outros materiais outra charge que retrate o imperialismo na África. Primeiramente, pergunte aos alunos se eles sabem o que é uma charge. Caso as respostas indiquem uma negativa ou certa confusão, esclareça que a charge é um gênero textual, muito comum em jornais, que se utiliza da imagem e do humor para expressar uma crítica e satirizar algum acontecimento da realidade. É bastante comum também as charges apresentarem conteúdo de cunho político, envolvendo ações e disputas políticas. É uma forma de expressar graficamente a opinião do autor sobre um acontecimento ou alguma situação cotidiana. Em seguida, questione-os:
- O que vocês observam na charge?
- A qual fato podemos relacioná-la?
- O que ela representa?
Permita que os estudantes expressem suas leituras e interpretações. É possível que alguns alunos comentem que a imagem representa um homem dominando um continente de norte a sul, ou seja, diz respeito ao domínio colonial da segunda metade do século XIX. Espera-se que eles consigam perceber a sátira e trazer elementos do imperialismo europeu na África, marcado pela exploração dos recursos naturais, desrespeitando a cultura e diversidade étnica do continente.
O professor pode esclarecer que apesar de a charge representar uma única pessoa, foram sete os países que dominaram e colonizaram a África neste período. Além disso, é possível traçar um paralelo entre a situação histórica da África e da América Latina, uma vez que a colonização da África só ocorreu efetivamente no século XIX (até então era restrito à porção litorânea) quando, neste mesmo período, a América Latina já era colonizada e explorada e, inclusive, já acontecia o processo de independência das colônias americanas, até então principais fornecedoras de matérias-primas para a Europa.
Imagem da Contextualização: https://drive.google.com/open?id=1Oybcd_rwyPtD2B1-CrEMdpGcx0wqlmr74TsIpdNVPxs
Para você saber mais:
GASPARETTO JÚNIOR, Antonio. Imperialismo na África. Infoescola. Disponível em: <https://www.infoescola.com/historia/imperialismo-na-africa/> Acesso em 08 jan. 2019.
Imperialismo na África. Sua pesquisa. Disponível em: <https://www.suapesquisa.com/historia/imperialismo/imperialismo_africa.htm> Acesso em 08 jan. 2019.
Problematização
Tempo sugerido: 13 minutos.
Orientações: Nos próximos slides será apresentada uma sequência de mapas do continente africano. O primeiro mostra a divisão étnica do período pré-colonial. O segundo representa a partilha do continente realizada a partir da Conferência de Berlim. Por fim, o terceiro mapa mostra a divisão política atual do continente.
Projete ou imprima os slides para os alunos. Caso não seja possível, o professor pode utilizar mapas com a mesma temática presentes no próprio livro didático ou no atlas escolar. Peça aos alunos que observem os mapas e em seguida questione-os:
- Quais informações estão presentes em cada mapa? Espera-se que os alunos tragam as informações explícitas, presentes no próprio título. Em seguida, pergunte se a distribuição dos diferentes grupos étnicos na África do século XIX coincide com os limites atuais dos países. É provável que a maioria responda que não. Peça então, que expliquem o porquê. Neste momento, espera-se que eles recorram ao segundo mapa e observem a forma como o continente foi partilhado entre as principais potências européias e levantem quais eram os interesses dos colonizadores. Caso os alunos não recorram ao mapa, o professor poderá conduzi-los a isso, fazendo com que observem a divisão feita e a comparem com a divisão das etnias.
Na sequência, projete ou imprima o slide com o questionamento:
- A configuração das fronteiras entre os Estados-nação da África atual pode ser considerada historicamente uma invenção colonial? O traçado arbitrário desses limites pode gerar alguma consequência?
Caso não seja possível, escreva a pergunta no quadro ou então apenas leia para os alunos. Espera-se que eles respondam, a partir da observação dos mapas, que sim e mencionem que o contexto local não foi considerado para a divisão. Para facilitar, caso esteja projetando os slides, o professor poderá deixar na tela a sequência com os três mapas juntos.
Neste momento é importante o professor comentar que as atuais fronteiras africanas foram traçadas durante a colonização e exploração do continente pelas nações européias na segunda metade do século XIX (neocolonialismo). Neste período estava ocorrendo a Segunda Revolução Industrial e esses países necessitavam de matérias-primas e novos mercados consumidores, culminando na exploração da África e da Ásia. Até o século XIX, a ocupação da África havia sido superficial, restrita às áreas próximas ao litoral. Foi com a Conferência de Berlim (1884-1885) que as regras que determinariam as conquistas imperiais sobre o continente foram definidas, bem como a sua divisão entre as potências européias (Inglaterra, França, Itália, Portugal, Bélgica, Alemanha e Espanha). Surgem, assim, fronteiras políticas onde antes havia grupos étnicos e como foram traçadas arbitrariamente, ignoraram a realidade sociopolítica existente, isto é, separou povos inteiros ao mesmo tempo em que reuniu povos tradicionalmente rivais no mesmo território. Houve resistência e conflitos entre nativos e colonizadores e apenas a Libéria e a atual Etiópia conseguiram evitar a presença imperialista.
Mapas da Problematização: https://drive.google.com/open?id=1sfbZ3-rXnyT9xUY5ejgLHvv7C-ka4hs8K7DmesLszEY
Para você saber mais:
SANTANA, Miriam Ilza. Conferência de Berlim. Infoescola. Disponível em: <https://www.infoescola.com/historia/conferencia-de-berlim/> Acesso em 07 jan. 2019.
SILVA, Daniel Neves. Conferência de Berlim. Brasil Escola. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/historiag/conferencia-berlim.htm>. Acesso em 07 jan. 2019.
Partilha da África. Sua pesquisa. Disponível em: <https://www.suapesquisa.com/historia/partilha_africa.htm> Acesso em 09 jan. 2019.
Problematização
Orientações: Nos próximos slides será apresentada uma sequência de mapas do continente africano. O primeiro mostra a divisão étnica do período pré-colonial. O segundo representa a partilha do continente realizada a partir da Conferência de Berlim. Por fim, o terceiro mapa mostra a divisão política atual do continente.
Projete ou imprima os slides para os alunos. Caso não seja possível, o professor pode utilizar mapas com a mesma temática presentes no próprio livro didático ou no atlas escolar. Peça aos alunos que observem os mapas e em seguida questione-os:
- Quais informações estão presentes em cada mapa? Espera-se que os alunos tragam as informações explícitas, presentes no próprio título. Em seguida, pergunte se a distribuição dos diferentes grupos étnicos na África do século XIX coincide com os limites atuais dos países. É provável que a maioria responda que não. Peça então, que expliquem o porquê. Neste momento, espera-se que eles recorram ao segundo mapa e observem a forma como o continente foi partilhado entre as principais potências européias e levantem quais eram os interesses dos colonizadores. Caso os alunos não recorram ao mapa, o professor poderá conduzi-los a isso, fazendo com que observem a divisão feita e a comparem com a divisão das etnias.
Na sequência, projete ou imprima o slide com o questionamento:
- A configuração das fronteiras entre os Estados-nação da África atual pode ser considerada historicamente uma invenção colonial? O traçado arbitrário desses limites pode gerar alguma consequência?
Caso não seja possível, escreva a pergunta no quadro ou então apenas leia para os alunos. Espera-se que eles respondam, a partir da observação dos mapas, que sim e mencionem que o contexto local não foi considerado para a divisão. Para facilitar, caso esteja projetando os slides, o professor poderá deixar na tela a sequência com os três mapas juntos.
Neste momento é importante o professor comentar que as atuais fronteiras africanas foram traçadas durante a colonização e exploração do continente pelas nações européias na segunda metade do século XIX (neocolonialismo). Neste período estava ocorrendo a Segunda Revolução Industrial e esses países necessitavam de matérias-primas e novos mercados consumidores, culminando na exploração da África e da Ásia. Até o século XIX, a ocupação da África havia sido superficial, restrita às áreas próximas ao litoral. Foi com a Conferência de Berlim (1884-1885) que as regras que determinariam as conquistas imperiais sobre o continente foram definidas, bem como a sua divisão entre as potências européias (Inglaterra, França, Itália, Portugal, Bélgica, Alemanha e Espanha). Surgem, assim, fronteiras políticas onde antes havia grupos étnicos e como foram traçadas arbitrariamente, ignoraram a realidade sociopolítica existente, isto é, separou povos inteiros ao mesmo tempo em que reuniu povos tradicionalmente rivais no mesmo território. Houve resistência e conflitos entre nativos e colonizadores e apenas a Libéria e a atual Etiópia conseguiram evitar a presença imperialista.
Mapas da Problematização: https://drive.google.com/open?id=1sfbZ3-rXnyT9xUY5ejgLHvv7C-ka4hs8K7DmesLszEY
Para você saber mais:
SANTANA, Miriam Ilza. Conferência de Berlim. Infoescola. Disponível em: <https://www.infoescola.com/historia/conferencia-de-berlim/> Acesso em 07 jan. 2019.
SILVA, Daniel Neves. Conferência de Berlim. Brasil Escola. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/historiag/conferencia-berlim.htm>. Acesso em 07 jan. 2019.
Partilha da África. Sua pesquisa. Disponível em: <https://www.suapesquisa.com/historia/partilha_africa.htm> Acesso em 09 jan. 2019.
Problematização
Orientações: Nos próximos slides será apresentada uma sequência de mapas do continente africano. O primeiro mostra a divisão étnica do período pré-colonial. O segundo representa a partilha do continente realizada a partir da Conferência de Berlim. Por fim, o terceiro mapa mostra a divisão política atual do continente.
Projete ou imprima os slides para os alunos. Caso não seja possível, o professor pode utilizar mapas com a mesma temática presentes no próprio livro didático ou no atlas escolar. Peça aos alunos que observem os mapas e em seguida questione-os:
- Quais informações estão presentes em cada mapa? Espera-se que os alunos tragam as informações explícitas, presentes no próprio título. Em seguida, pergunte se a distribuição dos diferentes grupos étnicos na África do século XIX coincide com os limites atuais dos países. É provável que a maioria responda que não. Peça então, que expliquem o porquê. Neste momento, espera-se que eles recorram ao segundo mapa e observem a forma como o continente foi partilhado entre as principais potências européias e levantem quais eram os interesses dos colonizadores. Caso os alunos não recorram ao mapa, o professor poderá conduzi-los a isso, fazendo com que observem a divisão feita e a comparem com a divisão das etnias.
Na sequência, projete ou imprima o slide com o questionamento:
- A configuração das fronteiras entre os Estados-nação da África atual pode ser considerada historicamente uma invenção colonial? O traçado arbitrário desses limites pode gerar alguma consequência?
Caso não seja possível, escreva a pergunta no quadro ou então apenas leia para os alunos. Espera-se que eles respondam, a partir da observação dos mapas, que sim e mencionem que o contexto local não foi considerado para a divisão. Para facilitar, caso esteja projetando os slides, o professor poderá deixar na tela a sequência com os três mapas juntos.
Neste momento é importante o professor comentar que as atuais fronteiras africanas foram traçadas durante a colonização e exploração do continente pelas nações européias na segunda metade do século XIX (neocolonialismo). Neste período estava ocorrendo a Segunda Revolução Industrial e esses países necessitavam de matérias-primas e novos mercados consumidores, culminando na exploração da África e da Ásia. Até o século XIX, a ocupação da África havia sido superficial, restrita às áreas próximas ao litoral. Foi com a Conferência de Berlim (1884-1885) que as regras que determinariam as conquistas imperiais sobre o continente foram definidas, bem como a sua divisão entre as potências européias (Inglaterra, França, Itália, Portugal, Bélgica, Alemanha e Espanha). Surgem, assim, fronteiras políticas onde antes havia grupos étnicos e como foram traçadas arbitrariamente, ignoraram a realidade sociopolítica existente, isto é, separou povos inteiros ao mesmo tempo em que reuniu povos tradicionalmente rivais no mesmo território. Houve resistência e conflitos entre nativos e colonizadores e apenas a Libéria e a atual Etiópia conseguiram evitar a presença imperialista.
Mapas da Problematização: https://drive.google.com/open?id=1sfbZ3-rXnyT9xUY5ejgLHvv7C-ka4hs8K7DmesLszEY
Para você saber mais:
SANTANA, Miriam Ilza. Conferência de Berlim. Infoescola. Disponível em: <https://www.infoescola.com/historia/conferencia-de-berlim/> Acesso em 07 jan. 2019.
SILVA, Daniel Neves. Conferência de Berlim. Brasil Escola. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/historiag/conferencia-berlim.htm>. Acesso em 07 jan. 2019.
Partilha da África. Sua pesquisa. Disponível em: <https://www.suapesquisa.com/historia/partilha_africa.htm> Acesso em 09 jan. 2019.
Problematização
Orientações: Nos próximos slides será apresentada uma sequência de mapas do continente africano. O primeiro mostra a divisão étnica do período pré-colonial. O segundo representa a partilha do continente realizada a partir da Conferência de Berlim. Por fim, o terceiro mapa mostra a divisão política atual do continente.
Projete ou imprima os slides para os alunos. Caso não seja possível, o professor pode utilizar mapas com a mesma temática presentes no próprio livro didático ou no atlas escolar. Peça aos alunos que observem os mapas e em seguida questione-os:
- Quais informações estão presentes em cada mapa? Espera-se que os alunos tragam as informações explícitas, presentes no próprio título. Em seguida, pergunte se a distribuição dos diferentes grupos étnicos na África do século XIX coincide com os limites atuais dos países. É provável que a maioria responda que não. Peça então, que expliquem o porquê. Neste momento, espera-se que eles recorram ao segundo mapa e observem a forma como o continente foi partilhado entre as principais potências européias e levantem quais eram os interesses dos colonizadores. Caso os alunos não recorram ao mapa, o professor poderá conduzi-los a isso, fazendo com que observem a divisão feita e a comparem com a divisão das etnias.
Na sequência, projete ou imprima o slide com o questionamento:
- A configuração das fronteiras entre os Estados-nação da África atual pode ser considerada historicamente uma invenção colonial? O traçado arbitrário desses limites pode gerar alguma consequência?
Caso não seja possível, escreva a pergunta no quadro ou então apenas leia para os alunos. Espera-se que eles respondam, a partir da observação dos mapas, que sim e mencionem que o contexto local não foi considerado para a divisão. Para facilitar, caso esteja projetando os slides, o professor poderá deixar na tela a sequência com os três mapas juntos.
Neste momento é importante o professor comentar que as atuais fronteiras africanas foram traçadas durante a colonização e exploração do continente pelas nações européias na segunda metade do século XIX (neocolonialismo). Neste período estava ocorrendo a Segunda Revolução Industrial e esses países necessitavam de matérias-primas e novos mercados consumidores, culminando na exploração da África e da Ásia. Até o século XIX, a ocupação da África havia sido superficial, restrita às áreas próximas ao litoral. Foi com a Conferência de Berlim (1884-1885) que as regras que determinariam as conquistas imperiais sobre o continente foram definidas, bem como a sua divisão entre as potências européias (Inglaterra, França, Itália, Portugal, Bélgica, Alemanha e Espanha). Surgem, assim, fronteiras políticas onde antes havia grupos étnicos e como foram traçadas arbitrariamente, ignoraram a realidade sociopolítica existente, isto é, separou povos inteiros ao mesmo tempo em que reuniu povos tradicionalmente rivais no mesmo território. Houve resistência e conflitos entre nativos e colonizadores e apenas a Libéria e a atual Etiópia conseguiram evitar a presença imperialista.
Mapas da Problematização: https://drive.google.com/open?id=1sfbZ3-rXnyT9xUY5ejgLHvv7C-ka4hs8K7DmesLszEY
Para você saber mais:
SANTANA, Miriam Ilza. Conferência de Berlim. Infoescola. Disponível em: <https://www.infoescola.com/historia/conferencia-de-berlim/> Acesso em 07 jan. 2019.
SILVA, Daniel Neves. Conferência de Berlim. Brasil Escola. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/historiag/conferencia-berlim.htm>. Acesso em 07 jan. 2019.
Partilha da África. Sua pesquisa. Disponível em: <https://www.suapesquisa.com/historia/partilha_africa.htm> Acesso em 09 jan. 2019.
Problematização
Orientações: Nos próximos slides será apresentada uma sequência de mapas do continente africano. O primeiro mostra a divisão étnica do período pré-colonial. O segundo representa a partilha do continente realizada a partir da Conferência de Berlim. Por fim, o terceiro mapa mostra a divisão política atual do continente.
Projete ou imprima os slides para os alunos. Caso não seja possível, o professor pode utilizar mapas com a mesma temática presentes no próprio livro didático ou no atlas escolar. Peça aos alunos que observem os mapas e em seguida questione-os:
- Quais informações estão presentes em cada mapa? Espera-se que os alunos tragam as informações explícitas, presentes no próprio título. Em seguida, pergunte se a distribuição dos diferentes grupos étnicos na África do século XIX coincide com os limites atuais dos países. É provável que a maioria responda que não. Peça então, que expliquem o porquê. Neste momento, espera-se que eles recorram ao segundo mapa e observem a forma como o continente foi partilhado entre as principais potências européias e levantem quais eram os interesses dos colonizadores. Caso os alunos não recorram ao mapa, o professor poderá conduzi-los a isso, fazendo com que observem a divisão feita e a comparem com a divisão das etnias.
Na sequência, projete ou imprima o slide com o questionamento:
- A configuração das fronteiras entre os Estados-nação da África atual pode ser considerada historicamente uma invenção colonial? O traçado arbitrário desses limites pode gerar alguma consequência?
Caso não seja possível, escreva a pergunta no quadro ou então apenas leia para os alunos. Espera-se que eles respondam, a partir da observação dos mapas, que sim e mencionem que o contexto local não foi considerado para a divisão. Para facilitar, caso esteja projetando os slides, o professor poderá deixar na tela a sequência com os três mapas juntos.
Neste momento é importante o professor comentar que as atuais fronteiras africanas foram traçadas durante a colonização e exploração do continente pelas nações européias na segunda metade do século XIX (neocolonialismo). Neste período estava ocorrendo a Segunda Revolução Industrial e esses países necessitavam de matérias-primas e novos mercados consumidores, culminando na exploração da África e da Ásia. Até o século XIX, a ocupação da África havia sido superficial, restrita às áreas próximas ao litoral. Foi com a Conferência de Berlim (1884-1885) que as regras que determinariam as conquistas imperiais sobre o continente foram definidas, bem como a sua divisão entre as potências européias (Inglaterra, França, Itália, Portugal, Bélgica, Alemanha e Espanha). Surgem, assim, fronteiras políticas onde antes havia grupos étnicos e como foram traçadas arbitrariamente, ignoraram a realidade sociopolítica existente, isto é, separou povos inteiros ao mesmo tempo em que reuniu povos tradicionalmente rivais no mesmo território. Houve resistência e conflitos entre nativos e colonizadores e apenas a Libéria e a atual Etiópia conseguiram evitar a presença imperialista.
Mapas da Problematização: https://drive.google.com/open?id=1sfbZ3-rXnyT9xUY5ejgLHvv7C-ka4hs8K7DmesLszEY
Para você saber mais:
SANTANA, Miriam Ilza. Conferência de Berlim. Infoescola. Disponível em: <https://www.infoescola.com/historia/conferencia-de-berlim/> Acesso em 07 jan. 2019.
SILVA, Daniel Neves. Conferência de Berlim. Brasil Escola. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/historiag/conferencia-berlim.htm>. Acesso em 07 jan. 2019.
Partilha da África. Sua pesquisa. Disponível em: <https://www.suapesquisa.com/historia/partilha_africa.htm> Acesso em 09 jan. 2019.
Ação Propositiva
Tempo sugerido: 20 minutos.
Orientações: Divida a sala em duplas e entregue uma folha de sulfite para cada uma. Sugerimos que essa divisão seja feita pelo professor a fim de garantir duplas heterogêneas no que se refere à aprendizagem e habilidades, mas caso prefira, pode utilizar outro critério ou até mesmo pedir que os alunos escolham e organizem as duplas. Após a divisão, projete o slide, imprima ou escreva no quadro as orientações.
Oriente os alunos que uma charge envolve uma ilustração e expressa a opinião de quem a produz sobre determinado assunto, apresentando uma crítica desse contexto. Sugira aos alunos que pensem no contexto mundial, na forma como a partilha da África foi feita e quais os interesses por trás dessa ação. Além disso, é possível expressar também algumas das consequências desse processo para os países e população africana. A charge poderá ou não ter diálogos entre pessoas ou elementos retratados. Os alunos poderão optar por deixá-la em preto e branco ou colorir. O objetivo é levar o aluno a refletir sobre o modo como a partilha da África foi estabelecida. Assim, espera-se que eles consigam representar que as alterações das fronteiras dos países foi feita de forma arbitrária e sem considerar os interesses dos povos nativos. Visavam atender apenas aos interesses das potências européias da época na exploração dos recursos naturais do continente. Cuide para que todas as duplas finalizem a atividade conforme sugerido nas orientações e dentro do prazo estipulado. Circule pela sala e acompanhe a elaboração das charges. Tire as dúvidas se necessário.
Para você saber mais:
A charge é um gênero textual, muito comum em jornais, que se utiliza da imagem e do humor para expressar uma crítica e satirizar algum acontecimento da realidade. É bastante comum também as charges apresentarem conteúdo de cunho político, envolvendo ações e disputas políticas. É uma forma de expressar graficamente a opinião do autor sobre a política ou alguma situação cotidiana.
Sistematização
Tempo sugerido: 10 minutos.
Orientações: Com as charges elaboradas, organize uma exposição prendendo-as com fita adesiva no mural (se a sala de aula tiver um) ou então na parede. Dê um tempo de aproximadamente 3 minutos para que os alunos observem todas as charges produzidas. Nesse momento será necessário que os alunos se movimentem pela sala, sendo aconselhável que levantem três duplas por vez a fim de garantir que todos consigam de fato olhar as charges feitas. Depois, sentados de volta às duplas, escolha alguns alunos de forma aleatória ou então aqueles que se prontificarem para comentarem as charges produzidas por outros colegas, procurando destacar a crítica feita e outros aspectos que mais chamaram a atenção.
Em seguida, questione os alunos promovendo um pequeno debate: "Quais as consequências políticas, econômicas e culturais decorrentes desse processo de partilha da África?". É possível que alguns desses aspectos já tenham aparecido nas charges e não há problema. Espera-se neste momento que os alunos comentem que a arbitrariedade na definição dos limites territoriais do continente separou povos inteiros ao mesmo tempo em que reuniu povos tradicionalmente rivais, eclodindo vários conflitos que dificultaram ainda mais o desenvolvimento político e econômico dos países africanos, gerando uma relação de dependência. Além disso, grande parte da população nativa foi desapropriada de suas terras e passou a trabalhar como escravos nas áreas exploradas pelos europeus. Houve também a dominação cultural européia, sob a justificativa de que estavam levando progresso e ciência ao continente.
Materiais complementares
Sugestão de adaptação para ensino remoto
Ferramentas sugeridas
WhatsApp
Valor trabalhado
Direitos humanos
Apresentação do tema da aula
Comente que nesta aula eles irão discutir o processo de apropriação do território africano pelo imperialismo europeu, sua posterior partilha entre as principais potências européias da época e o estabelecimento de fronteiras territoriais, o que possibilita compreender a África e muitos de seus impasses atuais, cujas raízes estão no processo de colonização. A aula deve ser conduzida pelo WhatsApp, mas se não houver possibilidade, tente fazer uma adaptação para o e-mail. Tempo estimado: 5 minutos.
Contextualização
Professor, envie aos alunos o arquivo disponível aqui e peça que observem a charge. Em seguida, questione-os: ”O que vocês observam na charge? A qual fato podemos relacioná-la? O que ela representa?”. Permita que os estudantes expressem suas leituras e interpretações pelo WhatsApp da classe. É possível que alguns alunos comentem que a imagem representa um homem dominando um continente de norte a sul, ou seja, diz respeito ao domínio colonial da segunda metade do século XIX. Você pode esclarecer que, apesar de a charge representar uma única pessoa, foram sete os países que dominaram e colonizaram a África nesse período. Tempo estimado: 15 minutos.
Problematização
Envie aos alunos o arquivo disponível aqui. Comente que será apresentada uma sequência de mapas do continente africano. O primeiro mostra a divisão étnica do período pré-colonial. O segundo representa a partilha do continente realizada a partir da Conferência de Berlim. Por fim, o terceiro mapa mostra a divisão política atual do continente. Solicite que os alunos analisem os três mapas e pergunte: “Quais informações estão presentes em cada mapa?”. Depois que alguns alunos expressarem suas opiniões pelo WhatsApp, provoque-os perguntando: “A configuração das fronteiras entre os Estados-nação da África atual pode ser considerada historicamente uma invenção colonial? O traçado arbitrário desses limites pode gerar alguma consequência?”. Incentive uma discussão com os alunos. Consulte sempre o plano de aula, onde teremos mais detalhes do conteúdo. Tempo estimado: 25 minutos.
Ação propositiva
Divida a sala em duplas. Explique para os alunos que eles devem fazer uma charge retratando as transformações que o mapa da África sofreu após o domínio europeu. Sugira que pensem no contexto mundial, na forma como a partilha da África foi feita e quais os interesses por trás dessa ação. Além disso, é possível expressar também algumas das consequências desse processo para os países e a população africana. A charge poderá ou não ter diálogos entre pessoas ou elementos retratados. Os alunos poderão optar por deixá-la em preto e branco ou colori-la. O objetivo é levar os alunos a refletirem sobre o modo como a partilha da África foi estabelecida. Cuide para que todas as duplas finalizem a atividade conforme sugerido nas orientações, e incentive-os a marcar um horário para que todos se ajudem. Tempo estimado: 45 minutos.
Sistematização
Com as charges elaboradas, organize uma exposição. Os alunos podem enviar as charges ao professor, para que você possa organizá-las em um vídeo, ou eles podem enviá-las diretamente no grupo da sala. Dê um tempo para que os alunos observem todas as charges produzidas. Escolha alguns alunos de forma aleatória ou então aqueles que se prontificarem para comentarem as charges produzidas por outros colegas, procurando destacar a crítica feita e outros aspectos que mais chamaram a atenção. Em seguida, questione os alunos promovendo um pequeno debate: "Quais as consequências políticas, econômicas e culturais decorrentes desse processo de partilha da África?". É possível que alguns desses aspectos já tenham aparecido nas charges, não há problema. Para finalizar, relacione com os direitos humanos, nos dias atuais, questionando se os direitos desses países foram respeitados. Tempo estimado: 25 minutos.
Convite às famílias
Convide os pais para assistirem com seus filhos ao documentário sobre a partilha da África, disponível aqui.
Este plano de aula foi produzido pelo Time de Autores de Nova Escola
Professor: Viviane Cracel
Mentor: Leandro Campelo
Especialista: Leandro Campelo
Assessor pedagógico: Laercio Furquim
Ano: 8°ano
Unidade temática: Conexões e escalas
Objeto(s) de aprendizagem: Explicar a partilha da África entre as nações europeias, identificando os interesses econômicos e políticos e a formação das fronteiras no continente.
Habilidade (s) da Base: (EF08GE05) Aplicar os conceitos de Estado, nação, território, governo e país para o entendimento de conflitos e tensões na contemporaneidade, com destaque para as situações geopolíticas na América e na África e suas múltiplas regionalizações a partir do pós-guerra.
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