Contexto
Plano de Aula
Plano de aula: A escravidão na África e o comércio de escravizados
Plano 5 de uma sequência de 5 planos. Veja todos os planos sobre Escravidão moderna
Este plano é um dos prioritários. Veja agora
Sobre este plano
Este slide em específico não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você possa se planejar.
Este plano está previsto para ser realizado em uma aula de 50 minutos. Serão abordados aspectos que fazem parte do trabalho com a habilidade EF07HI15, de História, que consta na BNCC. Como a habilidade deve ser desenvolvida ao longo de todo o ano, você observará que ela não será contemplada em sua totalidade aqui e que as propostas podem ter continuidade em aulas subsequentes.
Materiais necessários: Papel sulfite, caneta ou lápis.
Material complementar:
Contexto:
Fonte 1:
Fonte 2:
Fonte 3:
Modelo de reportagem:
Para você saber mais:
CINE GROUP. Brasil: DNA África, 2014. Disponível em: <http://cinegroup.com.br/2014/07/brasil-dna-africa/>. Acesso em: 15 abr. 19.
SOUZA, Marina de Mello. África e Brasil africano. 3 ed. São Paulo: Ática, 2012. p. 48
THORNTON, John. África e os africanos na formação do mundo atlântico 1400-1800. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004, p. 155.
Objetivo
Tempo sugerido: 3 minutos.
Orientações: Inicialmente, organize a turma em grupos de até quatro pessoas, e depois leia o objetivo conjuntamente com os estudantes. É importante destacar que ainda que tenha acontecido a escravidão também no interior da África, entre os próprios africanos, esta não ocorreu sob a mesma perspectiva do comércio atlântico, que tornava os escravizados mercadorias “coisificadas” e faziam da escravidão um comércio lucrativo.
Para você saber mais:
THORNTON, John. África e os africanos na formação do mundo atlântico 1400-1800. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004, p. 155.
SOUZA, Marina de Mello. África e Brasil africano. 3 ed. São Paulo: Ática, 2012. p. 48
Contexto
Tempo sugerido: 10 minutos.
O tempo sugerido refere-se a este slide e ao subsequente.
Orientações: Antes da reflexão a ser proposta no Contexto, é importante que os estudantes conheçam o projeto de que se fala na reportagem, e saibam que houve a necessidade do projeto que será abaixo explicitado justamente porque os negros vindos escravizados para o Brasil eram tratados como iguais, ainda que tivessem diferentes culturas, crenças, costumes. O projeto abrangeu uma população bem restrita de negros do Brasil, mas que, ainda assim, tiveram a oportunidade de conhecer suas origens.
Descrição da fonte:
Trata-se de uma reportagem sobre um projeto chamado “Brasil: DNA África”, que coletou o DNA de negros brasileiros para investigar a qual etnia africana pertencem. Um dos participantes, Zulu Araújo, indagou ao líder africano do povo tikar por que a elite africana e o rei os haviam vendido como escravizados. Ao longo da reportagem Zulu deixa claro que passaram diferentes etnias africanas pelo Brasil, mas que, quando seus antepassados vieram como escravizados, toda essa diversidade se homogeneizou em “escravo africano”. Para entender mais sobre o projeto, acesse a referência no item
“Para você saber mais”.
Fonte:
FELLET, João. “Na África, indaguei rei da minha etnia por que nos venderam como escravos”. BBC Brasil, 14 de janeiro de 2016. Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/01/160113_dna_africano_zulu_jf_cc>. Acesso em: 15 abr. 19.
Para você saber mais:
CINE GROUP. Brasil: DNA África, 2014. Disponível em: <http://cinegroup.com.br/2014/07/brasil-dna-africa/>. Acesso em: 15 abr. 19.
Contexto
Tempo sugerido: 10 minutos.
Orientações: É importante que seja explicado aos estudantes o projeto apresentado na reportagem, para que os mesmos tenham condições de fazer a reflexão proposta. No segundo questionamento, espera-se que eles levantem hipóteses sobre a questão da escravidão na África, e demonstrem suas opiniões sobre a existência, ou não, da escravidão anteriormente à vinda dos escravizados para o Brasil. Com base nestas reflexões, os estudantes
poderão analisar as fontes e perceber se houve e quais eram suas características principais que diferenciava do comércio atlântico de escravizados.
Problematização
Tempo sugerido: 20 minutos.
O tempo sugerido refere-se a este slide e aos quatro subsequentes.
Orientações:
Descrição da fonte:
Trata-se de um trecho do livro África e os africanos na formação do mundo atlântico 1400-1800, de John Thornton, em que o autor, especialista em História da África, faz menção às características da escravidão africana, as quais destacam-se: a captura de escravizados em guerras com países vizinhos ou civis; a utilização dos mesmos na economia doméstica; a troca de escravizados por mercadorias.
Fonte:
THORNTON, John. África e os africanos na formação do mundo atlântico 1400-1800. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004, p. 155.
Problematização
Orientações:
Descrição da fonte:
Trata-se de uma gravura do século XVII, de autor desconhecido, presente no livro África e Brasil africano, da historiadora Marina de Mello e Souza. A imagem apresenta escravizados africanos carregando um membro da elite do Congo. Um aspecto importante a ser observado é o fato de que a questão étnico-racial não era determinante na escravização dos africanos.
Fonte:
SOUZA, Marina de Mello. África e Brasil africano. 3 ed. São Paulo: Ática, 2012. p. 48
Problematização
Orientações:
Descrição da fonte:
Trata-se de um trecho do livro África e Brasil africano, da historiadora Marina de Mello e Souza, que ressalta o papel do escravizado na vida em sociedade na África. Pode-se destacar que: eles se integravam à descendência da família do seu senhor; eles poderiam acumular riquezas e conquistar privilégios; podiam possuir escravizados, mesmo sem deixar de ser escravizados também.
Fonte:
SOUZA, Marina de Mello. África e Brasil africano. 3 ed. São Paulo: Ática, 2012. p. 48
Problematização
Orientações:
Com base nas descrições das fontes dos slides anteriores é possível discutir com os estudantes as questões propostas neste slide. Destaca-se que as fontes apresentam como se tornavam escravizados, o espaço doméstico como um dos lugares em que poderiam estar, a igualdade étnica, e não apresenta a escravidão como forma de gerar lucro. Os estudantes podem chegar a estas reflexões com base nas seguintes observações:
- Na fonte 1, o autor aborda a questão de os escravizados ter sido capturados em guerras com países vizinhos ou civis.
- Nas fontes 2 e 3, os autores salientam que os escravizados poderiam compor à descendência da família, e estar no ambiente doméstico.
- Na fonte 2 pode ser observada a igualdade de cor, o que pode significar, ou não, que sejam de etnias semelhantes, o que não aconteceria
se comparado a uma gravura no Brasil, por exemplo. - Nenhuma das fontes aborda a questão do comércio de escravizados como uma fonte de lucro, bem como não aborda escravizados sendo castigados de diferentes formas, também da forma como aconteceu no Brasil.
Sistematização
Tempo sugerido: 17 minutos.
Orientações: Como forma de Sistematização, os estudantes, divididos em grupos de até quatro pessoas, deverão assumir a posição de um jornalista, e realizar uma matéria assim como a do Contexto, esboçando algum aspecto da escravidão na África, diferenciando com o que já conhece da escravidão no Brasil, caso ainda não conheçam, devem fazer a reportagem baseada somente na escravidão na África. O modelo a ser seguido está disponibilizado abaixo.
Modelo de reportagem:
Materiais complementares
Sugestão de adaptação para ensino remoto
Ferramentas sugeridas
- Essenciais: fontes históricas (em PDF, print ou link), Whatsapp, E-mail ou Google sala de aula.
- Optativas: Hangouts, YouTube, Flipgrid, Anchor.fm.
Contexto
O objetivo desta aula é compreender as características da escravidão no interior da África do século XV ao XVII.
Para desenvolvê-la com os seus alunos, você poderá trabalhar de forma:
- Assíncrona, disponibilizando por meio do Whatsapp, e-mail ou Google sala de aula (veja como usá-lo aqui), os materiais e orientações necessários. As devolutivas dos alunos podem ocorrer da mesma forma ou com agendamento de um momento síncrono.
- Síncrona, apresentando os materiais (projetando-os na tela) e orientações enquanto realiza uma videoconferência por meio do Hangouts (veja aqui como criar uma reunião online).
Para contextualizá-los quanto ao tema da aula, disponibilize previamente três teasers do projeto Brasil: DNA África (cada um tem menos de 1 min de duração):
- Brasil: DNA África - Eunice. YouTube, 26 nov. 2014. Disponível aqui. Acesso em: 22/06/2020.
- Brasil: DNA África - Zebrinha. YouTube, 28 nov. 2014. Disponível aqui. Acesso em: 22/06/2020.
- Brasil: DNA África - João Jorge. YouTube, 28 nov. 2014. Disponível aqui. Acesso em: 22/06/2020.
Disponibilize a manchete sobre o projeto. Os alunos devem refletir e registrar no caderno ou em mídias digitais que já utilizam, como o Google sala de aula:
- Por que os participantes do projeto queriam saber as etnias africanas?
- A manchete indica que havia escravidão na África?
- Como a escravidão fez com que eles não tivessem conhecimento das próprias etnias?
Problematização
Convide-os a pensarem em uma resposta para a pergunta que foi colocada pelo participante do projeto ao rei de sua etnia: “por que nos venderam como escravos?”. Para que investiguem como era a escravidão na África, disponibilize os materiais da Fonte 1, 2 e 3 e proponha que analisem e registrem as questões:
- Como eles se tornavam escravizados?
- Em quais espaços poderiam estar?
- Podiam ter alguns direitos?
- Há diferenças étnico-raciais aparentes na fonte 2?
- As fontes falam sobre o lucro, tal como acontecia no Brasil?
- Em algum momento as fontes falam sobre o comércio de escravizados como gerador de lucros? E sobre castigos físicos?
Incentive-os a conversarem com familiares ou colegas, via Whatsapp, desafio de verdadeiro ou falso (que pode ser feito com o Kahoot, veja como aqui) ou videoconferência, a respeito das características da escravidão na África.
Sistematização
Nesta etapa, os estudantes poderão elaborar mensagens de texto, áudio ou vídeo, com as possíveis respostas à pergunta colocada pelo participante do projeto “Brasil: DNA África” ao rei de sua etnia:
- Por que nos venderam como escravos?
Oriente-os a relacionarem, além dos motivos, os aspectos estudados ao longo das atividades, como: atribuições, direitos, questões étnico-raciais e se a escravidão na África tinha a ver com lucratividade e castigos físicos, tal como no Brasil.
Eles podem concluir dizendo qual seria o atual posicionamento do rei a respeito de tudo o que aconteceu com o seu povo do passado.
As mensagens podem ser compartilhadas entre os colegas por meio do Whatsapp, ou expostas em murais virtuais como o Youtube (veja como utilizá-lo aqui) o Flipgrid (veja como utilizá-lo aqui) ou Anchor (veja como utilizá-lo aqui).
Convite às famílias
Para que conheçam mais a respeito do Projeto Brasil: DNA África e ver a resposta dada pelo rei a pergunta do participante do projeto, poderão acessar: FELLET, João. “Na África, indaguei rei da minha etnia por que nos venderam como escravos”. BBC Brasil, 14 de janeiro de 2016. Disponível aqui. Acesso em: 20/06/2020.
Este plano de aula foi produzido pelo Time de Autores de Nova Escola
Professor: Ruhama Sabião
Mentor: Andrea Kamensky
Especialista: Guilherme Moerbeck
Assessor pedagógico: Oldimar Cardoso
Ano: 7º ano do Ensino Fundamental.
Unidade temática: Lógicas comerciais e mercantis da modernidade.
Objeto(s) de conhecimento: As lógicas internas das sociedades africanas. As formas de organização das sociedades ameríndias. A escravidão moderna e o tráfico de escravizados.
Habilidade(s) da BNCC: EF07HI15 Discutir o conceito de escravidão moderna e suas distinções em relação ao escravismo antigo e à servidão medieval.
Palavras-chave: Escravidão, tráfico de escravizados, sociedades africanas.