Atividade para impressão - Parlenda Hoje é domingo
Plano de Aula
Plano de aula: O uso do O e do U
Plano 1 de uma sequência de 3 planos. Veja todos os planos sobre O ou U?
Sobre este plano
Este slide não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você, professor, possa se planejar.
Sobre esta aula: Esta é primeira aula de um conjunto de 3 planos de aula com foco em análise linguística e semiótica. A finalidade desse conjunto de planos é perceber as regularidades no uso das letras O e U no final de palavras, com ênfase no O átono.
Materiais necessários: Cópias para todos os alunos da atividade de análise da parlenda, disponível aqui. Resolução da atividade para apoio ao(a) professor(a), disponível aqui. Caderno de produção textual das crianças, lápis, borracha e quadro do professor.
Dificuldades antecipadas: Emprego da letra U no lugar da letra O por apoiarem-se na oralidade.
Referências sobre o assunto:
MORAIS, A. G. Ortografia: ensinar e aprender. Belo Horizonte: Autêntica, 1999.
SILVA, A. Ortografia na sala de aula. (orgs) SILVA, A.; MORAIS, A. G.; MELO, K. L. R. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.
Tema da aula
Tempo sugerido: 1 minuto.
Orientações: Leia o tema da aula e pergunte aos alunos: Vocês acham que a gente sempre fala do modo como escreve e sempre escreve do modo como fala, ou falar e escrever podem ser duas coisas diferentes? Vou deixar essa pergunta no ar e, até o final da aula, vamos encontrar a resposta.
Introdução
Tempo sugerido: 9 minutos.
Orientações:
- Inicie a aula organizando a turma em grupos de 4 alunos que sejam produtivos e em hipóteses de escrita diferentes, para oportunizar a troca de experiências. Proponha um desafio: Peça para que as crianças anotem 3 palavras que você ditará e que a partir dessas 3 palavras devem tentar adivinhar de que texto você as retirou. As palavras são DOMINGO, TOURO e ACABOU. Depois que as crianças tiverem escrito, pergunte se eles se lembram em qual texto podemos encontrar essas palavras.
- É esperado que pelo menos alguma criança saiba de qual texto se trata. Se ninguém se lembrar, dê mais uma dica dizendo que é uma parlenda.
- Se ainda assim não se lembrarem, fale mais uma ou duas palavras que compõem a parlenda. Caso ainda não associem, faça mistério e diga que só descobrirão, então, quando estiverem com o texto na mão.
- Caso tenham feito a associação, diga que hoje essa parlenda será analisada por eles para descobrirem algo que se relaciona a escrita de algumas palavras.
- Peça para que olhem para as palavras que escreveram. Diga que as descobertas que farão na aula estão relacionadas a essas palavras. Mais especificamente ao final delas.
- Pessoal, às vezes a forma como falamos uma palavra pode nos confundir sobre como essa palavra é escrita. Um exemplo disso são essas 3 palavras que eu ditei. - As palavras ditadas DOMINGO e TOURO terminam em sílabas átonas, que acabam nos levando a falar a letra O final com som de U. Já na palavra ACABOU acabamos por omitir o U no final da palavra.
- Lembram-se do tema da aula? Será que todos vocês escreveram essas palavras da mesma forma? - Espera-se que as crianças percebam, conforme as questões seguintes forem levantadas, que algumas crianças escreveram as palavras baseadas apenas no som ouvido, podendo ter trocado algumas letras e outras, podem ter escrito ortograficamente, por resgatarem, na memória, como essas palavras são escritas.
- Será que sempre escrevemos da mesma forma que falamos? E falamos da mesma forma que escrevemos? - Como as crianças ainda estão em processo de alfabetização, não é esperado que elas dominem suficientemente a língua escrita para já saberem isso, embora algumas crianças possam já carregar tal noção. Essa é uma questão para enfatizar o conteúdo principal da aula, que é o som átono do O em final de palavra, que se mostra diferente na fala do modo como é escrito, encaminhando-as a uma compreensão inicial de que a língua portuguesa falada pode não ser igual à escrita, e que existem algumas regras ortográficas que podem nos ajudar a saber como escrever corretamente. As sugestões seguintes vão clarificando isso de maneira gradual.
- Muitas pessoas escrevem do modo como se fala. Mas a fala é diferente da escrita, porque a fala é marcada pelos sons, que podem carregar a história de quem fala. Cada região pode ter uma pronúncia para as palavras, até para as letras.
- Alguns falam mais rápido, outros mais devagar. Alguns têm um sotaque forte, outros, nem tanto.
- Além disso, muitas regrinhas na escrita podem ter a ver com o modo como as palavras são faladas e, por isso, devemos estudar essas regras analisando tanto a fala como a escrita.
- DOMINGO, por exemplo, termina com O ou com U? Qual é o som que sai quando a gente fala? E TOURO? Como sai o som final dessa palavra? E ACABOU? - Depois de ouvirem a explicação de que nem sempre escrevemos como falamos, as crianças vão olhar agora para suas próprias produções e, se não haviam tido ainda alguma dúvida quanto a grafia correta quando escreveram, baseadas no ditado, agora, elas vão analisar suas escolhas com mais atenção e tentar formular hipóteses que confrontarão diretamente com o que já sabem, levando-as a desejarem descobrir e conhecer as regras que regem a escrita.
- Quem acha que DOMINGO termina com O levanta a mão. E quem acha que é com U? - Esta é uma palavra já conhecida das crianças, mas ao escrever apenas ao ouvi-la, muitas podem ficar em dúvida. Além disso, crianças que estão em hipótese silábica apoiando-se somente nas consoantes, perceberão que falta a letra O ou U no final dessa palavra.
- E ACABOU? Termina com O? Quem acha que é com U? - Baseados somente na fala, que muitas vezes omite o U no final, elas podem pensar que é terminada em O.
- Certifique-se de falar essas palavras com naturalidade, do modo como as crianças estão habituadas a ouvir no dia a dia, sem dar pista, sem ditá-las didaticamente.
- Se as crianças tiverem descoberto qual texto está sendo trabalhado, recite a parlenda com a turma do modo como estão acostumados a recitá-la e depois faça as questões propostas abaixo. Caso as crianças não tenham conseguido descobrir, pule a recitação e inicie a discussão/reflexão:
- Vocês prestaram (ou prestam) atenção no som das palavras quando as falaram (ou falam)? - Como essa parlenda narra uma sucessão de acontecimentos e é um texto poético, as crianças geralmente a recitam num ritmo rápido e elas se preocupam em manter o ritmo adequado da fala, não analisar as palavras. Essa é uma questão para que, quando estiverem com o texto em mãos, saibam que é esperado que elas direcionem agora suas atenções à análise do texto, da pronúncia e suas relações.
- Deixe essas 3 palavras registradas aí no caderno. Nós vamos analisar a parlenda e descobrir com que letra essas palavras terminam, e o mais importante: O porquê.
Desenvolvimento
Tempo sugerido: 35 minutos.
Orientações: A sugestão é que se divida o desenvolvimento em dois momentos, sendo esta 1º parte de 15 minutos.
- Entregue a atividade para as crianças, disponível nos materiais complementares. Dê um tempo para que leiam a parlenda.
- Projete o texto no slide, caso esteja trabalhando com o projetor. Caso a descoberta de que texto se tratava esteja acontecendo somente agora, recite a parlenda com a turma.
- Depois, peça para que olhem para o texto e para o caderno. Leia com a turma a primeira linha: Hoje é domingo. Pergunte:
- Vocês escreveram domingo no caderno baseados apenas na hipótese/sonoridade, não é mesmo? E agora, lendo a palavra, como foi? A hipótese de vocês estava certa ou não? - É esperado que algumas crianças tenham escrito com O e outras com U, pois uma indagação similar já foi feita na introdução, mas é repetida aqui para reforçar que as crianças têm a liberdade de construir suas produções e conhecimentos baseadas em hipóteses iniciais, confrontando-as depois, isso será estabelecido com elas logo a seguir.
- A letra final é O. Mas vocês notaram algo diferente no som? - Como já foi discutida a relação entre som e grafia, espera-se que as crianças compreendam que mesmo sendo escrita com O tem som final de /u/.
- Se olharmos agora na parlenda impressa na atividade, será que encontraremos mais palavras em que isso acontece? Vou deixar vocês analisarem em grupo. Se necessário, recitem a parlenda, baixinho.
- Circulem as palavras que vocês acham que isso acontece. Não precisa ter receio, nós estamos na fase da descoberta e, nessa fase, trabalhamos em cima de hipóteses que podem estar certas ou não. É assim que aprendemos. - Neste momento, é essencial que as crianças analisem seus próprios textos, mas dialoguem com seu grupo, tentando encontrar palavras em que o O tem som de /u/.
- Dê aproximadamente 5-8 minutos para que as crianças façam isso. Vá passando entre os grupos e se certificando de que todos estão participando com sugestões.
- Se necessário, faça intervenções. Peça para recitarem a parlenda e, quando ouvirem um som de U, parem para procurar a palavra no texto, para ver se realmente é com U ou com O e circulá-la.
- Explique que, se encontrarem uma palavra terminada em U, devem circulá-la também, ou grifá-la, caso queiram diferenciá-la.
- Peça para que comparem com os colegas do grupo e caso alguma palavra circulada não seja a mesma do grupo, diga que devem conversar sobre isso e tentar chegar a um consenso, por isso, devem aprender a ouvir e argumentar com os colegas.
- Quando todos terminarem, solicite que cada grupo assinale para a sala 1 palavra das que foram circuladas. Vá escrevendo no quadro. Pergunte sempre se tem alguém que discorda da escolha (de que tal palavra tenha o som final de u). Caso haja, pergunte o porquê discorda, se o argumento fizer sentido, for pertinente e vier somar à análise, registre o argumento em algum espaço no quadro.
- São 11 palavras, então talvez seja necessário continuar pedindo para que as crianças falem quais ainda não estão no quadro. Aproveite para pedir a ajuda dos alunos menos participativos, daqueles que apresentam mais dificuldades, etc. Como eles decidiram em grupo, esses alunos podem ficar mais confiantes para participarem e, se preciso, estimule-os a confirmarem as hipóteses com os colegas do grupo.
- Recite a parlenda novamente, pedindo para que prestem atenção no som dessas palavras que foram circuladas.
- Por que vocês acham que todas essas palavras terminam com a letra O, mas tem som de U? - É provável que, para a maioria das crianças, a única relação seja com nosso modo de falar, uma das hipóteses levantadas no início da aula. Na etapa seguinte, elas descobrirão que a pronúncia se dá de tal forma, por questões de tonicidade das sílabas.
- Vamos descobrir?
Materiais complementares: Cópias para todos os alunos da atividade de análise da parlenda, disponível aqui. Resolução da atividade para apoio ao(a) professor(a), disponível aqui.
Desenvolvimento
Orientações: A sugestão é que essa segunda parte do desenvolvimento dure aproximadamente 20 minutos.
- Peça para que as crianças olhem para o exercício 2.
- Pessoal, olhem para o desafio proposto na atividade 2. Vocês devem escolher, entre as palavras circuladas, 4 palavras com 2 sílabas e 4 palavras com 3 sílabas.
- Todo mundo sabe o que é uma sílaba? - Caso alguma criança não saiba, explique que uma sílaba sempre tem pelo menos uma vogal, que o som das letras de uma sílaba sai de uma vez só nos lábios. Temos palavras com uma sílaba só, como COR. Temos palavras com duas sílabas como CORA. Temos palavras com três sílabas como CO-RA-ÇÃO e temos palavras com muitas sílabas como CO-RA-ÇÃO-ZI-NHO (marque a divisão mostrando com os lábios os movimentos e apontando com os dedos as quantidades de sílabas. Se preciso, escreva as palavras do exemplo no quadro).
- Será que separar as palavras em sílabas é muito difícil? Vocês notaram que na atividade já tem os espaços separados para colocarmos cada sílaba? - Para muitas crianças, segmentar palavras pode ser ainda muito difícil, por isso é sugerido que você inicie com exemplos e que as crianças trabalhem em grupos.
- Vou colocar dois exemplos aqui no quadro para fazermos juntos.
- Sugira CAJU e URUBU.
- Me ajudem a separar CAJU, quantas sílabas vocês acreditam que essa palavra tem? Vamos contar nos dedos? Podemos prestar atenção também no movimento dos nossos lábios, quantas vezes movimentamos a boca, quantos sons saem.
- CA-JU. - É esperado que algumas crianças digam que, oralmente, contaram dois sons, duas sílabas.
- E URUBU? Vamos ver? U- RU- BU. Muito bem, são 3 sílabas.
- Repararam que essas palavras terminam com U? Não as escolhi por acaso, vamos voltar a essas palavras, depois. Agora vou deixar vocês conversarem e escolherem as 4 palavras com 2 sílabas e as 4 palavras com 3 sílabas das que foram destacadas no texto.
- Vou circular entre vocês e, se precisarem de ajuda e estiverem com dúvidas sobre as sílabas, me chamem.
- Quando todos terminarem, peça novamente para que cada grupo dite uma palavra, mas agora em sílaba. Você já escreveu todas essas palavras no quadro. Vá até onde estão escritas e, na frente de cada palavra, escreva-a em sílabas. Na resolução da atividade, disponível no material complementar, você encontrará todas as respostas.
- Como vocês separaram as sílabas de DOMINGO? Peça para que ditem cada sílaba, primeiramente falando a palavra em sílabas e depois soletrando cada sílaba.
- Em algumas palavras, você deverá chamar a atenção quanto a algumas regrinhas. Os RR se separam nas sílabas e é muito provável que as crianças não façam essa separação. A explicação a seguir não é obrigatória, pois foge da proposta da aula que se foca no uso do O e U em final de palavra. Porém, para que as crianças compreendam a relação do O átono no final de palavras, elas precisam ligar isso ao fato de que ele não está na sílaba tônica e, sendo assim, é necessário exercitar a separação de sílabas para saber encontrar a sílaba tônica e deixar a regra evidente.
- Por isso, caso você queira, pode explicar isso brevemente. Não há um consenso sobre o porquê de se separarem, mas é algo que acontece em muitas línguas quando há essa repetição de consoantes idênticas, e você pode tentar explicar da seguinte maneira:
- Sempre que tivermos 2 consoantes iguais, elas devem ser separadas nas sílabas Então, um R fica na sílaba anterior e um R na sílaba com som de /R/.
Quando a aula terminar, você pode retomar este problema. As informações contidas neste item são apenas como uma previsão de possíveis dificuldades ao longo da atividade. Haverá aulas disponíveis que tratarão do uso do R nos Planos de Aula da Nova Escola. Caso queira estudar mais sobre este assunto, por enquanto, você pode visitar links de sites para leitura, disponíveis nos materiais complementares.
- Sabendo da regrinha, continue pedindo para que ditem as sílabas, primeiro falando-as e depois soletrando-as.
- Dependendo do número de grupos, poderão ser 2 palavras por grupo, ou você pode ir selecionando os alunos que gostaria de despertar uma maior consciência fonológica para soletrar as sílabas para você.
- Quando terminar, explique para as crianças que toda palavra tem uma sílaba mais forte, que se sobressai. Às vezes é fácil identificá-la, mas muitas vezes, não.
- Diga que você dará uma dica para que as crianças consigam descobrir a sílaba mais forte de qualquer palavra.
- Pessoal, quando queremos descobrir a sílaba mais forte, nós chamamos a palavra como se estivéssemos chamando uma pessoa, o nome dela.
- Por exemplo: ANGÉÉÉLICA (você pode escolher o nome de algum aluno). Viu como eu me demorei mais na sílaba Gé?
- Vamos tentar em uma das palavras que já estão separadas em sílabas? Eu vou chamar a sílaba e vocês devem tentar descobrir qual é a mais forte.
- DOMIIIIINGO, ô DOMIIIINGO. E aí? Conseguiram identificar? Em qual sílaba eu me demorei mais? - Caso as crianças não tenham conseguido identificar, faça mais uma vez, mas agora apontando com o dedo para cima na sílaba em que mais se demorar.
- Conseguiram? Isso mesmo, é MIN. Vamos circulá-la então.
- Alguém quer tentar achar a sílaba mais forte de BARRO?
- Espere para ver se alguma criança se habilita. Caso não, é sinal de que ainda não estão confiantes. Faça o mesmo com essa palavra.
- BAAAAAARRO. Conseguiram? Isso mesmo é BA. Circule a sílaba BAR.
- Agora, conversem em grupo e tentem descobrir a sílaba mais forte de todas as outras palavras. Podem grifá-la ou circulá-la para destacá-la.
- Continue circulando pela sala e ajudando os grupos que apresentarem mais dificuldade. Peça para que os alunos chamem a palavra como se estivesse chamando alguém no portão. Vá fazendo intervenções.
- Dê aproximadamente 5 minutos para que façam essa atividade. Terminada, peça para que as crianças olhem para as sílabas destacadas e peça novamente para que cada grupo diga a sílaba forte de uma palavra ou mais. Caso haja algum erro, chame a palavra com eles, tentando salientar como a sílaba se destaca na pronúncia quando a chamamos.
- Após todos terem feito as possíveis correções e tiverem todas as sílabas destacadas, peça para que reflitam sobre as sílabas fortes e a relação que têm com o O com som de U no final da palavra.
- Pessoal, o O com som de U está em alguma sílaba circulada? - As crianças vão observar novamente as palavras extraídas para análise e perceber que o O com som fraco não está em nenhuma sílaba forte, continue a indagação.
- Vocês acreditam que o som fraco tem alguma relação com esse fato? - Conduza os alunos a percepção de que o O fica com esse som de U, na pronúncia, justamente porque ele não está na sílaba forte da palavra, mas está na mais fraca. Que eles podem usar este recurso de “chamar” a palavra e descobrir se essa palavra se escreve com O ou U, descobrindo qual é a sílaba mais forte da palavra.
- Se a sílaba mais forte não for a última, essa palavra será terminada em O.
- Tem algo em comum sobre as sílabas mais fortes nessas palavras? Aqui, espera-se que os alunos percebam que as sílabas fortes são sempre as penúltimas e não as últimas para confirmar todas as descobertas anteriores.
- A última palavra com 3 sílabas provavelmente será ACABOU que termina em U. Na correção da sílaba forte, será mostrado que ela é a sílaba mais forte da palavra. Chame a atenção das crianças para esse fato.
- As sílabas terminadas em O com som de U não eram as mais fortes, mas e a que termina com U é a mais forte? Interessante, não é? Volte para as palavras escritas no quadro: CAJU e URUBU.
- E dessas palavras, vamos achar a sílaba mais forte de CAJU e URUBU?
- Isso mesmo, é a última sílaba, a que tem o U.
- Será que agora fica mais fácil de saber quando uma palavra termina com O ou com U se nós tivermos que escrever baseados apenas no que ouvimos?
Materiais complementares: Site de debate sobre a língua portuguesa, nesse link. Site que explica regras de translineação, nesse link.
Fechamento
Tempo sugerido: 5 minutos.
Orientações:
- Peça para que os alunos olhem para as palavras da lista e selecione algumas questões reflexivas sobre o conteúdo da aula que achar mais pertinente:
- Algumas dessas palavras vocês acreditavam que eram escritas com U e hoje vocês descobriram que é com O? - É esperado que algumas crianças confirmem que, pelo som, acreditavam que a grafia era de outro modo.
- Vocês conseguiram compreender o porquê algumas delas são escritas com O e outras com U? - As crianças devem verbalizar que são escritas com O ou U de acordo com as sílabas fortes e fracas das palavras, como descobriram no decorrer da aula.
- Foi fácil separar as palavras em sílabas? Vocês acham que é difícil ou fácil identificar qual sílaba é a mais forte da palavra? - Oralmente pode ser mais fácil fazer essa segmentação, mas na escrita pode ser um pouco mais difícil para crianças que ainda estão no processo de alfabetização. No site, você encontrará outras aulas relacionadas à segmentação de palavras que poderá utilizar com sua turma, caso essa seja uma dificuldade recorrente.
- Por que vocês acreditam que é difícil? (para o caso das crianças afirmarem que é difícil)
- Leve em consideração as respostas das crianças para pensar em intervenções nas próximas aulas.
- Peça para que façam o registro da descoberta na folha de atividade, escrevendo sobre o som fraco do O e a questão de uma palavra sempre ter uma sílaba forte, que não é a do O com som de U. Você pode fazer o registro no quadro com a ajuda dos alunos.
- Sugestão e exemplos de registro:
- A letra O pode ficar com o som fraco no final da palavra, quando ela não está na sílaba mais forte, como em BARRO e CACHIMBO. (sublinhe BA e CHIM e peça para que as crianças façam o mesmo no registro)
- Quando isso acontece, a letra O fica com som de /u/ e pode nos confundir.
- Para descobrir se devemos usar O ou U é só chamarmos uma palavra como se ela fosse um nome, e descobrir qual é a sua sílaba mais forte.
- Se a última sílaba não for a mais forte, vamos usar o O no final.
Se a última sílaba for a mais forte, usaremos o U, como na palavra CAJU.
- Pode-se recolher a atividade para analisar como as crianças se saíram, se acompanharam com facilidade a separação de sílabas, se há muitas rasuras, se isso acontece com as mesmas palavras para a maioria dos alunos, procurando dificuldades recorrentes. Aproveite e faça um registro seu também, com suas considerações sobre o desenvolvimento da atividade e levando em conta as dúvidas demonstradas pelas crianças, pensando em estratégias que poderão ser agregadas para a próxima aula.
- Posteriormente, devolva a atividade para os alunos e peça para que colem no caderno, pois poderão usar as descobertas dessa atividade no início da aula seguinte, que será sobre o mesmo tema e aprofundará o assunto. É sempre bom relembrar do que se aprendeu tendo algo concreto.
O item abaixo é uma sugestão que demandaria tempo extra, pois não se encaixaria nos 50 minutos planejados para essa aula:
- Após o registro feito, caso queira, para terminar a aula de forma ainda mais prazerosa, você pode propor que cantem novamente a parlenda, mas, desta vez, as crianças podem tentar fazer a batida em cima da sílaba forte. Peça para que batam palmas. Faça também.
- O que acham de nós brincarmos uma última vez com a parlenda para ajudar a fixar a ideia da sílaba forte? (resposta pessoal)
- Olhando para as sílabas fortes, nós vamos todos tentar bater palmas em cima delas.
Aproveite o momento de descontração e ludicidade.
Sugestão de adaptação para ensino remoto
(Esta é a 1ª aula de um conjunto de três planos com foco em análise linguística e semiótica, com a finalidade de perceber as regularidades no uso das letras O e U no final de palavras, com ênfase no O átono.)
Recursos indicados
- Necessários: WhatsApp ou e-mail para envio das orientações e devolutivas;
Textos do plano, disponível aqui;
Canais para videochamada ou compartilhamento de tela, como Google Meet ou Hangouts.
- Opcionais: Google Apresentações ou Padlet (tutorial disponível aqui).
Introdução
Pelo grupo de WhatsApp, inicie a aula propondo um desafio: "Eu vou falar 3 palavras que vocês devem anotar e tentar adivinhar a qual texto pertence". Digite essa frase e, em seguida, grave um áudio com as palavras: DOMINGO, TOURO e ACABOU. Certifique-se de falar com naturalidade, do modo como as crianças estão habituadas a ouvi-las no dia a dia, sem dar pistas ou ditá-las didaticamente.
Desenvolvimento
Marque um horário para uma videochamada, pergunte se descobriram de qual texto são as palavras e explique que ele será analisado para descobrirem algo que se relaciona com a escrita de algumas palavras. Então, recite a parlenda “Hoje é domingo”. Peça que olhem para as palavras que escreveram e diga que as descobertas estão relacionadas com essas palavras, mais especificamente com o final delas. Use as orientações da Introdução do plano para realizar as intervenções e fazê-los perceber que, às vezes, a forma como falamos uma palavra pode nos confundir sobre como essa palavra é escrita. Por exemplo, nas 3 palavras citadas: as palavras DOMINGO e TOURO terminam em sílabas átonas, que acabam nos levando a falar a letra O final com som de U; já na palavra ACABOU, acabamos por omitir o U no final da palavra. Será que sempre escrevemos da mesma forma que falamos? E falamos da mesma forma que escrevemos? Essa é uma questão para enfatizar o conteúdo principal da aula, que é o som átono do O no final das palavras, que se mostra diferente na fala do modo como é escrito, encaminhando-as a uma compreensão inicial de que a língua portuguesa falada pode não ser igual à escrita e que existem algumas regras ortográficas que podem nos ajudar a saber como escrever corretamente. Explique que a parlenda será analisada para descobrirem com que letra essas palavras terminam, e o mais importante: o porquê. Para isso, dependendo das características da turma, compartilhe a tela com o texto para um trabalho coletivo, ou organize-os em grupos produtivos utilizando a atividade disponível aqui. A resolução está disponível aqui. Verifique as intervenções e orientações no Desenvolvimento do plano original, pois é essencial que as crianças analisem seus próprios textos, mas dialoguem para encontrar palavras em que o O tem som de /u/.
Fechamento
Para finalizar, peça que façam o registro da descoberta na folha de atividade, escrevendo sobre o som fraco do O e a questão de uma palavra sempre ter uma sílaba forte, que não é a do O com som de U. Você pode fazer o registro no Google Apresentações ou no Padlet, com a ajuda dos alunos.
Convite às famílias
Procure proporcionar um ambiente favorável para a realização das atividades propostas, incentivando e auxiliando quando necessário, no entanto, sem fazer pela criança.
Prática de linguagem: Análise linguística e semiótica