Sobre este plano
Este slide não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você, professor, possa se planejar.
Sobre esta aula: Esta é sétima aula de uma sequência de 15 planos de aula com foco no gênero Poema e no campo de atuação Artístico-literário. A aula faz parte do módulo de Análise linguística e semiótica.
Materiais necessários: Cópias impressas de cada texto disponibilizado na aula; computador; projetor multimídia; tela; lápis; papel.
Informações sobre o gênero: O poema é um gênero literário marcado pela musicalidade, pela subjetividade e pela escrita em versos, os quais podem ser elaborados em forma fixa ou livre, ou seja, que seguem, ou não, um padrão e métrica definidos.
Dificuldades antecipadas: Os alunos podem não apresentar conhecimento de mundo ou referências extratextuais em relação ao uso conotativo de algumas palavras/expressões.
Referências sobre o assunto:
Denotação e conotação. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/conotacao-e-denotacao/>. Acesso em: 7 out. 2018.
Figuras de linguagem. Disponível em: <https://www.figuradelinguagem.com/gramatica/denotacao-e-conotacao/>. Acesso em: 7 out. 2018.
Tema da aula
Tempo sugerido: 1 minuto.
Orientações: Apresente aos alunos o tema da aula.
Introdução
Tempo sugerido: 9 minutos.
Orientações:
- Exponha aos alunos as imagens. Elas fazem parte do Pequeno dicionário de expressões idiomáticas, composto de fotografias que representam o sentido literal de expressões. As fotos do slide correspondem às expressões “peixe fora d’água”, “engolir sapo”, “chutar o balde” e “segurar vela”.
- Pergunte aos alunos quais são expressões que estas imagens indicam e representam. Com base nas colocações dos alunos, conduza a discussão para que eles percebam a diferença do uso destas expressões no dia a dia e o modo literal como elas estão representadas nas imagens.
- Peça para que os alunos exemplifiquem alguns casos em que podemos utilizar estas expressões. O objetivo desta atividade é que os alunos percebam a diferença entre o uso conotativo e o uso literal de algumas expressões que são utilizadas cotidianamente.
- Se julgar necessário, compartilhe mais imagens do livro Pequeno dicionário de expressões idiomáticas.
Fonte: BALLARDIN, Everton; ZOCCHIO, Marcelo. Pequeno dicionário de expressões idiomáticas. São Paulo: Mandioca, 1999.
Desenvolvimento
Tempo sugerido: 30 minutos.
Orientações:
- Exponha aos alunos os trechos do poema "Glossário de transnominações em que não se explicam algumas delas (nenhumas) ou menos", de Manoel de Barros, e peça para que eles se juntem em trios e leiam em grupo.
- Explique aos alunos que o poeta buscou definir estas palavras de um jeito muito específico e peculiar. O objetivo desta atividade é fazer com que os alunos percebam como estas definições foram elaboradas em um sentido figurado, não objetivo, ou seja, é importante que os alunos notem o uso deste sentido na linguagem poética, trazendo, portanto, lirismo ao texto e uma definição diferenciada, das palavras, das definições usuais. É possível que os alunos apresentem alguma dificuldade ao relacionar as definições elaboradas pelo poeta e as expressões representadas no dicionário de Ballardin, no sentido de que ambas são utilizadas de forma não literal.
- Mostre as seguintes perguntas aos alunos e peça para que eles reflitam sobre o modo como o poeta elaborou estas definições:
- As palavras são definidas de um modo comum/literal?
Espera-se que os alunos respondam que as palavras não são definidas de modo comum e literal.
- Vocês definiriam estas palavras da mesma forma? Por quê?
Espera-se que os alunos respondam que não definiriam as palavras da mesma forma, pois elas não se assemelham à definição usual, baseada nas características de cada uma.
- O que há de parecido no modo como todas estas palavras estão definidas?
Espera-se que os alunos percebam que todas elas não são definidas de maneira óbvia e que há certo lirismo nas suas definições, transformando objetos inanimados em animados e vice-versa.
- Há alguma semelhança entre o modo como estas palavras foram definidas pelo poeta e as imagens e expressões vistas no início da aula? Por quê?
Espera-se que os alunos percebam que as imagens do início da aula representam as expressões de forma literal, enquanto a abordagem do poeta é completamente oposta, pois traz um sentido não literal para todas as palavras.
4. O tempo sugerido para esta atividade é de 20 minutos.
Materiais complementares: Os textos de Manoel de Barros, para impressão, estão disponíveis aqui.
Desenvolvimento
Orientações:
- Mostre aos alunos as definições das palavras encontradas em um dicionário.
- Instigue os alunos a comparar as definições do dicionário com as definições feitas pelo poeta.
- Conduza a discussão mostrando para os alunos que o poeta utilizou a linguagem conotativa, enquanto no dicionário foi utilizada a linguagem denotativa para definir ou descrever tais palavras.
- Pergunte aos alunos:
- Qual a diferença entre as definições do dicionário e as elaboradas pelo poeta?
- Quais definições mais fazem sentido de ser utilizadas no dia a dia? Por quê?
- É possível utilizar as definições do poeta no dia a dia? Em quais contextos?
Com isso, objetiva-se que os alunos compreendam que as definições do dicionário são as convencionais, enquanto as do poeta fazem sentido apenas no contexto poético.
- O tempo sugerido para esta atividade é 10 minutos.
Fechamento
Tempo sugerido: 5 minutos.
Orientações:
- Sintetize oralmente com os alunos as comparações levantadas e explique que a linguagem conotativa é aquela empregada de forma diferente da usual, dando mais expressividade ao texto. Já a linguagem denotativa é mais objetiva e literal.