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Plano de Aula
Plano 5 de uma sequência de 5 planos. Veja todos os planos sobre Jogos com regras simples
Contextos prévios:
Envie para as famílias uma lista dos jogos que as crianças já conhecem. Para isso, converse com os pequenos ou consulte os registros dos planos anteriores, caso tenham sido realizados. Solicite que os responsáveis escolham um jogo diferente que conheçam, e que ainda não foi listado pela turma, para compartilhar, ou mesmo um jogo já conhecido, mas com variações nas regras. Liste as ideias, pergunte sobre os materiais necessários e ajude a reuni-los. Combinem o melhor dia e horário para a realização desta atividade na escola e verifique quais outros adultos poderão acompanhá-los. Todos podem participar, mesmo quem não conhece um jogo diferente! Para se inspirar, assista ao vídeo Universo dos jogos tradicionais, da Rede Brasileira de Jogos Tradicionais e Autóctones (link).
Este plano faz parte de uma sequência de cinco. São eles:
Sondagem dos jogos conhecidos pelas crianças
Construção de um jogo de percurso
Ampliação de repertório: os jogos das famílias
Materiais:
Para os jogos: faça uma lista de materiais, de acordo com os jogos que foram escolhidos antecipadamente pelas famílias e a compartilhe com a turma e com os demais adultos da escola. Reúnam esses materiais, aproveitando sucatas, brinquedos e o que já foi utilizado nos demais planos desta sequência, caso os tenha realizado. Algumas sugestões são bolas, cordas, bambolês, caixas, giz, blocos de madeira, jogos de tabuleiro e carta, elementos da natureza, fitas e coletes de cores diferentes.
Caso esteja seguindo a sequência de planos, a sugestão de materiais para o livro é: papel canson A3, ou outro grande e grosso, folhas de sulfite, caneta, canetas hidrocor, gizes, cola, tesoura, tintas etc.
Para demais registros: aparelho fotográfico e de gravação de vídeo e áudio.
Espaços:
Planeje que esta atividade se inicie em uma sala, para recepção e encontro dos familiares e demais adultos da escola com as crianças. Depois, em um local espaçoso que permita a movimentação livre de todos e que tenha à disposição locais mais confortáveis, como mesas, bancos, ou almofadas, nas quais as duplas de adultos e crianças apresentarão os jogos e se dividirão em grupos, de acordo com o que escolherem jogar. Por fim, retornarão ao local inicial para a elaboração do livro.
Tempo sugerido:
Cerca de uma hora e 30 minutos sendo, aproximadamente 20 minutos para o momento de recepção e conversas iniciais, 50 minutos para o momento de compartilhar e jogar os jogos e 20 minutos para o momento de construção do livro. É importante combinar o tempo total de duração da atividade com as famílias antecipadamente.
Perguntas para guiar suas observações:
1. Quais atitudes das crianças demonstram uma postura colaborativa, cuidadosa e solidária? Em quais momentos de interação com os adultos e demais crianças essas atitudes ficam mais evidentes?
2. Como elas demonstram compreender, relatar e investigar as regras dos jogos? De que forma essas ações se relacionam com o enfrentamento das dificuldades e desafios envolvidos ao jogarem os jogos?
3. Como as crianças reagem à presença dos familiares na escola? Ao relatar os jogos, quais gestos, falas e demais expressões denotam que as crianças compartilham de experiências, fatos e histórias com seus familiares?
Para incluir todos:
Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às necessidades e às diferenças de cada criança ou do grupo. Selecione materiais em quantidade suficiente para todos os jogos e certifique-se de que estejam limpos e não ofereçam riscos à segurança dos participantes. Procure variar tamanhos, formas, cheiros, cores e texturas, de forma a apoiar que os jogadores os percebam por suas diferentes características. Se necessário, definam coletivamente alterações nas regras, espaços e materiais, para que todos possam aproveitar e se divertir.
1
(Cerca de 20 minutos para o momento de recepção e conversas iniciais)
Na sala, receba os familiares e as crianças. Converse com os pequenos que não terão um familiar para acompanhá-las, sondando se eles preferem participar da atividade com outro adulto disponível da escola ou apenas com você e as demais crianças da turma.
Tenha uma escuta atenta neste momento, que poderá ser carregado de expressões de saudades, alegria, choros e apegos junto aos familiares.
2
Quando todo o grupo estiver reunido, relembre que na atividade de hoje as famílias irão explicar e jogar jogos com regras simples que as crianças, ou mesmo outros adultos, ainda não conhecem. Se achar necessário, para apoiá-los a relembrar as propostas, tenha em mãos uma lista dos jogos escolhidos previamente por cada familiar para socializar com o grupo.
3
No espaço preparado para os jogos, solicite que os participantes formem duplas (criança e adulto) e que identifiquem entre os materiais disponíveis aqueles que eles solicitaram previamente. Observe quais conexões as duplas fazem para reconhecer e relembrar quais são os materiais de seus jogos. Faça registros fotográficos ou de vídeo para compartilhá-los com o grupo em outro momento.
Possíveis falas do professor neste momento: Como vocês acham que esses materiais serão utilizados? Eles lembram alguns dos jogos que já conhecemos?
4
(Cerca de 50 minutos para o momento de compartilhar e jogar os jogos)
Numa grande roda, encoraje as duplas a contar, uma de cada vez, sobre o jogo que conhecem e querem ensinar. Intervenha, auxiliando-as a não deixarem de falar informações importantes como, por exemplo, o nome do jogo, onde aprenderam a jogá-lo, quais são as regras e os materiais necessários. Garanta a participação das crianças, incentivando que os adultos valorizem as falas, os gestos e outras formas de expressão delas.
Possíveis falas do professor neste momento: Quais são as lembranças que vocês têm sobre esses jogos? Onde vocês aprenderam a jogá-lo? E quando foi a última vez que o jogaram? Vocês costumam jogar esse jogo juntos? Onde? O que vocês sentem quando estão jogando ele?
5
As demais crianças e adultos poderão, individualmente, fazer questionamentos, ou se voluntariar para servir de modelo, demonstrando como o jogo funciona com as posições, os movimentos, as regras e as etapas do jogo, conforme as orientações de quem estiver explicando. Garanta espaço de fala para que todos sintam-se com liberdade e segurança para se expressar espontaneamente neste momento.
Possíveis falas do professor neste momento: Todos conseguem jogar este jogo? Alguém tem alguma dúvida? Os demais acham que esse jogo é difícil? Quem está explicando concorda? Alguém conhece um jogo parecido com esse? Podemos fazer alguma alteração nesse jogo para todos poderem jogar? Parece que o jogo continua divertido e justo com essa mudança?
6
Após as duplas que se planejaram para compartilhar um jogo com o grupo terminarem as falas, diga para todo o grupo se organizar para jogar os jogos que lhes interessam. Procure identificar o que as crianças querem jogar e quais pares querem escolher para a formação dos pequenos grupos. Combine um tempo para que todos possam jogar os jogos com liberdade.
7
Esteja à disposição dos pequenos grupos e percorra o espaço observando a forma como interagem e jogam. Faça registros fotográficos ou de vídeo das interações e descobertas. Se possível, solicite o apoio dos demais adultos da escola para este acompanhamento.
Tente reconhecer crianças e adultos que já compreenderam como jogar um jogo e fazer boas jogadas, solicitando que eles colaborem e deem dicas aos demais participantes que demonstram estar com dificuldades.
Como poderão ocorrer mais de um jogo de movimentação corporal ao mesmo tempo como, por exemplo, rouba-bandeira e boliche, sugira opções para organizar os pequenos grupos no espaço, de forma que todos possam negociar como conseguem se divertir sem atrapalhar as brincadeiras dos outros.
Possíveis falas do professor neste momento: Eu observei que vocês estão com dificuldades nessa parte do jogo. O que será que vocês podem fazer para melhorar isso? Alguém tem uma ideia para nos auxiliar aqui? Eu notei que você fez uma boa jogada! Como você aprendeu ela?
8
Faça registros entre os pequenos grupos, destacando atitudes de cuidado e solidariedade, os momentos de investigação, de diversão e de frustração. Ao final de alguma partida, pergunte para crianças e para os familiares se você também pode participar dos jogos!
9
Caso algumas crianças ou adultos não queiram participar da atividade, ou terminem o jogo, questione se eles têm ideias de outros jogos, se querem contribuir com a organização dos materiais que não estão mais sendo utilizados, ou mesmo se preferem aguardar o grupo finalizar. Garanta que suas escolhas sejam respeitadas.
10
Avise a todo o grupo quando o tempo combinado para jogar estiver se encerrando. Ressalte que este é um bom momento caso alguém queira brincar em algum jogo diferente! Se necessário, auxilie crianças e adultos na formação dos novos pequenos grupos para cada jogo.
11
Avise novamente a todo grupo que a atividade está se encerrando, reservando cinco ou dez minutos para que todos possam auxiliar na organização do espaço e dos materiais.
Para finalizar:
(Cerca de 20 minutos para o momento de construção do livro)
Na sala, diga paratodo o grupo (ou seja, crianças e familiares) que essa é a última parte da atividade. Se vocês realizaram os outros planos desta sequência, encoraje as crianças a mostrar e explicar aos adultos o que já foi feito no livro. Ressalte que o livro será disponibilizado para que outras pessoas possam brincar com os jogos que vocês registrarem nele.
Proponha que cadaduplaauxilie na elaboração do livro escolhendo um jogo preferido desta atividade. Após isso, solicite que descrevam suas regras e façam um desenho para ilustrá-lo. Se quiserem modelos para se inspirarem, o livro poderá ser consultado. Poderão também tirar dúvidas com as duplas que explicaram o jogo escolhido. É importante destacar a autonomia de todos neste momento de fruição.
Intervenha para promover uma produção colaborativa e para garantir a valorização de falas, gestos, imaginação e criação das crianças. Faça registros deste momento para complementar o livro com fotos e seus relatos, posteriormente.
Por fim, solicite que os adultos e as crianças se auxiliem para seguir para a saída ou para a próxima atividade, de acordo com o que foi combinado entre vocês. Garanta a despedida de todos, especialmente caso a atividade tenha sido realizada no momento da entrada.
É possível combinar que as crianças e seus familiares, em um dia de evento, apresentem suas produções e ensinem os jogos que foram apreciados às demais famílias e crianças da comunidade escolar. Aproveite as conversas com os interessados para pesquisar sobre outros jogos que podem complementar o livro de vocês! Se achar pertinente, convide os responsáveis para ler com vocês alguns textos da seção Aprendizados do cotidiano familiar, do Território do Brincar. Link: http://territoriodobrincar.com.br/aprendizados-do-cotidiano-familiar/
Após finalizado o livro, as crianças poderão levá-lo para suas casas, num esquema de rodízio, para vivenciar as brincadeiras registradas ao longo dos planos. Para facilitar esse acompanhamento, você pode confeccionar e expor em algum local da sala um cartaz com os nomes de todos da turma, em ordem alfabética e marcar, com o ajuda delas, o nome de quem vai levar o livro. O livro pode ir acompanhado de alguns materiais, separados por jogo, em caixas ou sacolas.
A criança que retornar com o livro para a escola poderá compartilhar, numa roda de conversa, as experiências com os jogos que jogou com os familiares. Solicite que as famílias enviem para vocês fotografias e vídeos desses momentos de brincadeiras, para complementar esses momentos de trocas. Vocês também podem fazer painéis expositivos desses novos registros.
Apresente a proposta
Grave um vídeo e envie para as famílias, por WhatsApp ou outra plataforma utilizada pela rede, falando com as crianças sobre os jogos com regras simples que elas conhecem. Relembre alguns que vocês já jogaram na escola e diga que elas poderão jogar alguns desses e outros mais com os seus familiares. Depois, por áudio ou vídeo, explique às famílias que enviará mais orientações para as outras atividades.
Adaptações necessárias
Para desenvolver esta sequência, informe às famílias que poderão utilizar jogos que tenham em casa ou construí-los com alguns materiais, como papelão, cola e papéis comuns.
Sugira às famílias
Convide as famílias a ouvir as preferências e interesses das crianças sobre os jogos, apoiando suas falas e ideias, e participando com elas das brincadeiras.
1) Sondagem dos jogos conhecidos pelas crianças e Escolha dos jogos preferidos — Convide os familiares a separar os jogos com regras que possuem em casa, deixando-os acessíveis à criança. Caso a família não tenha jogos disponíveis em casa, sugira que possam lembrar os nomes dos que já jogaram. Sugira que conversem sobre os jogos, identificando-os pelo nome e relembrando as regras. Diga para que se recordem também dos jogos corporais praticados pelas crianças no dia a dia que envolvem movimentos como correr, pular, pegar etc. Mostre aos familiares que é importante valorizar as observações trazidas pelas criança, ressaltando suas opiniões, imaginação e formas de se expressar, e relacionando-as com seus conhecimentos. Depois da conversa sobre os jogos, oriente aos familiares que façam uma lista com os nomes dos jogos preferidos da criança e, em seguida, a incentivem a escolher um ou dois deles para jogarem juntos. Oriente que observem que estratégias a crianças elabora e a desafiem a relembrar sozinha como jogar os jogos.
2) Jogando um jogo novo e Ampliação de repertório: os jogos das famílias — Convide as famílias a conversar com a criança sobre os jogos que ela ainda não conhece, lembrando que, dentre os jogos, podem haver os que envolvem movimentos corporais. Oriente que os familiares conversem sobre os jogos que a criança ainda não conhece dizendo seus nomes e levantando hipóteses sobre as regras. Depois, sugira que disponibilizem à criança os novos jogos ou os materiais para que os construam. Enquanto a criança brinca, oriente os familiares a manterem a escuta atenta, observando-a e percebendo como ela interage com os jogos e os materiais, que ideias surgem e como argumentam diante do levantamento de hipóteses dos adultos. Além disso, mostre que é importante que os familiares possam se envolver com a criança durante o jogo, validando suas ações e descobertas.
3) Construção de um jogo de percurso — Oriente às famílias que sugiram à criança a construção de um jogo de percurso, aquele em que as crianças precisam avançar casas de acordo com os números tirados no dado. Para isso, oriente que possam lembrar com a criança se já brincaram de um jogo desse tipo. Caso os familiares ainda não tenham brincado desse tipo de jogo com a criança, sugira alguns jogos de regras simples, como uma corrida de carrinhos (usando os próprios carrinhos como peões), um tesouro que será encontrado por piratas etc. Mostre às famílias que existe uma variedade de configurações possíveis para a pista que será o tabuleiro – quadriculada, ziguezague, espiral, tortuosa etc. Os familiares podem confeccionar com as crianças as pistas e os desenhos que serão temas dos jogos. Combinar as armadilhas também faz parte desta proposta. Oriente aos familiares que procurem construir o jogo em um lugar espaçoso, que permita a livre movimentação da criança e que os materiais estejam acessíveis para que ela tenha liberdade e independência durante a escolha.
Para compartilhar com o grupo
Sugira às famílias que, à medida que realizarem as atividades com os jogos com regras, registrem em fotografias a criança em ação. Ao final das vivências, peça que a família escolha uma das fotos de que mais gostou e faça um relato oral ou escrito, compartilhando como foram as experiências para a crianças. Agradeça o envio do relato e parabenize os familiares pelos investimentos junto à criança durante as atividades. Guarde os relatos e as fotos, e, no retorno às aulas, imprima-os para montar um mural e expô-los para a comunidade escolar.
Este plano de atividade foi elaborado pelo Time de Autores NOVA ESCOLA
Autor: Adriana Mitiko do Nascimento Takeuti
Mentora: Vládia Maria Eulálio Raposo Freire Pires
Especialista do subgrupo etário: Karina Rizek
Sugestão de idade: 3 anos
Campos de Experiência: O eu, o outro e o nós; Escuta, fala, pensamento e imaginação
Objetivos e códigos da Base
(EI02EO01) Demonstrar atitudes de cuidado e solidariedade na interação com crianças e adultos.
(EI02EO02) Demonstrar imagem positiva de si e confiança em sua capacidade para enfrentar dificuldades e desafios.
(EI02EF05) Relatar experiências e fatos acontecidos, histórias ouvidas, filmes ou peças teatrais assistidos etc.
Abordagem didática: Propor jogos é uma maneira de as crianças brincarem e, por meio de gestos e movimentos, aprenderem sobre si mesmas. A atividade pode servir para conhecer os jogos de cada família e aproveitar para conversar sobre diferenças e preferências. Também é um recurso para ampliar a troca de ideias e oferecer um contato significativo com a linguagem escrita, por meio da confecção de um livro com os jogos preferidos do grupo, o que envolve a construção de textos orais (das crianças) para serem escritos pelo professor e ilustrado por todos.
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