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Plano de aula: Batalha: um jogo de baralho

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O que fazer antes?

Contextos prévios:

O jogo pressupõe que as crianças comparem os números de cada carta, convidando-as a refletirem sobre qual número é maior que outro. Dessa forma, é necessário que as crianças já reconheçam os numerais de 1 a 9 e suas respectivas quantidades. É importante também que o professor se aproprie das regras do jogo e que jogue várias vezes antes de apresentá-lo para as crianças, a fim de propor um contexto de qualidade para o grupo.

Materiais:

Organize cartas de um baralho, de Às a 9,, ou 36 cartões com numerais de 1 a 9, considerando quatro cartas de cada numeral para cada pequeno grupo. Disponibilize ainda uma reta numérica de 1 a 9 para cada grupo.

Espaços:

A atividade começará com o grande grupo reunido em roda. Depois, a turma será organizada em pequenos grupos, que serãoe acomodados nas mesas, ou no chão. Por fim, todos voltam para a roda.

Para compor os grupos, considere a diversidade dos conhecimentos relativos à sequência numérica e identificação número/quantidade entre as crianças. Pondere agrupar as que têm mais autonomia em conhecimentos numéricos com aquelas que necessitam de maior apoio. Assim, uma criança poderá ajudar a outra.

Tempo sugerido:

Aproximadamente 40 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:

1. Como está sendo a interação das crianças enquanto jogam? Respeitam as regras do jogo, os outros jogadores? Esperam a sua vez?

2. As crianças relacionam número com a quantidade? Identificam as posições dos números na sequência?

3. Comparam resultados durante o jogo, quem tem mais no monte, quem tem menos? Que estratégia usam para isso?


Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às necessidades e diferenças de cada criança ou do grupo. Disponibilize em cada mesa uma reta numérica (de 1 a 9) para que as crianças possam consultar sempre que necessário e estimule que uma ajude a outra.

O que fazer durante?
O que fazer durante?

1

Convide as crianças para se sentarem em roda com você. Conte que hoje você planejou um momento para que elas conheçam um novo jogo. Pergunte se elas conhecem algum jogo de cartas. Instigue a conversa de forma que as crianças sintam-se livres para contar suas experiências com os jogos que conhecem. Após acolher os relatos, conte então que o jogo de hoje se chama “Batalha”. Com o intuito de dar início a uma reflexão, questione as crianças sobre suas primeiras impressões, considerando o nome do jogo.


2

Após acolher as percepções das crianças, apresente as cartas do jogo. Caso você opte por usar as cartas de um baralho convencional, conte que nesse jogo o Ás representa o numeral 1. Inicie então a proposição do objetivo do jogo, contando que a batalha acontece entre números, de forma que o maior número ganha do menor. Diga que no jogo cada jogador organiza suas cartas em uma pilha com os números virados para baixo. E que, sem olhá-las antecipadamente, os jogadores, ao mesmo tempo, viram a carta de cima de sua pilha. Aquele que tiver a carta de maior quantidade ganha as cartas que foram viradas de todos os outros jogadores. Entretanto, caso dois jogadores virem cartas com o mesmo valor e esses valores são os mais altos, reserva-se as cartas dessa rodada e parte-se para uma segunda. O jogador que ganhá-la, leva também as cartas da rodada anterior. Considere jogar de forma coletiva, com as crianças ainda sentadas em roda. Para este momento, escolha três crianças e seja você também um dos jogadores. Ao término da partida, instigue o grupo a refletir sobre quem ganhou e por que ganhou. Faça isso algumas vezes até que as regras tenham sido compreendidas por todos.


3

Depois de conversar com as crianças sobre o jogo e suas regras, conte que agora elas irão vivenciar a batalha de números. E que para isso, você as organizará em pequenos grupos de quatro jogadores cada um. Fale ainda que você chamará os nomes individualmente e indicará o local para o jogo. Nesse momento, acorde com o grupo o tempo que eles têm para a experiência. Revele ainda que você deixará disponível retas numéricas nos grupos, para que caso necessitem consultar qual número é maior que outro.


4

Após os grupos organizados, distribua as cartas para as crianças. Diga que enquanto elas estiverem jogando, você circulará entre os grupos para apoiá-las, se necessário. Comente que quando faltarem cerca de dois minutos, você avisará que o tempo reservado para o jogo está chegando ao fim. E que a partir dessa sinalização, cada grupo jogará apenas uma rodada. Conte também que terminando essa última rodada, as crianças começarão a contar a quantidade de cartas de cada jogador do grupo para descobrirem quem venceu a batalha. Após esse momento, vocês retornarão à roda para conversarem sobre o jogo.

Considerando que acordaram todas as necessidades do grupo, peça então que as crianças iniciem as batalhas.


5

Enquanto as crianças jogam, circule pelas mesas e faça observações sobre como estão jogando. Você pode, por exemplo, observar se elas estão relacionando número com a quantidade, se percebem qual é a carta que vale mais. Se apoiam os amigos que, porventura, enfrentam alguma dificuldade. Se recorrem a novas estratégias para construírem a lógica de que carta é maior. Esteja atenta para as necessidades de apoio às crianças. Contudo, priorize a consulta aos pares e só interfira no ato do jogo se, de fato, elas não encontrarem sozinhas suas soluções.

Possíveis falas do professor neste momento e possíveis ações da criança neste momento: Ao perceber que as crianças têm dúvida de qual é a maior carta, você se aproxima e pergunta: Querem olhar a reta numérica? Quem sabe ela pode ajudar.


6

Observe o tempo reservado para o jogo e sinalize-o ao grupo. Pode acontecer de o tempo terminar e as crianças ainda terem cartas para jogar. Nesse caso, diga a elas que o jogador que tiver alcançado o maior número de cartas em sua batalha é o vencedor.


7

Observe como as crianças estão se envolvendo em relação a contagem das cartas para descobrir quem venceu a batalha. Se necessitarem de apoio, interaja assumindo um papel problematizador, lançando questionamentos que ajudem na elaboração de pensamentos para ampliar as estratégias delas. Conforme as crianças forem finalizando as contagens, peça que elas se encaminhem para o espaço da roda, assim vocês poderão conversar sobre o jogo.

Possíveis falas do professor neste momento: Ao observar que a criança de um grupo, ao contar as cartas, se perde na sequência a partir de 15, você pode se aproximar e dizer: O que você acha de convidar (considere uma criança do grupo com maior conhecimento numérico) para contar com você? Ou então, vocês podem combinar assim. Você conta até 10 e o (colega) conta a partir do 10. Acho que vai ser divertido!.


8

Na roda, converse com as crianças sobre o jogo. Estimule-as falarem sobre quais problemas encontraram ao jogar e quais foram as soluções que traçaram para resolvê-los. Traga também algumas observações feitas por você durante a atividade, a fim de proporcionar ao grupos reflexões acerca de situações problemas.

Possíveis falas do professor neste momento: O professor pode solicitar a uma criança que conte como ele fez para contar suas cartas, perguntando: Como você fez para contar suas cartas? E como fez para saber qual era o maior número quando tinhas essas cartas (mostre duas cartas).

Para finalizar:

Ainda na roda, pergunte se gostaram do jogo e se gostariam de jogá-lo em outros momentos. Após essa conversa, convide-as para se organizarem para a próxima atividade do dia.

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