GEO6_13UND06 - Atividade da Sistematização
Plano de Aula
Plano de aula: Pegada de carbono: atividades humanas e o clima
Plano 6 de uma sequência de 10 planos. Veja todos os planos sobre Políticas de ação local pensando o global.
Tem interesse no tema "Neurociência, adolescências e engajamento nos Anos Finais"?
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Descrição
Esta é a 6ª aula de um conjunto de dez planos de aula, com foco na exploração dos fenômenos que contribuem para o aquecimento global e as mudanças climáticas, aprofundando conhecimentos para promover a adaptação e a resiliência na mitigação dos efeitos da urgência climática. Neste plano de aula, o foco é identificar e calcular a pegada de carbono, relacionando esse conceito a outras atividades, inclusive ao debate sobre os impactos do uso de ferramentas de inteligência artificial (IA). Veja a sequência de todos os 10 planos de aula aqui.
Contexto e progressão das habilidades
Este plano de aula integra um conjunto de 52 planos estruturados com base na decomposição de aprendizagens, que divide habilidades complexas em etapas progressivas, respeitando o princípio da progressão de habilidades — em que cada novo conhecimento se apoia em bases já consolidadas. A sequência aborda, inicialmente, o pensamento computacional (decomposição, padrões, abstração e algoritmos) nos Anos Iniciais, avança para o letramento digital (uso crítico e criativo das tecnologias) nas séries seguintes e culmina, nos Anos Finais e no Ensino Médio, na análise crítica da Inteligência Artificial (IA), considerando o funcionamento e os impactos sociais e éticos. Essa progressão está alinhada à Base Nacional Comum Curricular (BNCC) da Computação, assegurando uma construção sólida e contextualizada do conhecimento, além de preparar os estudantes para interagir de forma autônoma e consciente no mundo digital.
Materiais sugeridos
Equipamentos e dispositivos:
computador, tablet ou celular com acesso à Internet; projetor.
Recursos educacionais digitais:
site “Iniciativa Verde - Calculadora de CO2” ou “Climate Hero” para gerar a pegada de carbono pessoal com dispositivos eletrônicos conectados à internet.
Materiais diversos:
anexo impresso para grupos de estudantes.
Habilidades BNCC:
Objeto de conhecimento
- Pegada de carbono
Objetivos de aprendizagem
- Relacionar as consequências das atividades humanas sobre o clima a ações voltadas para minimizar os efeitos das emissões de dióxido de carbono na atmosfera.
Competências gerais
2. Pensamento científico, crítico e criativo.
4. Comunicação.
5. Cultura digital.
Acesse
Bibliografia
- CALLEJAS, I. J. A. Vegetação, pavimentos urbanos e suas implicações na sensação térmica dos pedestres. 2012. Disponível em: https://www.researchgate.net/profile/Ivan_Callejas/publication/282516023_VEGETACAO_PAVIMENTOS_URBANOS_E_SUAS_IMPLICACOES_NA_SENSACAO_TERMICA_DOS_PEDESTRES_VEGETATION_URBAN_PAVING_AND_ITS_IMPLICATIONS_IN_THERMAL_SENSATION_OF_PEDESTRIANS/links/5611ca3908ae6b29b49e2f1b.pdf. Acesso em: 2 nov. 2025.
- AGÊNCIA EUROPEIA DO AMBIENTE. As alterações climáticas e o ar. Disponível em: https://www.eea.europa.eu/pt/sinais-da-aea/sinais-2013/artigos/as-alteracoes-climaticas-e-o-ar. Acesso em: 2 nov. 2025.
- INICIATIVA VERDE. Calcule sua pegada de carbono pessoal. Disponível em: http://www.iniciativaverde.org.br/calculadora/index.php#resultado. Acesso em: 2 nov. 2025.
- Brasil, alvo de tornados. Ciência Hoje. Disponível em: https://cienciahoje.org.br/artigo/brasil-alvo-de-tornados/#:~:text=No%20Brasil%20n%C3%A3o%20existe%20um,tornados%20na%20d%C3%A9cada%20de%201990. Acesso em: 2 nov. 2025.
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Aula
Sobre esta aula
Tempo previsto: 50 minutos.
Este plano de aula está previsto para ser realizado em uma aula de 50 minutos. Os estudantes terão a oportunidade de compreender as consequências das práticas humanas nas dinâmicas climáticas, refletindo sobre a dimensão social dos impactos causados pelas mudanças climáticas em escala regional e, posteriormente, entendendo como esses processos se manifestam em escala local, percebendo as diferenças entre ambas. Após compreender que o ser humano interfere no clima por meio de suas ações e que as emissões de gases de efeito estufa é uma dessas atividades que altera o clima, será apresentada à turma uma das ações encontradas para amenizar essa situação: conhecer nossa pegada de carbono. Eles conhecerão o conceito e critérios adotados no cálculo, a pegada de carbono de alguns países e o resultado do cálculo para pessoas com hábitos distintos. Com a análise dos resultados, os estudantes deverão comparar os dados obtidos e levantar hipóteses sobre quais hábitos mais contribuem para as emissões de gases de efeito estufa, bem como refletir sobre formas de adaptação e mitigação das mudanças climáticas. Como preparo para o primeiro momento da aula, peça previamente à turma que investigue em casa e traga informações que possam ser usadas para estimar a pegada de carbono.
• Moradia: em que década (aproximadamente) a sua casa ou apartamento foi construído? Sua casa tem boa ventilação e iluminação natural?
• Energia elétrica: qual é, em média, o valor da conta de luz da sua casa por mês? Sua família costuma usar lâmpadas de LED?
• Aparelhos ligados frequentemente: ar-condicionado, ventilador, chuveiro elétrico, televisão, computador?
• Alimentação: quantas vezes por semana a família consome carne vermelha? Quantas vezes por semana consome aves ou peixes? Quantas vezes por semana consome frutas, verduras e legumes frescos?
• Consumo de plásticos e geração de lixo: quantos sacos de lixo (de cozinha) a família enche por semana? Costumam separar lixo reciclável? A família compra garrafas de água ou refrigerante em plástico regularmente?
• Transporte: quais meios de transporte a família usa com mais frequência (carro, moto, ônibus, bicicleta, a pé)? Usam carro ou moto: aproximadamente quantos quilômetros por semana? Alguém da casa dá carona ou compartilha transporte?
Diga aos estudantes que tragam essas informações anotadas no caderno.
Explique que não é necessário que sejam exatas, basta uma estimativa aproximada, feita em conjunto com a família. Com esses dados, eles irão calcular a pegada de carbono estimada de suas casas e compará-la com a dos colegas.
Conversa inicial / Introdução
Contextualização:
Tempo previsto: 5 minutos.
Orientações: ao longo da história geológica, o planeta Terra passou por períodos muito quentes e muito frios, ocasionando cataclismos e extinções de milhares de organismos. Se pensarmos numa escala geológica, da ordem de milhões de anos, pode ficar difícil imaginarmos eventos de tamanha magnitude, mas, talvez, fique mais fácil deduzir como o aumento ou a queda da temperatura média global impacta nossas vidas, como é o caso da pequena Idade do Gelo ocorrida na Idade Média.
Uma alternativa é projetar e problematizar para a turma as imagens a seguir:
A Figura 1 apresenta uma cena no gelo pintada por Hendrick Avercamp (1585–1634). O frio extremo do inverno de 1608, que inspirou essa cena, foi típico do período entre 1565 e 1665, quando o pintor viveu na Holanda.
Outra consequência das mudanças climáticas, apontada por cientistas, é a elevação do nível do mar, representada na Figura 2, que pode causar grandes prejuízos em cidades litorâneas densamente povoadas.
Além dessas consequências, observa-se também o aumento da frequência de eventos climáticos extremos, como tempestades tropicais, inundações, ondas de frio e de calor, secas e furacões.
A Figura 3 mostra uma inundação causada pelo Furacão Sandy, nos Estados Unidos, enquanto a Figura 4 apresenta uma região de Criciúma (SC) atingida pelo Furacão Catarina.
Pergunte:
- Vocês já ouviram falar sobre furacões no Brasil, além do Catarina?
- A ocorrência frequente de ventos fortes, como tornados, poderia ser uma evidência que as mudanças climáticas estão impactando diferentes regiões do Brasil?
Para ampliar os debates, projete e/ou comente sobre o texto científico a seguir.
Esta reportagem publicada no site “Ciência Hoje” conta que a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) resgatou os registros de tornados no país desde 1990. Nos últimos 20 anos, ocorreram, no mínimo, 205 tornados, o que coloca o Brasil entre os países que mais sofrem com o evento no mundo. No entanto, não temos um sistema de detecção articulado de tornados e os registros oficiais são poucos. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) documentou apenas 10 tornados na década de 1990. O levantamento aponta que São Paulo é o estado mais atingido por tornados, seguido pelo Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O pesquisador e geógrafo Daniel Henrique Candido ressalta que a grande incidência de tornados em São Paulo não é natural e está ligada diretamente à urbanização, pois as construções de concreto e a poluição favorecem a formação de ilhas de calor que aquecem a atmosfera da região. Esse fato, aliado ao represamento dos rios, que gera maior umidade no ar, cria condições propícias para a formação desses fenômenos. O ar quente sobre os lagos sobe carregando a umidade, condensa-se em altitudes mais elevadas, onde o ar é frio, e forma nuvens de convecção profunda que geram tempestades mais severas.
Sensibilização:
Tempo previsto: 10 minutos.
Orientações: se possível, leve a turma para uma atividade fora da sala de aula, em dois ambientes distintos: um construído em alvenaria e outro em área verde (jardim, bosque, parque natural ou praça arborizada).
Deixe os estudantes por alguns minutos em cada lugar e oriente-os observar e sentir os seguintes aspectos, sem precisar comentar ainda: temperatura, umidade, sombreamento, luminosidade e barulhos.
Se não puder sair da sala de aula, conduza a seguinte dinâmica:
Pergunte para a turma:
- Vocês já perceberam como locais com vegetação (parque, praça, mata, etc.), mesmo dentro ou próximos das cidades, têm diferentes características (sombra, temperatura, barulho, árvores, animais)?
Peça, então, que os estudantes se imaginem visitando, primeiro, uma região de mata e, depois, o centro de uma cidade asfaltada. Eles devem relatar as diferenças de temperatura percebidas entre os dois ambientes. Para isso, proponha alguns cenários:
- Imagine-se saindo de casa em direção ao centro de uma grande cidade em um dia ensolarado, sem nuvens e com temperatura perto de 35°C.
- Imagine os edifícios gigantescos, as sombras que eles projetam na superfície, as ruas asfaltadas, as calçadas impermeabilizadas e os inúmeros carros circulando pela cidade. Os termômetros registrando 35°C.
- Agora, imagine-se seguindo em direção a um parque urbano arborizado localizado no interior da cidade ou em suas adjacências. A superfície é gramada, há inúmeras folhagens e a vegetação arbustiva mistura-se a árvores de médio porte que projetam ampla sombra.
Após esse exercício reflexivo, peça que os estudantes relatem o que imaginaram:
- Há diferença de temperatura nos dois ambientes, ainda que os termômetros registrem 35°C? Qual dos ambientes apresenta uma temperatura mais amena? Por quê?
É possível que respondam que seja devido à sombra das árvores, mas lembre-os de que os edifícios também fazem sombra. De forma simples, esclareça para a turma que a diferença na temperatura ocorre por conta da absorção de radiação solar. Os materiais utilizados na construção das áreas urbanas absorvem e armazenam mais radiação solar do que as áreas verdes, nas quais as temperaturas permanecem mais amenas.
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