Plano de Aula

Plano de aula: Produção de cartas de reclamação

Plano 14 de uma sequência de 15 planos. Veja todos os planos sobre Carta de reclamação

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Sobre este plano
Sobre este plano

Este slide não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você, professor, possa se planejar.

Sobre esta aula: Esta é décima quarta aula de uma sequência de 15 planos de aula com foco no gênero cartas de reclamação/apresentação de propostas orais e no campo de atuação na vida pública. A aula faz parte do módulo de Produção de texto.

Materiais necessários: Caderno, folhas ou bloco de anotações para rascunho, lápis, borracha, caneta, marcadores de texto em diversas cores.

Informações sobre o gênero: Texto de caráter epistolar, as cartas de reclamação expressam a necessidade de um sujeito, inserido em uma prática de linguagem social concreta e determinada, se comunicar com o outro. Para isto, ele lança mão da escrita. Os interlocutores não estão em presença; há, portanto, um distanciamento espaço-temporal e por isto, a utilização de elementos típicos dos gêneros epistolares, tais como “remetente”, “local”, “data”, “assinatura” .

Neste gênero, o remetente descreve um problema ocorrido ao seu destinatário a fim de que este consiga resolvê-lo. Uma das características mais específicas da cartas de reclamação é o seu caráter persuasivo, por utilizarem-se do discurso argumentativo para convencer o outro a solucionar determinado problema, este por sua vez, de ordem individual e/ ou coletiva. Já a apresentação de propostas orais concretiza-se no âmbito da oralidade, podendo os interlocutores estarem próximos ou não. Neste gênero, de matriz também expressiva, o sujeito, enquanto ser social, dotado da compreensão e uso da linguagem como fenômeno social, lança ao outro suas petições, utilizando-se da fala.

Dificuldades antecipadas: O alunos podem sentir dificuldades em iniciar o texto, já que será preciso retomar constantemente a um esquema de planejamento textual.

Referências sobre o assunto:

ELIAS, Vanda Maria; KOCH, Ingedore Villaça. Ler e escrever: Estratégias de produção textual. São Paulo: Contexto, 2009.

____________. Escrever e argumentar. São Paulo: Contexto, 2009.

JACOB, Jeannette; JOLIBERT, Josette. Além dos muros da escola: A escrita como ponte entre alunos e comunidade. Rio de Janeiro: Artmed, 2008.

MARCURSCHI, Luiz Antônio. O estudo dos gêneros mostra o funcionamento da sociedade. In: Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.

MARCURSCHI, Beth; SUASSUNA, Lívia. Avaliação em Língua portuguesa: contribuições para a prática pedagógica. 1ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.

SCHNEUWLY, B.; DOLZ. J. Os gêneros escolares: das práticas de linguagem aos objetos de ensino. In: Gêneros orais e escritos na escola. Campinas - SP: Mercado das Letras, 2004.

Livro fundamental para quem se pretende compreender o funcionamento e organização dos gêneros textuais, tanto orais como escritos e sua aplicabilidade e estudo em sala de aula.

“...os gêneros formais públicos constituem objetos autônomos para o ensino do oral. Eles são autônomos no sentido de que o oral (os gêneros orais) é abordado como objeto de ensino e aprendizagem em si. Não constituem um percurso de passagem para a aprendizagem de outros comportamentos lingüísticos (a escrita ou a produção escrita) ou não-lingüísticos (em relação somente com outros saberes disciplinares). Também não estão subordinados a outros objetos de ensino-aprendizagem”. (DOLZ & SCHNEUWLY, 2004, p.177)

“...a exposição deverá ser ordenada em partes e subpartes, que permitam distinguir as fases sucessivas de sua construção interna. Numa perspectiva de ensino, podem-se distinguir as seguintes partes: uma fase de abertura, uma fase de introdução ao tema, a apresentação do plano da exposição, o desenvolvimento e o encadeamento dos diferentes temas, uma fase de recapitulação e síntese, a conclusão e o encerramento” (DOLZ & SCHNEUWLY, 2004, p.187-188)

“ (...) avaliação é aqui vista como a ação processual de construir um valor provisório para o ser focalizado, mediante categorias social e culturalmente marcadas e interativamente elaboradas. Avaliar, portanto, envolve concepções de mundo, conhecimentos partilhados e a emissão de juízos de valor, juízos esses formulados a partir de informações coletadas e selecionadas em contextos sócio-históricos específicos” (MARCUSCHI, 2007, p. 66)

Tema da aula
Tema da aula

Tempo sugerido: 5 minutos

Orientações:

  • Apresente o tema para a turma.
  • Esta será uma aula sobre produção textual de cartas de reclamação. A aula parte do princípio de produção baseado nos parâmetros de interação social, o que acarreta compreender o lugar social daquele que escreve e a finalidade da produção de texto, tendo em vista a interação entre os interlocutores, neste caso, o remetente e o destinatário. Para tanto, é importante que os estudantes já tenham tido contato com este gênero textual, seus elementos composicionais, seu contexto de produção e, sobretudo, sua funcionalidade, e que já tenham feito diversas leituras e estudos de textos do gênero em diferentes suportes, virtuais ou não.

Atenção: Nesta aula, os estudantes produzirão uma carta de reclamação com base em um esquema de planejamento já elaborado e finalizado anteriormente pelos estudantes sob orientação do professor.

  • A título de sugestão, recomendamos a leitura e abordagem dos planos 2, 3 e 13 desta sequência de atividades que abordam respectivamente relações entre o contexto de produção das cartas de reclamação para reconhecimento dos elementos composicionais e estilísticos do gênero, a apresentação de cartas de reclamação em diversos formatos e a produção de estratégias de planejamento textual. Nesta última aula é possível encontrar um esquema para planejamento elaborado exclusivamente para a produção de cartas de reclamação.
  • Ao apresentar o tema para a turma, levante os conhecimentos prévios dos estudantes para os seguintes pontos:
  • Ao escrever um texto, o que deve ser levado em consideração, se pensarmos que todo texto é escrito para alguém ler? Devemos levar em consideração o leitor do texto, por isto, a linguagem precisa adequar-se a ele. Além da linguagem e do interlocutor do texto, a estrutura dele também é importante - se vamos escrever uma carta, o texto precisa conter traços e elementos que caracterizam uma carta.
  • Na escrita de uma carta de reclamação, o que não pode faltar? A descrição do problema a ser relatado na carta, informações sobre o remetente (o que traz ao texto certa credibilidade), nome do destinatário e sua respectiva função e/ou ocupação (ele é sempre alguém considerado eficaz para solucionar o problema), o local e a data para situar onde se localiza o problema no tempo e no espaço.

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