Transcrição da fonte 1
Plano de Aula
Plano de aula: Do comércio de mercadorias à comercialização da mão de obra: a escravidão no período pré-colonial
Plano 1 de uma sequência de 5 planos. Veja todos os planos sobre Comércio entre África e a América
Sobre este plano
Este slide em específico não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você possa se planejar.
Este plano está previsto para ser realizado em uma aula de 50 minutos. Serão abordados aspectos que fazem parte do trabalho com a habilidade EF07HI14, de História, que consta na BNCC. Como a habilidade deve ser desenvolvida ao longo de todo o ano, você observará que ela não será contemplada em sua totalidade aqui e que as propostas podem ter continuidade em aulas subsequentes.
Materiais necessários: Caderno, quadro, giz, caneta.
Material complementar:
Transcrição da fonte 1: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/WHwnNdhYGvTc4e5T4jmeQ6SXKfk5YVYrKXapapdZqV85vGycr7fRjt83szNn/his7-14un01-transcricao-da-fonte-1.pdf
Para você saber mais:
Escravidão: O conceito de escravidão precisa necessariamente estar ligado à sua historicidade, pois houve diferentes formas de escravidão durante a História, e diferentes abordagens. O que pode ser definido como escravidão, ainda que de forma simplista, é a exploração de determinados indivíduos devido a uma condição de subordinação a outros indivíduos ou grupos considerados socialmente superiores.
SOUZA, Marina de Mello e. África e Brasil africano. 3 ed. São Paulo: Ática, 2012.
THORNTON, J. A escravidão e a estrutura social na África. In: ______. África e os africanos na formação do mundo atlântico 1400-1800. Rio de Janeiro: Ed. Elsevier, 2004, p.122-152.
THORNTON, J. O processo de escravidão e o comércio de escravos. In: ______. África e os africanos na formação do mundo atlântico 1400-1800. Rio de Janeiro: Ed. Elsevier, 2004, p. 153-185.
Sobre Aqualtune:
MARTINS, Vinicius. Rainha e guerreira, Aqualtune é um dos principais nome da resistência afro-brasileira contra a escravidão e o racismo. Alma Preta, 21 de julho de 2017. Disponível em: <https://www.almapreta.com/editorias/realidade/aqualtune-a-luz-de-palmares>. Acesso em: 23 jan. 19.
Sobre outras mulheres negras escravizadas que lutaram contra a escravidão:
GONÇALVES, Patrícia. 17 mulheres negras brasileiras que lutaram contra escravidão. Catraca Livre, 20 de agosto de 2018. Disponível em: <https://catracalivre.com.br/cidadania/17-mulheres-negras-brasileiras-que-lutaram-contra-escravidao/>. Acesso em: 23 jan. 19.
Objetivo
Tempo sugerido: 3 minutos.
Orientações:
Inicialmente, a sala deve estar em duplas ou trios.
Entender a escravidão em seus diferentes contextos históricos é um desafio para a historiografia, mas leva a uma melhor compreensão dos processos que levaram este conceito a ser associado ao comércio e à lucratividade. Portanto, é importante deixar claro aos alunos que não se pode pensar em escravidão somente ligada ao tráfico e ao mercado instituído na América Portuguesa, pois houve outras formas de escravidão, principalmente na África, continente no qual esta aula dará enfoque. Durante toda a aula o professor deve evitar o termo “escravos”, pois, de acordo com Munanga (2010, s.p), “O homem nasce livre até que alguém o escravize [...]. O correto é “escravizado” e não “escravo”.
Para você saber mais:
Escravidão: O conceito de escravidão precisa necessariamente estar ligado à sua historicidade, pois houve diferentes formas de escravidão durante a História, e diferentes abordagens. O que pode ser definido como escravidão, ainda que de forma simplista, é a exploração de determinados indivíduos devido a uma condição de subordinação a outros indivíduos ou grupos considerados socialmente superiores.
MUNANGA, Kabengele. Trecho de entrevista publicada online. Nova legislação e política de cotas desencadeariam ascensão econômica e inclusão dos negros, diz professor. Pambazuka News, mar. 2010. Disponível em: <https://www.pambazuka.org/pt/security-icts/nova-legisla%C3%A7%C3%A3o-e-pol%C3%ADtica-de-cotas-desencadeariam-ascens%C3%A3o-econ%C3%B4mica-e-inclus%C3%A3o-dos>. Acesso em: 24 jan. 19.
Contexto
Tempo sugerido: 8 minutos.
O tempo sugerido refere-se a este slide e ao subsequente.
Orientações:
Para apresentar a temática aos alunos, é preciso que os mesmos tenham a possibilidade de compreender que houve outra forma de escravização que não voltada exclusivamente para os lucros comerciais e com fins econômicos. Para isso, a fonte em questão (descrita abaixo de forma mais detalhada) apresenta a história de Aqualtune e como até pessoas de prestígio na África poderiam se tornar escravizadas e ser tiradas de seu país de origem. Destaca-se que a escravidão na África não era um estado eterno, e que não era motivada somente por fins econômicos ou comerciais, mas sim como forma de aprisionamento de inimigos derrotados nas guerras, sobrevivência a períodos de escassez de alimentos, entre outras situações.
Descrição da fonte:
A fonte em questão é um cordel, escrito pela poetisa Jarid Arraes, em 2014. A autora, nascida em Juazeiro do Norte, é conhecida por escrever história sobre mulheres, e principalmente sobre mulheres negras, e tem mais de 60 títulos publicados, até o momento, em literatura de cordel. Destaca-se no cordel a narrativa da história de Aqualtune, princesa africana que foi escravizada e trazida para o Brasil. O cordel também aborda como funcionava o sistema de escravidão na África, em que reinos rivais entravam em conflito e os perdedores da guerra tornavam-se escravos dos vencedores. Porém, na África a escravidão não era um estado ad eternum, mas sim temporário (o que também se apresenta na Fonte 3). A autora destaca mais no final do cordel - que não aparece para os alunos, mas que pode ser comentado com eles - como a história foi silenciada, e como pesquisar e saber sobre histórias de mulheres negras fortes pode empoderar outras mulheres e criar novas identidades. A fonte completa está disponível no link da fonte.
Adequando ao Contexto:
Caso não possa ser projetado aos alunos, o docente pode escrever no quadro.
Fonte:
ARRAES, Jarid. Aqualtune: princesa no Congo, mas escrava no Brasil. Revista Fórum, 29 de janeiro de 2016. Disponível em: <https://www.revistaforum.com.br/aqualtune-princesa-congo-mas-escrava-brasil/>. Acesso em: 23 jan. 19.
Para você saber mais:
Sobre Aqualtune:
MARTINS, Vinicius. Rainha e guerreira, Aqualtune é um dos principais nomes da resistência afro-brasileira contra a escravidão e o racismo. Alma Preta, 21 de julho de 2017. Disponível em: <https://www.almapreta.com/editorias/realidade/aqualtune-a-luz-de-palmares>. Acesso em: 23 jan. 19.
Sobre outras mulheres negras escravizadas que lutaram contra a escravidão:
GONÇALVES, Patrícia. 17 mulheres negras brasileiras que lutaram contra escravidão. Catraca Livre, 20 de agosto de 2018. Disponível em: <https://catracalivre.com.br/cidadania/17-mulheres-negras-brasileiras-que-lutaram-contra-escravidao/>. Acesso em: 23 jan. 19.
Para você saber mais:
Escravidão: O conceito de escravidão precisa necessariamente estar ligado à sua historicidade, pois houve diferentes formas de escravidão durante a História, e diferentes abordagens. O que pode ser definido como escravidão, ainda que de forma simplista, é a exploração de determinados indivíduos devido a uma condição de subordinação a outros indivíduos ou grupos considerados socialmente superiores.
Contexto
Orientações:
Apresentada e lida a fonte aos alunos, o professor deve direcionar as perguntas realizadas no slide, que se encaminham para o entendimento de que existiram outras formas de escravidão, e que mesmo princesas de lugares importantes, como o Congo, também foram escravizadas. Se possível, o professor também pode citar outros exemplos, como o de Chico Rei, que segundo conta a tradição oral teria sido um monarca africano, que chegou ao Brasil em 1740, e que, depois de comprar sua alforria, se tornou muito respeitado e estimado em Ouro Preto - MG. Ainda, deve-se ressaltar a história de Aqualtune pelo fato de a mesma ter terminado seus dias em um quilombo, ou seja, buscou formas de escapar da escravidão e de ajudar seu povo a lutar. Aqualtune foi a avó de Zumbi dos Palmares, também reconhecido pela resistência à escravidão.
Para você saber mais:
Escravidão: O conceito de escravidão precisa necessariamente estar ligado à sua historicidade, pois houve diferentes formas de escravidão durante a História e diferentes abordagens. O que pode ser definido como escravidão, ainda que de forma simplista, é a exploração de determinados indivíduos devido a uma condição de subordinação a outros indivíduos ou grupos considerados socialmente superiores.
TANAKA, Beátrice. A história de Chico Rei. São Paulo: SM, 2010.*
*O guia de leitura do livro para professores é disponibilizado pela editora. Disponível em: <http://www.smbrasil.com.br/download/?p=/sm_resources_center/cms/88bc539904225a5ed36bdfc7b687f9a6.pdf>. Acesso em: 27 jan. 19.
Problematização
Tempo sugerido: 20 minutos.
O tempo sugerido refere-se a este slide e aos dois subsequentes.
Orientações:
Serão apresentadas duas fontes e no final realizadas perguntas com os alunos a fim de relacioná-las e refletir sobre a temática abordada. Com o apoio da transcrição da Fonte 1, o professor deve inicialmente perguntar aos alunos se eles sabem o que poderia ser este documento, e o que significava no período, acompanhando da leitura da legenda. A Lei do Ventre Livre foi uma das leis abolicionistas que considerava livre os filhos de escravos nascidos a partir de 1871, data da lei.
Descrição da fonte:
O documento trata-se de um registro em cartório dos escravos pertencentes a um senhor, contendo nome, cor, idade, filiação e profissão.
É datado de 1883, e é uma fonte importante para pensar sobre a legalidade do tratamento de pessoas como mercadorias. Ainda aqueles nascidos após a Lei do Ventre Livre permaneciam em situação de escravidão, pois os pais ainda eram escravizados e não tinham para onde ir.
Transcrição da Fonte 1:
Adequando ao Contexto:
Caso não seja possível projetar a fonte aos alunos, o professor pode levar um documento de registro de nascimento ou pedir para que os alunos levem de casa e trabalhar junto com eles a questão de ser propriedade ou não de alguém, já que perante a lei até os 18 anos o indivíduo está sob a responsabilidade dos pais. É preciso pois diferenciar estar sob responsabilidade e ser propriedade.
Fonte:
PRIORE, Mary Del. Documentos do Brasil. 1 ed. São Paulo: Panda Books, 2016.
Problematização
Orientações:
Descrição da fonte:
A Fonte 2, de cunho mais científico e acadêmico, reafirma a ideia de que a escravidão na África não tinha viés estritamente comercial ou lucrativo, já que a escravidão era por guerras, dívidas, e até mesmo sobrevivência, além de não ser um estado eterno, muitos eram libertos após pagar as dívidas ou conseguir viver de forma independente. A fonte é um trecho do livro África e Brasil africano, em que a autora, Marina de Mello e Souza (2012), aborda desde questões econômicas e políticas até culturais e sociais, relacionando a História da África à História do Brasil.
É importante que os estudantes percebam que a escravidão na África não ocorria somente com fins comerciais, e não era um mercado tão lucrativo quanto se tornou quando os portugueses passaram a comercializar a mão de obra africana. A maior diferença se dá, então, quando as guerras internas e as disputas passam a ser uma forma de aliança com estrangeiros, no caso os portugueses, para entregar inimigos e vendê-los como mercadorias.
Fonte:
SOUZA, Marina de Mello e. África e Brasil africano. 3 ed. São Paulo: Ática, 2012.
Adequando ao Contexto:
Caso não possa ser projetado aos alunos, o docente pode escrever no quadro.
Para você saber mais:
SOUZA, Marina de Mello e. África e Brasil africano. 3 ed. São Paulo: Ática, 2012.
THORNTON, J. A escravidão e a estrutura social na África. In: ______. África e os africanos na formação do mundo atlântico 1400-1800. Rio de Janeiro: Ed. Elsevier, 2004, p.122-152.
THORNTON, J. O processo de escravidão e o comércio de escravos. In: ______. África e os africanos na formação do mundo atlântico 1400-1800. Rio de Janeiro: Ed. Elsevier, 2004, p. 153-185.
Problematização
Orientações:
A Fonte 1 vem justamente para apresentar a ideia da escravidão associada ao tratamento de pessoas como mercadorias, o que também acontecia nos anúncios de compra e venda presentes nos jornais do período, além das lojas em que os preços colocados sobre as pessoas dependiam da qualidade dos dentes, das pernas, da idade, entre outros fatores. Desta forma, o sentido do documento é mostrar como a escravidão acontecia de acordo com a lei, e que não havia problema nenhum que um senhor obtivesse o número que pudesse de escravizados, pois estava de acordo com a lei. Elementos como os números de cada um, o pertencimento a um senhor, a cor, remetem a uma classificação destas pessoas, ou seja, as identificam como mercadorias.
Também é importante levá-los à reflexão de que a escravidão não aconteceu em todos os lugares da mesma forma, e que houve outras formas anteriores ao período colonial, como a escravidão interna na África e a escravidão em Roma, e em outros lugares em que a prática era comum.
Por isso, ao explorar a Fonte 2 o professor deve deixar claro aos alunos como funcionava a escravidão na África, que não se assemelhava à escravidão no Brasil e em outros domínios coloniais porque não tinha o fim de gerar lucros.
É importante fazer com que os alunos reflitam e exponham suas opiniões, principalmente no que tange à pergunta sobre a vida dos adolescentes descritos no documento; com a intervenção do professor, posteriormente, o mesmo deve deixar claro que o conceito de adolescência ainda não existia nos moldes que se conhece hoje, mas, sim, que estes adolescentes já eram pequenos adultos e trabalhavam nas mesmas condições que seus pais e familiares mais velhos. Ou seja, as pessoas descritas eram tratadas como mercadorias, pois esta era a lógica comercial que a escravidão tinha no período. Mas é importante que os alunos saibam que não foi sempre assim, e que ano decorrer da aula fique claro que o conceito adquire múltiplas definições de acordo com o período em que é colocado.
Com base nas fontes levantadas, o professor deve guiar os alunos a entender pela análise das fontes como era o processo de escravidão na África, e a partir de que momento passou a ser lucrativo para os portugueses. É preciso lembrá-los que antes de 1530, quando saiu a primeira expedição que trazia africanos escravizados para o Brasil, já existiam exportações para alguns lugares da Europa, mas não em um ciclo tão contínuo como foi no Atlântico. Tornou-se lucrativo, pois, em vez de exportar somente objetos preciosos e mercadorias, passaram a transportar mão de obra para que girasse ainda mais a economia na América Portuguesa, à base da mão de obra escrava, e já não mais somente indígena.
Sistematização
Tempo sugerido: 19 minutos.
Orientações:
Entendendo que a Sistematização deve ser o momento em que os alunos agregam tudo o que foi aprendido por meio das fontes e criam algo com base em sua própria análise. Neste momento, espera-se que os alunos tenham condições de criar um diálogo sobre como acontecia o processo de escravidão na África e quais são as principais diferenças com o que eles conhecem sobre a escravidão no Brasil. Compartilhar posteriormente com a turma é essencial, pois permite que aqueles que não entenderam, ou ficaram confusos, aprendam com a experiência dos colegas e com a mediação do docente.
Sugestão de adaptação para ensino remoto
Ferramentas sugeridas
- Essenciais: fontes históricas (em PDF, print ou link), Whatsapp, E-mail ou Google sala de aula.
- Optativas: Hangouts,YouTube, Flipgrid, Achor.fm.
Contexto
O objetivo desta aula é compreender os processos históricos que levaram à escravidão como mercado lucrativo na América Portuguesa no século XVII.
Para desenvolvê-la com os seus alunos, você poderá trabalhar de forma:
- Assíncrona, disponibilizando por meio do Whatsapp, e-mail ou Google sala de aula (veja como usá-lo aqui), os materiais e orientações necessários. As devolutivas dos alunos podem ocorrer da mesma forma ou com agendamento de um momento síncrono.
- Síncrona, apresentando os materiais (projetando-os na tela) e orientações enquanto realiza uma videoconferência por meio do Hangouts (veja aqui como criar uma reunião online).
Inicie a aula convidando os alunos a pensarem sobre as princesas que conhecem:
- Quais são as princesas mais marcantes para vocês?
- Vocês conhecem a história da princesa Aqualtune?
Disponibilize o cordel de Jarid Arraes e oriente-os a realizarem a leitura em voz alta, para praticar em casa. Depois, devem refletir:
- A história de Aqualtune é parecida com a das outras princesas que você conhece? O que aconteceu com a princesa?
- De onde ela era? Para onde ela foi levada?
Para que saibam mais a respeito da história de Aqualtune e também conheçam canais de youtubers negros da atualidade, recomende que assistam ao vídeo:
- Figuras históricas - Aqualtune. Afrorescer YouTube, 21 fev. 2018. Disponível aqui. Acesso em: 20/06/2020.
Problematização
O foco desta etapa é identificar como os africanos e afrobrasileiros foram compreendidos como mercadoria lucrativa no contexto escravista moderno. Disponibilize, primeiro, o documento da Fonte 2, em seguida, o complemente com os seguintes trechos de uma entrevista do historiador Jaime Rodrigues:
“A escravidão não era algo estranho às sociedades africanas. Na escravidão tradicional, baseada no sistema de linhagem ou parentesco, o cativo não era uma mercadoria e sua condição era geralmente transitória. Além disso, mulheres e crianças eram as mais visadas. O trabalho forçado na África pré-colonial não se destinava a gerar riquezas, nem excedentes para exportação, mas agregava prestígio e poder ao senhor - proporcionais ao número de dependentes que ele podia sustentar.
Se houve mudanças na escravidão de linhagem e se muitos soberanos africanos passaram a utilizar a guerra para, ao vencer o inimigo, criar um contingente de escravos para exportação, isso se deveu à intervenção européia. Para defender seus interesses comerciais, os europeus não hesitaram em fomentar divergências étnicas no continente africano e em introduzir armas de fogo e pólvora nas guerras tradicionais”. (Entrevista a Jaime Rodrigues. Por Ilana Goldstein, “A rede social do tráfico negreiro”. Revista Trópico, 2005).
Proponha que analisem e registrem no caderno ou em mídias digitais que utilizam, como o Google sala de aula:
- Os textos concordam se havia escravidão na África antes dos europeus?
- Quais eram as formas de uma pessoa se tornar escravizada na África?
- O que mudou com a presença dos europeus? Como eles pressionaram os africanos a ampliarem as participações nos sistemas escravistas?
- Qual era o interesse europeu envolvido neste processo?
Solicite que, ao final desta etapa, os alunos cheguem a uma conclusão sobre:
- O sistema escravista moderno europeu respeitava as identidades dos sujeitos que escravizava? Qual valor era atribuído a eles? (Obs.: A Fonte 1, proposta originalmente para esta etapa, é sugerida aqui para a Atividade da etapa da Sistematização).
Sistematização
Proponha que os alunos construam narrativas sobre o processo de escravização dos sujeitos, a partir dos registros contidos na Fonte 1:
- Quem seriam aquelas pessoas? Suas origens? Nomes verdadeiros?
- Algum deles seria da realeza, como Aqualtune?
- Como foi o processo até se tornarem propriedade do Sr. Domingos Francisco Leite Guimarães? Qual foi o preço pago por eles? Quanto lucrava?
Sugira que gravem áudios ou vídeos curtos contando as histórias. Para compartilhá-las entre a turma, podem fazer uso de ferramentas como o YouTube (veja aqui como fazer), Flipgrid (veja aqui como fazer) ou o Achor.fm (veja aqui como fazer).
Convite às famílias
Para que conheçam outras histórias de mulheres negras escravizadas que lutaram contra a escravidão, sugira que acessem: GONÇALVES, Patrícia. 17 mulheres negras brasileiras que lutaram contra escravidão. Catraca Livre, 20 de agosto de 2018. Disponível aqui. Acesso em: 17/06/2020.
Este plano de aula foi produzido pelo Time de Autores de Nova Escola
Professor: Ruhama Sabião
Mentor: Andrea Paula Kamensky
Especialista: Guilherme Moerbeck
Assessor pedagógico: Oldimar Cardoso
Ano: 7º ano do Ensino Fundamental.
Unidade temática: Lógicas comerciais e mercantis da modernidade.
Objeto(s) de conhecimento: As lógicas mercantis e o domínio europeu sobre os mares e o contraponto oriental.
Habilidade(s) da BNCC: EF07HI14 Descrever as dinâmicas comerciais das sociedades americanas e africanas e analisar suas interações com outras sociedades do Ocidente e do Oriente.
Palavras-chave: Escravidão, comércio de mão de obra, História da África.