Atividade da sistematização
Plano de Aula
Plano de aula: Desconstruindo os papéis sociais ligados ao gênero
Plano 9 de uma sequência de 10 planos. Veja todos os planos sobre Práticas e papéis sociais
Sobre este plano
Este slide em específico não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você possa se planejar.
Este plano está previsto para ser realizado em uma aula de 100 minutos. Serão abordados aspectos que fazem parte do trabalho com a habilidade EF02HI02 de História, que consta na BNCC. Como a habilidade deve ser desenvolvida ao longo de todo o ano, você observará que ela não será contemplada em sua totalidade aqui e que as propostas podem ter continuidade em aulas subsequentes.
Materiais necessários: Data show ou quadro. Folha sulfite.
Material complementar:
BECK, Alexandre. Armandinho. Disponível em: https://tirasarmandinho.tumblr.com/search/sonho%20menina. Acesso em: 08 de abril de 2019.
BECK, Alexandre. Armandinho. Disponível em: https://tirasarmandinho.tumblr.com/page/36. Acesso em: 08 de abril de 2019.
BECK, Alexandre. Armandinho. Disponível em: https://www.facebook.com/tirasarmandinho/photos/a.488361671209144/2114754491903179/?type=3&theater. Acesso em: 08 de abril de 2019.
BECK, Alexandre. Armandinho. Disponível em: https://www.facebook.com/tirasarmandinho/photos/a.488361671209144/1383148005063835/?type=3&theater. Acesso em: 08 de abril de 2019.
Atividade da sistematização -
Para você saber mais:
FERREIRA, Anna Rachel. Vamos falar sobre feminismo. Nova Escola. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/485/cinco-livros-feminismo. Acesso em: 08 de abril de 2019.
BERNARDO, Nairim. Séries, filmes e documentários para discutir os papéis sociais das mulheres com seus alunos. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/16011/series-filmes-e-documentarios-para-discutir-os-papeis-sociais-das-mulheres-com-seus-alunos. Acesso em: 08 de abril de 2019.
SASSO, Andrea Geraldi; FRANÇA, Fabiane Freire. Discussões dos Estudos de Gênero na Instituição Escolar: Problematizações a Formação Docente. Disponível em: http://www.fecilcam.br/nupem/anais_viii_epct/PDF/TRABALHOS-COMPLETO/Anais-CH/PEDAGOGIA/05agsassotrabalhocompleto%20_1_.pdf. Acesso em: 08 de abril de 2019.
LIRA, Ana Paula Gomes de Abreu. O papel da escola no combate à discriminação de gênero nos anos iniciais do Ensino Fundamental em uma escola pública de Samambaia-DF. Disponível em: http://bdm.unb.br/bitstream/10483/14428/1/2015_AnaPaulaGomesdeAbreuLira_tcc.pdf. Acesso em: 08 de abril de 2019.
JAMIKU, Vanessa Campos de Lara. A construção dos papéis de gênero no ambiente escolar e suas implicações na constituição das identidades masculinas e femininas: uma dinâmica de relação de poder. Disponível em: http://educere.bruc.com.br/CD2011/pdf/5289_2773.pdf. Acesso em: 08 de abril de 2019.
OLIVEIRA, Tory; GARCIA, Carla Cristina. Carla Cristina Garcia: "A escola é o espaço para discutir sobre feminismo". Nova Escola. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/16073/carla-cristina-garcia-a-escola-e-o-espaco-para-discutir-sobre-feminismo. Acesso em: 10 de abril de 2019.
SEMIS, Laís. Lições para educar crianças feministas. Nova Escola. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/10180/licoes-para-educar-criancas-feministas. Acesso em: 10 de abril de 2019.
Objetivo
Tempo sugerido: 5 minutos
Orientações: Projete, escreva no quadro ou leia o objetivo da aula para os alunos. Pergunte se sabem o que significa "desconstruir", "preconceito" e "gênero". Se necessário, explique o significado das palavras isoladamente e da frase como um todo.
"Casagrande (2008) enfatiza que discutir as relações de gênero no ambiente escolar é de fundamental importância quando se pensa em construir uma educação democrática que possibilite a todos os seus agentes, igualdade de condições e de oportunidades. Há, portanto, que sumariamente, considerar as crianças e adolescentes como atores sociais . Acredita-se que somente uma educação emancipatória, é capaz de contribuir para a superação das condições de heteronomia, de propor reflexões sobre os contextos de uma sexualidade reprimida - proveniente do período medieval - os mitos da superioridade e racionalidade masculina sob a inferioridade e afetividade, exclusivamente feminina, no sentido de promover uma formação que auxilie os educandos a compreenderem a constituição das concepções de gênero e suas vinculações às estruturas sociais. (NUNES; SILVA, 2006)"
Fonte: JAMIKU, Vanessa Campos de Lara. A construção dos papéis de gênero no ambiente escolar e suas implicações na constituição das identidades masculinas e femininas: uma dinâmica de relação de poder. Disponível em: http://educere.bruc.com.br/CD2011/pdf/5289_2773.pdf. Acesso em: 08 de abril de 2019.
Para você saber mais:
JAMIKU, Vanessa Campos de Lara. A construção dos papéis de gênero no ambiente escolar e suas implicações na constituição das identidades masculinas e femininas: uma dinâmica de relação de poder. Disponível em: http://educere.bruc.com.br/CD2011/pdf/5289_2773.pdf. Acesso em: 08 de abril de 2019.
Contexto
Tempo sugerido: 25 minutos
Orientações: Antes de começar a aula, organize o espaço para que os alunos trabalhem em duplas.
Pergunte à turma: "Existe coisa de menino e coisa de menina?". Ouça seus comentários e suas opiniões. Peça que deem exemplos baseados em sua vivência. Amplie a discussão questionando sobre diversos aspectos:
- Existe brincadeira de menino e menina? Quais?
- Por que vocês acham isso?
- E se uma menina quiser brincar do que é considerado de menino ou vice-versa? Qual seria o problema?
- Existe profissão de homem e mulher?
- Existe comportamento de menino e menina?
- Por que será que algumas pessoas acham que determinadas atitudes são "de menino" ou "de menina"?
Deixe que os alunos se expressem livremente, mas aproveite essa conversa para desconstruir ideias discriminatórias ligadas ao gênero. Dê exemplos e faça questionamentos que os ajudem a perceber que meninos e meninas têm os mesmos direitos, que ninguém é igual a ninguém, não é só por ser homem ou mulher que podemos enquadrar todos nos mesmos padrões.
Muitas dessas ideias foram sendo apropriadas pela nossa cultura e, por isso, estão arraigadas em muitos comportamentos, julgamentos, expectativas e na própria linguagem que usamos. Muitas vezes nem notamos que elas estão lá. Por isso, é importante discutir e refletir sobre o assunto. Homens e mulheres, meninos e meninas têm suas diferenças, mas isso não pode impedir que possam fazer suas escolhas, tomar suas decisões, sentir e se expressar livremente, sem correr o risco de serem julgados e discriminados por isso.
Ao longo da conversa, dê exemplos e fale sobre situações comuns na sua escola e comunidade.
Fonte da imagem: Dolgachov/Getty Images. Acesso em: 08 de abril de 2019.
Para você saber mais:
FERREIRA, Anna Rachel. Vamos falar sobre feminismo. Nova Escola. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/485/cinco-livros-feminismo. Acesso em: 08 de abril de 2019.
BERNARDO, Nairim. Séries, filmes e documentários para discutir os papéis sociais das mulheres com seus alunos. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/16011/series-filmes-e-documentarios-para-discutir-os-papeis-sociais-das-mulheres-com-seus-alunos. Acesso em: 08 de abril de 2019.
Problematização
Tempo sugerido: 35 minutos
Orientações: Imprima as tirinhas a seguir e entregue uma para cada dupla. Algumas duplas ficarão com tirinhas repetidas.
BECK, Alexandre. Armandinho. Disponível em: https://tirasarmandinho.tumblr.com/search/sonho%20menina. Acesso em: 08 de abril de 2019.
BECK, Alexandre. Armandinho. Disponível em: https://tirasarmandinho.tumblr.com/page/36. Acesso em: 08 de abril de 2019.
BECK, Alexandre. Armandinho. Disponível em: https://www.facebook.com/tirasarmandinho/photos/a.488361671209144/2114754491903179/?type=3&theater. Acesso em: 08 de abril de 2019.
BECK, Alexandre. Armandinho. Disponível em: https://www.facebook.com/tirasarmandinho/photos/a.488361671209144/1383148005063835/?type=3&theater. Acesso em: 08 de abril de 2019.
Se não puder imprimi-las, encontre outras tirinhas, histórias em quadrinhos, livros ou imagens que abordem o mesmo tema.
Dê um tempo para que cada dupla leia e converse sobre sua tirinha. Circule pela sala e leia as tirinhas para as duplas que precisarem. Oriente os alunos a prestarem atenção não somente nas falas, mas também nas ilustrações, nas situações, nas atitudes e expressões dos personagens.
Peça que as duplas discutam sobre as seguintes perguntas (projete-as ou escreva-as no quadro):
- De acordo com a tirinha, qual o comportamento esperado dos meninos e das meninas?
- Como os personagens da tirinha desconstroem essa ideia? (Relembre o significado de "desconstruir" que já foi apresentado no início da aula. Nesse caso, as tirinhas apresentam um ponto de vista diferente sobre a ideia, fazem com que a gente reflita sobre uma situação comum por uma nova perspectiva).
Leia a primeira pergunta e dê um tempo para que as duplas conversem. Depois, leia a segunda.
Após a discussão nas duplas, convide uma das duplas que trabalhou com cada tirinha a mostrá-la para a turma, explicar a situação apresentada nela e responder às duas perguntas. Abra a discussão para que todos possam contribuir com opiniões, novos olhares e interpretações, comentários, questionamentos e exemplos pessoais.
Nas quatro tirinhas, o autor apresenta comportamentos atribuídos a meninos e meninas e contesta essa ideia com as reações dos personagens. Na primeira, é esperado que as meninas façam as tarefas domésticas e não possam brincar na rua; na segunda e na terceira, espera-se que meninos brinquem de carrinho e meninas de boneca; e na quarta, espera-se que meninos não chorem. Para quebrar essas ideias, na primeira, as crianças ficam espantadas com o comentário; na segunda e na terceira, ele argumenta que os pais não seguem esses padrões de brincadeiras; e na quarta, ele mostra exemplos de situações em que meninos também choram.
Fonte da imagem: Pixabay. Acesso em: 08 de abril de 2019.
Para você saber mais:
SASSO, Andrea Geraldi; FRANÇA, Fabiane Freire. Discussões dos Estudos de Gênero na Instituição Escolar: Problematizações a Formação Docente. Disponível em: http://www.fecilcam.br/nupem/anais_viii_epct/PDF/TRABALHOS-COMPLETO/Anais-CH/PEDAGOGIA/05agsassotrabalhocompleto%20_1_.pdf. Acesso em: 08 de abril de 2019.
LIRA, Ana Paula Gomes de Abreu. O papel da escola no combate à discriminação de gênero nos anos iniciais do Ensino Fundamental em uma escola pública de Samambaia-DF. Disponível em: http://bdm.unb.br/bitstream/10483/14428/1/2015_AnaPaulaGomesdeAbreuLira_tcc.pdf. Acesso em: 08 de abril de 2019.
Sistematização
Tempo sugerido: 35 minutos
Orientações: Convide as duplas a criarem uma tirinha como a do Armandinho. Não precisa ser com os mesmos personagens, mas tem que apresentar a temática do gênero, mostrando algo que as pessoas acham que é só de menino ou só de menina, mas que na verdade pode ser feito, expressado ou sentido por qualquer um, independente do gênero.
Você pode imprimir a folha da atividade e entregar uma por dupla ou entregar uma folha dividida em três partes e projetar o enunciado ou escrevê-lo no quadro.
Atividade da sistematização -
Circule pela sala observando e orientando quando necessário. Auxilie as duplas que precisarem de ajuda para escrever o texto. Se houver crianças ainda não alfabetizadas, oriente que façam o desenho e seja o escriba das falas que elas quiserem acrescentar à história. Se alguma dupla não tiver ideia para a tirinha, faça perguntas e/ou dê exemplos que a ajude, por exemplo: "Que brincadeira as pessoas pensam que é de menino? Que tal fazer uma menina que gosta de brincar disso? Como ela pode explicar que não tem problema meninas brincarem disso também?"
Quando terminarem, sugira que troquem as tirinhas com outras duplas, para que uma veja a história da outra. Exponha todos os trabalhos ou una-os em um livro que pode ficar disponível na biblioteca da sala ou da escola para poder ser (re)lido em outros momentos.
Os papéis associados ao gênero carregam uma herança construída há muito tempo em nossa sociedade. É preciso construir um novo olhar, um novo indivíduo e, consequentemente, uma nova sociedade. Por isso, é muito importante abordar esse tema em sala de aula e desenvolver, junto com os alunos, um espaço de aceitação e igualdade, no qual meninos e meninas tenham liberdade de ser o que quiserem.
Fonte da imagem: Banco de Imagens Nova Escola. Acesso em: 08 de abril de 2019.
Para você saber mais:
OLIVEIRA, Tory; GARCIA, Carla Cristina. Carla Cristina Garcia: "A escola é o espaço para discutir sobre feminismo". Nova Escola. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/16073/carla-cristina-garcia-a-escola-e-o-espaco-para-discutir-sobre-feminismo. Acesso em: 10 de abril de 2019.
SEMIS, Laís. Lições para educar crianças feministas. Nova Escola. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/10180/licoes-para-educar-criancas-feministas. Acesso em: 10 de abril de 2019.
Sugestão de adaptação para ensino remoto
Ferramentas sugeridas
- Essenciais: Whatsapp.
- Optativas: Google Meet, Google Classroom e YouTube.
Contexto
Neste plano o objetivo é desconstruir preconceitos ligados ao gênero. Considerando que as crianças estão em processo de alfabetização, você pode optar por compartilhar um arquivo de áudio. Se elas já estiverem alfabetizadas, compartilhe o texto com as perguntas a seguir, escritas todas em maiúsculo. Envie, preferencialmente, via Whatsapp, pois é uma ferramenta mais funcional para que os estudantes manuseiem sozinhos. Se dispuser de momento síncrono, organize um momento no Google Classroom (como criar, postar atividades, disponível aqui) ou no Google Meet (como criar uma reunião online, disponível aqui).
Peça aos estudantes que se reúnam em duplas nos chats privados. Nos grupos, eles vão pensar juntos:
- Existe brincadeira de menino e menina? Quais?
- Por que vocês acham isso?
- E se uma menina quiser brincar do que é considerado de menino ou vice-versa? Qual seria o problema?
- Por que será que algumas pessoas acham que determinadas atitudes são "de menino" ou "de menina"?
Peça que anotem as questões e respondam no caderno. Caso não sejam alfabetizados, solicite que se comuniquem via arquivo de áudio e que escolham, entre eles, um representante para fazer um vídeo com as respostas que a dupla pensou.
Problematização
Compartilhe com os estudantes a tirinha do Armandinho (disponível aqui). Peça para observarem a tirinha. Descreva, por áudio, para os que ainda não estão alfabetizados. Após a visualização, peça que respondam oralmente as seguintes questões:
- De acordo com a tirinha, qual o comportamento esperado dos meninos e das meninas?
- Como podemos mudar de ideia sobre “brincadeira de meninos e brincadeiras de meninas”?
Solicite que respondam, por arquivo de áudio, as perguntas. Se a aula for em momento síncrono, estimule o debate.
Sistematização
Os estudantes irão produzir uma tirinha sobre “Coisa de menino” e “Coisa de menina”. Compartilhe com eles o arquivo de sistematização (disponível aqui) Você pode articular este plano a outro sobre rodas de leitura (disponível aqui). Compartilhe com os estudantes a estrutura desse tipo de gênero textual. Dê um tempo para que a produção aconteça e solicite que, ao final, sejam compartilhadas no grupo das escola. Atente para as respostas e para o feedback a ser enviado aos estudantes.
Convite às famílias
As famílias podem ajudar os estudantes acessando e assistindo junto com as crianças aos vídeos sobre igualdade de gênero, como “Desigualdade de gênero para crianças” (disponível aqui) e “ONU: Livres e iguais” (disponível aqui).
Outras sugestões
A habilidade trabalhada neste plano possui conexão com outras. Promova o diálogo desta aula com as aulas das habilidades EF01HI01, EF01HI02, EF01HI03 e EF03HI01 e com outros componentes curriculares EF15AR24, EF15AR25 e EF12EF12.
Este plano de aula foi produzido pelo Time de Autores de Nova Escola
Professor: Helena Eher
Mentor: Graciele Fabricio
Especialista: Danielle Ferreira
Assessor pedagógico: Oldimar Cardoso
Ano: 2º ano do Ensino Fundamental
Unidade temática: A comunidade e seus registros
Objeto (s) de conhecimento: A noção do “Eu” e do “Outro”: comunidade, convivências e interações entre pessoas
Habilidade(s) da BNCC: (EF02HI02) Identificar e descrever práticas e papéis sociais que as pessoas exercem em diferentes comunidades.
Palavras-Chave: gênero; homem; mulher; menino; menina; papéis sociais; feminismo