Contexto
Plano de Aula
Plano de aula: Do escravizado antigo ao escravizado contemporâneo: contrapontos e convergências
Plano 4 de uma sequência de 5 planos. Veja todos os planos sobre Escravidão moderna
Este plano é um dos prioritários. Veja agora
Sobre este plano
Este slide em específico não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você possa se planejar.
Este plano está previsto para ser realizado em uma aula de 50 minutos. Serão abordados aspectos que fazem parte do trabalho com a habilidade EF07HI15, de História, que consta na BNCC. Como a habilidade deve ser desenvolvida ao longo de todo o ano, você observará que ela não será contemplada em sua totalidade aqui e que as propostas podem ter continuidade em aulas subsequentes.
Materiais necessários: Papel sulfite, giz de cera ou canetas hidrográficas.
Material complementar:
Contexto:
Fonte 1:
Fonte 2:
Fonte 3:
Modelo para elaboração do conjunto de leis: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/PS43eTEkCbXvxZC79eXdrvTgKTZVsqSVuVvSsGbEgvbGFUchaXwUtRGyw949/his7-15un04-elaboracao-de-um-conjunto-de-leis.pdf
Para você saber mais:
CONDE, Soraya Franzoni. As medidas de enfrentamento à exploração do trabalho infantil no Brasil: forças em luta. R. Katál., Florianópolis, v. 16, n. 2, p. 241-247, jul./dez. 2013. Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/katalysis/article/view/S1414-49802013000200010/25769>.
Acesso em: 8 abr. 19.
Escravo, nem pensar!: uma abordagem sobre trabalho escravo contemporâneo na sala de aula e na comunidade. São Paulo: Repórter Brasil, 2015. Disponível em: <http://escravonempensar.org.br/livro/>. Acesso em: 18 mar. 19.
MACHADO, Sidnei. Trabalho escravo e trabalho livre no Brasil - alguns paradoxos históricos do Direito do Trabalho. Revista da Faculdade de Direito UFPR, v. 38, p. 151-158. Disponível em: <https://revistas.ufpr.br/direito/article/view/1766/1463>. Acesso em: 8 abr. 19.
SCOTT, Rebecca. O trabalho escravo contemporâneo e os usos da História. Mundos do Trabalho, Florianópolis, v. 5, n. 9, 2013, p. 129-137. Disponível em: <https://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=2292162>. Acesso em: 8 abr. 19.
Objetivo
Tempo sugerido: 3 minutos.
Orientações: Faça a leitura em voz alta ou conjuntamente com os alunos. Se possível, também projete. É importante deixar claro aos alunos que não se trata de um tema com recorte temporal único, e sim relativo às Idades Antiga, Moderna e Contemporânea, visto que a escravidão antiga ainda permanece em moldes parecidos até meados da Idade Moderna, e que a escravidão moderna em alguns aspectos também é semelhante à escravidão contemporânea. Por isso, é essencial entender no que se assemelham e no que se diferem dentro de seus diferentes contextos históricos.
Contexto
Tempo sugerido: 7 minutos.
O tempo sugerido refere-se a este slide e ao subsequente.
Orientações:
Descrição da fonte:
Trata-se de uma manchete acerca da situação de trabalhadores que receberam R$ 50,00 por dia para uma jornada exaustiva de 12 horas para a montagem dos palcos do festival de música Lollapalooza. O festival recebe milhares de pessoas, e o ingresso custa cerca de R$ 300,00 a R$ 800,00
por dia. A situação foi amplamente divulgada nas redes sociais e levou à comoção de milhares de pessoas que também denunciaram o acontecido, ocasionando no conteúdo da notícia.
Fonte:
SABBAGA, Júlia. Lollapalooza. Organização será denunciada por trabalho análogo à escravidão. Omelete, 8 de abril de 2019. Disponível em: <https://www.omelete.com.br/musica/lollapalooza-organizacao-sera-denunciada-por-trabalho-analogo-a-escravidao>. Acesso em: 8 abr. 19.
As perguntas a ser realizadas estão no próximo slide.
Para você saber mais:
MACHADO, Sidnei. Trabalho escravo e trabalho livre no Brasil - alguns paradoxos históricos do Direito do Trabalho. Revista da Faculdade de Direito UFPR, v. 38, p. 151-158. Disponível em: <https://revistas.ufpr.br/direito/article/view/1766/1463>. Acesso em: 8 abr. 19.
SCOTT, Rebecca. O trabalho escravo contemporâneo e os usos da História. Mundos do Trabalho, Florianópolis, v. 5, n. 9, 2013, p. 129-137. Disponível em: <https://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=2292162>. Acesso em: 8 abr. 19.
Contexto
Orientações: A fonte em questão traz o debate ao contexto atual: O que seria um trabalho análogo à escravidão? Uma das fontes da Problematização trará alguns aspectos deste tipo de trabalho, mas o professor pode adiantar que seria relacionado às diferentes formas de exploração do trabalho, seja em jornadas exaustivas, em exposição a péssimas condições de estrutura do ambiente de trabalho, no aliciamento de crianças para o trabalho infantil, entre outras.
Para você saber mais:
MACHADO, Sidnei. Trabalho escravo e trabalho livre no Brasil - alguns paradoxos históricos do Direito do Trabalho. Revista da Faculdade de Direito UFPR, v. 38, p. 151-158. Disponível em: <https://revistas.ufpr.br/direito/article/view/1766/1463>. Acesso em: 8 abr. 19.
SCOTT, Rebecca. O trabalho escravo contemporâneo e os usos da História. Mundos do Trabalho, Florianópolis, v. 5, n. 9, 2013, p. 129-137. Disponível em: <https://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=2292162>. Acesso em: 8 abr. 19.
Problematização
Tempo sugerido: 7 minutos.
O tempo sugerido refere-se a este slide e aos três subsequentes.
Orientações:
Descrição da fonte:
Trata de escravizados gregos antigos trabalhando em uma mina. São representados a partir dos aspectos da própria arte grega, ressaltando os corpos esculturais e os traços finos. A fonte mostra a forma de trabalho na Grécia Antiga e como era esta exploração. A escravidão antiga é marcada pelas dívidas entre o escravizado e quem o escravizava, bem como as guerras, em que os perdedores tornavam-se escravizados dos vencedores.
Fonte:
Wiki Commons. Escravizados trabalhando em uma mina. Pintura em placa de terracota coríntia, séc. J-C. Disponível em: <https://en.wikipedia.org/wiki/Slavery_in_ancient_Greece>. Acesso em: 8 abr. 19.
Problematização
Orientações:
Descrição da fonte:
A pintura de Johann Moritz Rugendas traz as condições em que os escravizados eram trazidos para o Brasil nos navios negreiros, fazendo alusão ao poema “Navio negreiro”, de Castro Alves. Apesar de não mostrar pessoas trabalhando, a imagem possibilita entender as condições humanas a que estavam submetidos os escravizados trazidos para o Brasil, não somente no momento do trabalho. A escravidão neste período é marcada pela regulação das pessoas como propriedades, e o comércio lucrativo que era gerado a partir do tráfico de escravizados.
Fonte:
RUGENDAS, Johann Moritz. Quadro de Johann Moritz Rugendas (1802-1858) retratando o interior de um navio negreiro. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Tr%C3%A1fico_de_escravos_para_o_Brasil#/media/File:Navio_negreiro_-_Rugendas_1830.jpg>. Acesso em: 8 abr. 19.
Para você saber mais:
MUNANGA, Kabengele. Algumas considerações sobre “raça”, ação afirmativa e identidade negra no Brasil: fundamentos antropológicos. REVISTA USP, São Paulo, n.68, p. 46-57, dezembro/fevereiro 2005-2006. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/revusp/article/view/13482/15300>.
Problematização
Orientações:
Descrição da fonte:
A fotografia, datada do ano de 2008, denuncia a situação em que uma criança recolhe recicláveis do lixão, ocasião muito frequente quando se trata de exploração do trabalho infantil, pois é considerado por muitos uma “ajuda” e não trabalho, sendo que da maneira como acontece em muitos lugares é uma forma de trabalho, e mais, análogo à escravidão, principalmente em se tratando de crianças. Para saber mais sobre o trabalho escravo contemporâneo, acesse o link “Escravos nem pensar!” no item “Para você saber mais”
Fonte:
CASAL JÚNIOR, Marcello. Criança saindo de lixão após coleta de recicláveis - Agência Brasil. Wiki Commons, 1º de fevereiro de 2008. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Trabalho_infantil#/media/File:Crianca_Lixao_20080220_-_Marcello_Casal_Jr._-_Agencia_Brasil.jpg>. Acesso em: 8 abr. 19.
Para você saber mais:
CONDE, Soraya Franzoni. As medidas de enfrentamento à exploração do trabalho infantil no Brasil: forças em luta. R. Katál., Florianópolis, v. 16, n. 2, p. 241-247, jul./dez. 2013. Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/katalysis/article/view/S1414-49802013000200010/25769>.
Acesso em: 8 abr. 19.
Escravo, nem pensar!: uma abordagem sobre trabalho escravo contemporâneo na sala de aula e na comunidade. São Paulo: Repórter Brasil, 2015. Disponível em: <http://escravonempensar.org.br/livro/>. Acesso em: 18 mar. 19.
Problematização
Orientações: Como forma de levar os alunos a relacionar as imagens apresentadas é importante que eles identifiquem um elemento em comum: o trabalho, e em segundo a escravidão. Apesar de a Fonte 2 não tratar diretamente do trabalho, trata de condições às quais os trabalhadores escravizados eram expostos, o que caracteriza uma das condições análogas à escravidão, e que podem ser vistas até hoje, principalmente em trabalhos em que as pessoas são expostas a ambientes insalubres. A diferença entre épocas é a primeira a ser visualizada, já que a Fonte 1 trata da escravidão antiga, na Grécia, a Fonte 2 da escravidão moderna, em um navio negreiro vindo para o Brasil, e a Fonte 3 da escravidão contemporânea, já no contexto do Brasil contemporâneo. Apesar de a Fonte 1 não representar como as outras as condições das pessoas, não demonstra condições ruins como as fontes 2 e 3, ou seja, pode ser considerada razoável, já as fontes 2 e 3 são consideradas ruins. Espera-se que os alunos já tenham se deparado com outras condições de trabalho que se assemelham à escravidão e comentem sobre, mas, caso isso não aconteça, o professor pode citar as crianças pedindo no semáforo, trabalhando na lavoura e não indo à escola, adultos que trabalham muito e ganham abaixo do que deveriam ganhar, além de estar expostos a péssimas condições.
Sistematização
Tempo sugerido: 15 minutos.
Orientações: Nesta etapa, em grupos de até quatro pessoas, os estudantes deverão elaborar um conjunto de leis que proíbam qualquer tipo de trabalho que se assemelhe à escravidão, para isso eles terão que justificar com base no que aprenderam o por que não deve existir este tipo de trabalho. O modelo a ser apresentado para os alunos é o seguinte:
Modelo para elaboração do conjunto de leis
Materiais complementares
Sugestão de adaptação para ensino remoto
Ferramentas sugeridas
- Essenciais: fontes históricas (em PDF, print ou link), Whatsapp, E-mail ou Google sala de aula.
- Optativas: Hangouts, YouTube, Flipgrid, Anchor.fm.
Contexto
O objetivo desta aula é compreender as diferenças e semelhanças do escravismo antigo com o contemporâneo, com base em diferentes práticas escravistas.
Para desenvolvê-la com os seus alunos, você poderá trabalhar de forma:
- Assíncrona, disponibilizando por meio do Whatsapp, e-mail ou Google sala de aula (veja como usá-lo aqui), os materiais e orientações necessários. As devolutivas dos alunos podem ocorrer da mesma forma ou com agendamento de um momento síncrono.
- Síncrona, apresentando os materiais (projetando-os na tela) e orientações enquanto realiza uma videoconferência por meio do Hangouts (veja aqui como criar uma reunião online).
Para contextualizá-los quanto ao tema da aula, disponibilize previamente um curto vídeo educativo:
- Ciclo do Trabalho Escravo Contemporâneo. Escravo nem pensar. YouTube, 25 nov. 2014. Disponível aqui. Acesso em: 22/06/2020.
Disponibilize, também, a manchete sobre o festival Lollapalooza. Eles devem refletir e registrar no caderno ou em mídias digitais que já utilizam, como o Google sala de aula:
- Como se caracteriza o trabalho escravo na atualidade?
- Ele acontece apenas no campo?
Problematização
Convide-os a refletirem mais sobre o conceito de escravidão ao longo de diferentes contextos históricos. Disponibilize as imagens das Fontes 1, 2 e 3 e proponha que analisem e registrem as questões sugeridas no plano.
Para aprofundar as percepções a respeito do tema, indique a escuta de alguns relatos de trabalhadores brasileiros e estrangeiros no Brasil atual, do campo e do meio urbano, e questione:
- Como podemos perceber na fala deles as características de um trabalho escravo hoje em dia?
- Foi fácil para eles identificarem sua condição?
Encaminhe para os alunos:
- Quem são os escravos no século XXI? Veja, 07 mai. 2018. YouTube. Disponível aqui. Acesso em: 22/06/2020.
- Animale é responsabilizada por trabalho análogo à escravidão. 19 dez. 2017. YouTube. Disponível aqui. Acesso em: 22/06/2020.
Incentive-os a conversarem com familiares ou colegas, via Whatsapp ou videoconferência, para discutirem se já viram casos de trabalho análogo à escravidão e os meios de combatê-lo.
Sistematização
Oriente-os a elaborar mensagens de texto, áudio ou vídeo, direcionados aos trabalhadores escutados, expressando o que aprenderam a respeito do processo de escravização no passado ou na atualidade. Peça que contem como se sentiram a respeito da situação deles e os orientem e motivem para que isso não aconteça mais. As mensagens podem ser compartilhadas entre os colegas por meio do Whatsapp, ou expostas em murais virtuais, como o Youtube (veja como utilizá-lo aqui) o Flipgrid (veja como utilizá-lo aqui) ou Anchor (veja como utilizá-lo aqui).
Convite às famílias
Para que conheçam mais a respeito do trabalho análogo ao escravo na atualidade, sugira que assistam a um vídeo com 8 perguntas sobre o assunto, respondidas pelo jornalista Leonardo Sakamoto, fundador da Repórter Brasil – ONG especializada em identificar situações que ferem os direitos trabalhistas e ambientais –, e membro do Fundo das Nações Unidas de Combate às Formas Contemporâneas de Escravidão: “Trabalho escravo é sustentado pelo tripé: ganância, pobreza e impunidade”, diz Sakamoto. YouTube, 22 ago. 2018. Disponível aqui. Acesso em: 20/06/2020.
Este plano de aula foi produzido pelo Time de Autores de Nova Escola
Professor: Ruhama Sabião
Mentor: Andrea Kamensky
Especialista: Guilherme Moerbeck
Assessor pedagógico: Oldimar Cardoso
Ano: 7º ano do Ensino Fundamental.
Unidade temática: Lógicas comerciais e mercantis da modernidade.
Objeto(s) de conhecimento: As lógicas internas das sociedades africanas. As formas de organização das sociedades ameríndias. A escravidão moderna e o tráfico de escravizados.
Habilidade(s) da BNCC: EF07HI15 Discutir o conceito de escravidão moderna e suas distinções em relação ao escravismo antigo e à servidão medieval.
Palavras-chave: Escravidão moderna, servidão medieval, escravidão antiga