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Plano de aula: Apresentações de propostas orais em sala de aula

Plano 12 de uma sequência de 15 planos. Veja todos os planos sobre Carta de reclamação

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Sobre este plano
Sobre este plano

Este slide não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você, professor, possa se planejar.

Sobre esta aula: esta é 12ª aula de uma sequência de 15 planos de aula com foco no gênero cartas de reclamação/apresentação de propostas orais e no campo de atuação na vida pública. A aula faz parte do módulo de Oralidade.

Materiais necessários: Caderno, canetas, marcadores de texto, lápis, celular ou gravador de voz.

Informações sobre o gênero: A apresentação de propostas orais concretiza-se no âmbito da oralidade e está dentro da esfera dos gêneros orais do campo da argumentação. A partir da interação discursiva, observa-se que os interlocutores podem estar próximos ou não. Neste gênero, de matriz também expressiva, o sujeito, enquanto ser social, dotado da compreensão e uso da linguagem como fenômeno social, lança ao outro suas petições, utilizando-se da fala.

Já nas cartas de reclamação, o texto possui caráter epistolar e expressa a necessidade de um sujeito, inserido em uma prática de linguagem social concreta e determinada, de se comunicar com o outro. Para isto, ele lança mão da escrita. Os interlocutores não estão em presença; há, portanto, um distanciamento espaço-temporal e por isto, há utilização de elementos típicos dos gêneros epistolares, tais como “remetente”, “local”, “data”, “assinatura”.

Dificuldades antecipadas: Sintetizar oralmente posicionamentos, opiniões individuais e coletivas de forma coerente, apresentando propostas e argumentos claros e objetivos sem ler pode ser uma dificuldade, tendo em vista a timidez de alguns alunos e a falta de treino para momentos de uso da oralidade de forma mais sistematizada.

Referências sobre o assunto:

MARCURSCHI, Luiz Antônio; DIONÍSIO, Ângela Paiva (orgs). Fala e escrita. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 1ª edição, 1ª Reimpressão, 2007.

Esta publicação reúne textos importantes para a compreensão dos fenômenos que circundam o campo da oralidade, os gêneros orais e seu ensino. Os artigos que compõem esta publicação perpassam os campos da oralidade escrita, propondo reflexões sobre a multimodalidade em atividades com gêneros orais e escritos, a caracterização do gênero oral, bem como as estratégias de textualização na fala e na escrita.

“Toda a atividade discursiva e todas as práticas lingüísticas se dão em textos orais ou escritos com a presença de semiologias de outras áreas, como a gestualidade e o olhar, na fala, ou elementos pictóricos e gráficos, na escrita. Assim, as produções discursivas são eventos complexos constituídos de várias ordens simbólicas que podem ir além do recurso estritamente lingüístico. Mas toda nossa atividade discursiva situa-se, grosso modo, no contexto da fala ou da escrita” (MARCUSCHI, DIONÍSIO, 2007, p. 13).

MARCURSCHI, Luiz Antônio. O estudo dos gêneros mostra o funcionamento da sociedade in: Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.

MARCURSCHI, Beth, SUASSUNA, Lívia. Avaliação em Língua portuguesa: contribuições para a prática pedagógica. Belo Horizonte: Autêntica, 1ª Ed, 1ª Reimpressão, 2007.

SCHNEUWLY, B.& DOLZ. J (2004). Os gêneros escolares - das práticas de linguagem aos objetos de ensino in: Gêneros orais e escritos na escola. Campinas, São Paulo: Mercado das Letras, 2004.

Livro fundamental para quem se pretende compreender o funcionamento e organização dos gêneros textuais, tanto orais como escritos e sua aplicabilidade e estudo em sala de aula.

“...os gêneros formais públicos constituem objetos autônomos para o ensino do oral. Eles são autônomos no sentido de que o oral (os gêneros orais) é abordado como objeto de ensino e aprendizagem em si. Não constituem um percurso de passagem para a aprendizagem de outros comportamentos lingüísticos (a escrita ou a produção escrita) ou não-lingüísticos (em relação somente com outros saberes disciplinares). Também não estão subordinados a outros objetos de ensino-aprendizagem”. (DOLZ & SCHNEUWLY, 2004, p.177)

“...a exposição deverá ser ordenada em partes e subpartes, que permitam distinguir as fases sucessivas de sua construção interna. Numa perspectiva de ensino, podem-se distinguir as seguintes partes: uma fase de abertura, uma fase de introdução ao tema, a apresentação do plano da exposição, o desenvolvimento e o encadeamento dos diferentes temas, uma fase de recapitulação e síntese, a conclusão e o encerramento” (DOLZ & SCHNEUWLY, 2004, p.187-188)

Tema da aula
Tema da aula

Tempo sugerido: 2 minutos

Orientações:

1. Apresente o tema para a turma.

Esta será uma aula sobre o gênero Apresentação de propostas orais; nela, os alunos apresentarão suas ideias sobre um tema pré-estabelecido e também propostas de intervenção para um possível problema ou melhoria em algo que lhes chame a atenção, na escola, na cidade, na comunidade em que vivem, etc. Os alunos deverão apresentar suas propostas orais em conformidade com as características deste gênero oral em estudo, bem como de seus elementos composicionais, evidenciando, sobretudo, a organização da fala, as etapas de produção e registro oral, a adequação vocabular diante do interlocutor que deverá estar presente para ouvir as propostas orais dos alunos.

Para tanto, é importante que os estudantes já tenham tido contato com este gênero oral, seus elementos composicionais, seu contexto de produção e sobretudo, sua organização, e que já tenham planejado a apresentação da proposta oral.

A título de sugestão, para esta aula, a organização da sala (distribuição das cadeiras) pode ser feita em círculo, ficando o professor mediador posicionado em um ponto visível e o interlocutor convidado também; os alunos podem ficar ao redor deles, facilitando o diálogo e a apresentação mais leve da proposta oral.

Ao apresentar o tema para turma, convide o interlocutor (podendo ser o diretor ou diretora da escola, um representante comunitário como um vereador etc.) para fazer parte da aula. A presença deste interlocutor legitima a funcionalidade do gênero oral em estudo. Sua participação precisar ser previamente agendada e informada aos alunos, para que na fase de planejamento da apresentação a preparação possa ser mais individualizada.

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