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Plano de aula: Dançando com as águas

Plano 3 de uma sequência de 5 planos. Veja todos os planos sobre Corpo, movimento e dança

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O que fazer antes?

Contextos prévios:

Este plano faz parte de uma sequência de cinco. São eles:

Conhecendo diferentes ritmos musicais

Os traços marcantes da dança

Dançando como as águas

Passe a dança

Planejando uma apresentação de dança

A proposta desta atividade é um convite para que as crianças dancem, criando expressões inspiradas nos movimentos da água. Considere apreciar vídeos de artistas que criam danças nessa perspectiva e, ainda, de animais e algas movimentando-se no fundo do mar. Escolha um vídeo do mar para projetar no ambiente em que a proposta será vivenciada e uma música clássica para apoiar os movimentos que as crianças criarão. Preparamos uma sugestão para você aqui. Talvez, uma boa estratégia organizar previamente o espaço e o vivencie com alguns professores de sua escola dias antes de propor a atividade ao seu grupo. Assim, os professores poderão construir experiências, traçar estratégias e, sobretudo, olhar de forma ainda mais atenciosa e empática para o desenvolvimento das experiências das crianças.

Materiais:

A atividade propõe que as crianças se envolvam com tecidos e, por meio de uma projeção de vídeo, dancem inspiradas no movimento das águas e no fundo do mar. Para isso, separe equipamento de projeção com caixas de som e o arquivo com o vídeo a ser reproduzido. Teste-os antes da realização da atividade. Organize pelo espaço varais e reserve tecidos leves, como o voal, em tamanhos diversos e cores claras, como branco, creme ou azul céu. Selecione fitas de cetim de diferentes cores, tamanhos e espessuras. Palitos de sorvete e cola quente. Para facilitar o manuseio destas fitas no momento da dança, cole uma das extremidades de cada em um palito de sorvete.

Espaços:

Preveja um espaço amplo e livre de mobiliários, em que seja possível organizar a projeção do vídeo e dispor tecidos pendurados em varais. Observe a necessidade de dispor tecidos em que a projeção atravesse sua transparência, como voal branco, criando a percepção de movimento e profundidade ao que é projetado. Disponha-os frente à parede em que o vídeo será projetado, de modo que permita a circulação das crianças. A ideia não é que os tecidos fiquem um à frente do outro, mas que sejam intercalados. Observe que, para a atividade, o espaço estará pronto com o vídeo e a música sendo reproduzidos para a entrada das crianças. Aqui, você encontra algumas inspirações quanto a composição do ambiente. Pondere a necessidade da organização de dois grupos para a vivência. Preveja um outro espaço para que, enquanto metade do grupo vivencia a proposta, a outra realize uma atividade que execute com autonomia, como jogos diversos, por exemplo. Caso você conte com o apoio de um professor auxiliar, envolva-o na mediação de um contexto de aprendizagem para o grupo que não estará com você.

Tempo sugerido:

Aproximadamente 40 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:

Como as crianças envolveram os materiais oferecidos em suas criações corporais? De que forma elas os acolhem e potencializam a expressão de dançar com a água?

Como as crianças harmonizam seus movimentos frente ao desafio da proposta? Buscam apoio no vídeo reproduzido? Adequam ao som da música? Como estão construindo a percepção dos movimentos leves, alongados e fluídos?

Como as crianças experimentam o espaço da atividade? Como acontece o jogo imaginativo de estarem dançando com a água? E a interação entre os colegas?


Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender as necessidades e diferenças de cada criança ou do grupo. Transite pelo espaço observando as manifestações corporais das crianças nos momentos da dança e a maneira como se envolvem com a projeção e os tecidos. Observe as relações que estão estabelecendo na vivência da atividade. Atente-se àquelas que aparentemente não estão envolvidas corporalmente e preferem apenas observar o grupo. Atente-se para como elas observam as criações dos pares e permita que apreciem o momento. Contudo, caso perceba que expressar-se corporalmente é um desafio para elas, você pode, participando da composição de dança junto ao grupo, envolvê-las em seus movimentos, convidando-as para dançarem com você.

O que fazer durante?
O que fazer durante?

1

Reúna-se com o grande grupo e conte para as crianças que hoje você separou vídeos com o elemento água para inspirá-las a dançar. Dialogue com a turma, convidando-a a imaginar como deve ser dançar com a água. Instigue a pensarem como são os movimentos dessa dança, se são leves, pesados, longos, curtos, rápidos, circulares etc. Observe que, neste momento, algumas crianças preferirão contar suas percepções por meios de gestos e expressões corporais. Acolha esses movimentos, envolvendo-as no diálogo. Em seguida, diga às crianças que preparou um espaço especial para essa vivência. Você pode engajá-las em um jogo imaginário de que agora elas farão uma viagem ao fundo do mar e participarão de um baile dançante. Conte para a turma que é uma visita especial ao evento, onde elas vivenciarão o desafio de dançarem com as águas. Sendo assim, ao chegarem no fundo do mar, elas já podem começar a dançar, observando quais movimentos criarão.


2

Antes da saída para o espaço que organizou, faça alguns acordos com o grupo considerando o tempo para a atividade e que no momento dançante do baile, por exemplo, evitem conversas com os pares. Como a música faz o convite para todo o corpo dançar, as crianças precisam estar atentas. As conversas podem fazer com que percam partes importantes deste convite. Entretanto, diga que, se alguma música as convidar para dançarem em duplas ou grupos, elas podem aceitar o convite. Contudo, unindo-se em gestos e não pela fala. Combine que, quando a vivência estiver chegando ao fim, elas perceberão a música abaixando lentamente. Diga que há alguns materiais dispostos no espaço para que elas usem livremente em suas danças.


3

Ao chegarem ao espaço, observe como as crianças o acolhem. Perceba como olham, como andam pelo local, como observam o vídeo, a música e os tecidos dispostos. Dê tempo para elas perceberem e acolherem o ambiente. Se necessário, engaje-as no envolvimento da criação corporal convidando a dançarem. Entretanto, considere que farão isso com autonomia e em tempos distintos. Algumas crianças se engajarão na dança mais rápido que outras.


4

Enquanto as crianças dançam, busque observar e registrar, por meio de vídeos e fotografias, as relações que estão estabelecendo e as construções corporais que estão criando. Evite fazer mediações com falas, mas engaje a turma em uma construção e percepção com o corpo. Caso sinta necessidade, dance com as crianças. Aproxime-se daquelas que estão criando movimentos e faça como elas, de modo a valorizar as criações delas. Já com aquelas que preferem observar, você pode, envolvê-las dançando como seu grupo em alguma criação, utilizando os materiais dispostos.


5

Observe o tempo que reservou para a proposta. Quando faltarem cerca de 30 segundos, comece a baixar a música lentamente até silenciá-la por completo. Em seguida, reúna-se em roda com as crianças e inicie uma conversa, instigando-as a trazerem as impressões delas acerca da vivência. Busque quais foram os convites que a música fez e quais movimentos criaram para esse convite. Ajude-as a expressarem de forma verbal os relatos, considerando acolher as expressões corporais que algumas crianças podem trazer ao contexto. Neste momento, recorra aos registros que fez, a fim de ampliar e potencializar o diálogo do grupo. Em seguida, conte às crianças que, em outro momento, vocês observarão os vídeos e as fotografias que registrou. Caso tenha dividido o grupo em atividades diversificadas, organize as trocas entre as crianças.


Para finalizar:

Depois da conversa, convide as crianças para a organização do material utilizado e oriente-as para a próxima vivência do dia.

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