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Plano de aula: Estratégia de produção textual para cartas de reclamação

Plano 13 de uma sequência de 15 planos. Veja todos os planos sobre Carta de reclamação

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Sobre este plano
Sobre este plano

Este slide não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você, professor, possa se planejar.

Sobre esta aula: Esta é décima terceira aula de uma sequência de 15 planos de aula com foco no gênero cartas de reclamação / apresentação de propostas orais e no campo de atuação na vida pública. A aula faz parte do módulo de Produção de texto.

Materiais necessários: Cadernos, lápis, borracha, caixa pequena, fotografias (previamente solicitadas pelo professor ao estudante)*.

*Atenção: Previamente, deve ser solicitado aos estudantes que levem para a sala de aula fotografias contendo algum problema encontrado por eles na rua onde moram, na cidade, bairro ou até mesmo na escola. Estas fotografias (podendo ser apresentadas impressas ou mesmo no celular) servirão de base para a produção da carta de reclamação.

Caso não seja possível a coleta das fotografias por parte dos alunos, a título de sugestão, encontram-se no material complementar deste plano algumas imagens que podem ser usadas para este fim.

Informações sobre o gênero: Nas cartas de reclamação, o texto possui caráter epistolar e expressa a necessidade de um sujeito, inserido em uma prática de linguagem social concreta e determinada, de se comunicar com o outro, para isto, ele lança mão da escrita. Os interlocutores não estão em presença; há, portanto, um distanciamento espaço-temporal e por isto, a utilização de elementos típicos dos gêneros epistolares, tais como “remetente”, “local”, “data”, “assinatura”.

Dificuldades antecipadas: O planejamento do texto a ser produzido poderá ser uma dificuldade para o aluno, tendo em vista que muitos podem achar desnecessária esta etapa, tentando ir direto para a produção final.

Referências sobre o assunto:

ELIAS, Vanda Maria; KOCH, Ingedore Villaça. Ler e escrever: Estratégias de produção textual. São Paulo: Contexto, 2009.

____________. Escrever e argumentar. São Paulo: Contexto, 2009.

MARCURSCHI, Luiz Antônio. O estudo dos gêneros mostra o funcionamento da sociedade. In: Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.

MARCURSCHI, Beth; SUASSUNA, Lívia. Avaliação em Língua portuguesa: contribuições para a prática pedagógica. 1ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.

SCHNEUWLY, B.; DOLZ. J. Os gêneros escolares: das práticas de linguagem aos objetos de ensino. In: Gêneros orais e escritos na escola. Campinas - SP: Mercado das Letras, 2004. Livro fundamental para quem se pretende compreender o funcionamento e organização dos gêneros textuais, tanto orais como escritos e sua aplicabilidade e estudo em sala de aula.

“...os gêneros formais públicos constituem objetos autônomos para o ensino do oral. Eles são autônomos no sentido de que o oral (os gêneros orais) é abordado como objeto de ensino e aprendizagem em si. Não constituem um percurso de passagem para a aprendizagem de outros comportamentos lingüísticos (a escrita ou a produção escrita) ou não-lingüísticos (em relação somente com outros saberes disciplinares). Também não estão subordinados a outros objetos de ensino-aprendizagem”. (DOLZ & SCHNEUWLY, 2004, p.177)

“...a exposição deverá ser ordenada em partes e subpartes, que permitam distinguir as fases sucessivas de sua construção interna. Numa perspectiva de ensino, podem-se distinguir as seguintes partes: uma fase de abertura, uma fase de introdução ao tema, a apresentação do plano da exposição, o desenvolvimento e o encadeamento dos diferentes temas, uma fase de recapitulação e síntese, a conclusão e o encerramento” (DOLZ & SCHNEUWLY, 2004, p.187-188)

Tema da aula
Tema da aula

Tempo sugerido: 5 minutos

Orientações:

  • Ao apresentar o tema para turma, levante o conhecimento prévio dos estudantes, convidando-os a refletir sobre a pergunta do slide:
  • Se desejamos escrever uma carta de reclamação, qual é a primeira coisa que precisamos fazer?

É provável que os alunos respondam algo como (dentro da hipótese de já terem trabalhado o gênero em aulas anteriores): saber quem é o nosso interlocutor, analisar a linguagem utilizada e as formas de tratamento para com ele, a descrição do problema - que precisa estar clara no texto, assim como os argumentos utilizados pelo remetente, a fim de garantir ao texto credibilidade -, local e data. Esses são elementos que não podem faltar numa carta de reclamação.

OBS.: Esta será uma aula sobre a situação de produção, interação e planejamento textual de cartas de reclamação. Nela, os estudantes conhecerão um contexto possível de produção do gênero, previamente combinado entre eles e o professor. A partir da apresentação de uma problemática, os alunos poderão articular e planejar uma forma de reclamar, neste caso, utilizando o gênero em estudo. Para tanto, é importante que os estudantes já tenham tido contato com este gênero textual, seus elementos composicionais, seu contexto de produção e, sobretudo, sua funcionalidade, e que já tenham feito diversas leituras e estudos de textos do gênero em diferentes suportes, virtuais ou não. A título de sugestão, recomendamos a leitura e abordagem dos planos 2 e 3 desta sequência de atividades que abordam respectivamente relações entre o contexto de produção das cartas de reclamação para reconhecimento dos elementos composicionais do gênero e a apresentação de cartas de reclamação em diversos formatos.

  • Organize a turma em duplas (previamente escolhidas pelos próprios estudantes).
    Para esta aula, sugerimos o trabalho em duplas por compreendermos que a produção de textos em duplas proporcionará maior diálogo entre os alunos, tendo em vista as novas descobertas para esta aula e os encaminhamentos a serem feitos para a produção de texto. Os alunos dessa faixa etária tendem a aprender melhor trocando ideias e, muitas vezes, socializando informações sobre o planejamento do texto a ser produzido; a opção pela produção a quatro mãos (em duplas) auxilia também no desenvolvimento afetivo dos alunos.

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