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Plano de Aula
Plano 4 de uma sequência de 5 planos. Veja todos os planos sobre Percurso com materiais de largo alcance
Contextos prévios:
Para realizar esta atividade é interessante que, em outros momentos de brincadeiras com água, você tenha explorado com as crianças relações espaciais e temporais como, por exemplo, notar que alguns objetos afundam e ficam dentro da água e que outros flutuam. Esta atividade terá mais significado se partir do levantamento de hipóteses que elas já estejam construindo. Se achar adequado, avise às famílias que as crianças brincarão com água e solicite mais peças de roupas e protetor solar.
Para se inspirar, assista ao vídeo Canoas - Tatajuba, CE, do Território do Brincar. Link:
Materiais:
Para serem transportados: materiais que flutuam, como tampas de plástico, potes vazios, folhas secas, gravetos, ou tipos variados de barcos de papel. Você pode incluir outros que considerar adequados para a brincadeira.
Para armazenamento, deslocamento da água e construção dos caminhos: bacias, baldes, canos flexíveis e rígidos, tubos e garrafas pet cortadas horizontalmente e verticalmente.
Para o registro da atividade: algum aparelho fotográfico ou de vídeo.
São inúmeros os materiais de largo alcance que podem ser utilizados nesta atividade. Aproveite sucatas e demais recipientes que estejam disponíveis em sua escola e certifique-se de que eles estejam limpos antes de serem disponibilizados às crianças e de que não possam ser engolidos. Reúna-os em uma quantidade suficiente para o manuseio de todas elas.
Espaços:
Planeje que a atividade se iniciará com todo o grupo em uma sala, para a preparação das crianças. Seu desenvolvimento ocorrerá em pequenos grupos,em um espaço amplo (como uma quadra ou pátio) que possa ser molhado e limpo depois, que não fique escorregadio e que permita a movimentação livre das crianças. É importante que a atividade seja realizada em um dia de calor.
No espaço, disponha ao menos duas bacias ou potes grandes com água, posicionados a certa distância um do outro. Os objetos flutuantes devem ficar em uma delas e os demais, no chão. Acompanhe o brincar e a exploração das crianças. O encerramento será com todo o grupo no mesmo espaço, ou na sala onde a atividade foi iniciada.
Tempo sugerido:
Aproximadamente uma hora e 30 minutos.
Perguntas para guiar suas observações:
1. Quais atitudes demonstram que as crianças têm uma imagem positiva de si? De que forma essa confiança as auxilia a enfrentar as dificuldades e desafios da atividade?
2. Quais ações demonstram que as crianças estabelecem relações espaciais e temporais ao interagirem com os diferentes elementos disponíveis?
3. Como as crianças utilizam suas habilidades manuais para interagir com os materiais disponibilizados, a água, demais elementos e entre si? De que forma esses usos demonstram o levantamento de hipóteses delas?
Para incluir todos:
Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às necessidades e às diferenças de cada criança ou do grupo. Organize os materiais no espaço, de forma que estejam acessíveis e certifique-se de que tenham diferentes cores, texturas e tamanhos. Incentive que as crianças os experimentem por meio de diferentes sentidos, como o tato, a visão e a audição. Proponha também que elas atentem-se à temperatura, ao peso, ao som e ao cheiro da água. Peça que contem sobre suas ações, que falem sobre a localização dos materiais e que dêem sugestões de como interagir com eles.
1
Na sala avise para as crianças que, nesta atividade, elas vão brincar com água. Pergunte do que elas gostam de brincar quando a proposta envolve a água e deixe que contem quais são suas preferências, o que lembram que já fizeram e do que imaginam que vão brincar agora. Aproveite para especificar a proposta e observe se elas mencionam barcos, peixes, ou outra tema relacionado com a brincadeira.
É importante dizer que, embora existam várias ideias interessantes, o desafio da brincadeira de hoje será o de transportar objetos (que podem virar brinquedos), por meio da flutuação, de uma bacia para a outra.
Preparem-se fazendo as trocas de roupa e a aplicação de filtro solar. Auxiliem-se conforme você e as crianças já fazem em demais atividades do dia a dia.
Possíveis falas do professor neste momento: Como vocês acham que vai ser esta brincadeira? Quais outras brincadeiras a gente já fez com água?
2
Reúna todo o grupo, se possível sentado, no espaço onde os materiais estão organizados. Mostre que há duas bacias com água dentro, uma com objetos flutuando que precisam de ajuda para chegar até a outra bacia, que tem apenas água. Diga que, para isso, é preciso construir caminhos com a água, para a navegação deles, e que ninguém pode carregá-los com as mãos. Apresente também os demais materiais e diga que eles poderão ser usados na construção dos caminhos, ou como as crianças preferirem. Em seguida, convide-as para brincar.
Inicialmente, considere as ideias delas, como por exemplo, que façam esses caminhos de navegação utilizando os canos e jogando a água neles com os objetos; ou que encham as bacias e os objetos e façam assim o transporte. Elas também podem levantar outras hipóteses, fazer mais observações, ou podem precisar de suas sugestões para chegar a essas resoluções. Por isso, acompanhe o brincar e converse com as elas sobre as hipóteses que levantam. Evite, mesmo que as crianças peçam, dar sugestões neste momento, isso fará com que elas se esforcem para levantar e testar hipóteses diversas.
3
Esta é uma atividade que abre muitas possibilidades para o brincar livre. Por isso, atente-se que, mesmo tendo o desafio de transportarem os objetos de uma bacia para outra, as crianças poderão brincar de outras formas com os objetos e a água.
Brinque com as crianças, a partir do que estiverem fazendo, procurando ampliar seus repertórios e, quando achar pertinente, às incentivando a criarem associações com a proposta.
4
Observe as crianças brincando e respeite o protagonismo delas, as formas como elas tentam construir os caminhos, como fazem o deslocamento dos objetos, se elas preferem fazer os testes sozinhas, escolhendo duplas ou em pequenos grupos, ou mesmo se estão criando outras brincadeiras. Também é importante demonstrar atenção e interesse nas ações, brincando junto com elas. Note novamente que os objetos flutuantes podem assumir diferentes papéis, de acordo com a imaginação, com o repertório das crianças e com as características da região onde moram. Assim, podem ser feitos: navios, lanchas, canoas, pranchas de surf, tubarões, baleias, tartarugas, peixes etc; de acordo com a atribuição de sentido que os pequenos podem dar livremente aos materiais de largo alcance.Faça registros fotográficos ou de vídeos de ações, gestos e falas deles. Esses registros poderão ser consultados por vocês posteriormente.
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Incentive que uma criança que tenha descoberto uma forma interessante de fazer os caminhos pergunte se outras querem a ajudá-la. Questione se ela pode mostrar aos colegas o que e como fez. Se alguém estiver fazendo o transporte do objeto segurando-o com as mãos, relembre a regra da brincadeira para todos e fique com essa criança, apoiando-a em outras iniciativas e colaborando para que confie em suas próprias ideias e para que respeite o combinado que fizeram de não transportar os objetos usando as mãos.
Apoie e comemore com a turma as demonstrações de companheirismo, e quando os pequenos conseguirem fazer um ou mais deslocamentos dos objetos flutuantes.
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Percorra entre os grupos, acompanhando os progressos e auxiliando quando achar pertinente, ou quando for solicitado. Brinque junto com as crianças, a partir das experiências e das hipóteses que estiverem construindo. Esse também é um um bom momento para você perceber o envolvimento delas e conversar com aquelas que, por algum motivo, estão mais distantes do grupo ou da atividade. Assim, ajude-as a participar da vivência, pedindo ajuda para realizar uma ação, convidando-a a observar e a interagir com colegas.
Possíveis falas do professor neste momento: Além do caminho para navegar, o que mais precisamos fazer para o objeto sair do lugar? Por que será que ele ainda não se move? Você já percebeu que esse cano ainda não chega na outra bacia, certo? Como podemos deixar o caminho mais longo para o objeto flutuar pelo cano? Mais crianças podem segurar os canos com as mãos para não deixar a água cair. Vamos tentar? E quem vai jogar a água no cano? É preciso cuidado e equilíbrio! Por que será que este objeto afunda, ao invés de flutuar? Vamos dividir este espaço/material? Como?
Possíveis ações da criança neste momento: Levantar, ou abaixar os canos para deslocar a água e os objetos; disputar espaços e materiais; assoprar os objetos para eles se moverem por cima da água; conectar com as mãos, ou fazendo encaixes, canos e demais materiais para deixarem o caminho mais longo; fazer diferentes caminhos com os materiais; carregar os objetos em potes cheios de água.
7
Além de explorar as brincadeiras e de se divertir, algumas crianças podem ficar frustradas por não conseguirem fazer o que foi proposto, ou podem parar de brincar depois de fazer o deslocamento de um objeto. Nesses momentos, é importante manter o diálogo, criar problematizações e convites, mas, acima de tudo, respeitar as escolhas delas, mesmo que não queiram participar. Diga que elas podem tentar essa brincadeira em outro dia, quando repetirem a atividade, que podem pedir a ajuda de outra criança, ou que podem brincar com a água e os materiais disponibilizados de outra forma, como preferirem, tomando o cuidado de não interferirem nas explorações das demais. Também é possível solicitar que elas fiquem próxima de você, te auxiliando a fazer os registros fotográficos, ou apoiando as demais.
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Peça a todo o grupo que faça as últimas explorações pois, logo mais, a atividade será encerrada.
Para finalizar:
Diga para todo ogrupo que a atividade chegou ao fim e solicite a colaboração para a organização do espaço. Considere reservar ao menos cinco minutos para que as crianças participem deste momento no ritmo delas. Vocês podem cantar alguma música que deixe a organização mais divertida.
Procure a orientação de outros adultos da escola sobre a possibilidade de armazenamento e de reutilização da água que sobrou da brincadeira, por exemplo regando plantas do ambiente externo ou combinando de deixar para o pessoal que ajuda na limpeza da escola.
Se achar necessário, retorne para a sala onde iniciaram a atividade para que as crianças possam trocar as roupas molhadas que estiverem usando por outras secas, ou tomarem banhos.
Por fim, convide todo o grupo para uma roda de conversa. Incentive aquelas crianças que se sintam à vontade contem sobre o que acharam da experiência que tiveram, o que foi mais legal, o que foi difícil, quem ajudou a quem, como conseguiram vencer o desafio etc.
Ao realizar novamente a proposta, convide outra turma de crianças para conversar com vocês e mostre as fotografias e os vídeos que fizeram. A partir das observações, pergunte se os pequenos têm sugestões de outras formas de utilização dos mesmos materiais para fazer o transporte dos objetos que flutuam entre as bacias. É possível propor que eles façam desenhos, em duplas, que demonstrem como pretendem utilizar os materiais durante a brincadeira e que os socializem com o grupo. Combine com a professora da turma para que vocês possam brincar juntos.
Verifique com as famílias a possibilidade de dar continuidade a esta atividade em algum espaço fora da escola. Façam, juntos, uma lista de ambientes seguros e adequados para crianças como riachos, laguinhos ou piscinas. Ao escolherem o local, articule a saída com a gestão da escola, reúnam materiais e demais suportes que julgarem necessários. Faça também um convite para que os familiares possam acompanhá-los e apoiá-los, no dia, durante toda a atividade. É interessante fazer um cartaz e disponibilizá-lo num local de acesso frequente dos responsáveis, como na porta da sala da turma, propondo que eles votem na melhor data de realização do passeio, para que possam acompanhá-lo.
Transporte de objetos
Apresente a proposta
Envie, por WhatsApp ou outra plataforma de comunicação com as famílias, fotos de alguns momentos onde crianças exploram possibilidades com a água, como: levando potes cheios para cá e para lá espontaneamente ou observando se objetos flutuam ou afundam.
Se tiver fotos na escola, a atividade será ainda mais significativa. Faça o convite:
- Olhando essas fotos, eu tive uma ideia. Que tal fazermos essas brincadeiras com água aí na banheira de casa, durante a hora do banho?
Adaptações necessárias
Oriente as famílias a favorecerem caminhos com água, atuando como parceiras das crianças nessas brincadeiras na hora do banho. A atividade pode ser realizada na banheira ou bacia, com objetos variados para testarem se flutuam/afundam, transportando uma garrafa pet para outros potes diversos, passando por peneiras de cozinha e fazendo comparações que aguçam a curiosidade e o pensamento criativo das crianças. É fundamental que algum adulto acompanhe a criança durante toda atividade para a segurança dela.
Sugira às famílias
Peça para os familiares conversarem com a criança sobre a ideia da brincadeira no local do banho, organizando organizando o espaço com ajuda dela e reunindo os materiais necessários para descobrirem juntos novos jeitos de brincarem em casa, como faziam na escola.
Proponha experiências criativas, como testar se os elementos disponíveis flutuam ou afundam antes de serem colocados na água. Sugira que promovam a participação da criança e aproveitem as situações para preparar desafios. Por exemplo: se tiverem água quente e fria, sugira que a criança investigue se há diferença entre uma e outra (afunda em uma e flutua na outra). Proponha que realizem mais vezes esses momentos de investigações e descobertas, sempre supervisionados. Essas serão valiosas experiências para ambos, pois a proximidade aprofunda os vínculos estáveis, gerando segurança para a família.
Para compartilhar com o grupo
Convide as famílias a compartilharem registros com você e reúna-os usando o Apresentações Google, por exemplo. Socialize com todas as famílias. Quando compartilha, a tendência é que mais famílias se sintam estimuladas a realizarem a atividade. Isso fortalece a conexão família-escola através do senso de pertencimento e facilitará a reinserção no ambiente escolar quando o isolamento social terminar.
Este plano de atividade foi elaborado pelo Time de Autores NOVA ESCOLA
Autor: Adriana Mitiko do Nascimento Takeuti
Mentor: Vládia Maria Eulálio Raposo Freire Pires
Especialista do subgrupo etário: Karina Rizek
Sugestão de idade: 3 anos
Campos de Experiência: O eu, o outro e o nós; espaços, tempos, quantidades, relações e transformações; corpo, gestos e movimentos.
Objetivos e códigos da Base
(EI02EO02) Demonstrar imagem positiva de si e confiança em sua capacidade para enfrentar dificuldades e desafios.
(EI02ET04) Identificar relações espaciais (dentro e fora, em cima, embaixo, acima, abaixo, entre e do lado) e temporais (antes, durante e depois).
(EI02CG05) Desenvolver progressivamente as habilidades manuais, adquirindo controle para desenhar, pintar, rasgar, folhear, entre outros.
Abordagem didática:
Planejar circuitos e percursos com diferentes propósitos é uma boa alternativa para o dia a dia na escola. As possibilidades são diversas: percursos amplos que exploram os grandes movimentos ou minimalistas para possibilitar experiências de contenção; percursos que usam o movimento para produzir sons ou para desafios cognitivos e assim por diante. Além de serem desafiadas a vencer os obstáculos, as crianças podem colaborar com a construção de ideias para a organização de circuitos, utilizando uma gama de materiais de largo alcance.
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