Plano de aula: A Caatinga, biodiversidade e sociedade

Tempo previsto: 50 minutos.

Inicie a aula dialogando com a turma sobre o tema que será trabalhado e aproveite o momento para o levantamento de conhecimentos prévios sobre o bioma da caatinga.

- O que vocês já ouviram falar sobre a caatinga?

- Quais características conhecem desse bioma?

Informe que, nesta aula, vocês aprofundarão o estudo sobre as características da vida na caatinga e sobre como as plantas e os animais conseguem viver nesse ambiente, que é o semiárido mais biodiverso do planeta. Pergunte se os alunos conhecem algum povo que vive em um ambiente seco e explique que na caatinga também vivem pessoas.

Projete as imagens abaixo. Explique aos alunos que conhecerão dois exemplos de espécies vegetais típicas da caatinga.

- Vocês conhecem esses vegetais?

- Quais características percebem de diferente neles de outras árvores que vocês conhecem?

A primeira imagem se trata de um umbuzeiro ou imbuzeiro, árvore de médio porte cujos frutos são usados na produção de polpas e geleias. A segunda imagem é uma representação de um mandacaru, uma espécie de cacto que possui folhas convertidas em espinhos.

Siga o mesmo procedimento para apresentar, agora, dois animais que são típicos desse ambiente.

- Vocês conhecem esses animais?

- Quais semelhanças e diferenças eles possuem?

O tatu-bola é hoje um animal em extinção devido à caça e à destruição do seu habitat. Ele possui hábitos noturnos a fim de evitar o calor durante o dia e, no período da seca, a alimentação se resume à insetos. O sapo cururu também tem hábitos noturnos pelo mesmo motivo que o tatu-bola.

Organize uma lista coletiva no quadro, discutindo com os estudantes quais as principais características da caatinga e quais adaptações foram necessárias para garantir a sobrevivência das espécies nesse ambiente. Não antecipe conclusões, apenas colete as ideias compartilhadas pela turma.

Após a discussão sobre o umbuzeiro, o mandacaru, o tatu-bola e o sapo cururu, peça aos alunos para, em grupos, usarem a IA para gerar um mapa de características da caatinga. Eles podem criar comandos como:

• Quais são as adaptações de plantas e animais para viver em um ambiente com pouca água?

• Liste as características do umbuzeiro e do mandacaru.

• Como o tatu-bola e o sapo cururu sobrevivem ao calor e à seca?

• Quais são as plantas características da caatinga? O que elas possuem em comum?

• Quais são os animais característicos da caatinga? O que eles possuem em comum?

Oriente os alunos sobre a escolha da ferramenta de IA que será explorada, sobre os recursos disponíveis e sobre a criação dos prompts para que consigam as informações necessárias para compor a atividade.

Incentive-os a não aceitarem a primeira resposta da IA como verdade absoluta. A melhor estratégia é ensiná-los a buscar a mesma informação em pelo menos duas outras fontes confiáveis e independentes. Peça que comparem os dados e verifiquem se há inconsistências. É fundamental que questionem: de onde essa informação veio? Ou quem disse isso?

A IA pode listar características adicionais e explicar o porquê de certas adaptações. O sapo cururu, por exemplo, diferente de outros anfíbios, possui a pele seca e está adaptado ao ambiente terrestre, não possuindo membranas entre os dedos, que facilitam a movimentação na água. No caso dos vegetais apresentados, o exemplo pode ser o umbuzeiro, que é uma árvore de médio porte cujas raízes possuem adaptação aos períodos de seca prolongados. Conhecidos como xilopódios, essas raízes possuem a capacidade de armazenar água, formando “batatas” que servem como reservatórios. Outro exemplo é o mandacaru, uma espécie de cacto, que possui folhas convertidas em espinhos. Dessa forma, evapora menos água para o ambiente, já que é a partir das folhas que a planta faz suas trocas gasosas. Diferente do umbuzeiro, o mandacaru não armazena água nas raízes, mas no seu caule, verde e suculento.

Caso não seja possível utilizar a IA no momento da aula, oriente para que a pesquisa seja feita em casa para compartilhamento posterior. Nesse caso, oriente os alunos sobre a escolha da ferramenta de IA, sobre os comandos para pesquisa e sobre a importância de analisar e qualificar as informações. Informe que esses registros serão retomados na próxima aula. Além disso, considere a possibilidade de ampliar as discussões, incluindo problematizações:

- Como lidar caso a IA dê respostas inadequadas?

- Como saber quais prompts são mais ou menos eficazes?